Amor Jovial.
Amanhecia um dia nublado com cores cínicas e aparência de mau humor, o ar estava pesado como se alguém tivesse recebido uma má noticia, o dia havia amanhecido preparando todos para um dia difícil. As flores ainda estavam se abrindo, quase toda a vila dormia, exceto o dono daquela cabeleira farta e esbranquiçada, que se sentava em um banco daquela praça, escondido a sombra de uma frondosa arvore de sakura.
Jiraiya parecia esperar algo ou alguém. Em meio a névoa uma silhueta ia se destacando ao aproximar-se do jovem, era a conhecida silhueta de Tsunade, a cascata de cabelos loiros platinados que surpreendentemente estavam soltos eram levemente tocados pelo vento que surgira uivando.
Jiraiya POV's
Essa manhã acordei com vontade de ouvir aqueles gritos que eu dizia não gostar, senti-me meio masoquista, mas em correlação a mim isso não me impressionou. O que me deixou instigado foi o fato de mandar aquela ave com mensagem destinada a ela.
Ela parece-me sonolenta, espero não esteja mal humorada. Mas em relação a ela isso torna-se um mistério!
"Mulheres!" sussurrei rindo.
A medida que ela se aproximava o meu coração saltava, ela evitava ficar sozinha comigo... E olha ela ali, de vestido e cabelos soltos!
Fim de Jiraiya POV's
Tsunade parou a alguns metros de distância, sempre mantinha reta imaginária os separando. Ela estava com aquela carinha de sono de quem acorda no susto, os cabelos soltos, provavelmente não houvera tempo de prendê-los. Enfiada em um vestido? Sim, era a roupa mais fácil para vestir-se. A carta de Jiraiya a alarmou.
"O que foi de tão importante que me fez sair da cama tão cedo?"
Jiraiya deu de ombros e sorriu amigavelmente para ela, chegando para o lado vagando um lugar no banco.
"Sente-se!"
"Prefiro ficar de pé!"
"Então aproxime-se..."
Tsunade deu dois passos a frente muito relutante, ela fixou o olhar em Jiraiya. Começava a irritar-se.
"O que houve?"
"Não sei!"
"Como assim não sabe?"
Jiraiya levantou-se e foi até Tsunade ficando de frente para ela. Ela era realmente baixinha, porém tinha alguns atributos físicos, seios medianos e corpo magro, ela melhorara muito da adolescência para cá.
"Acho que acordei com uma vontade louca..."
Tsunade o encarou em entender o que ele dizia.
"Está bêbado?"
"Acho que acordei com vontade de apanhar!"
Tsunade recuou alguns passos e olhou para cima o encarando. Muito estranhamente ele tinha um sorriso brincalhão nos lábios. Ela impulsivamente levou seus dedos longos e finos com unhas caprichosamente pintadas de vermelho e os pousou sobre a testa de Jiraiya. Com toda aquela aproximação Jiraiya não pode conter os impulsos. Puxou-a para si e segurou seu rosto bem próximo ao seu a encarando nos olhos e lhe beijando.
Tsunade o empurrou e lhe deu um tapa.
"Pronto! Matou sua vontade de apanhar!" disse ela enquanto corria.
Tsunade POV's
"Porque estou correndo, aquele tarado, não tinha o direito!" Tsunade estava longe o suficiente de Jiraiya agora.
Ele, sempre armando das suas... Me acordar dizendo precisar falar comigo urgentemente, só queria tripudiar de mim como sempre! Me peguei parada com um dedo nos meus lábios. Aquele retardado está claramente me provocando e eu como sempre caindo nas armações dele!
Fim de Tsunade POV's
Mesmo não sendo mais responsável por eles, Sarutobi-sensei sempre os reunia para uma conversa amigável ou uma farrinha. E lá estavam os três homens, Jiraiya, Orochimaru e Sarutobi-sensei esperando por Tsunade.
"Desculpem-me o atraso!"
"É claro Princesa!" respondeu Orochimaru.
Tsunade foi até ele que estava recostado de cabeça baixa e lhe beijou a testa.
"T-SU-NA-DE..." disse Jiraiya abaixando a cabeça e a apontando com o indicador.
Tsunade sorriu e foi até Jiraiya.
PAF
Um cascudo fora o que ele ganhara.
Sarutobi Havia os convidado para algo inusitado, eles iriam fazer um piquenique na cachoeira. Jiraiya ia atrás com o sensei carregando a cesta enquanto Tsunade era carregada nas costas por Orochimaru.
Jiraiya passava a mão na cabeça onde Tsunade havia batido.
"Ele fica com beijos e carinhos, enquanto eu fico com socos e espinhos!"
"Jiraiya, você tem que saber como agir com ela!"
Eles comiam agradavelmente, Orochimaru como sempre desfrutando dos carinhos de Tsunade.
"Tsunade, Jiraiya e Orochimaru, vocês já são respectivamente Ninja médico, E Jounnins, estou ficando velho!"
"Que isso Sarutobi sensei!" disse Tsunade ajoelhando-se e beijando o rosto do sensei.
Orochimaru pegou Tsunade no colo e a jogou dentro d'água. Ela emergiu com a cara tomada por cólera.
"Aposto que foi armação do pervertido ali!" disse apontando para Jiraiya.
Ele arregalou os olhos e Sarutobi o defendeu. Tsunade saiu da água com as roupas coladas e transparentes, mostrando o corpo que ela costumava esconder.
Não teve como Jiraiya se conter, o corpo de Tsunade se mostrava com toda aquela virgindade, perfeito, como uma tela em branco que precisava ser preenchida. Os olhos de Jiraiya saltaram da órbita, ele se aproximou dela que estava enxugando os cabelos com uma toalha que Sarutobi lhe jogou. O rosto de Jiraiya completamente corado, e de seu nariz escorria uma linha de sangue. Tsunade o olhou aproximando-se a engatinhar e lhe deu um chute no rosto e cobriu seu corpo com a toalha.
"Tsunade, você não pode continuar com essas roupas molhadas." proferiu o sensei.
"E o que sugere que eu faça?"
"Fique nua!" respondeu Orochimaru deitado no chão.
Tsunade ruborizou-se.
"Ze Foze eu gui tivezi didu izzo ela mi batava!" Disse Jiraiya contendo o sangramento do nariz que Tsunade tinha ocasionado.
"ATCHIM!" espirrou Tsunade.
"Tá vendo, o dia hoje não está propicio para mergulhos Tsunade!"
"Sensei!" reclamou ela.
Jiraiya levantou-se e retirou seu kimono branco ficando apenas de camiseta e calças. Foi andando até Tsunade com cautela e lhe ofereceu.
"Beste izzo!"
Tsunade olhou aquele gesto com carinho, pegou o kimono e foi para atrás de uma árvore de tronco robusto. Jiraiya sentou-se ao lado do sensei.
"Isso conta pontos para você Jiraiya!"
Jiraiya sorriu segurando o pano contra o nariz. Tsunade saiu de traz da árvore segurando suas roupas ensopadas nas mãos, as peças intimas estavam bem enroladas nas suas roupas. O Kimono de Jiraiya era muito grande para ela, fazendo-a o apertar ao máximo, o que resultou em seios quase a mostra. Ela estava muito sem jeito. Sentou-se com muita cautela sobre a toalha xadrez. Jiraiya olhou para o sensei que afirmou com a cabeça.
"Tsunade, toma pra não ficar resfriada." ele oferecera para ela um xícara de chocolate quente.
"brigada Jiraiya."
O dia foi ficando com aparência de chuva e eles resolveram voltar cada qual para sua casa. Tsunade agora não era mais carregada por Orochimaru, ela estava com uma certa raiva dele. Eles chegaram na vila e Sarutobi despediu-se deles e rumou para sua casa!
"Tsunade-hime? Desculpe-me!" Pediu Orochimaru.
"Ok!"
Ele virou-se e foi embora.
"Então, é isso, vou indo Tsunade!" O nariz de Jiraiya havia parado de sangrar porem ainda estava inchado.
"Jiraiya, e o seu Kimono?" perguntou Tsunade apontando para o próprio corpo.
"Preocupa não Tsuyu!" Ele sempre a chamava assim quando estava descontraído.
Ela sempre corava com esse apelido que Jiraiya a dera.
"Vem comigo até minha casa... Para pegar o seu Kimono!" Tsunade tratou logo de esclarecer.
Como Jiraiya não perdia nenhuma chance de ficar a sós com Tsunade aceitou, Os dois chegaram na casa dela, entraram e ela pediu para que ele esperasse na sala. Tsunade abriu a porta de correr e entrou no seu quarto. Os cômodos da casa eram divididos por portas de correr com aquela madeira fina. A falta de claridade fez Tsunade ascender a lâmpada, deixando a sombra dela contra a porta, Jiraiya ficou olhando a sobra de Tsunade despir-se, ficando completamente nua e depois vestir-se de novo. Ela voltara com seu próprio kimono azulado, que tampava bem seu corpo.
"Toma, obrigada!" entregou-lhe o kimono.
"De nada Tsunade!"
Tsunade viu o nariz dele inchado.
"Desculpe-me, sou muito bruta as vezes!"
"As vezes?" brincou Jiraiya.
Tsunade riu descontraidamente e apoiou-se em Jiraiya fazendo-o assustar-se. Eles se encararam e Jiraiya pos sua mão no ombro dela.
"Eu extrapolo, desculpe-me!"
"Eu sempre faço por merecer!"
O silêncio tomou os lábios dos dois e um trovão barulhento seguido da falta de luz fez Tsunade agarrar-se a Jiraiya. Ele sentiu aquele perfume de flores vindo dela, ela não era mais a pequena Tsunade, menina tábua. Era mulher, com feições e cheiro de mulher, o braço de Jiraiya pousou sobre as costas quentes de Tsunade, que estremeceu, ela jamais tinha sido tocada dessa forma por um homem, tentava evitar eles ao máximo. Ela tremia, o corpo de Jiraiya tão próximo ao seu, ela sentia os músculos dele contra seu ombro.
"Tudo bem?" perguntou ele sério.
Tsunade estava de olhos fechados.
"E-eu tenho pavor de tro-trovões" sua voz falhava de tempos em tempos.
"Não se preocupe Tsunade, eu estou aqui!"
E dizendo isso ele percorreu seus dedos nodosos pelos cabelos louros e macios dela. Nesse momento ela abriu os olhos e ergueu a cabeça para o olhar. Ela vislumbrou um Jiraiya diferente, compenetrado, sério, maduro. Seu queixo firme foi abaixando-se a medida que ele olhava para ela. Ela ameaçou soltar ele quando mais um trovão, desta vez pior que o outro invadiu a sala fazendo Tsunade jogar-se sobre Jiraiya. Os narizes roçaram-se, Tsunade sentia a respiração ofegante de Jiraiya. Ele controlava-se ao máximo para que não fizesse nada que estragasse aquele momento. O corpo de Tsunade totalmente sobre o seu tremia. Eles se encaravam e inevitavelmente Tsunade o beijou.
Os lábios quentes e macios de Tsunade Tremiam, os de Jiraiya tremiam em igual constância, mas pela emoção. Eles buscaram maior intimidade, abrindo vagarosamente suas bocas e entrelaçando os beijos, as línguas enroscaram-se. O sabor do beijo de Tsunade era único jamais provado por Jiraiya, um gosto apimentado que fazia Jiraiya lembrar o que entendia por paixão. Os lábios de Jiraiya eram muito quentes, ferviam na boca de Tsunade, ela que jamais havia provado o prazer de um beijo adulto não controlava-se ante aos lábios quentes e saborosos de Jiraiya. Os lábios se desgrudaram, Tsunade olhou Jiraiya corada, ele ainda tinha os olhos fechados. Ela afastou-se dele e ele a olhou. Viu aqueles olhos castanhos o encararem com certa vergonha no olhar, o lábio inferior preso nos dentes dava a entender que nem ela sabia o porque de ter feito o que fez.
A chuva caiu pesada lá fora, Tsunade parecia não escutar mais os trovões cada vez mais apavorantes, o mundo parecia ruir lá fora, enquanto algo incomum acontecia naquela sala.
