Fic-desafio da minha beta AnarcoGirl (que cada dia eu adoro mais!)
Disclaimer: Misha, Jensen e outros eventuais personagens obviamente não me pertencem. Apenas me apropriei de suas vidas para dar vazão às minhas idéias loucas (^^). Não lucro nada com essa história, a não ser a diversão que tenho ao escrevê-la e os reviews.
Conteúdo: Romance/Slash Jensha. Não vai ter muito lemon, mas ainda assim: Se não estiver de acordo, não leia!
Beta: AnarcoGirl (que tem um chicote poderoso!)
Sinopse: UA. Jensen Ackles é um típico secundarista da Kennedy High School. Mas sua vida está prestes a mudar com a chegada de um novo estudante...
Meu primeiro amor
Capítulo I – Quando ele chegou
Jensen levantou os olhos quando a Sra. McKinnon anunciou que haveria um aluno novo na sala. Seus olhos verdes e brilhantes analisaram o garoto ao lado da professora. Parecia estar assustado, a julgar pelo modo com que seus grandes olhos azuis encaravam a turma.
- Este é Misha Collins, garotos. – a Sra. McKinnon apresentou e várias pessoas abafaram risinhos. – Ele veio de Boston, não é Misha? Quer dizer alguma coisa?
O garoto corou imediatamente e negou energicamente com a cabeça. A professora sorriu e indicou um lugar. Um lugar próximo a Jensen. Ótimo, o novato tinha de ir se sentar ao lado dele! Agora a Sra. McKinnon iria prestar atenção nele o resto da aula... Não conseguiu evitar fechar a cara quando Misha veio andando, meio sem jeito e sentou-se na carteira ao lado da sua.
Era um saco ter de fingir que prestava atenção nas baboseiras sobre História que a Sra. McKinnon dizia. Mas o novato parecia bem interessado. Anotava tudo e até tinha uma letra bonita, Jensen observou. Talvez ele fosse um nerd, pensou. Coitado. Os nerds não duravam muito tempo ali. Por outro lado, ele não tinha o tipo característico deles. Seu cabelo preto e liso era arrepiado e as roupas eram normais – camiseta branca, jeans surrados, tênis allstar. Talvez ele só gostasse de estudar...
- Quem sabe o senhor poderia nos dizer, Sr. Ackles, quando e por quem a Louisiana foi comprada? – a voz da Sra. McKinnon soou de repente.
Jensen sentiu o rosto enrubescer. Droga, era por isso que ele não queria a velha olhando para o seu lado... Podia apostar que ela fizera a pergunta de propósito, só para deixá-lo embaraçado. E o pior é que conseguira. Ele abriu a boca umas duas vezes, mas não fazia a mínima idéia da resposta.
- 1803, Thomas Jefferson...
Jensen ergueu as sobrancelhas, ao ouvir o novato sussurrar a resposta. Mas apressou-se em dizê-la em voz alta. A Sra. McKinnon fez cara de pouco caso e continuou com seu falatório interminavelmente chato.
- Valeu, cara! – Jensen disse, baixinho, para Misha.
Achou estranho que o outro não respondesse, apenas abaixando a cabeça e escrevendo furiosamente. Mas deu de ombros e resolveu tentar ouvir o falatório da professora. Não queria arriscar que ela fizesse outra pergunta para ele. Aquele era seu grande problema nas aulas: na maioria delas, ficava devaneando, o que lhe rendia notas não tão boas.
Foi um tédio que pareceu durar mais tempo do que tinha durado de fato, mas finalmente tinha terminado. Jensen ficou feliz e aliviado, porque a próxima aula era Educação Física, sua favorita. Já ia se oferecer para mostrar ao novato o caminho para o ginásio, mas ele já estava saindo porta afora.
- Sujeitinho esquisito... – murmurou Jensen para si, juntado seu material.
Depois de guardar os livros no escaninho, foi para o ginásio. Seu esporte favorito era o beisebol, mas na falta de escolha jogava basquete. Não se dava muito bem com os brutamontes do time de futebol, portanto nem passava por perto do campo. Vestiu seu uniforme de educação física e foi para a quadra. Não sabia bem por que, mas não conseguia parar de pensar no aluno novato. Como era mesmo nome? Misha. Era um nome esquisito. Combinava com o dono, pensou, preparando-se para o jogo.
J & M
Droga! Era muito ruim ficar para trás depois da educação física. Quase sempre ele pegava o resto da comida no almoço. Não que os que se servissem primeiro tivessem uma refeição tão melhor, mas ainda assim... Mas a culpa era sua. Só mais um arremesso! E quando ele percebia a quadra já estava vazia. Bom, não adiantava chorar o leite derramado. Largou a bola no canto e rumou para os vestiários. Só quando já estava na porta, ouviu aquela voz que tanto o irritava.
- Hmmm... que nomezinho mais bonitinho! Agora, Misha, você vai prestar bem atenção nas regras, porque eu só vou dizer uma vez. Todos os dias, você vai me dar o dinheiro que a sua mamãezinha te dá para comprar o lanche, ok? Senão...
- Ei, Padalecki! – gritou Jensen, entrando no vestiário. O garoto grandalhão, quarterback no time de futebol, olhou para ele. – Solta o garoto!
Jared Padalecki era o valentão que sempre havia em toda escola. Ainda tinha apenas quinze anos, mas tirava vantagem do seu tamanho para aterrorizar até os garotos mais velhos. Jensen sofrera um bocado em suas mãos, quando tinha chegado naquela escola. Mas, como nunca fora do tipo que se deixava intimidar facilmente, um dia resolveu enfrentá-lo. Não dera muito certo, mas o olho roxo valera a pena: Padalecki também apanhara e, se não deixava Jensen em paz com suas piadinhas ridículas, pelo menos não tentava roubá-lo.
- Como é que é, Ackles? – Jared disse, sem deixar de prensar Misha pelo pescoço na parede de azulejos brancos.
- Você escutou. – Jensen respondeu, mantendo a voz firme.
- Você se acha mesmo, não é? – o grandalhão disse, andando na direção de Jensen, arrastando Misha pela gola da camisa. – Você não tem nada a ver com isso e é melhor se mandar, antes que sobre pra você!
Embora fizesse força para não demonstrar, Jensen sentiu o coração disparar. A visão de Jared Padalecki vindo em sua direção com o rosto vermelho de raiva e veias saltadas no pescoço era assustadora. E até certo ponto ele tinha razão. Ele, Jensen, não tinha nada a ver com aquilo. Afinal de contas, estavam na escola secundária. Era como um sistema social: os valentões dominavam quem não tinha coragem de enfrentá-los ou não era popular... Por outro lado, alguma coisa dizia que ele não podia ficar simplesmente parado. E era mais do que sua rivalidade com Padalecki. Alguma coisa naquele olhar aterrorizado, que ia do grandalhão para os seus próprios olhos...
Jensen fechou os punhos, preparando-se para desferir quantos golpes pudesse antes de sentir os de Padalecki, mas o som de passos pesados veio do lado de fora do vestiário.
- Muito bem, o que está acontecendo aqui? – a voz autoritária do treinador Beaver ecoou.
- Nada, treinador. – disse Jared imediatamente, soltando Misha. – Eu só estava dando as boas vindas ao novato... – acrescentou, numa simpatia forçada, dando tapinhas no ombro do garoto.
Obviamente Jared não queria arranjar problemas com o treinador. Sua falta de disciplina estava quase lhe tirando sua posição no time de futebol. O treinador ergueu as sobrancelhas. Era claro que aquilo não era o que estava acontecendo.
- Sei. – disse, a voz agora tediosa. – Mas é melhor irem andando. Já estão atrasados para o almoço.
Jared passou por Jensen pisando forte, a raiva mal disfarçada no rosto.
- Isto não acabou, Ackles! – sussurrou, ameaçadoramente.
Jensen sentiu o estômago afundar um pouco. Seus olhos cruzaram com os de Misha, ainda parado onde Padalecki o largara. Era melhor ele não sair correndo daquela vez e pelo menos agradecer.
- Vocês estão esperando o que? – trovejou o treinador Beaver.
Aos poucos, Misha foi andando na direção da porta. Jensen acompanhou-o.
- Eu... acho que devo te agradecer. – finalmente disse, quando já estavam a meio caminho do refeitório. Jensen supreendeu-se com a voz do garoto. Imaginara que ele teria algum sotaque esquisito, a julgar pelo nome.
- Considere uma retribuição pela resposta da aula de História. – disse Jensen. – Mas... tente ficar fora do caminho do Padalecki. Ele é um idiota, que tenta tirar vantagem de quem se deixa intimidar por ele.
- Bem... ele tem argumentos convincentes. – disse Misha, sorrindo de leve.
Jensen não pôde deixar de reparar que ele tinha um sorriso bonito. Combinava com o ar misterioso dos seus olhos. Andaram em silêncio o resto do caminho até o refeitório, já abarrotado. Como Jensen previra, pegaram o resto da comida. Pelo menos Misha tinha trago dinheiro para comprar uns salgadinhos, que supriram se não suas necessidades nutricionais, ao menos seu desejo por alguma coisa saborosa. Enquanto comiam, Jensen mostrava os diversos grupos que compunham a comunidade escolar.
- Então, em qual deles você se encaixa? – perguntou, logo depois de apontar a mesa dos nerds.
- Eu... realmente não sei. – disse Misha, as sobrancelhas arqueadas. – E você?
- Nenhum. – Jensen respondeu, de imediato. Nunca se sentira pertencente a nenhuma daquelas tribos. Na verdade não tinha nenhum amigo, embora estudasse ali há uns dois anos.
- Acho que podemos fazer nosso próprio grupo, então. – disse Misha.
- Ah, é? E o que nós temos comum?
- Uma sentença de morte com o Padalecki? – arriscou Misha.
Jensen caiu na risada. Era verdade. Os dois se olharam por um momento. Misha pareceu corar um pouco e logo desviou o olhar. Jensen passou a mão pelos cabelos cor de trigo... naquele instante, alguma coisa se mexeu em seu peito. Ele sorriu, sem saber por quê. Talvez porque parecia que ele tinha feito um amigo. Continuou encarando os olhos fugidios de Misha, até que o sinal tocou.
- Vamos! – chamou o rapaz. – Ainda temos duas horas de tédio...
Nota da Beta: A felicidade que senti lendo esse capítulo não pode ser descrita em palavras. Poderia te dar um abraço ultra hiper mega power apertado, mas acho que você correria o risco de morrer sufocado. E antes que alguém pergunte: Não, a idéia de fazer o Girafão (esse tal de Padalecki) ser o valentão malvado da fic NÃO saiu da minha fértil imaginação. Mas se querem saber o que achei, ri tanto que perdi o fôlego. Nem vem, grandão! O Misha já tem um dono, que atende por Jensen Ackles. Quero o segundo capítulo no meu e-mail. AGORA!
Nota do Autor: Em primeiro lugar, não me batam por causa do Jared como valentão! Embora minha querida beta negue, parte dessa ideia foi influência dela, tá? Em segundo, o capítulo está meio curto, mas é porque é meio que uma introdução da história. E por último, esse é meu primeiro UA. Acho que a Anarco fez esse desafio de propósito só porque eu disse que achava difícil...
Então, comentem, please, o que acharam!
Os reviews são importantes para que eu saiba como está indo o meu trabalho *escravo, não é Anarco?* de ficwritter... É rapidinho e nem dói, pode até ser anônimo, rsrs!
Obrigadinhooo! E o próximo capítulo virá em breve!
IMPORTANTE: Se você está começando a ler essa fic agora, seria bem legal se deixasse um review em cada capítulo! É rapidinho, só dizer o que gostou nele, o que não gostou, essas coisas. Eu ficaria beeeem feliz! Obrigadinho!
