AVISO1: fic baseada na obra de JK, ou seja, estou usando coisinhas fofas que não me pertencem, mas eu não ganho nada com isso.
AVISO2: Essa fic contém cenas de violência (leve) e sexo entre homens (intenso - lemon/slash pinhônico). Se você não se sente preparado para visualizar esse tipo de coisa, não leia, pois eu não me responsabilizo pelas imagens que surgirem na sua mente se você insistir em ler.
AVISO3: Essa fic contém conteúdo veela, e não estou falando da Fleur. Mas não torça o seu adorável nariz, tente ler, eu prometo tentar não te fazer perder tempo.
AVISO4: Essa fic ainda será enviada para o I Chall de Romance do fórum 3V, que ainda vai levar algum tempo para ser julgado, mas quando eu souber o resultado, eu edito aqui. Ela foi finalizada no dia 03 de março de 2008 e está sendo betada pela minha querida twin abraça forte a Dark. Contém 7 capítulos e será atualizada semanalmente, toda quarta feira.
AVISO5: Esta fic possui três capas MARAVILHOSAS, sendo duas da Lauh e uma da Kolly. Muito obrigada, meninas.
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N/A1: Eu tava lendo umas fics veelas e pensando: mas que conceito de veela estranho... O.õ Tipo, quem disse que veelas têm um par fixo? Quem disse que elas sofrem porque não encontram seus pares? Quem disse que veelas machos podem engravidar? E, no entanto, essas coisas parecem meio que já terem sido absorvidas pelo universo desse tipo de fic.
Enfim, o conceito de veela que eu estou usando vai ser um pouco diferente desse universo. Algo mais parecido com o pouco que a Fleur nos transmitiu sobre os seus genes: alto poder de sedução e um pouco de instabilidade emocional. Vou adicionar a questão da mudança física que as veelas demonstram ter durante a copa de quadribol quando irritadas e vou manter a possibilidade de m-preg (Por quê? Porque eu gosto, oras! – tá, eu sei que isso foi contraditório, mas foda-se, a fic é minha).
Espero que essa nova construção agrade.
N/A2: Esta fic se passa no que seria o sétimo ano em Hogwarts, como se os sobreviventes tivessem voltado para o colégio depois da batalha mostrada no sétimo livro para terminar os estudos.
N/A3: Acho que nunca fiz tanta observação antes de começar uma fic. O.õ
Feeling
Capítulo 1 - Descobertas
Harry Potter olhava o papel em suas mãos. O horário de aulas. Ele que pensava que nunca poderia voltar a estudar, voltar a Hogwarts, ter sua vida. Ele sobrevivera. Muitos sobreviveram, e isso o fazia mais feliz do que esteve em toda a sua vida. Pela primeira vez, ele podia realmente pensar em um futuro, sem medo de não chegar aos vinte anos, sem fantasmas.
Levantou o rosto, sorrindo, e vasculhou com os olhos os rostos do Salão Principal. Era para ele estar muito mais cheio, já que além da leva de alunos novos que ingressavam todo ano, aqueles que haviam se afastado devido à guerra, como ele, agora voltavam para terminar seus estudos. Porém, não havia evidência nenhuma nas mesas de que o volume de alunos era maior. Pelo contrário, pareciam faltar rostos à volta, e isso não pôde deixar de incomodar Harry.
O garoto voltou para o seu prato, comendo rápido para ir para a aula. Rony e Hermione já esperavam por ele. Quando entrou na aula de Poções, imediatamente o seu humor voltou a melhorar. Aquele perfume sempre melhorava o seu dia...
Olhou para o lado e lá estava ela. Linda. Os cabelos ruivos longos, os olhos amêndoas, o rosto pintado de sardas mais maduro e... triste, sério.
Ginny Weasley, a dona daquele maravilhoso perfume de rosas que mexia com Harry Potter, era uma das pessoas que ficaram marcadas pela guerra. No caso de Ginny, a morte de Fred roubara definitivamente o sorriso de seu rosto. E saber daquilo parecia quebrar Harry ao meio.
- Oi, Ginny.
- Oi. – ela respondeu seca, voltando a atenção ao professor.
Agora assistiriam aulas juntos. E comeriam juntos. E, bem... Estariam mais juntos do que nunca. Se ainda conseguisse despertar o sorriso em seu rosto. Se ainda conseguisse os seus beijos...
A porta da sala se abriu e entraram alguns alunos da Sonserina, conversando. A Sonserina era a casa mais desfalcada de rostos. Fosse por serem os principais órfãos da guerra, pois os pais dos alunos que não foram mortos em batalha estavam presos, fosse pelo orgulho de voltar ao campo onde foram derrotados, fato não esquecido pelos alunos das outras casas. Se antes havia algum preconceito contra a Sonserina, este estava se tornando um conceito após a guerra. Na casa das serpentes só havia comensal, comensal derrotado.
Um garoto loiro e uma menina morena se sentaram não muito distante dos alunos da Grifinória, pela própria disposição das carteiras, e o olhar metálico correu pelos rostos à volta com uma expressão insatisfeita, até se chocar com o verde. Ambos se desviaram, olhando o professor.
Agora era sempre assim. Os olhares que antes se sustentavam até que ambos cedessem quase ao mesmo tempo agora se resumia a um pequeno toque. Harry não queria olhar para Malfoy depois de tudo o que aconteceu, e certamente Draco não queria olhar para Potter depois de tudo pelo que passou. Era um acordo de paz silencioso que pairava naquele gesto rápido.
Slughorn começava sua aula. McGonagall havia assumido a diretoria, mas continuava ministrando as aulas de Transformação, embora Katherine Beths, a nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas e ex-auror, tivesse assumido a casa da Grifinória.
Tudo estava em paz. E para a felicidade de Harry ser completa, só falta Ginny sorrir para ele.
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- Ginny!
Harry correu pelo saguão, tentando alcançar a menina que saia para os jardins junto com Luna, Neville e Anna Abbot.
- Ginny!
Harry a pegou pelo braço, fazendo-a parar.
- Oi, oi, oi... Ginny, queria falar com você...
- Outra hora, Harry...
- Ginny! Qual é? O que está havendo?
- Nada, Harry... Não está havendo nada... E se você entendesse isso, pararia de me procurar.
- Ginny!
- Me solta, Harry.
Os dois se encararam, desafiadores.
- Precisamos conversar. – ele repetiu, baixinho.
- Vão indo... – ela indicou para os amigos.
- O que está acontecendo? – Harry repetiu quando se viu sozinho com a garota.
- Nada, eu já disse, Harry. Você terminou comigo, lembra? Nós não temos nada, eu não te devo satisfações e tampouco estou feliz com a forma como você tem me perseguido desde que voltamos ao colégio.
- Eu... Eu não... Oh, merda! Certo. Ginny, quero voltar com você.
- Ótimo. Agora eu não quero. Tenha um bom dia.
- Não, Ginny! Espera!
- Harry, se você não me soltar agora...
- Me diz porquê! Ginny, eu te amo tanto... Eu senti tanto a sua falta...
- Sentiu? Sentiu? Você passou mais de um ano longe de mim sem me mandar uma carta sequer! Eu sei o que você estava fazendo, e isso não era empecilho para você simplesmente me ignorar durante todo esse tempo e depois me aparecer com essa cara dizendo que me ama!
- Eu estava no meio de uma GUERRA!
- Você recusou meu beijo e minha companhia enquanto pôde simplesmente porque meu irmão é um idiota e te pediu! Eu lutei por você! Eu desafiei o Snape em seu nome e tudo o que você fez foi ignorar nossos esforços aqui! Você sentiu minha falta? Sentiu? E o que fez? Abraçou a Mione e chorou no ombro dela?
- Não, Ginny, eu...
- Não me venha me falar que vocês nunca tiveram nada, Harry! Você passou um ano em uma barraca com ela! Por um longo período os dois SOZINHOS! Você acha que eu sou o quê? Step? A menina que você vem procurar quando todas as outras já estão ocupadas? Eu cansei de te esperar, Harry. Se você me quer, é melhor se convencer que dessa vez não vai ser só me pegar e me beijar!
Harry a observou se livrar de seu braço e partir, sentindo que o chão o havia abandonado sem se despedir.
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- Harry, o que você está fazendo?
- Penteando o cabelo.
Ron ergueu as sobrancelhas, surpreso.
- Ok, então para que serve isso?
- É gel. Coisa de trouxa. Serve pra assentar o cabelo...
- Tipo aquela graxa que o Hagrid usava?
- É, tipo aquilo. Só que menos graxa e não fede. – Harry respondeu, alisando os cabelos com um pente – E aí, como estou?
- Ridículo! Sério, cara, com esse cabelo todo lisinho de lado assim e esses óculos, no uniforme do colégio, você está parecendo aqueles funcionários modelos estagiários que só pensam em estudar e agradar o chefe. Tipo o Percy, sabe? Seu cabelo até que é legal do jeito que ele é... Por que isso agora?
- Humm – Harry chegou mais perto do espelho, tirando os óculos e tentando fazer uma ondulação nos cabelos para que não ficasse tão rigidamente reto.
- Oi, posso entrar?
- Entra, Mione. Estamos aqui no banheiro. – respondeu Ron, recebendo a namorada nos braços para um longo beijo em seguida.
- Harry, o que é isso?
- Ele está tentando pentear o cabelo.
- Vocês não vão jantar?
- Claro! É pra isso. Deixa só eu terminar aqui...
- Você está penteando o cabelo pra ir jantar? – estranhou Hermione – Você não penteou o cabelo desse jeito nem pro Baile de Inverno! É só um jantar, Harry, como o de ontem e como o de amanhã.
- Não adianta. – cochichou Rony.
- Vem cá, Harry, deixa que eu dou um jeito nisso.
Ela o fez se sentar, balançando seus cabelos levemente, fazendo com que ficasse regularmente bagunçado.
- Assim está mais a sua cara. E, bem, você está pretendendo colocar os óculos ou vai deixar aí na pia mesmo?
- Sem óculos.
- Você não vai enxergar nem seu prato. – argumentou Ron.
- Espera. – Mione apontou a varinha entre os olhos do amigo e murmurou algumas palavras – Pronto! Melhor?
- Perfeito! – ele piscou, olhando o ambiente.
- Dura três horas.
- Agora podemos ir comer? – perguntou Ron, impaciente.
- Espera. – Mione fez Harry ficar de pé, tirando a gravata e a capa dele, puxando a camisa pra fora da calça e desabotoando os primeiros botões – Você está lindo. Agora me diz quem é.
- A Ginny. Pode chamá-la para mim quando chegarmos ao salão?
- Quê? Tudo isso por causa da minha irmã? Harry, ela é apaixonada por você! Não precisava de tanto esforço...
- Parece que não é tão fácil. Ela está diferente com você, Mione?
- Hummm. Ela não veio falar comigo ainda... Sabe, como conversávamos antes. Mas de resto, normal.
- Ela acha que estávamos, sabe, juntos, durante a guerra. Me falou um monte de coisas que... Ah, deixa pra lá...
- Quer que eu converse com ela, Harry?
- É, cara, nós estamos juntos agora, não tem porque ela ter ciúme da Mione. – Ron se esforçou para dizer, abraçando a namorada.
- Não. Acho que sou eu mesmo que tenho que fazer isso. Vocês já me ajudaram bastante. Vamos lá antes que o jantar acabe.
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- Ela disse que não quer falar com você, Harry.
- Merda!
- Harry, quer uma opinião? Não insiste. Deixa as coisas acontecerem. Você é lindo, poderoso e inteligente. É impossível alguém resistir por muito tempo! – Mione disse, rindo, e Harry sorriu, tímido, em agradecimento – Agora entra nesse salão andando como o Salvador do Mundo e se sente ao lado dela. Quero ver ela não olhar pra você!
Harry sorriu, passando a mão no pescoço, nervoso, sério. Ajeitou os óculos na fonte do nariz, se esquecendo que estava sem óculos, e se endireitou, vacilante. Colocou uma mão no bolso da calça e deu os primeiros passos, passando pelas portas abertas do Salão Principal, andando com toda a firmeza que conseguiu reunir até a mesa da Grifinória, olhando diretamente para Ginny com um sorriso no rosto, alheio ao silêncio em que o salão mergulhou.
Os olhos castanhos de Ginny estavam fixos nele e sua boca estava entreaberta, assim como as de metade das pessoas à volta.
- Oi. Posso sentar? – Harry perguntou, tímido, parando em frente ao lugar vago entre Seamus e Ginny e tocando levemente o rosto da ruiva.
A menina vacilou, fazendo um gesto vago com a cabeça no momento em que Seamus desmaiava e Harry teve que sustentá-lo para que não caísse no chão. Atrás dele, pelo salão, outros três garotos perderam a consciência também, causando uma pequena comoção, enquanto os professores corriam para socorrer os alunos com mal súbito. Harry se viu obrigado a ajudar a professora Katherine a levar Seamus para a enfermaria e, assim, perdeu outra chance de falar com Ginny.
Um sono súbito o arrebatou e decidiu voltar direto para o dormitório, se deixando embalar por sua tristeza.
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- Harry... Harry... Acorda...
Ron cutucou o amigo, que nem se mexeu.
- A gente está descendo, cara.
- Tudo bem, Neville. Não sei o que está acontecendo com o Harry. Cara, acorda...
Ron sentou na beira da cama e afastou os cabelos negros da testa de Harry, verificando se ele estava bem. Não havia nada estranho, somente o fato de que Harry não acordava.
- HARRY! ACORDA!
O moreno deu um pulo na cama, assustado.
- Porra, Ron! Eu estava dormindo!
- Harry, você deitou pra dormir ontem umas oito horas da noite. São quase nove da manhã! Estamos pra lá de atrasados!
- Merda... Merda... Merda...
Harry afastou as cobertas e foi para o banheiro correndo, voltando alguns minutos depois já com as calças do uniforme, a gravata pendurada no pescoço, e meias.
- Você viu meus sapatos, Ron? – Harry se ajoelhou no chão para olhar debaixo da cama – Achei...
Sentou-se para calçá-los, mas não conseguiu: foi atirado para trás, obrigado a deitar na cama por algo pesado que se colocou sobre ele e segurava sua cabeça. Quando o algo começou a atacar a sua boca, tentando obviamente beijá-lo, e Harry abriu os olhos, desesperado, avistando à sua frente os olhos azuis de Ron, começou a se debater.
- Ron, o que...
Mas falar se mostrou um erro, pois abrir a boca permitiu a consumação do beijo. Harry se debateu e virou o rosto com força para o lado, se livrando da boca do outro.
- Não! Ron! – o ruivo agora atacava o seu pescoço, tentando afastar desesperadamente a gravata – RONY, O QUE DIABOS VOCÊ TÁ FAZENDO? ME SOLTA! NÃO TEM GRAÇA!
Harry debatia as pernas, chutando a esmo, pois Ron se encontrava encaixado entre elas, enquanto tentava se livrar do abraço do amigo, que não demonstrava a mínima vontade de sair de cima dele, tendo os braços presos por ele. O fato de Ron ser mais alto e mais forte estava dificultando muito as coisas. Logo se cansou, tentando parar e pensar no que poderia fazer. Mas, aparentemente, o ruivo tomou a falta de resistência como aceitação, e Harry entrou novamente em pânico ao ouvir o zíper da sua calça sendo aberto e algo frio o tocando.
- AAAAAAAHHHHH! RON! PÁRA! SAI AGORA DE CIMA DE MIM! SEU... ME SOLTA, PORRA!
- Harry? – uma voz soou incerta no quarto.
- Mione, me ajuda! O Ron está me atacando!
- RONY! Sai...
- Ah! – um som surpreso deixou os lábios de Harry ao sentir o que o amigo fazia consigo. Ele fechou os olhos com força e tentou chutá-lo, se contorcendo em meio ao seu abraço, tentando escapar.
- Céus, Harry... O que ele está fazendo?
- MIONE, ESTUPORA ELE!
A menina o olhou assustada, mas puxou a varinha e executou o feitiço. O corpo do namorado caiu pesadamente sobre o de Harry, que respirou aliviado e se arrastou para longe, ainda ofegante.
- HARRY!
Harry se cobriu, corando, passando as mãos no rosto, nervoso.
- O-obriga-ga-gado. – ele fechou os olhos e se encolheu na cama.
- Harry... O que... que ele fez com você?
- Nada... Quero dizer, nada grave... Mas... Ele... Oh, Merlin! – Harry deixou a cabeça cair sobre os joelhos.
- Harry... Eu...
Harry olhou para a amiga. Ela andava de um lado para o outro com lágrimas nos olhos.
- Ele... Ele ia... Se eu não chegasse... ELE É MEU NAMORADO!
- Ele estava fora de si, Mione. Você acredita mesmo que o Ron ia fazer isso comigo? Alguém deve ter dado alguma poção... feitiço... sei lá...
- Vamos levá-lo para a enfermaria. – ela disse, como quem busca ser racional, com muito esforço.
Harry concordou com a cabeça.
- Er... Mione... Se importa de se virar um minuto?
- Quê? Ah... Desculpe... – ela deu as costas para o amigo, visivelmente nervosa, enquanto ele terminava de se vestir.
- Pronto... Acho melhor conjurar uma maca...
Os dois acomodaram melhor o amigo sobre a maca e seguiram para a enfermaria.
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- Você poderia repetir o que aconteceu, Sr Potter?
McGonagall o olhava atenta, sentado em uma das camas, enquanto Madame Pomfrey executava exames em Ron.
- Estávamos atrasados. Ele me acordou e, enquanto eu estava me vestindo, me atacou. Hermione ouviu meus gritos e o estuporou a pedido meu. O trouxemos pra cá.
- O que, exatamente, você chama de "atacar"?
- Ele... Ele se deitou sobre mim, me prendendo, e me... me beijou à força. Quando eu desviei o rosto ele começou a beijar meu corpo e... e... me tocar.
- Te tocar? Te tocar como?
Harry corou e desviou os olhos, sem responder.
- Desculpe, Sr Potter, sei que isso é constrangedor, mas precisamos saber exatamente o que aconteceu.
- Ele... Ele me tocou... intimamente. Ele me masturbou e... e...
- Ele introduziu ou tentou introduzir algo em seu corpo?
Harry corou mais do que poderia achar possível.
- Tentou... Mas não conseguiu...
Hermione parecia que ia desmaiar a qualquer momento.
- Não há vestígios de nenhuma alteração nele. A menos que esteja sob uma imperdoável, ele agiu por vontade própria.
- Desculpe. – uma batida na porta interrompeu o diagnóstico de Madame Pomfrey.
- Pois não, Sr McLaggen. – disse a professora McGonagall.
- Eu vim trazer a autorização que a senhora me pediu.
- Muito bem. Pode ir.
- Oi, Potter.
- Oi.
- Sabia que eu fui contratado pelo Unidos de Poodmore?
- Sério? – Harry encarou o garoto duvidoso, mas o outro somente se aproximou, sorrindo de uma forma estranha – Ah... Que legal...
- E o treinador disse que eu tenho grandes chances de virar capitão em breve... – o garoto sorria e se aproximava cada vez mais de Harry, que já recuava na cama – Quem sabe até treinador em breve... muito breve...
- Ah...
- Sr McLaggen! – gritou a professora McGonagall, aparentemente contendo-se para não rir.
O garoto a olhou como se tivesse saindo de um transe.
- O Sr já pode se retirar, obrigada.
Ele concordou com a cabeça e saiu da enfermaria.
- Merlin! O que foi isso? – perguntou Harry voltando a se sentar na cama.
- Sr Potter, pode vir aqui um minuto? – pediu Madame Pomfrey, o olhando curiosa. O garoto se aproximou – Me dê seu dedo, por favor. – ela espetou uma agulha no dedo oferecido e deixou que três gotas pingassem em uma lâmina de vidro – Aguarde um minuto.
- Potter, o que você sabe sobre a história da sua família? – pergunto McGonagall.
- Hummm. Não muito, não é mesmo?
- Eu te recomendaria que buscasse saber algo mais, especialmente da família de sua mãe...
- Positivo, Minerva. – anunciou Madame Pomfrey, saindo de um cortinado separado – Acho que temos um grande problema.
A professora McGonagall suspirou.
- Muito bem, não há muito o que se fazer na verdade. Acho que agora você pode medicar o Sr Weasley mais apropriadamente. Não se esqueça de lhe passar o soro de autocontrole... Ele será fundamental daqui para frente. Sr Potter, receio que o sr terá que me acompanhar até o St Mungus.
- Por quê? – perguntou Hermione, aflita.
- Porque seu amigo é um veela, srta Granger, e precisa de orientação especial.
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- Sr... Potter, não? Hummm Muito bem. Segundo o prontuário da enfermeira da escola de Hogwarts, você é uma pessoa que se acidenta com razoável freqüência, tem sensibilidade frente a dementadores e herança veela. Receio que só poderei te ajudar com essa última informação. Meu nome é Carl Alton, especialista em alterações veelas, muito prazer. Pode me acompanhar, por favor? Não, professora, receio que será melhor eu examiná-lo sozinho.
Harry acompanhou o homem pelo corredor frio do St Mungus até uma sala pequena, onde havia uma mesa, um armário e uma maca.
- Sente-se na maca, por favor.
Carl foi até o armário e pegou alguns instrumentos. Ele era um homem muito jovem e bonito, mas parecia experiente. Harry se sentou, ainda inseguro, e aguardou.
- Você conhece alguma veela ou já leu sobre o assunto, sr Potter?
- O irmão do meu melhor amigo é casado com uma neta de veela e eu as vi durante a última copa mundial de quadribol...
- Bom, isso já ajuda. Veelas puras, como as que você viu na última copa, são extremamente raras hoje em dia, mesmo porque elas preferem viver em comunidades fechadas, isoladas. Algumas poucas se misturam com humanos e acabam gerando descendentes mestiços, como a sua amiga. Então, apesar do gene veela ser dominante, ainda é muito raro. Você entende algo de genética, senhor Potter?
Harry não respondeu. O doutor entendeu como uma negativa.
- Bem, todos nós temos células que geram um novo ser, os gametas, encontrados nos óvulos, no caso das fêmeas, e nos espermatozóides, no caso dos machos. Os gametas femininos são representados por um X, os masculinos por um Y. A herança veela sempre está presente no X, e as características veelas sempre são de ordem feminina, não importa que o seu descendente seja um homem, mesmo porque os homens também possuem gametas X. Está acompanhando?
Harry fez um trejeito com a cabeça. Carl pegou algumas folhas de papel em branco e pediu que ele se aproximasse da mesa. O médico retomou a explicação, desenhando esquemas.
- Para formar um novo ser é necessário a união de dois gametas. Sempre um X, vindo das fêmeas, e um Y ou X, vindo dos machos. Se for Y, nasce um menino, se X, uma menina. Como você pode ver, considerando que toda veela pura é uma fêmea, é muito mais comum haver meninas veelas do que meninos, mas isso não é impossível de acontecer. Porém, é mais difícil que um menino consiga passar as características veelas para seus descendentes.
- Só passa se for menina.
- Isso. O que me faz concluir que, se você tem sangue veela, como atestam os seus exames, sua mãe também tinha essa característica. Eu não vou me preocupar em lhe questionar sobre sua família, senhor Potter, pois, assim como muitos, conheço sua história. As características veela muitas vezes não se manifestam em trouxas devido à ausência de magia, mas isso não impede que uma veela se apaixone por um trouxa, compreende?
- Mas minha mãe não pode ter sido veela. Teriam percebido. Fleur era...
- Fleur é a sua amiga neta da veela?
- Sim.
- Certo, senhor Potter, falemos sobre as características veelas. Em bruxos essas características se condicionam à magia, ou seja, não estão presentes o tempo todo, precisam de uma espécie de "autorização" da magia para se manifestar. Essa autorização pode ocorrer muito cedo ou nunca ocorrer. Eu suponho que sua amiga a tenha manifestado, sua mãe não necessariamente. O senhor certamente, ou não estaria aqui.
- E como isso acontece?
- O que você lembra ser mais marcante na sua amiga veela?
- A beleza. Ela é linda.
- Mas você a acha linda o tempo todo? Ou há momentos em que ela parecia mais envolvente e atraente e em outros nem tanto?
- Humm.
- Veelas não são naturalmente belas. Não é como se as características genéticas veela mudassem fisicamente a pessoa. Ela somente ressalta seus traços, fazendo-a parecer mais bela e mais jovem. É como se fosse a mesma pessoa de antes do poder despertar, mas com mais luz e menos rugas. E, não, a beleza não é a principal característica veela. É só uma conseqüência. Pense. O que aconteceu com você na copa mundial quando viu uma veela pela primeira vez?
Harry riu.
- Eu agi como um idiota. A música delas encanta, faz a gente querer fazer o possível pra chegar perto, tocar...
- E como você chamaria isso?
- Sei lá... Atração?
- Sedução – corrigiu o medibruxo – Sedução é a principal característica veela. Nas veelas puras, é o meio que elas têm de se proteger e de atacar. Veelas podem ser cruéis, seduzindo tudo à sua volta somente para destruir. Mas, em geral, os descendentes não são tão instintivos, apesar da característica ser o mais presente. A autorização de que eu te falei acontece quando o bruxo se esforça para seduzir algo ou alguém pela primeira vez na vida. E o poder de sedução, voluntário ou involuntário, será muito forte em você daqui em diante. Receio que tenha tentado seduzir alguém nos últimos dias, não, senhor Potter?
Harry engoliu em seco e concordou com a cabeça.
- Sinto muito por lhe dar essa notícia, mas você acaba de ingressar em um caminho sem volta. Sua herança genética foi despertada. Agora só lhe cabe se acostumar com ela.
- E o que isso...
- Isso implica muita coisa, senhor Potter. Por gentileza, poderia se despir e deitar na maca?
Harry obedeceu, se deitando só de cueca. O doutor colocou luvas e começou a examiná-lo.
- Consta no prontuário que o senhor sofreu uma tentativa de estupro de um amigo nesta manhã. Está ferido?
- Não.
- Isso pode se repetir. Tenha cuidado. Como eu te disse, as características veelas são tipicamente femininas. Isso significa que, não importando a sua opção sexual, você irá parecer estonteante para qualquer ser do sexo masculino. Eles vão te chatear muito nos próximos dias, contando vantagens, tentando se aproximar, te tocar, muitas vezes, dependendo do grau de intimidade que o menino já tem com você, pode tentar alguma investida, como o seu amigo. Mas não se assuste, veelas não são seres indefesos. Por favor, olhe suas unhas e pense em algo com muita raiva.
Harry se sentou, olhando para suas mãos. Algo com muita raiva? Ele se concentrou, lembrando da guerra, pensando nos mortos e em Voldemort, e em Bellatrix atacando Ginny.
- Ah! – um incômodo, mais do que uma dor, percorreu seus braços e mãos e seu pescoço e rosto, e quando ele olhou para as unhas elas estavam pelo menos uns dois centímetros maiores, mais duras e pontudas.
- Seus dentes também.
Carl se aproximou com um espelho e Harry sorriu, observando que alguns de seus dentes estavam mais pontiagudos e certamente mais rígidos do que antes. Então, de repente, enquanto ainda os examinava, se retraíram.
- Quê...?
- Eles respondem aos seus sentimentos. Se você sente raiva ou se sente ameaçado o suficiente, elas aparecem. Receio que contra seu amigo isso não tenha ocorrido.
- Não... Mas... Eu não posso simplesmente controlar essa sedução? Eu vou ficar brilhando por aí o tempo todo?
- Sim, você pode. Mas isso exige familiaridade com seu próprio corpo e domínio de seus sentimentos. Em geral, leva anos. Feitiços de elo costumam ajudar, mas eu não recomendo que você se una com uma pessoa somente por isso, apesar de que não será difícil encontrar candidatos a partir de agora.
- Doutor... Mas, se eu só atraio meninos... Eu... Eu não gosto de meninos...
- Eu não disse que você só atrai meninos, mas certamente eles são centenas de vezes mais atingidos pelo seu poder do que as fêmeas. E não é porque eles irão te assediar que você precisa manter relações com eles. Apesar do quê, você sentirá muita necessidade disso.
- Quê?
Carl se aproximou, fazendo ele se deitar, tocando seu abdômen como se pudesse sentir seus órgãos por dentro.
- As mudanças já começaram. Seu organismo está se adaptando aos seus novos atributos. Veelas podem engravidar, sejam machos ou fêmeas. Você está desenvolvendo órgãos para tanto, e isso significa ciclos hormonais diferentes também. Você sentirá um desejo incontrolável de cópula. Terá necessidade de tocar, de beijar, de chupar. São só respostas da sua libido aos estímulos hormonais. Isso costuma aplacar um pouco depois da primeira gestação, mas se você realmente não tem a mínima vontade de copular com um homem e engravidar, posso te passar algumas poções que te ajudarão a controlar a libido e evitar a concepção, como os anticoncepcionais femininos. Mas te aviso que elas não cancelam completamente o efeito dos hormônios e resistir aos seus impulsos pode te deixar violento e mal humorado, além de causar um incômodo físico que pode evoluir para o estágio de dor, muitas vezes tornando-se crônica. Por isso, recomendo que arrume uma namorada ou namorado o mais rápido possível. Ah, e devo o alertar de que, exceto a poção contra concepção, nenhuma outra funciona quando se trata de interação entre veelas.
- Isso quer dizer...
- Quer dizer que se você encontrar um outro veela pelo caminho que não esteja controlando seus poderes ou simplesmente se sinta atraído por você, jogue as mãos para o céu, meu amigo, e se deixe levar, ou você pode acabar muito machucado e sem efeito algum, porque será inevitável.
O medibruxo o tocou mais um pouco, falando baixinho.
- Você vai sentir fome e sono. Mais do que o normal. Poderá dormir por dias e considere isso natural. Talvez tenha desejos, não estranhe. Mas faça o que sentir necessidade, ou poderá ficar muito fraco. Seu corpo está sofrendo mudanças muito significativas e simplesmente ignorar suas necessidades básicas pode ser perigoso, te enfraquecendo muito.
Carl o examinou por mais um tempo, até que permitiu que ele voltasse a se vestir, indo até o armário e pegando alguns frascos de poções.
- Uma colher de cada por noite. Quando acabarem, fale com a sua enfermeira que ela pode lhe providenciar mais. Quer uma sugestão, Harry? Vá para o colégio, coma muito, durma muito, que seu corpo vai pedir. Não brigue com ele por nada. Siga todos os seus impulsos até ter se habituado a eles, desde que não machuque ninguém. Veelas são seres maravilhosos com uma dádiva muito bonita. Aproveite e seja feliz com seu novo estado. Mas se lembre: não resista.
Quando Harry deixou o consultório do medibruxo, a primeira coisa que sentiu foi uma enorme tontura e uma vontade irresistível de se deixar cair no chão naquele momento e fechar os olhos. Para sempre.
Sentiu-se ser amparado e a inconsciência o arrebatou.
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N/A4: Ao fim da fic, em anexo, pretendo publicar a versão simplificada da combinação gênica veela, pra ficar mais claro o que eu pensei.
Bem, não vou negar que estou super ansiosa pra saber sobre a aceitação dessa fic, uma vez que a temática é polêmica no fandom. Por isso, eu espero que vocês sejam pessoas de bom coração e deixem um comentariozinho falando o que estão achando.
Beijos
