Naruto não me pertence.
O que Uchiha Sasuke faz com as flores
A mulher arranjava tranquilamente o bolo de morangos com chantili e a vasilha com frango frito sobre a toalha com temas natalinos que forrava a mesa naquela noite, cantarolando uma música natalina. Posicionou dois pratos, um de frente para o outro, com talheres ao lado.
– Oka-san, 'tão faltando as flores! – A pequena disse, apoiando as mãozinhas na beirada da mesa e se impulsionando para cima, numa tentativa de enxergar melhor o que havia ali em cima – Não pode ficar sem flores!
– Calma, meu amor – A mais velha disse, abaixando-se para pegar a filha no colo. Sugumi apoiou a mãozinha no pescoço da mãe, os olhos negros fixos no rosto da outra – Otou-san vai trazer, ele sempre traz. Principalmente no natal.
Ainda com a filha nos braços, Hinata caminhou até a sala e sentou-se em uma das poltronas.
– É verdade, oka-san, otou-san sempre traz flores pra senhora. – Os olhinhos brilharam mais, e os dedinhos foram até o cabelo curto da Uchiha, colocando alguns fios atrás da orelha da mãe – E a senhora sempre coloca uma flor bem aqui.
– Sabe, Sugumi-chan? Na primeira vez foi bem esquisito. Era natal, a oka-san era criança e tava triste porque todas as amiguinhas iam fazer alguma coisa legal, mas eu não tinha ninguém pra ficar comigo.
– Ninguém? E a Hanabi-oba-san?
– A imouto ainda era muito pequena, meu amor.
– E o Neji-oji-san? – Ela emendou, tentando desesperadamente achar uma solução para o problema que acontecera anos atrás.
– Neji-nii-san estava viajando, Sugumi. Deixa a oka-san terminar de contar a história. – Hinata cutucou a filha com carinho, fazendo cócegas.
– Gomen, oka-san – A Uchiha riu, se contorcendo no colo da mãe. – Conta!
– Tá bom. Então eu tava andando sozinha, indo pro parquinho, porque eu queria sentar no balanço. Quando eu tava quase chegando... Alguém segurou meu braço com força e me puxou!
– Quem era? – Sugumi arfou, tampando a boca e arregalando os olhos.
– Era Sasuke Uchiha, com aquela cara de bravo que ele tem até hoje.
– O papai não tem cara de bravo! – A criança protestou, rindo – Só às vezes tem cara de quem chupou limão... – Hinata riu, e ela perguntou – E o que aconteceu?
– Bom, eu me encolhi, porque fiquei com medo. O seu otou-san nunca tinha conversado comigo, e, com aquela cara, eu achei que ele ia fazer alguma coisa ruim. Mas aí...
– Eu coloquei uma flor atrás da orelha da sua mãe, bem assim – Uchiha Sasuke completou, vindo da rua, encaixando uma flor nos cabelos preto-azulados da sua filha. A pequena gritou baixinho, feliz, estendendo os braços para que o pai a pegasse.
– E desde aquele dia, Sugumi, todos os anos, no natal, a oka-san ganha flores do otou-san. – Hinata se levantou, entregando a criança ao pai e m troca pegando as flores que o marido trouxera. Dispôs também uma atrás da orelha antes de voltar para a mesa, para arrumar os arranjos por entre as comidas de natal.
Feliz natal pra vocês, chuchus! 3
