Retratação: "Eu não possuo os direitos sobre Saint Seiya, ou sobre qualquer de seus personagens. Todos os direitos cabem ao Masami Kurumada, criador e desenhista do manga series. Apenas os utilizo para a redação de fanfics."
"Uma sombra de seu passado volta para atormenta-lo. Resistirá Afrodite e seu casamento a todo esta tormenta?"
As Rosas não Falam... 2
Capítulo 01 – A chegada da tormenta
"TRIMMM, TRIMMMM..." O telefone da décima segunda casa tocava incessantemente e por fim acaba acordando uma de suas mais novas moradoras...
- Papai! Paiii... acorda... Tem uma mulher querendo falar com você... – cutucou o pai a jovem Psique, nos seus recentes seis anos de idade.
- Hmm... Cypria... ¬¬ me deixa dormir mais... é domingo não preciso trabalhar... 'ronc' – remexeu-se com raiva.
- PAAAIIII! SOU EU! – falou pertinho de seu ouvido.
- AAAAAHHHHHHH! – pulou da cama com seu discreto pijama lilás de bolinhas. O seu coração parecia que ia saltar pela boca. – Ai.. arf, arf... Não me acorde mais assim, menina! Quer que eu morra!
Ela abaixou a cabeça em arrependimento... – Não... papai, mas é que tem uma moça no telefone, ela quer falar com o senhor...
Ele foi até o telefone que ficava numa mesinha perto de uma coluna... – Alô?
- Oi... meu lindo peixinho... huhuhu, saudades minhas?
- Ham!... – Do outro lado, Afrodite acabara de perder a voz, a cor e as pernas. Sentiu-se como se estivesse perto de um desmaio.
- Huhuhuhuh... Nem fala nada... parece que não gostou de ouvir minha voz no telefone...
- Na-na-não é isso! Eu... eu... foi o impacto da surpresa... pausou e respirou fundo: - O que quer ligando para mim? E quem te deu esse número?
A pessoa do outro lado soltou uma risadinha irônica e respondeu:
- Não é muito difícil conseguir esse número.. tem na lista telefônica, bem. E não é sada demais, eu queriaapenasouvir sua voz de novo... relembrar os velhos tempos... só isso, querido...
- 'CLANC' – desligou o telefone antes que Afrodite pudesse dizer algo.
Nessa mesma hora, Eros que havia acordado há poucos minutos, passou pela sala e encontrou seu pai paralisado com o telefone na mão.
- Pai? – cutucou-o. Sem resposta. – PAAIII!
- AAAAAAHHHHHHH! – soltou o telefone das mãos e deu um pulo para trás.
- O que aconteceu, Pai? Parece que viu um fantasma...
- Arf... Arf... – pôs a mão sobre o peito. – Não vi... mas falei com um... O.O
- Isso é fome! Vamos comer Pai! A mamãe preparou mais uma comida gostosa! – o menino puxou o pai ata a cozinha.
"Ai ai... lá se vai meu regime! TT " pensou ele.
xO.Ox
No Salão do Grande Mestre, grandes acontecimentos ganham vida...
- Senhorita Athena! Aqui estão os relatórios das novas matrículas. – falou um de seus subordinados.
- Ah... Obrigado. Agora vá! – ordenou. – Tatsume! Venha aqui!
Da porta de serviçais entrou um homem alto, careca e vestido com uma ridícula armadura de Kendô.
- Me chamou, senhorita?
- Dê entrada nessas matrículas e avise a todos que o ano letivo começará depois das Olimpíadas.
- Sim, senhorita! – balançou a cabeça, fez-lhe uma reverência e saiu.
Em frente ao seu computador (um pouco velho e ultrapassado por sinal), ele começou a preparar as novas matrículas para os novos aspirantes a cavaleiro.
- Vejamos bem... Eros e Psique, filhos do Cavaleiro de Ouro de Peixes e da Amazona de Ouro de Peixes... – procurou no arquivo. – Já têm idade suficiente para ingressar nos treinos, e serão discípulos da casa de... O.O – engoliu em seco. – Isso não é muito bom...
xO.Ox
O dia transcorreu normalmente, de noitinha...
Afrodite, cansado depois de mais um dia de trabalho forçado, dessa vez ele foi convocado de ultima hora para cobrir o horário de Shura, que estava doente. Entrou em seu quarto e deu de cara com Cypria arrumando suas malas.
- Afrodite! – os olhos dela brilharam. Correu até ele e beijou-lhe os lábios. – Que bom que chegou...!
-Por que está fazendo as malas? o.o – perguntou nervoso inspecionando as roupas que ela colocava na mala. – Não leve este vestido, é horrível! Além de que ele não combina com nada! A Saori mandou você fazer alguma coisa fora do Santuário? – fechou a cara rapidamente. – E não me pediu permissão! Quem aquela mocréia pensa que é para mandar em quem bem entende?
- Err... ela é a Deusa Athena, dite. – sorriu. – Não se preocupe, eu vou visitar minha mãe na fazenda.
- Hmm.. só isso? E por que não me leva junto? - olhou novamente para a mala e tirou um vestido. - Esse daqui não... é horroroso...
- Porque vou passar pouco tempo lá. Quando eu voltar vou trazer minha mãe para passar uns dias aqui.. para ela tentar esquecer da morte do papai... – abaixou os olhos em seguida levantando-os molhados. – Ela precisa de ajuda!
"O quê! Eu vou ter que aturar aquela velha aqui? Ô meu santinho..." pensou. – E vou ficar sozinho com Eros e Psique? - mais uma vez ele mexeu na mala. - Poxa...¬¬Você não aprendeu mesmo, não se combina roxo com marrom... fica terrível!
- O que você disse? - ficou pasma. - Por Zeus! Eu estou falando de coisas importantes e você vem me dizer que não sei me vestir? ¬¬ Me poupe! Eo que tem de mais, você ficar com as crianças? É por pouco tempo eelas não dão tanto trabalho assim...
Ele soltou uma risadinha. - Te poupar? Assim mesmo você gosta de mim... huhuh.. - caminhou até o espelho e começou a colocar seus bobs noturnos na de costume, sempre antes de dormir ele penteia os cabelos e coloca seus bobs coloridos... Afinal para ter cachos perfeitos é preciso perseverar... - Eu sou lindo não sou, Cypria?
Ela ficou atônita. Algumas vezes ele conseguia a deixar assim. - Não é disso que estamos falando!
Ele soltou mais uma risadinha. - Quanto tempo você vai ficar lá? - agora, olhou triste para as malas.
- Por pouco tempo. - ela se sentou em cima da mala e fechou puxou o ziper com força mas não conseguiu fechar a mala. - Droga.. - pôs a mala no chão e pulou em cima várias vezes e conseguiu fechar a mala. - Dite, eu vou trazer minha mãe para cá, e quando ela estiver aqui... não use esses bobs na cabeça... ¬¬
- Eu não conseguirei viver sem meus bobs de cabelo! E muito menos sem meu lencinho! Ç.Ç
- Peraí... ESSE LENÇO É MEU!
- Humpt.
xO.Ox
Logo cedo, Afrodite levou Cypria até o portão do santuário, de la ela iria até sua antiga casa no interior.
- Crianças, não dêem trabalho ao papai, tá? - abraçou-os. - Não vou demorar. Eu trarei presentes para vocês, tá?
- Sim, mamãe! - responderam em coro. - Quero meu presente!
Ela olhou para Afrodite e deu-lhe um beijo. - Cuide-se, dite. Não vá ficar sem comer, tá?
- Sim... -entregou-lhe uma rosa vermelha e falou: - Cuide-se você, não demore muito, porque não sei o que pode acontecer se você não estiver aqui...
Ali perto duas velhas conhecidas de Afrodite passavam por um dos atalhos do Santuário e gritaram bem alto:
- EU NÃO SABIA QUE AS BICHAS SE REPRODUZIAM! HAHAHAHA!
A outra gritou também: - AS BICHAS VELHAS NÃO RESPEITAM NEM MAIS OS LOCAIS PÚBLICOS!
Continuaram a debochar dele. Porém não por muito tempo, pois logo Afrodite jogou duas rosas piranhas nelas: alvo finalizado.
- Humpt. Invejosas.
Cypria sorriu. Desde que ele assumiu que gostava dela e se casaram que as antigas amigas de Afrodite não paravam de atacá-los com ofensas, mas eram sempre finalizados com rosas piranha. Como dizia o próprio Afrodite: - "Rosas piranha para piranhas!". Entretanto nada do que faziam abalava o casal da casa de Peixes.
- Até mais, Dite. - falou ela antes de sair dos domínios do Santuário. Acenou com um sorriso.
xO.Ox
De volta aos longos lances de escada do Santuário, Afrodite e seus pirr.. ops, pimpolhos dirigiam-se para a última das casa, a mais próxima do Templo de Athena, a mais perto do céu, e com certeza a casa que dentre alguns anos o cavaleiro de Peixes não conseguirá mais chegar...
Concentrado em chegar vivo em sua casa, Afrodite sentiu como tivesse quebrado mil pedacinhos ao ouvir uma pergunta de seu filhinho:
- Pai, é verdade o que dizem por aí, que o Senhor gosta de homem?
- É... dizem que você é uma bichona! - completou Psique.
- O.o ... quem... QUEM DISSE ISSO A VOCÊS!
Os dois temeram a reação do pai, e falaram baixinho: - ...as servas da casa de câncer...
O queixo do pobre cavaleiro despencou e a fúria imediata coloriu seus olhos de vermelho...
- ...grrr... aquele desgr... invej... (essa fic ainda é de respeito...!) - resmungou baixinho para si, perdido em pensamentos nada amistosos.
- Eros! O papai ficou estranho depois que a gente falou isso... - comentou a garota.
- É... vai ver não era para ele saber...
- Mas papai, o que é uma bicha? - perguntou a garota sem temer a resposta.
"Ai, minha santinha Priscila... O que direi a ela..." pensou preocupado. - Olha filhinha... bicha é... bem... é uma fadinha! Isso é uma fadinha! E muito bonita...
- Bem bonita, assim como o senhor, bem bonito? - insistiu a menina.
Afrodite ficou desconcertado mas assentiu com a cabeça. Ele sabia que era muito bonito, mas nunca pensou em ouvir isso de sua filha, ficou até um pouco envergonhado. Entretanto mal sabia ele do que poderia acontecer depois...
Convenientemente nessa hora, eles passavam ao lado da quarta casa zodiacal. Sem parar para pensar, Afrodite colocou um lindo ramalhete na porta de entrada, como um presente ao dono da casa pelo imenso favor que ele havia prestado.
- Pai por que está deixando rosas aqui?
- Porque eu fiquei devendo ao dono da casa, só isso... -abriu um enorme sorriso. - Agora vamos logo, isso aqui vai começar a feder...
As crianças balançaram a cabeça e começaram a correr pelas escadas, o mais rápido que podiam. Logo chegaram a casa de Leão, a casa seguinte.
- Calma aí crianças! - gritou um homem alto, loiro e de olhos azuis. - Vão salvar alguém da forca? heheh... Ou estão loucos para me ver! - abriu um sorriso maior ainda.
Elas não ouviram uma palavra sequer pois estavam brincando com Leo, um gato grande e gordo, o bichinho de estimação de Aioria. Alguém que acabara de sair da casa falou:
- Não seja tão convencido Aioria, não vê que elas estão brincando com Leo?
- Também não precisava ser tão dura comigo, Marin...
Ela sorriu para ele, chegou perto das crianças e perguntou: - Onde está o seu pai?
- Ali! - apontou Psique para Afrodite que estava quase pondo os bofes para fora.
Ele subiu o último degrau do Templo de Leão e se sentou sobre ele. Estava ofegante e com a mão sobre o peito demonstrava um imenso cansaço físico.
Aioria sentou-se ao seu lado e falou sem nenhum preocupação: - Eu avisei que você estava engordando Afrodite, ontem no campo de treinamento você estava bem lento para um cavaleiro de ouro. - ele coninuou a falar e não percebeu que o cosmo de Afrodite havia começado a se elevar. - Mas sabe o que eu acho? Isso é falta de mulher, pegue sua esposa e passe a moite toda malhando você vai ver meu amigo, vai ficar novinho em folha :D
Com este último comentário, o cosmo de peixes aumentou mais e começou a produzir milhares de pétalas de rosa que começaram a envolver e amassar o pescoço do cavaleiro de leão. Afrodite não estava em um de seus melhores dias.
Aioria tentava a todo custo desvencilhiar-se das pétalas associadas com o seu cosmo, no entanto eram tentativas inúteis. Começou a perder o fôlego.
- Pai! - gritou Psique correndo até ele. - Você vai matar o Tio Aioria!
Como se saíse de um transe, ele despertou ao ver a filha e como mágica todas as pétalas caíram no chão. Olhou para o lado e viu seu amigo massageando o pescoço.
- Oh! Me desculpe Aioria! - soltou um sorriso amarelo. - Eu não estou muito bem hoje... deixe-me ajudá-lo...
- OPA OPA! SAI PARA LÁ, NEM VEM TERMINAR O SERVIÇO!
Todos sorriram.
- Crianças, vamos embora! - falou seguindo em direção a sexta casa. de lá ele iria pegar um atalho para sua casa, o mesmo atalho que Ikki pégou na batalha das dozes casas. Logo logo estariam em casa.
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Enquanto isso na Casa de Cancêr...
O belo aroma das rosas da morte ainda pairava na quarta casa, todas as servas de Máscara da Morte estavam caídas no chão desacordadas, e até as cabeças que enfeitavam a casa, estavam desmaiadas. Assim era o horror que ele encontrou ao chegar em sua mansão.
- Il mio Dio! - exclamou largando umas sacolas de papel no chão. O barulho provocado pelas garrafas que trazia em suas mãos, ecoou pelo salão fazendo Heloísa contorcer-se um pouco.
- Heloísa! - correu até ela. - Parla! Que diabos aconteceu aqui!
Com dificuldade ela falou: - Não.. se..ssei... - apontou para um lindo ramalhete que jazia nas mãos de Guiliana.
Como um estalo a resposta veio em sua mente. "Afrodite!" gritou uma voz em sua cabeça. Rapidamente jogou fora aquelas rosas e cuidou de suas servas desmaiadas.
- Aquele... "figlio de una puta!"(1) vai me pagar... - esmurrou o chão.
Nessa hora entrou alguém na sala e logo falou:
- Ele também me deve algo, Carlo. Quero apenas a vingança...
- Maddona mia! O que você faz aqui! - arregalou os olhos. Sem dúvida era um fantasma que estava na sua frente.
- O mesmo que você, protegendo Athena... huhuhu... - passoa a mão pelos cabelos.
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Na casa de Peixes, a bagunça reinava em frente a televisão, as crianças assistiam ao filme 'Pequena Sereia' e o grande papai preparava o lanche lá na cozinha.
- Pára Eros! - gritou puxando o controle das mãos do irmão. - Me dá isso a aqui!
- Não! Eu quero ver Pokemón! Larga! - ele puxou o controle para seu lado e acabou jogando-o no ar em direção a Afrodite que vinha com uma bandeja de suco e sanduíches. - 'SPLASH' - Opa... sujou...
O controlo pinotou e caiu exatamente dentro da jarra de suco, esparramandoo líquido amarelo para todos os lados, principalmente em Afrodite.
- GGRRRR...FIQUEM QUIEETTOOOSSSS! - "Ai ai meu cabelo... a escova foi para o espaço!" - ele gritou em fúria.
- ...opa... - as duas crianças se encolheram no sofá.
- Eu mandei vocês ficarem quietos... - falou colocando a bandeja sob o sofá e passando a mão nos cabelos. - Não acredito! AAAAHHHHHH!
Os dois correram o mais rápido que podiam e quando estavam no primeiro degrau da casa de Peixes, um cosmo muito os parou.
- Tio Miro! - gritou Psiquê.
- Solta a gente! O papai ta uma fera! - reclamou Eros, ele bem sabia que seu pai era muito mansinho mas mexer com a beleza dele era transformá-lo num monstro marinho, literalmente.
- Quanta pressa... aonde vocês pensam que vão crianças? - sorriu de leve. Ele conhecia Afrodite e sabia que para irritá-lo bastava destroçar sua imagem. - O que vocês fizeram?
- Solta a gente! - repetiu Eros. Do seu lado Psiquê fez um biquinho e ameaçou chorar. - Um pouco de suco molhou o cabelo do papai, ele tá com muita raiva. Sooollttaaa!
Continua...
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Notas do texto
Olimpíadas: Evento esportivo que unia as cidades gregas na Antiga Grécia sem o intuito de provocar rivalidades entre elas. No Santuário foi instituído para a integração entre as diferentes classes de cavaleiros e amazonas.
(1) - Bem eu não sei falar em italiano, então... me perdoem!
Notas da Autora
- Olá! Estou de volta, queridas fãs! . Bju!
Errr... sai para lá Afrodite... Esse é o meu espaço de falar com os leitores! ¬¬
Bem, essa nova fanfic não é bem uma continuação da "As Rosas não falam...", mas um complemento a ela. Agora os filhos de Afrodite estão crescidos e já prestes se tornarem aspirantes a cavaleiro, e Afrodite se vê envolvido numa complicada confusão com alguém de seu passado.
-Ô mocréia... vê se não me mata do coração, ta? Eu sou uma bicha cardíaca.. ¬¬
Ham! Eu se fosse você, Afrodite não me interromperia... ¬¬ Ou então complicarei muito as coisas para você...
Espero que gostem dessa nova história, e mandem reviews!
Kourin-sama
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