Obs.: A fic não faz sentido sem explicações anteriores... Talvez só eu a entenda.
Então imagine que o Rabastan tenha morrido antes que o Rodolphus e que, desse modo, o Rodolphus tenha começado a ter sérios surtos. Voilá... Agora tem como entender melhor essa bagaça.
Obs. 2: A estética da fic (arrumação dos parágrafos) é diferente. A questão é que no FF só tem centro e esquerda. Perdoem-me.
Ilusionismo
-x-
Não o ter. Não ter nada.
Ilusão.
Tinha isso.
Grande vantagem, não?
Ter apenas o poder de me iludir.
Criar sua própria realidade não é exatamente,
o que pode se chamar de sanidade.
Então gostava de não ter sanidade.
Vazio.
Ah, sim. O vazio me consumia.
Mas não o temia.
Afinal, não se teme a única coisa que se tem de real.
Talvez devesse.
Mas não se teme.
Escuro.
Tinha o escuro.
Sempre o temi.
Mas ele é que sempre me forçou a encará-lo.
E então, o encarei.
Sempre.
E sem ele não é a mesma coisa.
No escuro, agora tem algo a me encarar.
Algo que não quer meu bem.
Não quer que seus pensamentos continuem em ordem.
Não quer.
E o ilusionismo recomeçava.
Começava a vê-lo.
A ouvir seu riso leve.
Sentir em sua boca o aroma do último sorvete que tomou.
Ver seus cabelos a brincar, caídos pela face.
Há uma música...
Ouvir seu desespero.
Seus berros.
Seus medos.
Seus pesadelos.
E o desespero me encontra.
Junto com você.
Meu tormento a misturar-se com o seu.
E desejo te ver.
Te ter.
Respiro.
Com uma música de circo, seus olhos alegres voltam.
Dizem-me coisas boas que não consigo me lembrar depois.
Corre ao meu redor e me sussurra.
Amo-te.
Dói.
Grito de agonia.
Eu o tinha.
Mas você sumiu.
Algo em mim dizia que você estava aqui.
Mordo os lábios com força.
E você está aqui.
Puxa-me ao seu encontro e diz, rindo, que sou mau.
Comigo mesmo.
A música de circo ainda estava lá.
Havia agora um carrossel colorido.
Sangue. Na minha boca.
Não entendo.
Ele é quem me machucava.
Foi-se.
Pra sempre.
Meu lábio ainda arde.
E o sangue ainda tem gosto doce.
No carrossel,
ele senta-se alegremente no cavalo ao lado do meu.
Sorri.
Sempre sorri.
Aproxima-se de mim, sela seus lábios nos meus.
Jogo-me contra a parede.
Bati a cabeça.
Sangue.
Mais sangue.
Tontura.
Ele me admira; está confuso.
A música aumenta a intensidade.
O carrossel pára.
Arfo.
Chamo seu nome.
Baixinho.
Você não vem.
Não respiro.
Incomoda.
Não sinto.
Nada.
Ele desce.
Deixa-me lá.
Sozinho.
Antes, apenas diz:
Amo-te.
E a música continua.
N/A – insano, isn't? pretendo enlouquecer o Rodolphus de novo... é tão divertido.
Gostou? Odiou? Achou uma merda? Achou-me louca? Review!, caro leitor :)
