Disclaimer: Xena e Gabrielle infelizmente não me pertencem. U.u Se pertencessem, com certeza a Xena não teria morrido nunca ¬¬
ATENÇÃO: Essa cena contém cenas de romance entre duas mulheres. Se isso te ofende, se sua religião não permite e se seus pais não deixa, bom, NÃO LEIA!
O Resgate de Gabrielle.
Cap–01
A temperatura noturna era amena naquela época do ano. No meio de uma floresta, uma pequena fogueira aquecia o sono das duas amigas que dormiam lado a lado no chão sobre panos e sob cobertas. Era assim quase todas as noites em que acampavam nas viagens.
Xena dormia inquieta. Mechia–se atormentada enquanto suas palpebras se apertavam fortemente.
– Não... – dizia enquanto dormia – Solan... Esperança... não... hhhmmm...
Gabrielle lentamente abre seus olhos desconfiada, como se algo estranho estivesse acontecendo. E realmente estava. Ela ergue a sua cabeça ainda sonolenta e vê Xena lutar contra um pesadelo.
Assustada, Gabrielle tenta em vão acordar a guerreira.
– Xena... Xena, acorda... – Gabrielle tocou o ombro da guerreira que subitamente levantou e ficou de joelhos com uma expressão apavorada.
– GABRIELLE, NÃO!!! – Diz enquanto ergue–se violentamente.
A barda logo senta ao lado de Xena e tenta tranquiliza–la, colocando as duas mãos no rosto da guerreira.
– Calma Xena... foi só um pesadelo...
Ofegante a amazona olhou para a sua amiga. Com seus olhos azuis extremamente abertos e a boca semi–aberta, pareceu estar aliviada ao ver a amiga sã e salva ali ao seu lado.
– Gabrielle... – disse Xena ao ver o rosto preocupado da barda, puxando–a para um abraço forte. – Que bom que está bem...
A barda não entendeu, mas abraçou a amiga. Os braços fortes da princesa guerreira eram aconchegantes como nenhum outro.
Para Xena a sensação de abraçar a barda era indescritível. Adorava toca–la e abraça–la sempre que podia. Xena respirou aliviada e logo soltou a companheira, olhando–a nos olhos. Ah... aqueles olho verdes serenos de Gabrielle eram tudo o que a guerreira queria ver naquele momento.
– O que houve Xena? – perguntou Gabrielle enquanto olhava nos olhos azuis da guerreira sentada a sua frente.
– Um pesadelo horrivel... – respondeu a amazona, tornando–se a deitar em seguida. Ficou de costas para a barda e apoiou o rosto sobre umas das mãos, fixando o olhar para um ponto invisível. As imagens do pesadelo ainda a atormentavam.
Xena sonhara com Esperança, Solan e Gabrielle, onde a guerreira estava totalmente imóvel assistindo a morte do seu filho e da sua amiga querida, num abiente sinistro e de dar arrepios até mesmo no próprio Ares. A culpada: Esperança. Sempre ela a atormentar os sonhos da guerreira.
– Outra vez... – disse Gabrielle preocupada. – Você anda tendo muitos pesadelos ultimamente, Xena... não quer me dizer o que é?
A barda deitou–se ao lado da amiga, apoiando–se nos cotovelos tentando ter uma visão melhor do rosto da amiga.
– Não foi nada Gabrielle... pode voltar a dormir. – respondeu a guerreira sem ao menos olhar para a barda. Xena não gostava de mostrar fraquezas. Apenas Gabrielle conhecera seu lado mais sensível, mas mesmo assim não sentia–se confortável ao demonstrar qualquer tipo de fragilidade.
A barda sorriu. "Xena, sempre durona... minha durona..." pensou. Antes que Xena pudesse pressentir algo, Gabrielle deu um beijo rápido e carinhoso na bochecha da guerreira que tomou um susto.
– O que é isso? – perguntou assustada. Não esperava isso naquele momento. Logo foi acometida por uma estranha sensação de rubor nas faces, disfarçada graças a pouca iluminação do local.
– Só um beijo pra te proteger dos maus sonhos! – a barda sorriu serenamente e deitou–se de costas para Xena.
Mesmo sendo um beijo tão breve, a sensação de ter sido tocada pelos labios de Gabrielle foi o suficiente para acelerar os batimentos cardíacos da princesa guerreira. Pouco tempo depois, tentou virar–se para olhar a amiga, mas esta já dormia de costas para a guerreira.
Xena apenas tocou os longos cabelos loiros da sua amiga e sua expressão ficou triste, quase engolindo um choro.
– Tenho muito medo de te perder, Gabrielle... – sussurrou Xena deitada olhando para as costas da barda.
Lentamente a gurreira aproximou seu corpo do de Gabrielle. Enterrou seu rosto aos cabelos da barda, deixando que uma lágrima teimosa caísse dos seus olhos. Sem pensar duas vezes, o braço de Xena envolve Gabrielle pela cintura, puxando–a contra si num abraço tenro. "Eu te amo Gabby..." sussurou Xena antes de adormecer.
"Eu também de amo, Xena..." pensou Gabrielle que estava de olhos abertos. O forte braço da guerreira laçava a barda pela cintura, repousando a mão na barriga da barda que estava assustada com o acontecimento. Porém seu coração palpitava em seu peito e era forçada a controlar sua respiração para que a guerreira não percebesse que a ela não estava dormindo.
XxxxxxxxxxXxxxxxxxxxxxX
O sol raiava no acampamento e Xena acorda com Gabrielle praticamente em cima dela. Braços e pernas estavam por todos os lugares e foi difícil a guerreira livrar–se da barda.
"Lembrei por que eu prefiro dormir longe dela..." mentiu para si mesma enquanto tirava uma pena de cima de seu estômago e um braço do seu pescoço. Apesar de tão espaçosa, Gabrielle ficava linda dormindo. Ao sentar e se espreguiçar, Xena contempla o rosto adormecido de Gabrielle, acariciando–lhe delicadamente na face.
Tratou logo de ir providenciar a comida antes que a espaçosa dorminhoca acordasse com fome.
Dirigiu–se ao rio mais próximo e tirou a armadura, ficando apenas com um fino vestido branco que usava por baixo da armadura. Lembrou–se que estava vestindo aquilo quando viu Gabrielle pela primeira vez, lutando bravamente contra soldados de Draco.
Naquele dia, apesar da frieza que tratou a barda, Xena tinha certeza que queria aquela garota amável por perto... e agora elas estavam ali, sempre juntas, unidas para o que desse e viesse.
Mas Xena mal podia imaginar o que estava por vir naquele dia.
XxxxxxxxxxxxxxXXXXxxxxxxxxxxxxxxxX
Xena regressava, já de armadura para o acampamento. Trazia um cesto com três peixes e frutas. Imaginara que ia encontrar sua barda favorita ainda roncando, como era de costume.
– Acorda, Gabrielle! – Dizia Xena desviando de algumas arvores até chegar ao acampamento. – Trouxe o ca... GABRIELLE!!! – Xena gritou ao ver seu acampamento todo revirado, a fogueira apagada e... Gabrielle não estava lá.
A guerreira imediatamente soltou o cesto, fazendo com que a comida caísse no chão e correu para observar o local. Xena não sentia falta de nenhum objeto, então não foram saqueadores. A bagunça era um sinal de que, quem quer que tivesse atacado, queria ter certeza que Xena veria aquilo.
A guerreira gritou pela amiga por varias vezes, mas esta não apareceu. Com uma expressão de desespero, examinou o local onde deixara a amiga dormindo para ir pescar. Os sinais de arrastamento eram claros. A grama retorcida de um jeito como se homens tivessem arrastado sua amiga. Xena segiu as pegadas que sumiram, dando lugar às pegadas de cavalos. Três cavalos exatamente.
Com um olhar animalesco e com uma expressão de fúria, Xena chama Argo com um assobio. A égua atende ao chamado imediatamente, indo até a sua dona.
– Vamos Argo... vamos resgatar a Gabrielle. – disse Xena após a montaria.
Xena estava com medo. Cavalgava a toda velocidade pela estrada, seguindo a marca dos três cavalos. Pelas profundidades da marca, Xena pôde constatar que eram guerreiros com armadura. O cavalo do meio estava com as pegadas ainda mais profundas, indicando que haviam duas pessoas montadas.
Não, ela não temia pelo bandido que sequestrara sua amiga, e sim, temia pela Barda não conseguir se defender sozinha. Mesmo ela ciente de que sua amiga já estava forte o suficiente para se defender, não podia deixar de admitir que não confiava muito na força da amiga.
"Gabrielle..." pensou Xena.
XxxxxxXxxxxxxxxXxxxxxxxxXxxxxxxxxX
Três homens chegavam numa grande cabana, puxado Gabrielle que estava amordaçada e com as mãos amaradas. Nos pés, cordas com um tamanho ideal para que ela caminhasse mas não corresse. Já era meio dia ou mais, Gabrielle não estava com muita noção de tempo.
– Aqui esta ela, Sr. – disse um dos homens empurrando Gabrielle para um homem forte que estava sentado à mesa, deliciando–se com um belo pernil, peixes e frutas de todos os tipos. Gabrielle sentiu seu estômago reclamar. Ainda não havia comido nadaa o dia todo e aquele cheiro estava fazendo–a ficar louca.
– Muito bem. Ela viu? – perguntou o homem com uma voz grave.
– Sim senhor. – disse o guerreiro – Mandamos um dos nossos homens ficar para tras e acender uma fogueira assim que Xena chegasse e começasse a nos seguir.
– Não fizeram nada com a garota, né? – O homem de aparencia assustadora levanta e examina o rosto de Gabrielle.
A barda observou bem. O homem tinha uma horrivel marca em X no rosto, passando por cima de seu olho que estava fechado, como se não existisse mais aquele órgão.
O homem examinou Gabrielle por completo, pousando seu olhar no decote da barda onde ficou alguns segundos contemplando o tórax da barda que retraiu seu corpo escondendo–se.
– Somos mercenários, mas ainda temos nossa honra. – disse o guerreiro seguido pelas risadas dos outros dois. – Não tocamos nela.
– Ótimo... pois quem vai faze–lo sou eu mesmo... – disse o homem tocando o rosto de Gabrielle que abriu os olhos numa expressão muito assustada. – Você tem belos olhos garota.
– Senhor... – disse o homem como se estivesse lembrando–o de algo.
– Oh sim. Peguem aquele baú ali. Lá está a 1ª metade do pagamento. Já sabem o que fazer.
Os três homens confirmaram, pegaram o baú e saíram rapidamente. Deu–se alguns segundos para que o homem tornasse a olhar Gabrielle de maneira estranha. Logo ele arrancou a mordaça da Barda que começou a falar euforicamente.
– Não importa qual seja seu plano! Não vai dar certo! Xena virá e destruirá você!
O homem caiu na gargalhada. Um riso irônico que deixou Gabrielle com medo.
– Mas é exatamente isso que eu quero, garotinha... Ela virá... tenho bons planos para ela...
...Continua...
––––––––––––––
Então gente? Gostaram?
Espero que sim!
