Seria possivel? Seria possivel eu viver com um homem daqueles na mesma casa? Mal podia acreditar que o seu quarto estava bem junto do o que cabia no meu coração era ele! Mas Edward era demasiado frio comigo. Contudo, quando estava prestes a perder a esperanças, Edward beijou-me. Não um beijo qualquer.

Será que por traz de toda aquela frieza e indiferença ele pode ser capaz de amar? De me amar?

P.S. O LINK DO TRAILER DO FILME ENCONTRA-SE NO MEU PERFIL

Detestando Edward

Foi o meu pai quem me veio buscar ao aeroporto. Estava muito maior – e não estou a falar do aeroporto –, talvez por o seu trabalho assim o exigir. Meu pai, Charlie, é um polícia e o seu trabalho exige uma grande preparação física. Mas que escrevo eu? Ele até já tem uma pequena barriguinha de cerveja! Talvez esteja assim, maior, devido à sua nova mulher!

Desde que Renée o abandonou que Charlie andava muito em baixo. Já faziam dois anos que não conseguia encontrar outra mulher. Até que, numa daquelas férias de verão em que ele me tinha com ele - umas daquelas muito raras em que eu lá decidia estar com ele - decidi ir até à cidade. Como criança insuportável que eu era (e talvez ainda seja), lá o consegui convencer. Foi a partir desse Verão que o meu pai voltou a viver. Foram poucas as vezes que o vi. Sendo a ultima no seu dia de casamento. Mas agora, ali estava ele:

- Isabella! – Eu nem o reconhecia se ele não tivesse chamado por mim. – Isabella!

Olhei para ele. Não podia negar. Era mesmo ele. Apesar da pequena barriguinha que se via, estava muito mais musculado que antes. Via-se que Esme, sua nova mulher, lhe tinha trazido vida. A sua cara estava muito mais feliz que aquela que eu conhecera.

- Charlie! – Eu sabia que ele não gostava que lhe chamasse Charlie mas era habito visto que desde criança ouvira Renée chamar-lhe de Charlie. Charlie também nunca fora pessoa de se dar com crianças e, por isso, nunca se chamara pai. Era sempre: "Vem ao Charlie, Bels" ou "Olha o que o Charlie trouxe para ti?". Como podia eu habituar-me a chamar-lhe pai? – Olá!

Abraçou-me.

- Bels! – Olhou-me de alto abaixo. – Estás maior, ein?

- Já lá vão uns aninhos! – Corei. Eu nunca queria vir para casa de Charlie e é por isso que ele nunca mais me vira.

- É bem verdade! – Sorriu. – Mas vais-te divertir muito estas férias de verão, hum?

- Espero que sim. – Menti. Não estava à espera de me divertir em Forks.

- Sim, sim. – Sorriu entusiasmado. – Organizamos umas férias bem divertidas! Quase não vamos parar em casa.

- Hum… - Comentei. – Não vou desfazer as malas então.

Charlie olhou para elas. A sua boca formou um "O" perfeito.

- Talvez seja melhor, Bella, desfazer algumas.

Ri com ele. Não eram assim tantas. As meninas têm muitas malas. Faz parte delas.

- Antes não eras nada assim. – Comentou no carro. Não tinha trazido o carro de polícia. Charlie tinha "crescido" muito. Tinha um carro novo, ou melhor, uma carrinha. Não percebia muito disso mas era uma grande carrinha.

- Assim?

- Sim. – Sorriu. – Trazias menos malas contigo, não te preocupavas com o que vestir e o que combinar.

- Eu não sou assim. – Resmunguei. – Sou só um pouquinho, Ch… pai.

- Chegamos.

Olhei-o com cara de parva. Ou a minha memória estava um pouco gasta ou algo de errado tinha acontecido com a casa e com a rua. Charlie riu da minha cara.

- Calma, calma. Esta é a nossa nova casa. Precisávamos de quatro quartos e a minha só tinha dois. O meu e o teu.

- Quatro? – Deus, como a casa parecia grande!

- Oh, sim! – Sorriu. – O nosso, o de Edward, o teu e um escritório para Esme. Ela pediu. A princípio achei que não servia para nada mas enganei-me, é muito bom ter um.

- Hum… - Espera lá! – Edward?

- Oh, sim. – Charlie carregou com muitas malas mas mesmo assim ainda precisávamos de mais uma ida ao carro. Ou talvez duas. – É o filho de Esme do seu primeiro casamento. Muito bom rapaz. Vais gostar dele.

Vasculhei na minha mala por o meu MP3. Precisava de alguma animação naquela pasmaceira! Após o ligar, fui atrás de Charlie com as duas malas que consegui carregar. O meu pai já tinha pousado as malas que carregava no corredor da entrada. Encontrava-se agora no alpendre a olhar para mim e para o carro.

Entrei no corredor e pousei também eu pousei as malas junto das escadas, ao lado das outras minhas que lá estavam. Ao pousar a segunda mala, esta caiu sobre a outra que caiu também. Essa caiu sobre outra que caiu sobre outra e assim sucessivamente fazendo efeito dominó.

- Oh Deus! – Corri para a última que parecia ir cair em cima de uma mesa que tinha um jarro de flores e um telefone. Consegui segurar a mala mas o meu traseiro bateu na mesa e o jarro balançou. Tentei segurar nele mas apenas apanhei as flores. O jarro caiu no chão e partiu-se em mil pedacinhos.

Mas ainda não tinha acabado. Ao tentar apanhar o jarro, larguei a mala que, com o peso das outras todas caiu e empurrou a mesa. Fechei os olhos para não ver o que ia acontecer. O telefone, preso pelo fio, não foi com a mesa em caiu também ele no chão.

- Bolas!

Esme, ao ouvir o barulho, veio até ao corredor.

Oh não!, pensei.

- Boa tarde! – Endireitei-me e dei-lhe as flores. – Desculpe.

Riu.

- Não faz mal minha querida! Estava à espera de uma desculpa para o partir!

Sorri ainda com duvidas se ela se tinha zangado ou não.

- Era mesmo feia não era? – Saiu do corredor a sorrir.

Olhei para o meu pai à porta.

- Desculpa!

- Oh, não faz mal Bels! – Fez um sorriso. – Ela não gostava mesmo nada do jarro!

Ou talvez gostasse mas, como era a primeira vez que me tinha lá em casa desde o seu casamento, talvez não quisesse deixar-me triste. Embora a sua cara não parecesse desiludida, todo o cuidado era pouco. Eu não conhecia bem a senhora.

- Estava à espera que fosse o Jacob que a derrubasse! – Esme voltou da cozinha com um apanhador e uma vassoura, ainda sorridente.

- Jacob? Já nem me lembrava dele! Como está ele? – Olhei para Esme. – Eu limpo a porcaria que fiz.

- Oh, não, não! – Contornou-me fugindo das minhas mãos – És a convidada! Jacob? Já está velhote, coitado!

- Velho? – Perguntei. Jacob era mais novo que eu. Nascera do casamento de Charlie e Esme, tinha agora quinze anos. – Então e eu? Já morri?

Quer Esme, quer Charlie riram.

- Estás a falar de Jake! – Disse Charlie por entre o riso.

- E nós estamos a falar de Jacob, o nosso cão. – Riu Esme.

- Ah?

- Jake quis um cão e nós oferecemos-lhe um pelo Natal! – Explicou Charlie. – E Jake deu-lhe o seu próprio nome. Agora, para os distinguirmos…

- E é difícil distingui-los? – Ri.

Esme e Charlie riram-se comigo.

- Os nomes, Bels, os nomes. – Disse o meu pai. – Para distinguirmos os nomes, chamamos Jacob ao cão e Jake ao…

- Ao…? Jacob, certo?

Mas já havia demasiado riso para quem quer que fosse se conseguisse explicar. Contudo ninguém precisou de me explicar mais nada. Penso que já tinha percebido bem a situação entre Jacob e… Jacob!

- Edward? – Chamou Charlie, após acalmar o riso, ainda à porta. – Edward?

Ninguém respondeu.

- Bels, vais chamar por Edward lá acima, por favor? – Riu. – Para me vir ajudar.

- Sim, sim. – Ri. Pelo menos aqui tudo parecia animado e ninguém se tinha chateado por eu ter partido o jarro de Esme. Afinal de contas, até me tinha divertido!

Até ao momento em que cheguei ao piso de cima da casa. Se estivesse mais fraca meu coração teria caído naquele momento. Um salão enorme, com espalhados por ele se apresentava à minha frente. Haviam varias portas que quase não se distinguiam nas paredes de madeira se não fossem os puxadores pretos a evidencia-las.

Após avaliar melhor a sala consegui perceber que esta se dividia em duas. Uma era uma área de leitura e a outra uma área de descanso e jogos porque havia uma mesa de bilhar e de poker. No centro da sala encontrava-se um piano e um violino. Estes estavam junto a uma grande porta em vidro que dava passagem a uma grande varanda.

Olhei para todo o lado e não encontrei nada que pudesse dizer-me onde estava o tal Edward. Abri uma porta mas só encontrei uma casa de banho pequenina. Abri a seguinte e encontrei um quarto todo desarrumado. Se a minha intuição não falhasse aquele devia ser o quarto de Jacob, o meu meio irmão. Supus que o quarto de Edward devia ser do outro lado da casa de banho. E devia ter acertado. Encontrei um quarto preto e branco muito mais arrumado que o de Jacob. Estava um cão deitado sobre a cama. Este levantou a cabeça quando me olhou.

- Oh não! – Levantou-se e correu para mim. Fugi dele mas era mais rápido que eu. Fez-me cair sobre a cama de Edward e lambeu-me. Ri com ele tentando pará-lo. Foi então que olhei para a porta. Na parede, onde estava a porta, não havia exactamente parede mas sim um grande quadro preto a cobrir toda a parede, de um canto ao outro da mesma, mesmo à volta da própria porta (N/A: Há um link no meu perfil para que possam ver a parede).

O cão parou. Levantei-me a olhar para aquilo de boca aberta. Não só era um quadro mas nele havia uma quantidade imensa de números que formavam uma grande equação gigante. Aquele Edward devia ser um grande génio. Só depois reparei que havia uma secretaria, sem cadeira, junto do quadro onde havia giz branco e uma imensa quantidade de livros.

- Este gajo é doido! – Comentei para depois descair o queixo, novamente, fazendo a minha boca ficar completamente aberta de tamanha admiração.

Pela porta entrou um homem alto, de cabelo cor de bronze, uns olhos verdes penetrantes, pouco bronzeado, completamente molhado e nu. Somente uma toalha à volta da sua cintura, segura pela sua mão enorme. Lentamente os meus olhos seguiram o seu corpo.

Edward?

Este não estava à espera que eu lá estivesse! Olhou para mim com os olhos arregalados e a sua toalha caiu.

- OH MEU DEUS! – Gritei tapando os olhos.

- Quem és tu? – Resmungou.

Virei-me de costas para si.

- O Charlie pediu para te chamar! – Alerta imagem nojenta na minha mente.

- QUEM… ÉS… TU?

- Sou a Bella. – Mantive os olhos tapados caso ele decidisse mover-se. – Sou a filha de Charlie, a que veio de Phoenix!

- Idiota!

- Desculpa? – Voltei-me mas o homem ainda estava nu atrás de mim pelo que me arrependi e voltei a pôr-me de costas para si e de olhos tapados.

- Sim, idiota! – Resmungou. Ouvi-o mover-se.

- Quem és tu para me chamar idiota? – Discutir com alguém de costas e olhos tapados retirava-me a credibilidade toda. – Tu é que andas nu a passear pela casa!

- A minha casa! – Disso num tom acusador mas bastante relaxado.

Cerrei os dentes.

- O Charlie quer que vás lá abaixo! – Disse num tom seco. – És o Edward, não és?

- Claro que sou!

- Óptimo! – Disse, voltando-me e dirigindo-me à porta. Bati em algo molhado.

- Vê por onde andas, idiota!

- Tosco!

Fechei a porta atrás de mim. Estaria a sonhar ou tinha acabado de discutir com o homem mais lindo que alguma vez vira? Deixei-me permanecer encostada à porta a saborear cada traço perfeito do seu corpo (ultrapassando, obviamente, as partes que me podia ter ocultado no nosso primeiro encontro). Dei por mim a sorrir. Aquilo era mesmo um génio? Porque se todos os génios fossem assim, eu queria um para mim!

A porta abriu-se.

Ups!

Caí no chão do seu quarto. Edward tinha aberto a porta e estava junto de mim. Começou a rir.

- És mesmo idiota!

- Parvo! – Guinchei com dores no traseiro.

Passou por cima de mim e dirigiu-se às escadas.

- Fecha a porta quando te levantares.

- Não me vais ajudar? – Deitei-lhe um olhar furioso.

- Não.

E desceu as escadas sem olhar para trás.

Olaaaaaaa!

Esta é uma fic que estou a começar. Não tenho a certeza se vai ser boa pelo que gostava de comentários. Sou de Portugal pelo que, para alguns, pode ser difícil a compreensão. Mas não faz mal : p comentem à mesma! : )

P.S. Vou precisar de ajuda nos próximos capitulos. Talvez.... ideias :p