Tudo da Jô e eu não ganho dinheiro escrevendo, só treino a escrita e talvez, se os astros ajudarem, ganho reviews. Em época de Enigma do Príncipe, minha singela homenagem ao nosso querido Príncipe Mestiço!

Ele sabia ninguém jamais se importaria em saber de fato o que aconteceu naquela noite ou nos dias que a antecederam.

A versão do precioso Potter seria a única a ser ouvida, a ser escrita, e desse modo entraria para a história.

Ele sempre gostou de pensar que não se importava. Não se importava com o que pensavam dele, não se importava com Lily nem com o fato dela namorar o idiota do Potter. Não se importava que o filho dela não fosse dele também. Não se importava com aqueles cabeças ocas que todos os anos voltavam com suas cabeças cada vez mais ocas. Não se importava com o futuro deles, nem com o Lord nem com os rumos da Guerra. Não se importava com nada nem ninguém além de si mesmo e, principalmente, não se importava se não havia ninguém no mundo que sentiria sinceramente sua morte.

Mas agora com a perspectiva de morrer em breve, depois de ter "traído" Alvo, ele tinha de admitir que isso tudo não passava de auto engano.

Ele se importava, porque se não se importasse com Lily ou com as escolhas estúpidas que ele julgava que ela tivesse feito ele nem estaria ali, para início de conversa. E ao se importar com Lily, ele passou a se importar com os rumos da Guerra também e com o futuro. O dele, o dos cabeças ocas e, por mais que jamais viesse a admitir em voz alta, com o futuro de Harry Potter. Não porque ele salvaria o mundo, não porque ele era o "escolhido" mas sim porque ele era simplesmente o único filho de Lily.

Diabos! Alvo tinha razão. Ele se apegou ao pirralho e se odiava por isso. Por ter se apegado a cria do Potter. Maldito James Potter.