Titulo: Há coisa que nem o tempo pode curar
Pos Position Fetal (3X17)
Classificação: T
Sinopse:
Há feridas que nem o tempo pode curar. Lisa Cuddy e Gregory House se conheceram quando ainda eram jovens. Tiveram um curto e intenso romance. Contudo, esse romance teve um fruto. E a jovem Lisa foi obrigada a abrir mão daquilo que mais amou na vida. Anos depois seu passado retorna intensamente fazendo a médica a tomar uma difícil e dolorosa decisão.
Capitulo 1
Noite fria em Princeton. Ventos fortes sobravam derrubando as últimas folhas restantes nas inúmeras árvores espalhadas pela cidade. Uma neve fina caia cobrindo os carros estacionados pelas avenidas. Já era tarde mais ainda havia pessoas caminhando agasalhadas rumo as suas casas.
A doutora Lisa Cuddy havia chegado a pouco em casa. O dia que passou fora crucial. Tinha salvado mãe e filho, agiu seguido seu instinto, pra ela fez o que era pra ser feito, mas as últimas palavras ditas pelo House ainda ecoavam em sua mente.
Não era a primeira fez que escutasse algo rudi e estúpido dito por ele. Fazia apenas alguns dias que lhe criticou usando aquilo que mais lhe afligia: a maternidade. Mas, as palavras ditas hoje ainda doíam.
"Você deixou seu instinto materno falar mais alto e quase matou duas pessoas"
Martelava em sua mente essas palavras. Perguntava-se ele não estava certo. Tinha um segredo, se ele soubesse a verdade detrás dessa obsessão talvez compreendesse o seu lado.
Dar uma golada no chocolate quente. De fundo uma música clássica tocava. Põe a xícara na mesinha de centro, cobre-se com uma coberta de lã vermelha, e fica a relembrar aquilo que machucava seu coração. O segredo jamais revelado.
Regride aos seus 20 e poucos anos. Na época que havia realizado seu maior sonho, e é claro da sua família, entrado pra faculdade de medicina. Na tão sonhada Universidade de Michigan. A época em que eles havia se cruzado e seus destinos traçados.
Fazia apenas alguns meses que estava em Michigan. Não conhecia quase ninguém, a não ser a sua colega de quarto, uma jovem aspirante à atriz, as duas tornaram-se em pouco tempo amigas. Dedicada como sempre, Lisa passava todo o tempo entre as aulas e os estudos. Eram raras as ocasiões que saia do quarto sem ser pra ir pra aula.
O inverno naquele ano chegou chuvoso. E cada dia aumentava a quantidade de poças de água espalhadas pelo Campus, sem falar da neve acumulada. O despertado não havia tocado naquela manhã e tinha um exame super difícil naquele dia. Andava apressada pelo Campus, quando um jovem montado numa moto passa rapidamente por ela molhando-a por inteira.
Cuddy: Droga! Era só o que faltava... Idiota!
O jovem para a moto. No meio da rua, e fica esperando-a. Lisa desde pequena fora briguenta e não ia deixar esse episodio passar sem tirar satisfação com o rapaz.
Aproxima-se dele.
Cuddy: Não olha por onde anda seu idiota?
Ele nada diz. Tirar o capacete, e ela pode finalmente encara-lo. Era um jovem bastante bonito, tinha uma barba por fazer, que lhe dava um ar de serio, os olhos eram azuis como o mar, os lábios bem vermelhos. Ele encara a jovem, abre um sorriso.
Cuddy: O gato comeu sua língua?
House: Não um gato... Uma gata... Desculpe não lhe vi... Sinto muito pelo banho...
Nossa, o sorriso dele era contagiante, a raiva que sentia sumiu completamente. Então teve ação apenas de retribuir um sorriso.
House: Nossa... E sorrindo fica mais linda...
Cuddy: É um conquistador barato...
House: Nossa! Elogiou-te e recebo isso em troca? Garota malvada...
O modo como ele falava despertava nela sentimentos nunca vivenciados. Nem lembrou que tinha uma prova naquele instante.
House: Meu nome é Gregory e o seu?
Cuddy: Lisa...
House: Prazer Lisa... Está indo pra Universidade?
Cuddy: Sim...
House: Devo-lhe uma carona... Sobe ai na moto...
Ela pensou em recusa, contudo, estava super atrasada e se não corresse ia ser reprovada na matéria.
Cuddy: Aceito... Apenas por que estou atrasada...
House: Hum... Só por isso?
Cuddy: Só...
House: Vou fingir que acredito...
Gregory entrega o capacete a ela. Ela coloca-o. E senta-se na moto.
House: Segura firme!
Ele pega as mãos dela, e põe em sua cintura. Fazendo-a abraçá-lo. E liga a moto. Durante o caminho, Lisa delirava, o cheiro do xampu dele, exalado pelos seus fios de cabelo, era adocicado. E estava enfeitiçando a jovem. Pena que o caminho era curto.
Gregory estaciona. Ela desce e entrega o capacete.
Cuddy: Muito obrigada...
House: Não precisa agradecer... Quando quiser carona sabe a quem pedir...
Cuddy: Adeus...
House: Adeus? Não! Até mais...
Ela riu da cara que ele fez. E entrou correndo no prédio. Ao entrar na sala todos já estavam com o exame na mão. O professor após um sermão entregou o seu.
Após o exame. Passa na biblioteca onde apanha uns livros. Andava pensativa pelos corredores. O jovem motoqueiro, não saia da sua cabeça. Estava tão distraída que não viu o rapaz na sua frente e acabou esbarrando derrubando os livros que carregava.
House: Nossa... Acho que hoje é o dia de nos esbarrar...
Cuddy: Você de novo...
House: Não precisa disfarçar... Sei que está contente em me ver... Radiante na verdade...
Cuddy: Olha minha cara de felicidade...
Gregory ajuda-a a recolher os livros caídos.
House: Hum... Então faz medicina...
Cuddy: Algo contra?
House: Não...
Nesse momento umas jovens bastante atraentes chamam pelo Gregory.
House!
Cuddy: Você é o famoso House?
House: Já ouviu falar de mim?
Cuddy: Todas as garotas de Michigan falam de você...
House: Sei que sou irresistível...
Cuddy: Não é nem um pouco modesto...
House entrega os livros a ela.
House: Preciso ir... O dever me chama... Bem... Esbarramos-nos por ai...
Cuddy: Espero que não...
House sai rindo. O jovem em pouco tempo havia encantado a estudante. Mas, sabia da reputação de mulherengo dele, então achou melhor manter distância. Contudo, o destino durante aquela semana os fez se esbarrem mais vezes, e nos meses que seguiam mais ainda.
Durante os rápidos momentos juntos. Sempre um era sarcástico com o outro ou acabavam arrancado risos do outro. Os jovens não entendiam, mas havia algo naqueles encontros casuais que mexiam fortemente com seus sentimentos.
Gregory passou a andar a procura dela. Havia colocado uns dos amigos a vigiá-la. Então, os encontros não eram ao acaso como a Lisa imaginava.
Rapidamente o fim do semestre chegou. Era o último semestre pra o Gregory. Iria ter um super baile na Universidade. Todas as garotas estavam disputando no tapa a companhia dele, o qual renegou a todos os pedidos.
Era um fim de tarde. O sol estava se pondo no horizonte. Lisa estava sentada numa das mesas que havia espalhadas pelo Campus lendo um artigo, quando alguém puxa o papel tirando sua concentração.
Cuddy: Só podia ser você... Devolva-me! Seu retardado...
House: Retardado... Nossa... Os xingamentos estão evoluindo...
Cuddy: Não tem outra pessoa pra abusar?
House: Você sabe que é a minha preferida...
Cuddy: Ah ta...
House: Mas, não vim aqui pra te pentelhar...
Cuddy: Não! Oh... É pra me senti lisonjeada?
House: Claro que sim...
Cuddy: Que me devolver meu artigo e sumir?
House: Pode deixar que lhe devolvo... Mas, só depois que aceitar ir ao baile comigo...
Cuddy: Ir ao baile com você? Hahahaha... Conta outra piada...
House: Nossa... Minha companhia lhe desagrada tanto assim? Magoei...
Gregory faz uma cara de desapontado. Lisa sente um pouco de culpa, odiava vê-lo assim, não queria admitir, mas tinha se apaixonado perdidamente pelo jovem.
Cuddy: Mesmo se aceitasse, já tenho par...
House: Hum... O Jason Trenton?
Cuddy: É o Jason, como você sabe?
House: Acabei de trocar sua companhia por mil dólares...
Cuddy: O Jason me vendeu?
House: Não você, mas a sua companhia...
Cuddy: Idiota...
House: Ele é...
Cuddy: Você também é... Como é que comercializam assim? E ainda por mil dólares... Esse é o preço que vale a minha companhia? Que dizer que valo mil dólares... Ótimo...
House: Claro que não... Não tem dinheiro no mundo que compre sua companhia... Por que não há preço... Só que o idiota não sabe disso... Então acabei lucrando nessa transação...
Cuddy: Lucrando? Quem disse? Não vou ao baile contigo...
House: Então vou te pentelhar esses dias que faltam... Espalhar cartazes pela Universidade... Pinta seu nome nos banheiros... Entra gritando: Lisa vai ao baile comigo! Em todas as suas aulas...
Cuddy: Fala serio?
House: O que você acha? Quer arriscar?
Cuddy: Está bem vou com você...
House: Oba!
Ele entrega o artigo a ela. E pega uma sacola que havia trazido.
House: Pronto... E isso aqui é pra você...
Lisa abre a sacola e tira de lá um belíssimo vestido preto.
Cuddy: O que significa isso?
House: Quero que vá com isso... É lindo que nem você... Não terá outra mulher como você na festa... Será a mais linda...
Cuddy: Obrigada...
House: Pego lhe no seu alojamento às 20 horas... Até lá...
Cuddy: Até...
Assim que o jovem sumiu por entre as árvores. Lisa abriu um enorme sorriso. Iria ao baile com ele. Sentiu-se a mulher mais feliz do mundo naquele instante. Pega suas coisas e ruma pra seu quarto precisava contar a sua amiga a novidade.
