Essa é uma fanfic fora do contexto normal de Sakura Card Captor. Nela, Li é um habilidoso caçador de demônios, Sakura não tem poderes mágicos e muito menos as cartas Clow. Talvez ao longo da história eu faça elas surgirem, mas só talvez. Espero que gostem!

Aguardo as suas rewiews! Beijos!

Todos os personagens do anime que estão nessa fanfic pertecem ao grupo Clamp.


Capítulo I

O começo de uma história...

Durante toda a história da humanidade existiram lendas sobre criaturas mágicas, cujos poderes eram incompreensíveis para a raça humana, como por exemplo: fadas, gnomos, bruxas, anjos e demônios. Para algumas pessoas, tais criaturas não passam de meras invenções da mente humana, que nunca poderiam existir, mas o quê essas pessoas "incrédulas" não sabem é que todas essas lendas que são contadas para as crianças são verdadeiras, e que todas elas exibem um lado muito negro e sombrio, que é desconhecido da maioria da população.

- Volte aqui, demônio! –gritou ferozmente Syaoran Li.

- Por favor! Me deixe em paz!

Dois vultos podiam ser vistos sob a luz da lua na famosa Torre de Tóquio. Ambos pareciam estar numa espécie de dança, pois seus movimentos eram praticamente sincronizados; mas ao se olhar com atenção notava-se que na verdade estavam lutando, sendo que um deles mais parecia se esquivar dos ataques do quê atacar em si.

- Não pense que vai me enganar com essa sua aparência! Você é o demônio do espelho, que rouba as almas de garotas indefesas! – o guerreiro desferiu um golpe de espada no outro vult,o que conseguiu se esquivar.

Finalmente os dois vultos pararam em lados opostos da torre. Podia-se notar pela primeira vez a aparência de ambos, já que a luz da lua os iluminava agora. Um deles era um rapaz de aparentes vinte anos, cabelos castanhos rebeldes, olhos da cor âmbar que desferiam um olhar mortal para o seu adversário. Ele se vestia como um verdadeiro guerreiro chinês; sua roupa verde era cheia de detalhes chineses, e Syaoran Li empunhava uma longa espada.

- Eu não sou um demônio! Não sou! E nem roubei alma nenhuma! Eu juro!

No outro lado da torre havia o quê muitas pessoas diriam ser um fantasma de uma garota japonesa da era feudal. Ela tinha a pele extremamente clara, quase chegando a ser branca, seus olhos eram verde-água e ela usava um tradicional e longo kimono, cuja parte de baixo era um vestido verde e a de cima era branca, com longas mangas que escondiam as suas mãos que, mesmo por baixo das mangas, seguravam com força um pequeno espelho redondo que brilhava misteriosamente. Os longos cabelos da garota eram da mesma cor dos seus olhos, e ela usava duas faixas azuis em duas longas mexas. Ela tinha um olhar doce e ao mesmo tempo assustado com toda aquela situação.

- Eu não tenho tempo para perder com você, tenho outros da sua raça pra caçar! – o guerreiro chinês puxou um pergaminho velho e o jogou para cima - Deus do trovão! Venha!

No momento em que Syaoran terminou de falar, o pergaminho mágico brilhou e dele vários relâmpagos foram na direção do seu inimigo, que mais parecia uma indefesa e inofensiva garota. Ao ver os relâmpagos, a garota ergueu o seu espelho que simplesmente absorveu o ataque do guerreiro chinês.

- Me desculpe... Mas eu não tenho outra escolha... - o olhar da garota expressava uma enorme tristeza.

A garota ergueu novamente o seu espelho, dessa vez na direção de Syaoran, e dele saíram os mesmos relâmpagos que tinham sido lançados pelo rapaz e absorvidos, e foram na direção do guerreiro, que foi pego de surpresa e não conseguiu escapar do ataque, pois de alguma forma ele parecia ter vindo com o dobro da potência da qual havia sido desferido inicialmente. Uma grande explosão aconteceu e a garota conseguiu escapar.

- Eu... Falhei... - disse Syaoran, desmaiando.

Após algumas horas terem se passado desde a batalha na torre, numa área residencial da cidade de Tóquio, uma garota, vestindo um curto vestido verde e por cima um fino casaco branco, caminha pelas ruas que separavam as casas. Os seus olhos verdes estavam opacos de fraqueza e os seus cabelos loiros teimavam em lhe tapar a visão. Por fim, sem forças a garota acaba desmaiando na frente de uma casa...

- Vamos, Sakura! Acorda, menina!

- Sakura, hoje é o seu primeiro dia na faculdade! Não pode chegar atrasada como você fazia na escola!

- Ta bom rapazes... Mas só mais uns cinco minutinhos... Por favor...

- Kerberus...

- Spinel...

Kerberus e Spinel se entreolharam, ambos eram os "anjos da guarda" de Sakura desde que ela tinha dez anos de idade. Eles eram irmãos gêmeos, e por isso tinham a mesma aparência de um pequeno boneco de pelúcia, sendo que Kerberus tinha a pelagem amarela e Spinel, azul-marinho. Os dois haviam recebido apelidos carinhosos da sua "protegida", que os chamava de Kero e Spy. Ao verem que Sakura não acordava, os dois se juntaram e puxaram os lençóis da jovem, que gritou ao sentir frio.

- Ei, monstrenga! Para de gritar e vai se arrumar logo! Daqui a pouco você vai estar atrasada! – berrou Touya, o irmão mais velho de Sakura, da cozinha.

- Viram o quê vocês dois fizeram? Agora o Touya me xingou! – bufando, Sakura se levantou da cama num pulo e fuzilou os seus "anjos" com um olhar de poucos amigos.

- E eu achava que você era feio logo que acordava, Spinel... Mas a Sakura ganha de você... - disse Kero, encolhido num canto ao lado do seu irmão.

- Eu também sempre achei a Sakura meio assustadora logo de manhã, mas... Ei! QUEM VOCÊ TÁ CHAMANDO DE FEIO? – pela primeira vez em muito tempo, o calmo e sério Spinel perdera a compostura diante as piadinhas do seu irmão.

- Chega vocês dois, logo de manhã já estão nessa guerra... - Sakura saiu da sua suíte vestindo o uniforme da faculdade, já completamente arrumada - Como estou rapazes?

Dando um sorriso, a jovem deu uma girada no ar e mostrou o uniforme que usava. Ele tinha uma tonalidade cinza escuro e tinha alguns detalhes vermelhos, e ela usava um casaco com o emblema da faculdade e uma saia, ambos cinza, e por baixo uma blusa branca. Tanto Spinel quanto Kerberus notaram como a sua protegida havia mudando nos últimos oito anos; ela deixou o cabelo crescer até a altura dos ombros e estava com uma cara mais adulta, apesar de não ter perdido alguns traços da sua infância. Ela continuava um pouco baixa, mas o seu corpo era muito bonito fisicamente. Os dois aplaudiram Sakura, que ficou ruborizada diante tal ato.

- Ai gente, obrigada! Agora eu vou indo nessa, beijo Kero! – a jovem pegou Kerberus nas mãos e deu um beijinho na cabeça dele e em seguida pegou Spinel - Beijo Spy! – e repetiu o mesmo ato em Spinel.

De uma forma animada, a jovem desceu correndo as escadas da sua casa; agora ela tinha dezoito anos, ia para a faculdade, formar uma carreira e quem sabe, logo depois, uma família. Assim que Sakura botou os pés na sala de estar, o seu pai veio lhe cumprimentar, dando-lhe um beijo na testa.

- Boa sorte no seu primeiro dia de aula, filha. Tem certeza que não quer que eu te leve? –perguntou docemente o pai para a filha.

- Não papai, eu vou ir caminhando porque assim encontro a Tomoyo no caminho! –respondeu a jovem, sorrindo para o seu pai.

- O monstrenga! Vem comer logo antes que o seu café da manhã esfrie! – Touya parecia estar bastante bravo em relação à demora de Sakura para se arrumar e levantar da cama - Aposto que nem arrumou a cama!

- Touya, não implique com a Sakura...

- Viu? O papai me defende! – Sakura mostra a língua para o seu irmão e logo se senta à mesa, e então sorri para a foto da sua falecida mãe - Bom dia mamãe!

Após cumprimentar a foto de sua mãe, Sakura começou a praticamente "devorar" o café da manhã que o seu irmão havia lhe preparado. Apesar de sempre implicar com a irmã, Touya a amava muito e gostava de cuidar dela, mesmo que fosse de uma forma um pouco estranha para a maioria das pessoas.

- Olha só como ela come, pai! Parece mesmo um monstro!

- Touya... - o tom do pai dos jovens era um pouco mais sério do quê o normal.

- Ta bom... Parei...

Depois de terminar o seu lanche, Sakura pegou a sua mochila e, se despedindo dos seus familiares, coloca os sapatos e abre a porta da casa e vai para a aula. Enquanto isso, Touya limpava o prato de Sakura e a mesa enquanto conversava com o seu pai.

- A Sakura cresceu muito nos últimos anos, estou orgulhoso dela...

- Eu também pai, mas acho que no fundo ela sempre vai ser a minha monstrenga...

Touya e o seu pai deram uma boa risada ao imaginar Sakura na sua forma "monstrenga", ou seja, quando ela estava mal humorada. Mas essa risada foi brutalmente interrompida por um grito que vinha de fora, um grito de Sakura! Rapidamente os dois homens saíram de casa e deram de cara com Sakura parada no portão de casa, estática.

- O quê aconteceu Sakura?! – perguntou Touya.

- Tem... Uma moça morta na frente de casa! – exclamou Sakura.

Então Sakura apontou para o corpo de uma jovem loira, caída a poucos metros do portão da casa dos Kinomoto. Ela parecia estar desmaiada, mas o susto de Sakura fora tanto que ela já dava a jovem como morta. Então, Touya se aproximou dela e constatou que estava respirando e com o pulso fraco.

- Nós temos que levá-la para um hospital! – berrou Touya.

- Eu quero ir junto! – disse Sakura.

- É melhor não, filha. Você não pode perder o seu primeiro dia de aula, deixe que eu e seu irmão levamos a moça para o hospital público de Tóquio! – a essa altura o homem já estava com as chaves do carro na mão - Vamos Touya!

- Sim! – o rapaz pegou a jovem desmaiada nos seus braços e delicadamente a colocou no banco de trás do carro, e então o carro deu largada e foi em velocidade alta para o hospital.

- Eu espero que esteja tudo bem...- suspirou Sakura.

Continua no próximo capítulo...