Bombastic Love
Capítulo 1: Comensal da Morte? Eu?
Fazia
pouco mais de um ano que Gina Weasley havia terminado seus estudos em
Hogwarts, ela morava com seus pais (seus irmãos não
moravam mais na Toca). A caçula dos Weasleys era membro da
Ordem da Fênix e trabalhava como assistente geral do novo
Ministro da Magia, Arthur Weasley, seu pai (ele havia sido eleito
quando a comunidade bruxa percebeu que Fudge não era capaz de
governar com Voldemort e seus capangas à solta). Mas na
verdade o sonho de Gina era se tornar uma auror e por isso passou o
último ano se preparando física e mentalmente para o
exame, pois esse era na opinião de todos, extremamente difícil
porque exigia várias habilidades e notas altas em quase todas
as matérias.
No
entanto a ruiva não desanimou e até achava que havia se
saído bem, só faltava o resultado para confirmar. Mesmo
tendo apenas 18 anos, tinha muita responsabilidade e era determinada.
Seus dias, que eram cheios, estavam divididos entre seu emprego no
Ministério, seus estudos preparatórios e as missões
que cumpria para a Ordem.
Mesmo
no meio de tanta correria ela arranjava às vezes tempo para se
divertir com a família e com seus amigos (Colin Creevey,
Hermione Granger, Neville Longbottom, Luna Lovegood, e Harry Potter).
Harry e Hermione eram namorados, mas Gina não ligava. Harry
era agora apenas um amigo para ela. Era verdade que ela chegara a
namorar Harry em seu 6º ano, entretanto não durara pouco
mais de um ano. Os dois terminaram quando Harry descobriu que estava
apaixonado por Mione. Na época Gina ficara desolada, é
claro. Contudo a vida segue, ela acabou se recuperando e hoje não
guarda mágoa de nenhum dos dois. Era de certa forma grata,
porque isso fez com que ela fosse forçada a amadurecer e abrir
os olhos para a vida, deixar de achar que o mundo gira em torno de
seu próprio umbigo.
Eram
5:30 da manhã de uma sexta-feira e estava na hora de Gina
acordar, mas seu sono era muito pesado e ela nunca teria conseguido
sem seu eficiente "despertador":
-GINA
WEASLEY ACORDA! LEVANTA AGORA MESMO! SAIA DA CAMA JÁ, SUA
PREGUIÇOSA OU VAI CHEGAR ATRASADA NO TRABALHO!" –Molly
Weasley grita a plenos pulmões ao adentrar o quarto da
filha.
A
garota se senta rapidamente na cama como se tivesse levado um choque
(os cabelos apontando para todos os lados pareciam confirmar isso),
mas ainda estava sonolenta:
-Bom
dia mãe. –disse antes de bocejar e levantar da cama.
-Bom
dia Gina. –Molly respondeu com uma voz tão doce que parecia
impossível que ela tivesse gritado há poucos segundos
atrás.
-Que
horas são?
-Cinco
e meia. Seu pai já está na cozinha tomando café.
Se arrume e desça.
Gina
foi até o banheiro se trocar e dar um jeito na cara amassada
(ela tinha ido dormir tarde). Quando terminou, pegou a varinha em
cima da cômoda e, aparatou na cozinha:
-bom
dia pai. O que o Profeta Diário tem noticiado? –ela
perguntou a Arthur que estava lendo o jornal.
-Bom
dia filha. –ele cumprimentou –O mesmo de sempre, estão
criticando o Ministério.
-O
que é dessa vez? –a Sra. Weasley pergunta.
-Estão
acusando-nos de não fazer nada para deter
você-sabe-quem.
-Idiotas!
Será que eles não vêem que há cerca de 18
anos, antes daquele encontro de Voldemort –o Sr. E a Sra. Weasley
fizeram cara feia ao ouvir aquele nome –com Harry ainda bebê,
naquela época era muito pior? Com certeza que era! E eles
ainda vêm dizer que não estamos fazendo nada? Ora, me
poupem!
-Calma!
Se acalme Gina. –o Sr. Weasley disse.
A
ruiva soltou um profundo suspiro e respondeu:
-Tudo
bem, esse jornal sempre foi sensacionalista mesmo. Vamos
indo?
-Vamos.
Até mais Molly. –o Sr. Weasley disse antes de dar um beijo
de despedida em sua esposa e aparatar.
Tchau
mãe. –Gina disse e aparatou no Ministério da Magia
para mais um dia árduo de trabalho.
No
fim da tarde Gina terminou o turno e foi indo em direção
do elevador. Apertou o botão e esperou alguns segundos, quando
a porta se abriu:
-Harry?
–ela perguntou ao entrar e ver um homem alto e muito bonito de
negros cabelos rebeldes e profundos olhos verdes por trás de
óculos com armação redonda.
-O
homem levantou a cabeça e mirou-ª Sim, era mesmo
Harry:
-Gina!
Que bom te ver. –ele disse enquanto a puxava para um abraço
apertado.
-Faz
já um tempo que não nos vemos, também...com essa
vida corrida que levamos. –ela disse sorrindo quando ele a soltou
–E a Hermione?
-Está
bem, continua trabalhando como medibruxa no St. Mungus. Você
parece estar meio desanimada. Estou certo?
-Na
verdade estou é cansada, mas nada que uma boa noite de sono
não resolva. Não se preocupe.
-Tem
uma coisa que vai botar um sorriso nesse rostinho cansado. –Harry
disse sorrindo misteriosamente.
-O
que está escondendo de mim Sr. Harry Potter? –ela perguntou
curiosa e desconfiada.
Você
vai ver. Até mais! E apareça no meu apê pra um
chá. –Harry disse saindo do elevador no nível dois
(ele ia para o Quartel General dos aurores, já que era o chefe
deles).
Ao
chegar ao átrio Gina foi até a recepção:
-Oi
Neville! –Gina cumprimentou o amigo –Tem alguma carta pra mim?
–perguntou ao recepcionista.
-Seu
nome é...
-Virgínia
Weasley.
-Ah
sim. Duas cartas chegaram endereçadas a srta.
-Muito
obrigada. –Gina agradeceu pegando os dois envelopes.
-Quer
ir até a lanchonete um instantinho? –Neville perguntou
–Assim podemos bater um papo enquanto comemos alguma coisa.
-O.k.
Tenho algum tempo, mas tem que ser rápido. –Gina disse
olhando em seu relógio de pulso.
Na
lanchonete Gina sentou-se à uma mesa enquanto Neville foi
fazer os pedidos. Foi aí que se lembrou das cartas e abriu
primeiro a carta que lhe parecia ser a mais formal:
Prezada
Srta. Weasley,
O
Quartel General dos aurores tem o prazer de informá-la, o
resultado de seu teste de aptidão para se tornar auror.
Sua
nota foi A, portanto a senhorita foi considerada apta a exercer o
cargo.
Parabéns!
Compareça
em nosso Quartel General na segunda-feira às 8:00h da manhã
e trataremos de detalhes.
Atenciosamente,
Harry
Potter
Quartel
General dos Aurores
Ministério
da Magia
P.S.:
Foi mal Gina, mas eu tinha que escrever formalmente e também
não podia te contar antes . Parabéns mesmo, porque você
merece. Sei que esteve se esforçando muito. No final valeu a
pena tanta dedicação, né? Beijos e tchau!
Ao
terminar de ler Gina tinha lágrimas nos olhos:
-O
que te aconteceu? –Neville perguntou preocupado.
-Fiquei
emocionada. Estou tão feliz! Leia. –Gina disse e entregou
a carta nas mãos do amigo.
-Parabéns
Gina! Eu sei o quanto você se esforçou para esse
teste.
-Obrigada
Nev. –Gina agradeceu e deu um beijo na bochecha dele, o fazendo
corar.
Os
dois comeram seus X-saladas e tomaram a vitamina de frutas:
-Tenho
que ir. –Gina disse se levantando.
-Não
esqueça a sua outra carta. –Neville lembrou, vendo um
envelope lacrado que havia caído do bolso da garota.
-Obrigada
por tudo Nev. –ela disse depois de apanhar o envelope.
A
ruiva seguiu até um dos boxes do banheiro feminino e
adentrou-o. Apoiou as costas contra a porta e analisou o envelope
lacrado, ele tinha o selo de Hogwarts. Certamente era uma carta de
Dumbledore.
"Mas
o que será que Dumbledore pode ter escrito? Só lendo
para saber".
Então
a curiosidade levou a maior e ela resolver ler ali mesmo:
Srta.
Weasley,
Preciso
ter uma séria conversa com você.
Não
posso adiantar nada por carta (caso seja interceptada), mas posso lhe
garantir que é de suma importância.
Compareça
em meu escritório às 20:00h de hoje. Se não
puder vir, me comunique-me o mais depressa
possível.
Atenciosamente,
Alvo
Dumbledore."Qual
assunto importante? Deve ter relação com a Ordem."
Pensou e apartou em seu quarto.
Após
tomar um banho desceu para a cozinha e encontrou os pais:
-Vai
jantar querida? –a Sra. Weasley pergunta.
-Não
obrigada. Comi um lanche e por isso estou sem fome.
-Molly
e eu estávamos conversando. Você já recebeu o
resultado do teste para auror? –o Sr. Weasley perguntou.
Gina
abriu um sorriso de orelha à orelha e respondeu:
-Sim.
E adivinhem? Eu passei!
-Parabéns
filha. –os dois disseram e a abraçaram.
-Quando
começa? –Molly perguntou.
-Segunda-feira.
-Perdi
a minha assistente, mas para uma boa causa. –Arthur disse.
Gina
olhou no relógio, já era 19:50h:
-Eu
tenho que sair. Dumbledore quer me ver, depois conto a vocês.
–Gina disse e aparatou em Hogsmeade (todos sabiam aparatar, por
isso raramente havia pó-de-flu na Toca).
Na
Dervixes e Bangs havia uma lareira pública, então ela
foi até lá e jogou pó-de-flu na
lareira:
-Escritório
do diretor de Hogwarts!
Ela
foi rodando, mas segundos depois já se encontrava na sala de
Dumbledore:
-Boa
noite srta. Weasley. Sente-se.
-Boa
noite Professor. –Gina disse e sentou-se na cadeira em frente a
escrivaninha do diretor.
-A
srta. deve estar se perguntando qual é a finalidade dessa
conversa que pretendo ter. Estou certo?
Gina
concordou com a cabeça:
-Pois
bem. A srta. sabe que Voldemort ultimamente tem estado na moita e
isso porque ele está planejando algo. Digo algo, porque não
sei o que ele pretende. O que sei é que ele anda espalhando os
comensais por diversos lugares. A Ordem está precisando de
novos espiões.
-Mas
e o Professor Snape?
-Foi
mandado para a Alemanha.
-O
que Voldemort pretende mandando comensais para outros lugares?
-Creio
que seja conseguir aliados estrangeiros. Enfim, eu entendo se
recusar, mas pelo menos pense a respeito...
-Eu
ainda não entendi onde o senhor quer chegar.
-Não
me interrompa agora, por favor. –Dumbledore disse e Gina corou
envergonhada –Você seria perfeita para espionar. É
astuta, determinada e tem todo o preparo que um auror possui. O que
eu quero te pedir é um favor muito grande. Preciso que para
espionar penetre no círculo íntimo de Voldemort e
também que consiga um aliado para a Ordem. Resumindo: Preciso
que se torne uma Comensal da Morte.
Gina
arregalou os olhos e deixou o queixo cair despercebidamente. Será
que ela estava ouvindo coisas? Dumbledore havia mesmo lhe pedido o
que estava pensando? Não adiantava querer se enganar, ela
ouvira claramente. Ao ver que Gina estava paralisada em choque
Dumbledore disse:
-Eu
já terminei, Srta. Weasley? Não gostaria de manifestar
a sua opinião?
-Comensal
da Morte? Eu? –Gina perguntou assim que se recuperou.
