Disclaimer: Merupuri não me pertence. Faço este fic sem fins lucrativos, apenas por diversão.

Uma Travessura

Por Mitzrael Girl

O garoto olhou para os lados de maneira desconfiada. Airi tinha dito para não pegar os cookies, mas eles estavam ali, tão perto. Não custava nada pegar umzinho só. E eles estavam cheirando tão bem. Afinal, o que havia de tão errado em fazer uma travessura quando se tinha só dez anos de idade?

Depois de olhar novamente para os lados e se certificar que não havia ninguém por perto, sorriu largamente e pegou um dos cookies que estavam no prato. Comeu de uma vez, antes que Airi voltasse do banho. O único problema era que ter comido um, implicava em comer o resto. Eram tão bons!

– Aram!!! Eu não acredito nisso! Que coisa! Eu disse que não podia comer os cookies ainda! – ela roubou o prato da mão dele, mas só tinha restado um.

– Er… – ele sorriu sem graça por ter sido pego.

– Você é um menino mau. – Airi disse, colocando o prato em cima da mesa com força, irritada. – Não vai ganhar recompensa agora.

– Recompensa?! – ele perguntou, arregalando os olhos.

– É… estava pensando em te levar no show do desenho que você gosta, mas como foi um mau menino, não ganha nada! – ela disse, decidida.

– Ah não! Eu quero ir! Ordeno que você me leve! – ele bateu o pé no chão, cruzando os braços de maneira emburrada e infantil. Airi riu da posição dele. – Não ria de mim, eu sou um príncipe!

– Claro, um príncipe que vai ficar de castigo por ter comido os cookies. Fica fazendo travessuras e não ganha recompensa. Nem vai ganhar mais cookies agora. – ela disse, decidida, e exatamente naquela hora, houve uma queda de energia.

Não durou nem um segundo, mas quando a luz voltou, não era o garotinho mimado diante de sim, e sim o jovem de quase dezessete anos, fitando-a com um olhar que ela admitia ser sedutor.

– E então, não vai mesmo me levar no show? Eu posso arrumar um jeito de convencê-la. – ele disse, se aproximando lentamente, e Airi imaginou se quando ele crescia, a personalidade dele ficava adulta também.

– Eu levo, eu levo! – ela disse, o quanto antes.

A reação animada dele foi o suficiente para ela deixar um sorriso surgir nos lábios. Ele definitivamente ainda era uma criança.