Olá para todos !
Essa é minha primeira fic e espero que vocês aproveitem !
Avisos:
1. Contem: Drogas, Nudez, Sexo, e Álcool
2. Casal: Harry/Hermione
3. Tempo: Universo Alternativo
4. Escritora: Me *-*
5. Capa: (link em meu profile)
Enjoy !
Começo
Ele estava em um beco. Sim, era mais de meia noite e ele, um garoto de dezesseis anos, se encontrava em um beco abandonado, escuro e enfumaçado, um cigarro na boca, uma garrafa de bebida forte na mão, os óculos arredondados caindo-lhe do nariz. Ele chorava. As lagrimas escorriam silenciosas por seu rosto.
Por que? Porque eu?, dizia ele para si mesmo em sua mente.
Ele tragou o cigarro com força e soltou a fumaça negra pelo nariz.
Ele a pediu em namoro na frente de toda a escola, se ajoelhando e depois do "sim" dela, ele a beijou. Era para eu beijá-la.
Imbecil. E pensar que um dia ele fora seu melhor amigo.
Ele tirou o cigarro na boca úmida, o substituindo pela boca arredondada da garrafa. Sua boca foi impregnada com o liquido amargo e azedo e ele engoliu, seco.
Ele estava totalmente embriagado. Sentado no chão, encostado na parede suja olhando para o pequeno pedaço a avenida, que ele via do fundo da rua estreita e sem saída, contado os minutos e as horas de diferença que um carro passava. Sua vista estava embaçada e sua coordenação só fazia levantar e abaixar a garrafa comprida.
Ele começará a beber por conta dela. Desde o começo do namoro deles.
Aquele ruivo desgraçado.
Amanhã ele tinha aula, e então os veria novamente. Para sua infelicidade.
Seu relógio de pulso apitou. Duas horas da madrugada.
Ele largou a garrafa ao lado das outras, já vazias, ao seu lado e se levantou.
Caminhou tonto e zonzo pela pequena rua suja e, apagando o cigarro a jaqueta, o jogou o latão que dizia: Lixo. Porque não se jogava ali? Ele sabia que as drogas e a bebida não o levavam a nada... nada, mas o fazia esquecer, por minutos que seja, aquela garota...
Ele caminhou tombando pelas ruas escuras e vazias de Londres, já se imaginando debruçado do vazo sanitário colocando para fora tudo de mal que, horas atrás, colocara para dentro. Ele geralmente ficava naquele mesmo beco, curtindo a droga que experimentara em determinada noite.
Ele chegou a área nobre da cidade. As casas e apartamentos bonitos e bem feitos no centro da linda cidade o lembravam da época que morava com seus tios do outro lado da cidade. Ele dobrou uma esquina cambaleando e se segurando o muro trabalhado de uma loja. Um homem do outro lado da rua, uniformizado com terno o viu e correu em sua direção.
- Oh Meu Deus! – disse o homem, correndo na direção do garoto e o apartando para não cair. – De novo não, Harry.
- Sim cara, sabe... era para ela ficar co-mi-go. – ele se apoiou do homem, pronunciando a ultima palavra pausadamente.
Sua voz embargada e afetada pela bebida.
- O que usou hoje? – perguntou o homem, preocupado.
- Hoje?... – Harry pareceu pensar. – Sabe que nem eu sei. Eu nem perguntei o nome para rapaz que me vendeu...
- Você é louco. – disse o outro. – Vamos para sua casa.
Harry morava sozinho. Sim, dezesseis anos e morava sozinho.
Seus tios pediram, imploraram, para o juiz que, por um acaso, era amigo de seu tio Valter Dursley. Então Harry alugou um apartamento em um hotel luxuoso e, já faz oito meses, ele começou a morar sozinho. E a três meses a sua vida era assim. Já fazia três meses que ele se drogava, fumava e bebia.
Henri era o porteiro do hotel. Sempre atencioso e cuidadoso com Harry. Era ele que saia a procura de Harry a noite, não Ron.
- Harry? – disse Henri, que carregava o garoto para dentro do prédio.
- Hum? – respondeu ele, abrindo os olhos que jaziam fechados.
- Cara, porque você esta se maltratando desse jeito? – perguntou Henri, como um pai preocupado falando com um filho.
- Eu já te disse – tornou a falar Harry, as mãos se mexendo e fazendo gestos. – ela tinha que ficar comigo. Comigo.
- Não vale a pena ficar nessa situação por... – dizia Henri, mas foi cortado por Harry.
- Por ela, não é? – disse Harry. – A vá Henri, você fala isso todos os dias.
- Porque eu me preocupo com você.
Henri subiu, quase arrastando Harry pela escada até o nono andar. Não arriscaria pegar o elevador com o garoto nesse estado.
- Blá-blá-blá! – disse Harry.
Mesmo dizendo tudo isso ele sabia, que amanhã, iria agradecer Henri por fazer isso. Sempre o fazia.
- Como te deixaram morar sozinho, hein? – perguntou Henri.
- O juiz que julgou meu caso era amigo do meu tio. – disse Harry. – Então, ele ganhou.
Henri riu.
- Que injustiça. – disse ele.
- Mais uma injustiça em minha vida Henri. – Harry elevará a voz, por efeito da bebida.
- Pronto, essa é sua porta. – disse Henri. – Se comporte.
- Eu sempre faço. – disse Harry, se agarrando a porta e sorrindo.
O garoto entrou e o sorriso se extinguiu imediatamente com o baque da porta.
Seu estomago estava se revirando. E a única coisa que Harry pensou foi: banheiro.
Ele saiu correndo pelos cômodos decorados com móveis caros e lustrosos e entrou apressadamente pela primeira porta do corredor que levava ao quarto. Ele se agachou perante o vaso sanitário e despejou um líquido espesso e colorido pela boca. E assim se seguiu até que seu relógio de pulso apitou novamente: três horas da manhã.
Ele se arrastou para o box que escondia o chuveiro e ligou o aparelho. Ele se jogou no chão e deixou a água congelante encharcar suas roupas.
Bipe. Quadro horas da manhã e ele estava saindo do chuveiro, já sóbrio e nu.
Ele enrolou uma toalha na cintura, cobrindo as partes intimas e, com outra toalha, secava o cabelo.
Enquanto fazia isso, ele passeava pela pequena casa até chegar a varanda, onde saiu sem se dar o trabalho de colocar uma roupa.
Sua cabeça latejava e os olhos ardiam pelo efeito da droga, já passado.
Ele pendurou a toalha, na qual secava os cabelos negros nos ombros e se apoiou na grade.
Como vou encarar você amanhã?, perguntava-se ele. Sempre se perguntava.
Ela não sabia o que ele sofria... ninguém sabia. Ele conseguiu esconder de todos.
Um grupo de garotas adolescentes passou pela rua escura, lá embaixo. Elas assoviaram para ele. Ele podia ser um drogado, mas ainda era bonito. Lindo ou, em outras palavras: um gatinho.
Ele parecia com o pai. Ficava se comparando com ele em fotografias. Exceto os olhos... seus olhos, ele sabia, eram idênticos aos de sua mãe.
Seus pais morreram em um terrível acidente, um incêndio, quando ele tinha um ano de idade. Então ele fora morar com os tios, a única família viva, até encontrar o padrinho, que morrera ano passado. Mais um motivo para ele entrar nas drogas... mas, era mais por ela mesmo.
Sempre gostara dela, desde quando se conheceram. Eram ela, ele e Ron.
Ron... ele cuspia esse nome.
O que fazer agora?, disse ele a ele mesmo.
Sim, ele conversava muito sozinho... sempre dizia: "Nunca estou sozinho." Ele fazia de sua mente uma pessoa, seu coração outra e seu corpo outra. Uma pessoa ele estragava: o corpo, outra pertencia a ela: o coração e, a outra, ele fazia o possível para ser dele.
Ajeitou os óculos.
Essa dor de cabeça...
Ele aspirou o ar pesado da madrugada e entrou em sua sala, se jogando no sofá enfrente da televisão de plasma. Ele encostou a cabeça das costas do sofá de couro preto e fechou os olhos. Adormeceu instantaneamente e sonhou com ela.
Hermione Granger.
Review ?
