Olá a todos. Esta é a minha nova fic, Hogwarts, uma história maluca.

Bem, na verdade ela não é minha. A verdadeira autora da idéia se chama Andréia, mas ela é muito tímida para postar, então estou aqui, dando vida à idéia dela e modificando algumas pequenas coisas.

O mais provável é que ela seja grande, pois quero contar a coisa bem detalhada.

Bem, o tempo é: o início do livro "Enigma do Príncipe". Harry e Slughorn foram apresentados, Harry terá as aulas com Dumbledore, os resultados dos NOM's já foram entregues, mas eles ainda não regressaram a Hogwarts para o sexto ano. E é daí que começa a história.

Vocês podem perceber que adicionei algumas coisas (principalmente garotas) ao quinto ano de Harry em Hogwarts e que a característica dos personagens pode mudar um pouquinho.

Espero que gostem e leiam até o final, beijos, Nan.

Capítulo 1 – Novo Harry

Draco subia preguiçosamente as escadas da antiga e mal cuidada casa dos Ridlle. Seus olhos ainda continuavam abertos por puro milagre. O dia inteiro fizera tarefas nada fáceis para seu lorde e agora, ao cair da noite, fora chamado por ele para uma conversa. Andava orgulhoso, o peito estufado e nunca deixando sua imensa elegância falhar ou passar despercebida, ainda que sua roupa estivesse imunda e molhada. Suas pernas doíam e suas mãos formigavam, mas ele não deixaria que uma pequena dor estragasse os elogios que estaria prestes a receber. Ao chegar à porta semi-aberta de um quarto no terceiro andar, respirou fundo e empurrou a porta, confiante.

"Olá Draco." – disse Voldemort, que estava olhando fixamente para a janela e nem se deu ao trabalho de se virar.

Cada vez mais, Draco o achava incrível. Como alguém poderia saber quem estava atrás sem ouvir nenhum barulho? Sim, pois Draco empurrou a porta da forma mais silenciosa possível. Ao ouvir o cumprimento, deu um passo à frente, sendo iluminado pelos candelabros que prendiam nas paredes e o fogo vivo da lareira.

"Milorde, acabo de chegar de Hogsmeade e me avisaram que queria conversar."

"Sim, sim... eu tenho mais uma pequena tarefa para você."

Ao ouvir isso, Draco perdeu toda a sua confiança. Ouvira aquilo oito vezes só naquele mesmo dia. E discordava totalmente quando seu lorde dizia 'pequena tarefa'.

"O que quiser, Milorde." – respondeu cansado.

Voldemort se virou. Seu rosto magro e cavalar iluminado pelo fogo que crepitava na lareira.

"É disso que eu gosto! Ânimo e lealdade! Está de parabéns, Draco."

Draco deu um leve sorriso e estufou o peito novamente.

"O seu ano letivo começa em uma semana, não é mesmo?" – continuou Voldemort.

"Sim senhor, infelizmente."

"Não seja tão pessimista, Draco! Será ótimo ter mais um ano perto do Harry, não."

"Não! Odeio o Potter e quero o máximo de distância dele o possível. O que eu queria mesmo era ficar e servir ao senhor."

"Ficar, eu não digo. Mas servir a mim, sim. Se desejares."

Draco sorriu por dentro. Mesmo se não desejasse, o que estava fora de questão, teria escolha?

"É a maior ambição de minha inútil vida, milorde."

"Mas como você é negativo, Draco! Você é tão jovem e já vai se tornar um velho reclamão? Não, isso não será nada simpático."

Draco olhou para o chão, sem saber o que dizer ou o que sentir.

"Mas mesmo assim eu gosto de você. E não se sinta tão diferente, pois eu também odeio o Harry. E é por ele que você tem que voltar a Hogwarts."

"Devo tornar a vida dele um inferno? Perfeito! Eu vou adorar isso!"

"Não será uma brincadeira, Draco. Será uma missão."

Draco suspirou, triste.

"Não torne a vida dele um inferno. Não agora. Quero que o siga do amanhecer ao amanhecer seguinte e que ele não saiba de você. Diga-me os horários em que ele acorda, dorme, fica sozinho e sai do castelo. Quero saber as coisas que ele come e a quantidade."

"Bem, isso é fácil de dizer... Ele come Hogwarts inteira. Acho que prefere loiras, sabe?"

"É, pode me dizer isso também. Mas, repito: Isso não é uma brincadeira. Dar a mim as instruções corretas é de essencial importância."

"Claro, milorde."

"Cole nele como uma sombra. Não o deixe escapar de seus olhos de jeito algum."

"Mas meu amo, os professores... o que irão pensar? Podem me expulsar se eu faltar demais às aulas!"

"Tome." – E jogou nas mãos de Draco um cordão leve com uma pequena ampulheta com um círculo em volta, que o garoto analisou com interesse. – "Consegui alguns na minha última visita ao ministério."

Draco riu por dentro novamente. Não duvidava nada que seu lorde tivesse conseguido aquilo pegando todos os vira-tempos do ministério em sua última invasão.

"É, assim fica mais fácil." – falou Draco, depois de alguns segundos.

"Perfeito. Agora, imagino que esteja com sono. Pode ir, Draco. Terás um dia longo amanhã."

O O O O O

Harry apontava a varinha para o teto da casa que herdara de seu padrinho no Largo Grimmald, número 12. A grossa camada de poeira que cobria o teto se desfazia e sumia aos poucos, mas, ainda assim, alguns vestígios caiam sobre seus cabelos negros e rebeldes. Ele tentava evitar que alguns grãos de poeira adentrassem seus olhos, mantendo apenas uma pequena fresta aberta como se enxergasse uma forte luz. Ouviu um barulho vindo da porta e um pequeno grito soltado por Gina. Por um momento ele se mostrou preocupado, mas, ao perceber o silêncio voltou a limpar o teto. O fato da senhora Weasley ter se candidatado para ajudar Harry com as arrumações da casa e ter trazido Rony, Gina e os gêmeos livrara Harry de um grande trabalho. A casa estava realmente imunda e Harry queria reforma-la totalmente. Logo que chegou na casa, lançou um feitiço silenciador no quadro da escandalosa mãe de Sirius, que agora lançava as mais feias caretas a quem passava pelo corredor. Agora, não importava o barulho, não precisariam mais ouvir seus berros que insultavam e ofendiam a todos. Terminou de limpar o teto e abaixou a varinha, massageando o ombro. Depois, sacudiu os cabelos, dando leves tapas enquanto tentava se livrar de toda aquela poeira.

"Harry?" – Disse a voz de Rony da porta.

"Pode entrar." – respondeu ele.

Rony entrou e colocou as mãos na cintura, olhando em volta.

"Puxa! Ficou irreconhecível. Nem parece a Mui Antiga e Nobre Casa dos Black."

"Realmente. Foi difícil, mas depois de cinco dias e consegui tirar totalmente aquelas cabeças de cobras e elfos das paredes e trocar por papéis de parede animados de dragão."

Neste momento, um Verde Galês apareceu pela porta. Estava desenhado sobre um fundo azul bebê e parecia muito à vontade com a nova decoração da casa de Harry.

"Eu adorei a idéia, cara! Pena que nem nas minhas cinco próximas vidas poderei comprar um papel desses. Fala sério! Cem galeões!"

"Não se preocupe. Eu te dou um do Chudley Cannons no natal."

"Isso vai me deixar realmente feliz. Mas, a propósito, já terminei de arrumar os quartos de Sirius e Bicuço. Gina acabou de matar as últimas fadas mordentes e mamãe disse que a cozinha já está habitável. Acho que não falta mais nada, não é?"

"Infelizmente, ainda falta a biblioteca. Mas vou arrumar aquilo amanhã. Estou muito dolorido e cansado. Marquei um encontro com Suzana hoje, mas acho que vou desmarcar. Não vou agüentar ter uma noite agitada se cada um de meus músculos não para de doer."

Rony soltou uma leve risada e assentou sobre a mesa no fundo do escritório.

"Cara, eu não sei como você consegue tantas garotas."

"Bem, ser capitão de quadribol ajuda muito, mas o verdadeiro responsável é o meu charme irresistível."

"Sabe, Harry, não sei como pôde se tornar tão galinha em apenas seis meses."

"Agradeça a Cho. Ela foi quem me mostrou a maior felicidade do mundo. Daí então, não consegui mais parar. Você devia experimentar, sabe?"

"Bem, enquanto não aparece nenhuma garota suficientemente louca acho que o Roniquinho se contenta em usar a mão." – Fred aparecera pela porta.

Rony tomou uma expressão profundamente nervosa e atirou um peso de papel de bolhas em cima de Fred, que o transformou em um sapo e atirou de volta para Rony, acertando seu rosto.

"Ei, Harry. Terminamos de limpar o sótão e o porão também. Estamos indo tomar uma cerveja amanteigada no Beco Diagonal, você vem?" –perguntou Jorge.

"Acho que não. Estou com sono e quero ir logo para A Toca."

"Você é quem sabe. Talvez amanhã, então?"

"Sim. Amanhã está ótimo."

Fred e Jorge se despediram num aceno e desaparataram com um ruído.

"Dá pra acreditar? Eles acham que ainda sou virgem!" – Disse Rony, abismado.

"E você não é?"

"Sou! Mas eles não deviam saber!"

"Sim, eu sei. Vem, vamos chamar a senhora Weasley e a Gina e irmos para a casa."

"Achei que fosse dormir aqui hoje." – Contestou Rony.

"Bem, uma coisa é aceitar a casa, outra é aceitar a morte de Sirius e viver com nesta lembrança."

Rony deu de ombros e passou por Harry em direção a porta, fazendo com que o garoto o seguisse. Encontraram a senhora Weasley e Gina assentadas numa grande poltrona comprada por Harry e colocada na sala de estar. Gina esfregava os dedos, onde se podiam ver pequenas marcas dos dentes das fadas. A senhora Weasley se levantou e sorriu simpática.

"Bem, acho que todos concordam em tomar uma sopa e dormir, não?"

Rony concordou com a cabeça, enquanto bocejava exageradamente. Harry continuava a fitar a nuca de Gina, que insistia em não se virar. A senhora Weasley andou até a lareira e tirou um pequeno saco de dentro das vestes, abrindo-o e estendendo a mão.

"Gina, venha! Não quer que estas feridas infeccionem, não é?"

Gina se levantou e lançou um olhar reprovador a Harry, que sorriu gentilmente. A garota pegou um pouco de pó de flú e jogou na lareira, começando a girar e sumindo instantaneamente. Rony foi o próximo, e logo, Harry se vira ajoelhado sobre o chão da Toca, enquanto procurava equilibrar-se sem colocar as mãos no chão. A Toca estava com o mesmo ar quente e aconchegante de sempre. Harry olhou para a cozinha e viu Fleur servindo uma tijela de sopa para Gui, enquanto cantarolava uma música em francês.

Harry olhou para a mesa no canto da sala, onde já haviam vários pratos de sopa cheios e que faziam o estômago de Harry roncar. O vapor que saía da sopa subia pelo aposento, espalhando seu delicioso cheiro.

"O que estão esperando?" – disse a voz da senhora Weasley atrás dele, assustando a Harry e Rony, que estavam lado a lado. – "Comam antes que esfrie!"

O O O O O

Harry estava arrumando a roupa que acabara de tirar e enfiando no pequeno armário à frente de sua cama. Ouviu um barulho de maçaneta e virou a cabeça para o lado, se deparando com Rony dando um de seus grandes bocejos. Ele andou direto até a cama e deitou-se, pondo-se a observar Harry, que logo terminou de arrumar as roupas, apagou a luz e se deitou também. A luz da janela iluminava o espaço entre a cama de Harry e de Rony.

"Harry!" – disse Rony de repente.

"Sim..."

"Você já sentiu vontade de... sei lá... ficar com alguém que não faz o menor sentido e que você sabe que seria estranho, mas você tem aquele desejo dentro de voe e não consegue controla-lo?"

Harry suspirou profundamente, entendendo as palavras do amigo.

"Já..."

"Quem?"

"Aí já é invasão demais, né, Rony?"

"Por favor, Harry... eu preciso saber quem é..."

"Não."

"Se me contar quem é o seu eu conto quem é o meu."

"Sério? Você tem desejos assim?"

"Harry!"

"Ta, desculpe... então diga, quem é?"

"Não! Eu te perguntei primeiro."

"Ta bem..." – Harry se calou por alguns segundos antes de suspirar e dizer: - "Eu acho que sinto alguma coisa desse tipo pela Luna."

"O que? A Luna? Qual é, Harry! Aí já é exagero!"

"Quer calar a boca? Não fui eu quem escolhi assim!"

"É, essas coisas são meio difíceis de controlar..."

"Agora, desenrola e fala quem é o seu misterioso amor."

"É... o Malfoy."

Harry se assentou devagar e olhou para Rony. Mesmo com a pouca claridade do aposento ele viu as bochechas do garoto chegarem a cor púrpura. Tirou os olhos de Rony e olhou para o armário. Ficou assim por uns segundos e depois sua vontade de rir foi crescendo. Ele tentava segurar, mas chegou um momento em que não pôde mais, fazendo um ronco com o nariz como se desentupisse um vulcão. Caiu deitado na cama tentado não gargalhar tanto, mas a piada de Rony por um momento lhe pareceu tão convincente que ele se deixou levar. Ficou assim por alguns minutos. Ele não sabia eatamente quantos, mas, tempos depois. Estava ele respirando e parando de rir.

"Essa foi boa, Rony. Eu adorei! Agora, me diga, quem é?"

Rony não respondeu. Harry se assentou e pôde ver seu contorno virado para o outro lado e com as orelhas muito vermelhas.

"Rony, você está bem?"

Mais uma vez, ele não respondeu. Harry, preocupado, se levantou e foi até a cama do amigo.

"Rony, você está dormindo?"

"Bem que eu queria estar, para não ver você rir de mim."

Harry ficou pensando em que momento rira de Rony. Foi então que seu queixo caiu.

"Você não estava brincando? Está realmente desejando ter o Malfoy?"

"Infelizmente."

"Oh, por Merlin! Rony, isso te torna um... um gay!"

"Eu sei disso, está bem? Agora vê se me deixa em paz!"

Harry voltou para sua cam com uma expressão totalmente horrorizada e assustada. Nunca imaginara que Rony seria gay. E muito menos que desejaria Draco Malfoy. Resolveu dormir. Talvez aquilo fosse um pesadelo terrível.

O O O O O

N/A: Bem, no início é tudo meio chato assim mesmo, mas eu tenho certeza que, depois de alguns capítulos, vocês irão adorar. Eu só peço que deixem reviews para me incentivarem. Sabe como é, eu ando meio estressada e nada como reviews para levantar meu astral. Obrigada.