Pax Spirituale

Disclaimer: Saint Seiya não pertence, mas sim à Masami Kurumada, Toei e Cia.

Capítulo 1

Por séculos e séculos, muito antes de Cristo, vários Deuses eram venerados. De acordo com cada região do mundo... No Egito, Ísis, Osíris, Amon-Rá, entre outros... Na Grécia, Zeus, Hera, Palas Athena, Phebo Apolo, Ártemis, Poseidon, Hades e muitos outros... Os Celtas veneravam Cerridwen, Morrigan, Brigidt, Coventina... Após o nascimento de Jesus Cristo e posteriormente, com sua morte, surge o Cristianismo. E com o Cristianismo, as outras religiões são chamadas pagãs e rejeitadas. No fim da Idade Média e durante a Idade Moderna, a Igreja Católica promoveu uma Caça às Bruxas, na qual, muitas mulheres foram condenadas à fogueira. A maioria, inocentes.

Mas, haviam de fato, Bruxas. Várias delas foram capturadas, torturadas e mortas. Muitos clãs foram dizimados. Outros, permaneceram muito reduzidos. Quase extintos... Com o passar dos séculos, essas bruxas foram mortas, e todos os clãs foram extintos. Com exceção de um pequeno grupo de jovens bruxas, que sobreviveram à Inquisição.

Essas jovens uniram-se e formaram um novo Clã... O Clã dos Lírios Vermelhos. Este grupo permaneceu secretamente nos arredores de Stonehenge, Inglaterra... E buscam no chamado Elixir da Vida, a salvação de suas almas, condenadas pelo Cristianismo a nunca encontrarem a salvação, e a viverem vagando por séculos e séculos seguidos sobre a Terra. Pelo menos enquanto não conseguirem alcançar a Pax Spirituale através do Elixir da Vida...

Vallerya acabava de ensinar a pequenas garotinhas como cuidar das plantas do parque. Caminhava sob a luz do sol, vestida como uma dama viúva, toda de preto. Os cabelos negros e lisos até a cintura, presos em um coque com algumas madeixas caindo sobre as costas. Olhos vermelhos como sangue, boca avermelhada e carnuda, corpo curvilíneo e magro. Os transeuntes a olhavam maravilhados. Uma bela jovem. Jovem... somente na aparência. Séculos e séculos carregados a fio. Quem a admirasse ali, no passeio público de Oxford, nunca imaginaria que tamanha beleza era na verdade, apenas uma miragem... sim, uma miragem, pois na realidade, nascera em 1495 a.C., e ainda permanecia viva em 1884, por ser uma das oito garotas que sobreviveram à Caça às Bruxas.

- Vallerya?

- Morgan...

- Vamos, não podemos demorar. Prometemos à Saphire que estaríamos de volta antes do anoitecer.

- Certo... Vamos... – a garota levantou-se e seguiu a jovem de cabelos tão negros quanto os seus, pouco mais curtos e olhos negros, e vestimentas como as suas.

Caminharam um pouco apressadas até um coche negro. Ambas entraram no coche e mandaram seguir adiante. A jovem que o conduzia incitou os cavalos negros a prosseguirem. O veículo passou a se movimentar, com o trote rápido dos cavalos. Seguiram pelas ruas estreitas até ganharem a estrada. Sob chuva, o carro prosseguia adiante. Já quase anoitecia e elas ainda estavam relativamente longe de sua morada. Infelizmente tinham que fazer este trajeto para poderem comprar mantimentos. Morgan carregava uma grande cesta sobre o colo. Vallerya observava as árvores passarem rápido por elas. A cavalgada seria menos massante se não chovesse tanto. Mas estava na Inglaterra.

As duas viajavam em silêncio. Séculos de vida já eram insuportáveis de se carregar sobre os ombros. O sacolejar do veículo faziam-nas balançar. Em um dado momento, no entanto, o carro estancou bruscamente.

- Cerdwen...? O que foi?(N/A: lê-se Kerduen)

- Não sei... parece que atolamos.

- O quê?

- Justo agora? Temos que estar em casa antes do anoitecer. Prometemos à Saphire.

- Bom... Agora não temos outra opção, senão tentarmos desatolar essa roda... - analisou calmamente Cerdwen, observando a roda de madeira que jazia metade enterrada na lama.

- De fato... - suspirou Morgan.

Cerdwen e Vallerya começaram a empurrar a roda tentando, em vão, tirá-la da lama. Morgan observava, quieta. Pensava se não haveria outra maneira de se desatolar a roda. Postou-se à frente da roda, com ambas as mãos espalmadas, com a palma virada para a roda.

- O que está fazendo?

- Vou usar meus poderes para desatolar esta roda.

- Está louca? E se alguém vê?

- Ninguém passa por aqui a esta hora.

- Morgan! Não se atreva!

- Alguém pode ver!

- Mas precisamos sair logo daqui, e se formos desatolar a roda como mortais comuns, demorará mais.

- Não o faça.

- Morgan... Prometemos à Saphire, e não pretendo descumprir a promessa, mas não podemos usar magia aqui!

- Se você nos ajudar, não demorará tanto.

- Eu vou ajudá-las, mas com m...

- Pshh! Há alguém vindo! Quietas! – Cerdwen tapou a boca da amiga com a mão.

- Quem será? – Morgan sussurrou.

- Não sei... de qualquer maneira, fiquem quietas... e não ousem usar magia! – respondeu Vallerya.

Um rapaz de longos cabelos azuis-petróleo se aproximava cavalgando. Seu cavalo era ornado com veludo azul escuro e um bordado à frente em formato de flor de lis. Francês. Os olhos de Vallerya perscrutaram o rapaz, ainda um pouco ao longe. Suas vestimentas eram de alguém rico. Os cabelos pingavam sobre a capa escura que pouco o protegia da chuva.

- Quem são vocês? O que fazem em minha propriedade?

- Sua propriedade? Que eu saiba, esta é uma estrada que segue para Bristol, e pelo que vejo, você é um francesinho.

- Esta estrada segue para Bristol sim, mas estas terras ao lado são de minha propriedade. Mesmo sendo francês, sou o herdeiro do Conde Berming de Oxford.

- Ah é? E qual o seu nome?

- Monsieur Le Cond du Oxford Albert Camus du Beaumont, sobrinho de Sir James Berming du Beaumont.

- Hum... ainda não acredito em você.

- As senhoritas estão de passagem por aqui? – Camus analisava as três jovens vestidas de negro, com longas e pesadas capas atadas aos ombros, cobrindo o corpo. A pele das três era muito branca, os cabelos longos e os olhos inquisidores, especialmente aquele par de orbes rubros que o perscrutavam.

- Sim. Estávamos indo para casa, quando a roda de nossa carruagem atolou na lama aqui. – Cerdwen falava, mostrando o veículo atrás de si.

- Bem... agora será difícil das senhoritas conseguirem desatolar a roda. Quando chove por aqui, a estrada fica cheia de lama. Aconselho-as a esperarem a chuva passar para desatolar a roda e depois seguir viagem.

- Mas temos de voltar para casa antes do anoitecer!

- Então, sinto dizer-lhes, mas será impossível. Esta chuva não passará logo, muito provavelmente somente amanhã vocês poderão prosseguir. Terão de pernoitar em algum lugar. Se quiserem, posso oferecer minha casa para vocês passarem a noite.

- Ah, não, obrigada... Precisamos estar em casa antes do anoitecer! – pontuou Morgan.

- Bem... então espero que tenham como se protegerem da chuva. Adeus. – disse seguindo seu caminho.

As três abriram passagem para o rapaz francês, e Vallerya, que até então somente observara indiferente, olhou-o profundamente nos olhos. O olhar dele se cruzou com o dela, e um arrepio percorreu-lhe a espinha. O olhar frio de ambos se sustentou enquanto ele passava por ela. Cerdwen e Morgan se entreolharam e mentalmente se entenderam.

- " Cerdwen, notou o olhar de Vallerya?"

- " Sim...notei... ela nunca olhou alguém assim... é a primeira vez que a vejo assim..."

- " Será que é o que pensamos?"

- "Não sei, Morgan...melhor não julgarmos ainda..."

- "Sim, você tem razão. Não julgaremos antes. Pode não significar nada!"

- " O que vocês duas estão pensando?"

- " Nada!"

- " Alguma coisa vocês estão pensando! Vocês não me enganam!"

- "Nada"

- " Somente estávamos falando que nunca vimos você olhando para alguém como acabou de olhar para esse francês"

- " Bobagem! Agora, parem de ficar controlando como olho para outras pessoas!"

- "Está bem, está bem... Já não está mais aqui quem falou"

Após Camus passar por elas, as três permaneceram um pouco ali, sob a chuva, tentando desatolar a carruagem. Em vão. De fato, a lama ficava mais espessa quando chovia daquela forma. Estavam todas sujas, molhadas e com frio.

- SENHOR CAMUS! – Cerdwen correu atrás do rapaz, deixando as outras duas para trás. – CAMUS!

- Oui?

- Por favor, nos espere. Aceitamos sua oferta. Não podemos passar a noite aqui nesta estrada.

- Está bem. Podem vir. Minha casa é pouco mais à frente.

- Obrigada. "Morgan! Vallerya! O que estão esperando? Venham! Não podemos passar a noite aqui. E não há como retornarmos antes do anoitecer... Saphire terá de nos perdoar..."

- "Mas Ametist, Saphire, Crystal e Citrine ficarão sozinhas esta noite!"

- "Não temos outra opção, Morgan. Vamos. Será melhor se viajarmos amanhã cedo."

- " Está bem..."

As outras duas alcançaram Camus e caminharam ao lado de Cerdwen e Camus, que havia desmontado e agora caminhava ao lado delas, conduzindo sua montaria pelas rédeas. Seguiram um pouco mais pela estrada e logo chegando à uma bifurcação, viraram à esquerda, caminhando por uma estrada mais estreita, e não menos enlameada. Já dali podiam ver parte da propriedade, mais à frente. Uma casa no estilo inglês de casas rurais. Colunas brancas sustentavam um frontão triangular, e havia uma varanda elevada por dois lances de escada à frente. Um grande jardim adornava a entrada.

- Por favor, sintam-se à vontade. Faz pouco tempo que me mudei para cá. Ainda não tive tempo de organizar tudo aqui...

- Não se preocupe...

- Bem, venham, vou pedir aos criados que as levem para seus aposentos. – Camus disse após retirar sua capa e entregar a um criado, ordenando com a cabeça para que as garotas fizessem o mesmo, no que foi obedecido. – Marie, por favor, temos hóspedes esta noite. Levem-nas aos seus aposentos e lhes dê roupas limpas e mande prepararam um banho quente para elas. Senhoritas, Marie irá cuidar de tudo para que se banhem e se troquem. Às oito horas o jantar será servido. Seria um prazer ter a companhia das senhoritas à mesa. Com licença, irei banhar-me e trocar-me.

- Boa noite, minhas jovens. Eu irei levá-las aos seus aposentos. Sigam-me, por favor.

As jovens foram conduzidas para seus respectivos quartos, onde macias camas forradas com finos lençóis brancos as esperavam. Roupas limpas foram-lhes oferecidas, assim como um banho quente e perfumado em banheiras preparadas especialmente para elas. Marie foi atenciosa e muito hospitaleira com as jovens, que agradeceram educadamente à senhora.

- " Este rapaz deve ser muito rico...a casa possui muitos quartos..."

- " E desde quando isto nos diz respeito, Morgan?"

- "Vallerya... não precisa ser assim... ela está apenas comentando."

- "Isso não importa, Cerdwen. Passaremos a noite aqui, já que não há outra opção, e amanhã cedo iremos para casa. Saphire provavelmente ficará preocupada!"

- "Porque não tenta avisá-la mentalmente?"

- "Isso não pode ser feito aqui."

- " E porque não? Não estamos conversando mentalmente, enquanto tomamos banho?"

- "Sim, mas Saphire e as outras estão muito longe... teríamos que usar magia para tanto... e Camus e os criados podem desconfiar..."

- "Ora, Vallerya! Não seja boba! Você sabe que não há problema algum nisso... não há necessidade de usarmos magia para nos comunicarmos com Saphire. E nem Camus ou os criados irão perceber..."

- "Está bem, está bem, Cerdwen..." – respondeu a jovem de olhos rubros num suspiro pesado, acomodando-se melhor na banheira e afundando mais o corpo alvo na espuma. – " Saphire? Saphire, você pode me ouvir? Saphire...responda..."

- "Vallerya? É você? Onde vocês estão? Estão demorando muito, e já é quase noite..."

- "Acalme-se Saphire... não se preocupe, estamos bem. Infelizmente, nossa carruagem atolou na estrada para Bristol, e encontramos um rapaz francês que nos acolheu, e ofereceu sua casa para pernoitarmos..."

- "Vallerya! Mas vocês prometeram voltar antes do anoitecer! Ametist piorou esta tarde! Crystal, Citrine e eu tentamos tudo para abaixar a febre dela, mas ela só piorou! Por favor, prometa que voltarão para casa o mais breve possível!" (N/A: Citrine lê-se Kittrine)

- "Saphire, não se desespere! Nós não pudemos prosseguir esta noite, mas prometemos que amanhã estaremos aí! Continue cuidando de Ametist. Dê chá de gengibre para ela, e não deixe-a fazer esforço."

- "Cerdwen? Prometam que virão o mais rápido possível!"

- "Não se preocupe, Saphire. Se Cerdwen e Vallerya disseram que partiremos amanhã, assim o faremos..."

- "Morgan..."

- "Saphire, amanhã logo ao amanhecer partiremos e estaremos aí o mais cedo possível! Agora, por favor, tomem cuidado e cuidem-se."

- "Está bem, Vallerya. Boa Noite, Irmãs, durmam em paz esta noite."

- "Boa noite, Saphire."

-" Boa Noite, Irmã"

-" Boa Noite, e durmam em paz também."

As três terminaram de banharem-se e foram vestir-se. Pontualmente às 20 horas, as três estavam sentadas à mesa da sala de jantar, acompanhadas de Camus. O rapaz vestia uma camisa branca com babados no peito, calça preta, e um colete azul escuro, bordado em dourado, os cabelos limpos e agora secos, penteados, escorriam em pequenas madeixas pela lateral do rosto e caíam sobre as costas, presos em um rabo de cavalo baixo. Novamente Vallerya o perscrutou com seus rubros orbes, e mais uma vez o olhar frio de ambos se cruzou.

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Oi gente! E eis eu aqui novamente, com fic nova... e ainda sem atualizar Tilúvia, nem Chocolate, Rosas e Vinho Tinto, muito menos Anjos do Asfalto... ¬¬"

Mil desculpas pessoal, mas ultimamente ando meio travada c/ as idéias... e como tava c/ essa idéia d fzer uma fic sobre bruxas, vampiros, e seres desse tipo... acabei q não consegui escrever nd e resolvi postar essa fic... aliás... desculpem pelo cap. curtinho... é q ainda to desenvolvendo a idéia... eu to c/ uns probleminhas em definir direito o enredo e tals... (podem me bater...)

Espero q vcs tenham gostado desse cap... hummmm...acho q eh soh isso... qlqr coisa, já sabem... é só mandarem reviews q eu terei o maior prazer em responder às dúvidas e td o mais!

Bjs...

Black Scorpio no Nyx