Capítulo 1: Apresentações no Expresso de Hogwarts

É 1o de setembro, dia de pegar o trem e começar mais um ano letivo, pelo menos para os alunos da Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts.E, na Plataforma 9 ½ , um certo aluno do 5o ano chamado Harry Potter e seus amigos Weasley se preparam para partir.

- Primeiro o Harry e o Ron, depois Fred, Jorge e Gina – disse a Sra. Weasley enquanto observava se nenhum trouxa estava prestando atenção. – Vão agora, podem ir!Agora, vocês também!Tenham um bom ano letivo!

- Cuidem-se bem, crianças! – sussurrou o Sr. Weasley, com um aceno.

Depois de ultrapassarem a barreira, correndo, os cinco já podiam contemplar o Expresso de Hogwarts, ainda parado, e todas as pessoas que circulavam.Harry e Rony se entreolharam, sérios, e se dirigiram para o trem, seguidos de Fred e Jorge, que pareciam discutir os novos projetos para a tão sonhada loja de logros, e Gina atrás, espiando Harry discretamente e pensando no momento em que ela iria, finalmente, se declarar.Do Natal não passava.Certamente.

Gina estava realmente mais segura de si naquele ano.Tinha a impressão de que finalmente estava crescendo e poderia olhar o Harry de igual pra igual, sem ficar púrpura e fugir.O amor dela deixou de ser uma paixão infantil e firmou-se mais ainda em seu coração.Ainda assim, havia algo que a travava sempre que tentara falar com Harry na Toca nas férias.

A seriedade de Harry e Rony naquele ano tinha motivo.Os acontecimentos do ano anterior ainda causariam conseqüências, ninguém duvidava.Era uma questão de tempo até a bomba explodir.Nada acontecera de anormal durante o verão, e eles não sabiam dizer se isso era bom ou ruim.Mas queriam pensar nesse assunto o mínimo possível.

- Oi, gente!Tudo bem? – era Hermione que se juntava a eles na porta do trem, e parecia muito animada.Passara as férias nas praias do Brasil, e estava morena como nunca Harry e Rony tinham visto.

- Oi, Mione!Como foram as férias? – perguntou Harry naturalmente.

- Gente, o Brasil é lindo!!!Foi a melhor viagem que já fiz!

- Parece que o Brasil fez bem a você – elogiou Harry, dando uma cotovelada discreta em Rony, que parecia atingido pelo feitiço do Corpo-Peso ao olhar Mione.

- AH!Claro...você...está...muito...bonita assim bronzeada, Mione! – Rony falou de um fôlego só, e se abaixou para pegar a mala, a fim de impedir que o vissem da mesma cor de seu cabelo.Fred (ou Jorge) olhou para dentro do trem.

- É melhor a gente entrar pra arranjar um bom lugar, gente.

            Os seis se acomodaram em uma cabine vazia no fim do trem.Fred e Jorge saíram com duas sacolas nas mãos.Rony olhou aquilo meio apreensivo.

- O que vão fazer andando por aí com isso?

- Negócios! – responderam os dois ao mesmo tempo, com um sorriso maroto, ao sair.Rony deu um sorrisinho conformado e voltou a arrumar suas coisas dentro da maleta.

- Pelo menos eles levantam algum por si mesmos! – falou pra dentro, com um leve ciúme.

            Harry sentou-se na janela, tentando se distrair dos pensamentos ruins.Mione puxou o livro de Feitiços da 5a série e o desembrulhou.Rony arregalou os olhos e juntou as mãos.

- Por Merlim!É este ano que o mundo acaba!Os centauros neste momento devem estar profetizando..."a profecia se cumprirá...quando aquela que absorve os conhecimentos não tiver rompido o lacre do livro,durante o período quente, ao mundo virá a desgraça...a profecia se cumprirá..." – e fez um barulho imitando trovões.Hermione fechou o livro com um estrondo e amarrou a cara.

- Não tem graça, Rony!Eu não tive tempo de ler nada nestas férias!Pra falar a verdade, eu até esqueci que tinha levado os livros na viagem, de tanto que me distraí. – disse Mione corando. Gina deu um sorriso e entrou na conversa.

- Não fale como se isso fosse um pecado mortal, Mione!A viagem deve ter sido ótima, fala dela pra gente!

- Eu vou mostrar as fotos, Gina!Tome aqui. – os olhos de Gina brilhavam enquanto ela via as fotos, com Rony do lado meio entediado (eram fotos trouxas, imóveis), só olhando se ela dizia que alguma coisa era linda.Harry nem estava prestando atenção.Queria escrever a Sirius, mas no momento não fazia idéia de onde ele estava.Talvez recebesse notícias em breve.Ou não.Isso não queria deixa-lo em paz.

- Alô, Terra para Harry, tudo bem aí no espaço? – Mione o sacudiu, um tanto preocupada. – Eu perguntei se quer ver as fotos com a gente!

- Ah, desculpe Mione, eu me distraí. – e se virou pra ver as fotos também, decidido a relaxar um pouco.

            O Expresso de Hogwarts começou a viagem.Enquanto viam as fotos, eles conversavam animadamente na cabine, e nem perceberam que alguém entrava.

- Com licença. – só aí olharam para a porta. – Posso ficar nessa cabine?

            Era uma garota, devia ter a mesma idade deles, e tinha um sotaque estranho, diferente de Fleur ou Krum.Tinha a pele morena, um pouco menos do que Hermione, mas ainda assim mais do que a maioria das garotas de Hogwarts.Seu cabelo era de uma cor parda, curto e brilhante, cheios como os de Mione mas muito bem penteados, exceto pela grossa franja que lhe caía nos olhos, castanhos, que lhe davam uma expressão amiga e um ar inteligente.Sorria levemente enquanto caminhava carregando duas maletas.Harry notou que o uniforme dela não tinha o emblema de nenhuma casa, mas resolveu não comentar.Gina abriu um sorriso e apontou o lugar ao lado dela. 

- Você pode sentar aqui, tem bastante espaço.

- Muito obrigada. – Gina ajudou ela a acomodar tudo no banco e as duas se sentaram. – Meu nome é Noriçá Nomini. – começou a garota, tentando puxar conversa.

- Eu sou Gina Weasley. – as duas apertaram as mãos. – Este é meu irmão Rony, ela é Hermione Granger e aquele é o Harry Potter.

            Como já é de costume, Noriçá levantou as sobrancelhas quando ouviu o nome "Harry Potter", mas foi só isso.

- É um prazer conhecê-los.Estou chegando este ano.

- Então é estrangeira mesmo?De onde você veio? – interessou-se Hermione.

- Eu sou brasileira. – respondeu ela, parecendo orgulhosa de contar isso.A alegria de Mione não poderia ser maior.

- Sério?Puxa, eu já estive lá, e gostei muito!Me fez até esquecer os livros!

- Quem sabe você deva ir mais lá, Mione.Assim talvez perceba coisas que acontecem à sua volta e passam batido por causa dos livros. – disse Harry olhando diretamente para Rony.Hermione só revirou os olhos para Harry, sem notar que o outro já estava da mesma cor dos cabelos de novo.Noriçá olhou para Gina e ela respondeu com um olhar "é exatamente isso que você está pensando".As duas sorriram e mudaram de assunto.

- Como são os bruxos no Brasil, Noriçá? – perguntou Gina.

- Bem, são bruxos comuns, mas temos costumes bem diferentes.Por exemplo, não existem roupas assim lá. – disse esticando os braços.- É muito calor, mesmo na minha cidade, em Curitiba, onde é mais frio que na maioria dos lugares.E os trouxas de lá simpatizam com a magia, pelo menos a maior parte, e é bem divertido, cada um tem idéias diferentes sobre magia.Uns chamam de "esoterismo", outros de "simpatia", e por aí vai.Mesmo antes de saber que era bruxa, minha mãe costumava me arrastar por esse tipo de loja.Ela achou o máximo quando recebi a carta da escola lá do Brasil.

- Eu sempre quis ir ao Brasil. –disse Gina com um ar sonhador e os olhos fitando o vazio além da janela.

- Quem sabe você vem comigo no Natal. – convidou Noriçá enquanto mexia nas pastas de uma das maletas.

- É...quem sabe...- lamentou Gina disfarçadamente, duvidando muito que seus pais tivessem dinheiro pra viagem.Se o Carlinhos não pôde ir...

Nessa hora bateu um vento vindo da janela aberta, que fez os pergaminhos da maleta de Noriçá voarem em direção à porta.Revirando os olhos, ela foi juntar, e os outros foram ajudar.Já tinham pegado todos quando a porta se abriu e uma conhecida voz arrastada e fria se fez ouvir na cabine.

- Ora, o que temos aqui?Não fazem mais limpeza nesse trem ou a cabine do Potter é sempre assim?

            Automaticamente, Rony olhou fuzilante para Draco, parado à porta com Crable e Goyle ao seu lado, sorrindo daquele jeito dele.

- Sai fora Malfoy, antes que se arrependa. – ameaçou Harry.Andava por aqui com o Draco por causa do que tinha descoberto sobre o envolvimento dos Malfoy com Voldemort no ano passado.

- Você vai sair da escola, Granger?Graças a Deus! – Draco ignorou Harry.

- De onde tirou essa idéia idiota? – Mione cruzou os braços, sem entender.Foi só aí que eles repararam no pergaminho fino nas mãos de Draco.

- Se não deixasse jogado por aí lembraria."Ordem de Transferência da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, 5o ano".Se não é seu, lamen...

- É meu!- Noriçá se pronunciou, até agora estava em pé mexendo na maleta.Foi até Draco com um sorriso enorme e pegou o pergaminho, aliviada. – Que bom que eu não perdi, ia dar o maior trabalho mandar buscar outro.Deve ter passado por baixo da porta na ventania.Draco, né?Obrigada por recolher!

            Ela deu as costas pra ele, que ficou paralisado com aquela "cortada", e foi sentar.Todos estavam de olhos arregalados, principalmente Rony.

- Você...CHAMOU ELE DE DRACO?

            Vendo que todos a olhavam, Noriçá ficou um pouco vermelha e tratou de se explicar.

- Ah, é que no Brasil não é muito comum chamar os outros pelo sobrenome, não quer dizer que eu tenha alguma intimidade com esse garoto infantil nem nada disso.

- É verdade, os trouxas do hotel também não me chamavam pelo sobrenome, nenhum deles. – concluiu Mione.Rony fez um gesto de alívio e Harry achou graça disso.Mas Draco não achou nada engraçado.

- EI, O QUE VOCÊ QUIS DIZER COM "GAROTO INFANTIL"???? – esbravejou ele, roxo.

- Que você é infantil. – respondeu Noriçá calmamente.

- Acho que foi uma constatação bastante óbvia, Malfoy. – riu-se Mione.

- Não falei com você, Granger! – e virou-se para Noriçá novamente, agora mais perto do banco. – Nunca te vi por aqui, mas estou contente que esteja sendo transferida para o Brasil, garota!

            Noriçá não fez nenhum esforço para conter a risada debochada, nem Harry e os outros.Ainda com o barulho de risadas, Noriçá encarou Draco com um olhar desdenhoso (e ela era tão boa nisso quanto ele).

- Depois não quer que te chamem de infantil!Se não matasse aula de português, com certeza saberia diferenciar para o Brasil de do Brasil!Eu estou vindo do Brasil para ficar por três anos em Hogwarts!Entendeu?Ainda vai me ver muito!

- Eu não pretendo nunca mais ver a sua cara...- completou depois de um tempo: - quando o meu pai...

- Por acaso seu pai é Lúcio Malfoy? – cortou Noriçá.

- Por acaso é!Problema? – respondeu Draco do jeito mais mal-educado que pôde.Era a segunda vez em poucos minutos que ela o interrompia na melhor parte.

- É que eu queria só perguntar se ele tem problemas com vinho freqüentemente. – ela olhou pra ele desdenhosa outra vez, encostando-se ao banco.Draco arregalou os olhos.Todos pararam de rir pra prestar atenção.

- Noriçá, conta essa história direito! – Rony ficara empolgado, como se tivesse acabado de ganhar na loteria.

- Bem, aconteceu há quatro anos atrás, lá no Brasil. – começou Noriçá, parecendo muito feliz de contar essa história – No ano-novo, teve uma festa de bruxos lá na praia de Caiobá e a cidade toda foi.Esse tal Lúcio Malfoy...

- COMO OUSA...

            Draco tentou interromper, mas as varinhas de Fred e Jorge já tinham nocauteado Crable e Goyle e agora estavam nas costas dele.

- Não seja mal-educado...

- Queremos ouvir o fim da história...

            Ele teve que ficar quieto.Noriçá continuou.

- Bem, daí esse tal Lúcio entornou umas duas garrafas de vinho, tava se divertindo muito com isso, mas um outro bruxo lá não gostou, queria expulsar ele da festa e tal, mas deu um ataque nele que atraiu atenção de todo mundo.Ele gritava e fazia gestos impróprios, sabe, eu tava lá e vi, posso falar.Dizia que (imitando bêbado) "eles estavam falando com um Malfoy, que ele não era um qualquer pra ser expulso, eles que expulsassem os sangue-ruins que estavam lá" e quando ele disse isso, nossa, ( Noriçá arregalou os olhos) deu até medo.Como ele era o único puro-sangue presente, sabe como é, se não tivessem recolhido todas as varinhas na portaria tinham matado ele.Mas daí veio o Ministério, e abafaram tudo, como costuma acontecer.

            Rony estava em êxtase, como quando Moody transformara Draco em doninha na frente de todos.Fred e Jorge, idem.Mione balançava a cabeça, impressionada, assim como Gina.Draco estava estático, tentando permanecer frio.Harry foi o único que pensou no perigo que eles haviam corrido, pois a última vez que Lúcio passara da conta tinha tentado exterminar uma família de trouxas com os outros Comensais da Morte, na final do Campeonato de Quadribol.

- Rony, como seu pai não sabia dessa? – Mione continuava surpresa.

- Nem o ministro deve saber dessa!Com certeza ficou só entre a força-tarefa que apartou a briga e os convidados! – Rony voltara a rir e mal podia falar.Draco ainda encarava Noriçá com ódio no olhar.Ela retribuiu da mesma forma e voltou a falar.

- E eu teria ajudado se tivesse minha varinha. – ela falou estreitando os olhos, de um jeito que Draco sentiu um frio na espinha.Ela continuou.

- Se tem uma coisa que eu não suporto são esses tradicionalistas que se acham os donos da verdade e ainda vivem na Idade Média pra pensar que sangue e tradição são o que determinam se uma pessoa presta ou não. – Draco estava mais pálido que o normal quando ela terminou, um pouco pela maneira penetrante dela falar e um pouco pela ofensa direta à classe dos puro-sangue.Mas lembrou-se a tempo das varinhas dos gêmeos nas suas costas e não falou o que realmente queria.

- Já terminou?Posso ir? – foi o mais frio possível.

- Já vai tarde. – Noriçá retrucou, no mesmo tom.

            Ele foi andando até a porta, Crable e Goyle estavam acordando agora. Draco fez um sinal com a cabeça pra eles.

- Vamos embora.A viagem já deu o que tinha que dar.

            Os três foram embora sem se virarem.Assim que sumiram de vista, Fred e Jorge seguraram as mãos de Noriçá, enlevados.

- A senhorita é incrível.

- Os Novos Marotos sempre irão se lembrar desse glorioso dia.

- O dia em que encontramos a garota mais docemente perigosa de Hogwarts.

- Então eu perdi o meu título? – brincou Hermione.

- Posso dizer que brevemente a senhorita Mione terá outro título. – sussurrou Jorge olhando diretamente para Rony, que olhou feio para eles, vermelho.

- Não quer ser uma dos Novos Marotos? – convidou Jorge educadamente a Noriçá, com uma reverência.

- Acho que não posso assumir uma responsabilidade assim tão grande, mas agradeço a oferta, mesmo não sabendo do que se trata! – ela respondeu sorrindo, retribuindo a reverência.

- Uma pena! – suspiraram os gêmeos ao mesmo tempo.Harry olhou pra eles surpreso.

- "Novos Marotos"? O que é isso agora?

- Em homenagem aos Mestres Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas... – começou Fred.

- Nós temos o orgulho de apresentar... – continuou Jorge.

- A NOVA GERAÇÃO!OS NOVOS MAROTOS! – Lino Jordan entrou teatralmente na cabine, com um pergaminho grande na mão e um sorriso ainda maior.

- NOVOS MAROTOS? – todos se olharam estupefatos, inclusive Rony e Gina, que não estavam sabendo de nada.

- O que vocês vão aprontar agora? – Rony balançou a cabeça.

- Nós já aprontamos, maninho! – Jorge nunca esteve tão orgulhoso, nem mesmo quando passou nos NOM´S.

- Esta é a nossa obra de arte! –emocionou-se Fred!

- Fruto do nosso trabalho e dedicação! –Lino pôs as mãos no peito, orgulhoso.

- Mas expliquem logo isso! – Harry estava curioso.

- Simples, Harry.Nós pensávamos que éramos grandes aprontadores...- disse Fred.

- Mas, ao acharmos o Mapa, percebemos que existe muito a aprender...- falou Jorge.

- E vimos que só seríamos dignos quando nos tornássemos como Aluado e os outros, verdadeiros Mestres. – concluiu Lino.

- Por isso estamos nos empenhando! – Fred levantou o polegar num sinal positivo.

- E hoje concretizamos nosso primeiro passo! –Jorge o imitou.

- Iremos estar em "Hogwarts: uma História" depois disso! – Lino fez o mesmo.

- A AUTORIZAÇÃO DO MAROTO! – os três falaram ao mesmo tempo, levantando o pergaminho e o entregando a Harry.

- O que vem a ser isso? – Harry examinava o pergaminho vazio – Pra que serve?

- É o mesmo princípio do Mapa do Maroto. – Lino pegou a varinha enquanto falava, e pediu o pergaminho de volta com um gesto – Primeiro, uma frase ao encostar a varinha no pergaminho.Aham!Eu não pretendo ir ao lugar que estará neste espaço.

            Imediatamente, apareceram palavras no pergaminho, exatamente como no Mapa do Maroto.Pensem em um banner de site, onde uma frase aparece e some um tempo depois para aparecer a seguinte (pelo menos é assim que eu imagino o Mapa) "Os Novos Marotos.../Clone1, Clone2 e Fala-Muito.../Em uma homenagem aos Marotos originais.../Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas.../têm o prazer de apresentar.../A AUTORIZAÇÃO DO MAROTO!"

            Apareceu uma ficha no pergaminho, contendo Nome do Aluno, Casa de Hogwarts, Justificativa, Matéria, Professor, Responsável e Assinatura do Responsável.Lino tinha os olhos brilhando, assim como os gêmeos.

- Agora vamos fazer um teste.Clone1, Clone2, me dão a honra de pegar sua família emprestada?

- Com todo o prazer, Fala-Muito! – os dois responderam juntos.

-Fred Weasley!Grifinória!Vó doente!Poções!Severo Snape!Sra.Weasley!Assine!

            À medida que ele falava, as lacunas iam se completando, inclusive a assinatura da Sra. Weasley.Lino tirou a varinha do pergaminho e a entregou com um sorriso gigante ao embasbacado Harry.Todos se amontoaram para ver a útil magia.Uma perfeita autorização se formava: "Caro professor de Poções Severo Snape, venho por meio dessa declaração justificar a falta de Fred Weasley à sua aula por motivo de vó doente, ocasionando uma viagem de emergência na data de hoje.Ass: Sra. Molly Weasley."

- Então, Rony? – Jorge falou triunfante. – Não á uma assinatura perfeita?

- Impressionante... – foi tudo que Rony conseguiu dizer.

- Isso é ilegal... – foi tudo o que Mione conseguiu dizer.

- Que perfeição... – foi tudo o que Gina conseguiu dizer.

- É genial... – foi tudo o que Noriçá conseguiu dizer.

- E você, Harry? – os três estavam ansiosos para saber a opinião dele.

            Harry levantou a cabeça e olhou pra eles com um enorme sorriso.

- Com certeza os Marotos teriam ficado orgulhosos! – ele coroou com a cabeça. Fred, Jorge e Lino vibraram.Tanto que nem perceberam Harry ficar com os olhos marejados.Imediatamente lembrou-se de Sirius, escondido; Lupin desaparecido; seu pai, Tiago, morto; e Pedro, um traidor mal-amado.Desejou com todas as forças que os Novos Marotos não tivessem o mesmo destino dos antigos. Riu-se, pensando no que os garotos fariam se descobrissem a verdadeira história e a identidade dos Marotos.Mas isso não poderia ser revelado, não agora pelo menos.

- Harry...

            A voz sussurrada de Gina chamou Harry de volta.Ele virou-se e viu que ela o observava, um tanto corada.Mas a voz veio firme e gentil.

- Harry, eu não sei direito o que está acontecendo, mas, tenho certeza que tudo vai dar certo se a gente der tempo ao tempo.E – ela corou mais – se quiser conversar...

- Obrigado, Gina. – ela sorriu pra ele, e pela primeira vez, ele sentiu o rosto corar ao vê-la tão de perto.

          Finalmente os outros pararam de observar a Autorização do Maroto e Fred, Jorge e Lino sentaram, guardando o tesouro.

- Não chega ao nível dos marotos originais, mas é um começo! –exclamou Jorge.

- Só vai ser usado em ocasiões especiais e importantes, claro! – disse Fred.

- E é segredo entre nós!Não contem a ninguém! – pediu Lino.

- Mesmo sabendo que é ilegal, tudo bem! – falou Mione um tanto aborrecida.

- Quem sabe seja útil, não, Harry? – perguntou Rony, sério.

- Pode apostar que sim. – respondeu Harry.Nenhum dos dois duvidava que teriam encrencas pela frente, como todo santo ano.

            Foi só Harry terminar de falar, ouviu-se o barulho do freio e o trem começou a desacelerar.

- Estamos parando! – exclamou Gina – Nem senti o tempo passar!

- Mas já terminamos a viagem mesmo. – Mione consultou o relógio – Acho que estivemos bem ocupados.

- Chegamos? – perguntou Noriçá, parecendo ansiosa pela primeira vez enquanto desciam – Já estamos em Hogwarts?

- Estaremos quase lá.Chegamos ao castelo a pé e pegamos um barco pra entrar. – respondeu Rony, pegando as malas e Pichitinho, que se debatia na gaiola.Noriçá também pegava suas malas, mas parecia desanimada.Segurou novamente o papel de transferência e lembrou-se do que ela mesma tinha dito.

- Eu estou vindo do Brasil para ficar por três anos em Hogwarts!

            Guardou o papel com violência e pegou as malas para sair com os outros.Sua coruja começou a piar alto.

- Calma, Parda. – falou carinhosamente – Calma, que a viagem de verdade começa agora... – completou num sussurro frio, mais pra si mesma que pra Parda.

~*~