N/A: Sei q era pra estrear na sexta, mas naum aguentei de ansiedade! Bom pra comecar: dedico esse cap. ao meu caderno(vc já faz parte da minha vida!), a + uma vez a Juru por sempre me ajuda quandu eu preciso(brigada + uma vez!), ao Henry Ford(o inventor do carro) *batam palmas*, musica do cap.: /watch?v=16I43oHV5YI (Story Of a Girl- 3 Doors Down), capa da fic no meu profile, well, enjoy!


Start Over Again

Abri meus olhos sentindo uma vibração no meu travesseiro, olhei e vi meu celular avisando o alarme que eu marquei. 4:30 da manha, tinha só 1 hora pra pegar tudo o que preciso, antes que a Srta. Jane Volturi acorde.

Jane Volturi é a pessoa mais perversa e falsa que eu já conheci. Ela é a diretora do orfanato "Em Busca de Um Lar", de Phoenix, e me odeia. Não só ela, todos daquele orfanato, e não me pergunte o porquê, me olham como se eu fosse um tipo de aberração ou sei lá. Você acha sua historia triste? Pois bem, não me conhece.

Pra começar me chamo Isabella, e só, mas pode me chamar de Bella. Sou de Forks, eu acho, por que quando eu tinha uma semana de vida, fui encontrada na porta do orfanato de Forks. Como em Forks tem poucos habitantes, poucos procuravam adotar uma criança, por causa disso fiquei lá por 3 anos. Ate que um dia o orfanato pegou fogo, ninguém se feriu, mas o orfanato foi destruído não sobrando nada alem de pó.

Então para não ficarmos desabrigados, o governo decidiu mandar todas as crianças em estados diferentes, por isso vim parar aqui, neste meu inferno particular. Mais a única pessoa que me amou de verdade foi minha amada e protetora Vó Nina, ela era a funcionaria do orfanato. Disse que no primeiro momento que me viu já queria me adotar, mas não podia, de acordo com o juizado de menores, ela não tinha condições de me criar por ser viúva, e com a sua aposentadoria e o trabalho do orfanato não dava nem para ela se sustentar direto.

Por isso ela vendeu a casa onde morava, para vir morar no orfanato comigo. Ela também era de Forks, me contava historias do seu falecido marido Durvaldo, mas chamava-o de Vô Durvo, como eles começaram a namorar, como foi o casamento deles, mas logo depois ele morreu de derrame cerebral. Eu a considerava minha mãe ou minha avó, e sei que ela me considerava sua filha ou sua neta. Nós sempre planejávamos que quando eu completasse 18 anos nos iríamos morar em Forks na antiga casa dela e do Vô Durvo.

Os anos passaram, e muita gente não se interessavam em mim, por ser muito velha, ou por quererem crianças mais bonitas, mas eu não me importava com isso, afinal eu tinha a Vó Nina, quer coisa melhor?

Até que faltava 3 dias para eu completar 17 anos, Vó Nina veio falar comigo.

-Bella, querida eu queria te perguntar uma coisa... – Comentou Vó Nina hesitante, enquanto eu acabava de limpar a louca.

-Pode perguntar Vó – Encorajei

-O que você faria... – Respirou fundo – Se encontrasse seus pais biológicos?

Eu fiquei tão surpresa com a pergunta que quase deixei o copo cair no chão. O que eu faria? Isso nem eu sei, o que eu faria se encontrasse as pessoas que mais me magoaram em toda a minha vida? E não gostavam de conversar isso com a Vó Nina.

-Eu não sei Vó... – Suspirei cansada, querendo acabar logo esse assunto.

-Querida, sei que se sente magoada, ou até mesmo com raiva, deles terem te deixado, mas Bella lembre-se, tudo tem um por que, e a vida sempre esta aberta a novas oportunidades.

Eu fiquei mais do que confusa com o que ela disse, por que ela esta me falando isso? E por que agora?

-Vó, por que você está me dizendo isso? – Perguntei.

-Nada, meu bem, eu estou ficando muito caduca só isso... – Falou me dando um sorriso – Bem vou dormir...

-Agora? – Perguntei chocada, eram 6 da tarde.

-Sim, eu estou muito cansada – Explicou vindo na minha direção, me abraçou fortemente e disse me dando um beijo na bochecha – Boa noite querida, eu te amo muito.

-Eu também Vó, boa noite – Falei ainda confusa, isso não esta me cheirando bem.

--X--

Quando acabei de jantar, de limpar meu prato, tomar banho e escovar os dentes, resolvi ir ver se Vó Nina estava bem, se não queria comer um pouco.

Cheguei lá e encontrei-a deitada na cama, fui até ela e a sacudi a fim de acorda-lá, mas ela não acordou, sacudi mais, e nada, já estava desesperada a sacudindo rápido e com todas as minhas forças, mas ela não reagia, botei meu ouvido no lugar onde deveria ser seu coração e não senti nada.

Comecei a soluçar muito, e a gritar pedindo ajuda desesperadamente, até que chegou a Srta. Volturi, saber o porquê da gritaria. Assim que entendeu que Vó Nina estava morta chamou algumas pessoas, que não reconheci por causa das minhas lagrimas, e disse pra chamar a ambulância, senti braços me levantarem, e me levar para um lugar que eu não reconheci, e me botarem em uma coisa fofa, uma cama presumi, onde cai na consciência.

No dia seguinte acordei e percebi que estava no meu quarto, me levantei e sai do quarto. Assim que sai não precisava perguntar se Vó Nina estava bem, estava estancado na cara de todos. Todos me olhavam com pena, ótimo era isso o que eu precisava agora.

A Srta. Jane me viu, e abriu um sorriso falso de compaixão, me deu um meio abraço e me levou ate sua sala, assim que entrei vi o advogado da Vó Nina, nos conversamos algumas vezes, Charlie Clearwater.

-Olá Bella, sinto por usa perda – Cumprimentou Charlie sorrindo, e eu apenas assenti – Eu estou aqui para acertar com você sua herança...

Nessa hora eu chocei, eu iria receber herança? Vó Nina tinha como me dar uma herança?

-Herança? – Dissemos Jane e eu, ela mais chocada que eu.

-Sim, Nindalva Marie Swan te deixou tudo o que tinha a você, que é: Uma casa em Forks, uma caminhonete Chevy 1953 vermelha, um dinheiro em uma poupança em seu nome, um colar antigo, e uma carta – Disse me dando duas chaves, deve ser uma da casa e a outra do carro, dois papeis, um era uma papelada com um nome de um banco e o outro um envelope que eu presumi ser a carta, e uma caixa de jóias.

Eu olhava tudo fascinada, Vó Nina deixou tudo isso para mim? Senti meus olhos se encherem de água.

-Um momento! – Falou alto Jane – Bella não pode assumir tudo isso, ela ainda é menor de idade. – Eu a encarei como se fosse louca.

-Sim, é verdade. – Charlie analisou, eu não acredito, ele concordava com ela? – Por isso, eu vou ter que deixar tudo o que ela herdou com seu responsável, até que ela complete 18 anos...

-Não tem problema, eu cuido disso. Afinal, Bella não tem mais ninguém alem de mim, agora. – Aquela falsa me olhou e me deu um daqueles seus sorrisos falsos, Jane se levantou e apertou a mão de Charlie. – Obrigada, por tudo Doutor.

-Sem problemas. – Disse apertando a mão de Jane e veio até mim e afogou rapidamente meu ombro. – Adeus, Bella. – E foi embora.

Assim que Charlie passou pela porta, Jane tirou todas as coisas que eu ganhei das minhas mãos e colocou dentro de um cofre, trancando minhas coisas neste, eu ainda a olhava como se fosse louca.

-Bella sei que isso era pra ser seu, mas querida vamos encarar os fatos, o orfanato precisa mais do que você... – Falou Jane depois de colocar a chave em sua gaveta.

Eu sabia que ela não se importava com o orfanato, ela acha que eu não sei, mas ela queria vender tudo e pegar o dinheiro para ela, tudo que ela ganha pro orfanato, ela gastava com roupas, sapatos, etc. Ela tirando tudo o que Vó Nina trabalhou pra me dar uma vida melhor, dizendo que era pro orfanato, foi à gota d'água.

-Não, você não vai tirar o que me pertence pra usar pra fazer suas compras desse mês! – Falei quase gritando, mas não me importei.

-Ah, se enxerga piralha, todo mundo sabe que você só andava com aquela velha por que você planejava algum golpe, e olha eu devo admitir, você é muito esperta, ganhou uma bolada daquela velha... – Disse Jane com desdém.

Eu não podia mais suportar aquilo, ela estava falando da Vó Nina! Ela nem se quer respeita uma pessoa falecida!

Saí, batendo o pé da sala, não queria criar escândalos, e fui para o meu quarto. Deitei na cama e fiquei olhando o teto, tentando absorver tudo o que aconteceu comigo nas ultimas 24 horas, perdi a melhor pessoa que já me apareceu, e deixei me tirarem tudo o que ela conquistou sem mais nem menos. Eu sou a pior pessoa do mundo.

Depois de uma hora pensando em tudo isso, a porta do meu quarto foi aberta abruptamente e fechada do mesmo jeito. Olhei e vi que era Mike, meu melhor amigo e mais um dos poucos do orfanato que fala comigo.

Ele é de Nova York, e veio parar aqui um ano depois de eu chegar aqui, seus pais morreram em um acidente de carro, e como não tinha parentes conhecidos, acabou vindo parar aqui. Desde então nós dois somos unha e carne, Vó Nina também gostava dele, mas tratava ele mais como um "amigo da sua filha", e ele preferia assim.

Levantei da cama e corri até ele abraçando-o fortemente, que retribuiu do mesmo jeito.

-Você está bem Bells? – Perguntou Mike no meu ouvido – Você parecia péssima ontem, quando te trouxe pra cá...

-Foi você? – Eu já devia ter imaginado o único que se importaria comigo – Obrigada Mike, não sei o que seria de mim sem você agora.

Ele se afastou de mim e pegou mão, que eu entrelacei com a sua, e a beijou, depois eu fiz o mesmo na sua. Era uma habito que nós dois criamos desde pequenos.

-Eu ouvi toda a conversa, de você e da Jane – Ele comentou.

-Aquela bruxa, vai usar tudo o que Vó Nina lutou para conseguir a vida toda, pra fazer uma nova plástica!

-Eu sei Bells... – Disse ele, enquanto tirava do bolso uma chave. Foi até a minha escrivaninha e escreveu alguma coisa nela – Bella, preste muita atenção no que eu vou dizer agora – Mike falava sussurrando agora.

Eu fiquei encarando-o sem entender nada.

-Bella, você vai nesse endereço – Me entregou o papel – E peça: Uma certidão de nascimento, uma identidade e uma carteira de motorista – Ele dizia tudo sussurrando mais baixo – E tire a copia desta chave – Falou me entregando a chave.

-Mike, por que tudo isso? – Perguntei sussurrando também.

-Vai precisa disso pra conseguir fugir – Eu o encarei ainda sem entender nada – Quando a Jane não estava olhando, eu trocei a chave por uma parecida, você precisa fazer a copia antes do jantar quando ela for chegar tudo de novo. E os documentos você vai precisar quando chegar em Forks, então vai nesse endereço pra conseguir e diga que quem te mando foi Mike Newton.

-Por que fariam isso por você? – Perguntei feliz por ele estar fazendo isso por mim.

-Ele me deve uns favores... – Falou me dando um sorriso – Diga que passara pra pegar os documentos amanha às 5:30 da manhã, se ele der uma desculpa de não dar tempo de mais dinheiro a ele... – Mike pensou um pouco – Essa parte fica difícil, você tem dinheiro?

Fui ate minha gaveta e tirei minha meia onde guardo meu dinheiro não muito usado, afinal só gastava para comprar presentes pra Mike e Vó Nina. Contei e disse que tinha 5 mil.

-Bom, vai ser bem útil ate você chegar em Forks – Analisou ele.

-Venha comigo Mike – Era o mínimo que eu podia fazer por ele.

-Não Bella, eu não posso... – Ele disse me dando um sorriso triste, eu o abracei forte de novo enterrando meu rosto em seu peito – Ainda – Ouvindo isso, me fez ficar mais feliz, pelo menos não perdi Mike também – Agora vai, você não tem muito tempo, eu te dou cobertura e lembre-se: antes do jantar, quando chegar me procure pra eu destrocar as chaves.

-Ok – Falei apresada, dei um beijo no seu rosto e corri pra fora do orfanato.

--X--

Quando cheguei entreguei logo a chave para Mike, que as destrocou rapidamente, faltava pouco pro jantar ser servido. Assim que acabamos de jantar Mike veio até meu quarto e me explicou tudo o que eu devia fazer. Eu teria que acordar muito cedo pegar minhas malas e as coisas que eu herdei sair do orfanato, depois pegar os documentos e de lá ir para estação de trem direto para Forks.

-Toma – Falei, quando me preparava pra dormir, minhas malas já prontas só com uma roupa separada que eu ira usar para amanhã. Dei a ele um envelope com 1.500 dólares.

-Pra que isso Bells?

-Já separei o dinheiro que irei precisar para amanha – Dei de ombros – E afinal você não tem dinheiro, vai precisar pra quando for sair daqui..

Ele pegou hesitante.

-Tem certeza?

-Absoluta – Disse dando o ultimo abraço nele – Quando vou te ver de novo?

-Quando você menos esperar, vou bater na sua porta em Forks.

-Vou estar esperando...

-Boa noite Bells... – Me deu um beijo na testa.

-Adeus Mike – Disse triste.

-Hey! – Me fez olhar nos seus olhos - Isso não é um "adeus". É um "até breve" – Me garantiu

--X--

Agora estou aqui na sala de Jane pegando o que me pertence, já chamei o táxi e minhas malas estão no lado de fora do orfanato. Abri o cofre, peguei tudo o que tinha dentro dele e coloquei dentro da minha mochila, poderia ver com mais calma no trem. Desci, e quando o táxi chego me ajudou a colocar as minhas malas no porta malas, quando estava entrando, minha sorte como sempre esta ao meu lado, Jane aparece me olhando chocada, eu entrei rapidamente e falei pro taxista pisar fundo enquanto Jane corre atrás de mim inutilmente.

Cheguei ao endereço onde tenho que pegar meus documentos novos e disse pro taxista me esperar. Quando voltei, nem tinha olhado direito os documentos, eu só queria ir logo pra estação de trem. Quando cheguei neste, já fui direto comprar a passagem da próxima saída, que seria daqui a dez minutos aproveitei pra comprar um livro para ler, afinal seria de 24 horas de viagem.

Quando o auto-falante chamou para as pessoas que iriam pra Forks, irem para o portão M 2 sul. Andei calmamente, me senti leve, como tirassem um peso das minhas costas e isso era tão bom, sorri com essa sensação, estranho era a primeira vez de verdade que eu sorrio desde que Vó Nina morreu. Quando estava perto do trem, que já estava fazendo a ultima chamada senti puxarem meu braço, olhei e vi a ultima pessoa que eu esperava em ver agora, Jane.

-Sua piralha, ingrata. Eu cuido de você a vida inteira e é assim que você me retribui? Me roubando? – Ela me apertou mais.

-Me solta! – Olhei pro trem e já estava fazendo o barulho de que ia começar a andar, e eu tentava ainda me libertar, mas ela era muito forte, comecei a me desesperar.

-Não, não solto! Você vai voltar comigo e tem sorte de eu não chamar a policia. – Falou Jane me puxando.

E olhei pro trem começando a passar o primeiro vagão por mim, sem pensar chutei, com todas as minhas forças, na canela de Jane, que grunhiu de dor e me soltou, eu corri como nunca corri em toda a minha vida. O penúltimo vagão passou por mim, "é agora ou nunca" pensei, saltei pra dentro do ultimo vagão, e consegui entrar.

Ofegante me levantei e a ultima coisa que eu vi foi Jane tentando se levantar. Entrei na no vagão, a procura da minha cabine, assim que encontrei me sentei, e comecei a olhar os meus novos documentos.

-Senhorita? – O cobrador me chamou a atenção.

-Sim?

-Posso ver seu ticket? – Perguntou me estendendo a mão, e eu assenti entregando-lhe o que pediu. Ele avaliou depois sorriu para mim e perguntou – Qual é seu nome senhorita?

-Isabella. Isabella Marie Swan – Bom era isso o que constava no meu novo documento – Mas pode me chamar de Bella.


N/A: Gostaram? Odiaram? Da pra ingulhir?

Comentem!

xoxo

mamá