Disclaimer: Obviamente Naruto, e seus personagens não me pertencem. Eles pertencem ao Kishimoto-sensei. Mas não se enganem o Kakashi-sensei ainda é meu u.u
Agradecimentos muito mais do que especiais, ao meu namorado Claúdio, que com todo seu conhecimento e paciencia, me ajudou imensamente
com nomes de armas, muniação e muito material para pesquisa...
Sem sua ajuda, provavelmente essa ideia, não teria criado asas em minha imaginação.
Esse capitulo é para você!
Legenda: fala ao telefone
Boa Leitura!
OoOoOoOoOo
Sasuke dirigiu tranquilamente pelas ruas da cidade, enquanto o por do sol, deitava sobre os arranha-céus raios multicoloridos. O transito estava agitado naquele horário, mas o moreno não se importou com a pressa das outras pessoas para chegarem aos seus lares.
Dentro do carro, o silencio era total, o radio desligado, indicava que o rapaz, não queria ter seus pensamentos dispersos, por qualquer ruído exterior. Estava concentrado, imaginando que tipo de melhorias poderiam ser feitas, nas plantas dos prédios que ele estava desenhando. Seu mais novo chefe era extremamente exigente, mas pagava muito bem. Sasuke desejava chegar logo em sua casa, para poder debruçar-se em uma de suas mesas e começar mais uma vez a trabalhar. Parecia que nunca iria se arrepender de ter escolhido, a profissão de arquiteto.
O telefone celular tocou no bolso de sua calça, a atenção de Sasuke foi desviada, para aquele toque repetitivo. Não sabia quem era e também não tinha muita intenção de descobrir, mas realmente aquele barulho o irritou.
Correndo o risco de ser pego, cometendo uma infração no transito por um guarda, o moreno diminuiu a velocidade do carro, e alcançou no bolso, o celular irritante.
A voz conhecida de uma mulher, que ele nunca virá, soou calmamente em seu ouvido:
-Sasuke-sama?
-Sou eu – respondeu o Uchiha irritado, ele já sabia do que se tratava.
- O senhor Orichimaru-san, está requerendo sua presença imediatamente.
-Agora? – havia uma nota de desconfiança, na voz de Sasuke.
-Sim – a voz da mulher era eficiente.
- Diga a ele que eu já estou indo.
Sem despedidas, o moreno desligou o próprio celular com eficiência, e mudou sua direção, enquanto dirigia, aumentando a velocidade do veiculo. Sabia que não haveria um segundo de descanso, antes que ele fosse ver Orochimaru. Por mais que não gostasse, aquele patife também era seu chefe.
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Quando Sasuke chegou ao seu destino, o sol já havia se escondido no horizonte, mas ainda havia uma luminosidade difusa, no ar. O prédio onde Orochimaru, administrava seus negócios, continuava do mesmo jeito. Elegante, nem um pouco discreto, indicando que ali dentro grandes negócios eram feitos. O moreno sabia que mais da metade desses negócios eram ilícitos.
O rapaz atravessou com passos rápidos, e discretos todo o átrio de mármore, as portas de aço dos elevadores, abriam e fechavam, constantemente, despejando uma quantidade significativa de pessoas, no salão principal, que se encaminhavam para suas casas, depois de mais um dia de trabalho.
Sasuke alcançou o elegante balcão de informações também de mármore, a secretaria de cabelos curtos e castanhos, prontamente o reconheceu. O Uchiha vinha até aquele lugar com certa freqüência.
Nenhuma palavra, foi dita entre eles, a secretaria, apenas entregou-lhe o mesmo crachá de sempre, e o rapaz, se dirigiu em direção aos elevadores, e teve a sorte de pegar um quase completamente vazio.
Orochimaru, trabalhava na cobertura. Nada além do melhor para aquele bastardo, pensou o moreno.
A porta do elevador, abriu-se com um leve solavanco, Sasuke foi o único a desembarcar ali. O escritório tinha uma decoração diferente do átrio. Ali as paredes eram de um amarelo-claro, os moveis misturavam modernidades, com um toque clássico, complexos arranjos, de flores, enfeitavam pequenas e delicadas mesas e balcões. Orochimaru gostava de impressionar os homens que ali adentravam.
Como sempre seguindo um padrão, Sasuke ignorou, o luxo do lugar, e dirigiu-se para a grande mesa de mogno, onde uma secretaria loira, usando óculos o aguardava-o. Mais uma vez não foi preciso o moreno dizer nada.
- O senhor Orochimaru o aguarda – informou a secretaria, pegando o crachá que Sasuke oferecia.
O rapaz percorreu o pequeno espaço, pisando num tapete ricamente decorado, e abriu as portas duplas para o escritório de Orochimaru.
O homem de longos cabelos negros, e pele extremamente pálida, estava parado diante ás enormes janelas de vidro, trajava um terno cinza feito sobre medida.
Sasuke permaneceu, em pé encarando as costas de Orochimaru, esperando algum movimento por parte dele.
- Sabe o que eu mais gosto em você Sasuke-kun? – comentou Orochimaru, ainda de costas para o rapaz – apesar de me odiar, você ainda, é extremamente pontual, e profissional.
- Sem elogios – respondeu o rapaz, asperamente – o que você quer dessa vez?
- Sempre direto. Eu também gosto disso.
Orochimaru, virou-se encarando Sasuke, seus olhos castanhos dourados, tinham uma malicia evidente. Ele sentou-se confortavelmente, numa cadeira, com um alto espaldar de couro negro.
Os dedos anormalmente longos, e finos tocaram um pacote pardo que parecia estar cheio de papeis na direção de Sasuke. O rapaz aproximou-se da mesa.
- Aqui está seu alvo – explicou Orochimaru, deixando as brincadeiras de lado – acho que vai ficar feliz em saber de quem se trata.
Sasuke apanhou o envelope com cuidado, retirando as informações que precisava. Uma foto desfocada de uma garota de perfil caiu em sua mão.
- Uma mulher? – perguntou o Uchiha desconfiado.
- Ela não é qualquer mulher Sasuke, é uma Hyuuga.
O nome fez com que com a raiva de Sasuke borbulhasse, quase chegando a transbordar, seus olhos cravaram-se como adagas na figura que estava na foto em suas mãos.
- Quem é ela? – perguntou Sasuke.
- Se minhas fontes não estiverem erradas – respondeu Orochimaru com um sorriso cínico nos lábios finos – seu nome é Hyuuga Hinata, parece ser uma prima distante de Hyuuga Neji, o herdeiro da Máfia Hyuuga. Dizem que ele se preocupa extremamente com ela...
A voz de Orochimaru morreu, Sasuke podia sentir, o sarcasmo ali contido, o bastardo devia estar adorando aquilo.
- E você quer que eu a mate, por qual motivo?
- Você é ingênuo Sasuke. Mas, vou lhe explicar. Quando pessoas, como Neji perdem alguém que lhes é caro, eles tem como objetivo, buscar vingança, mas tenho certeza que nem todos os Hyuugas, iram aceitar essa idéia. O conflito será iminente, com o clã fraco, e desestabilizado eu poderei derrotá-los, tomando finalmente o controle daquela família.
A risada de Orochimaru, ecoou pelo escritório.
- É por isso caro Sasuke-kun – continuou o homem de cabelos longos – que eu simplesmente, nunca me apeguei a ninguém. Isso me torna o mafioso perfeito.
Os olhos de Sasuke, pousaram agora sobre os dados contidos, nos documentos em suas mãos. Pelo visto a mulher em questão morava em uma das mansões Hyuuga daquela cidade. Seria muito difícil para Sasuke, infiltrar-se no covil do inimigo. Mas, não impossível, não pra ele.
- E então meu rapaz – perguntou Orochimaru, tirando Sasuke de seus devaneios – aceita o serviço? Você deve estar feliz, por eu ter arranjado um Hyuuga, pode ser sua chance de se vingar da família que acabou com a sua.
Por um instante Sasuke, considerou aquele serviço. Particularmente ele não gostava de matar mulheres, e nunca aceitaria matar uma criança. Não que tivesse princípios porque ele não tinha, afinal ele já havia matado algumas mulheres, e centenas homens. Mas pelo menos tinha o direito de escolher se queria ou não realizar os serviços que lhe pediam.
Mas, aquela mulher era uma Hyuuga, e se Deus existia mesmo, ele sabia como Sasuke iria adorar, acabar com aquela maldita família, da face da terra. Assim como eles tinham feito com a sua...
- Eu aceito – disse por fim o Uchiha, guardando todos os documentos, junto com a foto dentro do envelope. Iria precisar daquilo.
Os olhos castanhos dourados, pousaram sobre Sasuke, um riso baixo como o sibilo de uma cobra, saiu dos lábios de Orochimaru.
- É por isso Sasuke-kun, que você é meu assassino de aluguel favorito.
OoOoOoOoOoO
Neji lavou as mãos vigorosamente debaixo do jorro de água cristalina da torneira. Olhou demoradamente, para seu reflexo, refletido no caríssimo espelho, com bordas negras. Os cabelos cor de chocolate estavam soltos pelas costas, o rosto austero, pálido, os olhos cor de perola de um tom acinzentado, sem nenhum brilho. Era o mesmo.
O rapaz fechou a torneira, e enxugou as mãos numa toalha que estava próxima, largou-a sobre a pia de qualquer forma. Algum empregado mais tarde cuidaria daquele detalhe. A mão direita de Neji passou vagarosamente, pelo próprio rosto, sentiu a pele da mão pinicar levemente pela barba que começava a crescer, devia ter pensando naquele detalhe mais cedo, mas agora estava com pressa. Queria encontrá-la.
Com pratica o rapaz abriu, o paletó de um tom claro, e tirou do coldre de couro negro, sua Glock austríaca, também negra. Depositou a arma que ainda possuía balas também sobre a pia. Mais uma vez, seus olhos sem cor buscaram o reflexo do espelho.
Ela iria perceber, que fazia menos de uma hora ele havia acabado com a vida de um homem? A pergunta martelou de forma insistente na cabeça do rapaz, mais uma vez seu olhar minucioso, correu por sobre sua roupa. Nada. Nenhuma misera gota de sangue, ou poeira. Ele já não podia dizer o mesmo, do homem que havia matado.
Será que estava cheirando a sangue? O rapaz levou ao próprio nariz, o colarinho de sua camisa branca. Não. Ainda cheirava levemente sua colônia favorita.
Com dedos ágeis Neji, prendeu os longos cabelos, num rabo de cavalo, estava pronto. Uma ultima vez, conferiu seu reflexo, do espelho do banheiro. Aceitável.
Com pressa, o rapaz, pegou, a arma e saiu do banheiro, na porta dois homens altos, vestidos com ternos negros, o esperavam. Há menos de uma hora atrás ambos, haviam visto seu chefe matar um homem, e haviam terminado o serviço, jogando o corpo no mar. Comida de peixe. Nenhum dos três, parecia nem mesmo levemente afetado com aquilo.
Neji entregou ao homem parado a sua direita, sua arma. Sem nenhuma palavra, o homem apanhou-a e os dois continuaram o caminho pelo corredor.
O Hyuuga, virou-se na direção contraria, de seus subordinados, e começou a andar em direção as escadas. Seus passos eram abafados, pelo tapete vermelho, que cobria todo o corredor, ali a decoração era esparsa, e clássica, como por toda a mansão. A iluminação fraca, mas elegante, provinha de pequenas lâmpadas, colocadas em locais estratégicos.
Os passos de Neji, o levaram em direção a escada, de caracol, rapidamente, ele desceu todos os degraus, indo em direção há uma porta pintada em branco, ao lado da escada. Estava aberta, ali havia mais um lance de escadas, o ambiente era escuro, com lâmpadas alaranjadas, que iluminavam precariamente, a escuridão. Os passos de Neji soaram alto contra, o concreto do chão. Estava agora no porão da mansão. O lugar mais protegido da casa. Percorreu um pequeno corredor parando em frente a uma porta dupla de aço. Digitou, uma senha de quatro dígitos no painel computadorizado, que ficava ao lado direito da porta. Houve um pequeno som metálico, e então, as portas se abriram ruidosamente. O ambiente mudou bruscamente.
Neji entrou, no luxuoso quarto, que mostrava-se a sua frente. Atrás de si, mais uma vez, as portas de aço voltaram a se fechar automaticamente.
Tudo estava como ele recordava, as janelas fechadas, porque não podiam serem abertas já que estavam no subterrâneo, longas e delicadas cortinas de seda, pediam sobre estas. Tapetes persas, cobriam o brilhante assoalho de madeira, cadeiras, mesas e poltronas, decoravam o ambiente, num estilo clássico, mas não suntuoso, havia vários vasos, de porcelana com flores, espalhados pelo comodo.
O som de um aparelho ligado, chamou a atenção do Hyuuga, ele seguiu em direção ao próximo comodo. O rapaz parou no batente da porta. A sala estava parcialmente iluminada, pela luz dourada de um abajur. A televisão estava ligada, mas era ignorada, pelo único ocupante do lugar.
Ela estava sentada numa poltrona ao lado do abajur, as pernas encolhidas contra o próprio corpo, usava uma calça jeans comum, e uma camiseta branca, o cabelo longo e negro, estava preso num rabo de cavalo alto, mas haviam alguns fios soltos, caindo sobre seu rosto delicado. Os olhos também perolados como os de Neji, estavam fixos na leitura de um livro.
O Hyuuga cruzou os braços, e ficou um minuto inteiro contemplando, a prima. Hinata simplesmente esquecia do mundo quando estava lendo. Era bom saber que as coisas não haviam mudado.
- Hinata-sama – chamou Neji, atraindo a atenção da moça.
Os olhos perolados deslocaram-se rapidamente, das paginas do livro, para onde estava a voz que havia lhe chamado. Primeiro a surpresa, estampou-se no rosto da moça, depois alivio e felicidade.
- Neji-nisan – respondeu Hinata indo em direção ao primo.
Com passos ligeiros Hinata cruzou, a pequena sala, logo seus alvos braços rodearam a cintura do único primo, com prazer a garota, encostou o nariz no peito de Neji, aspirando seu perfume conhecido, um singelo sorriso apareceu em seus lábios.
Ainda sorrindo Hinata ergueu a cabeça, para encarar o rosto de Neji.
- Eu não sabia que você estava no país – disse a moça.
- Acabei de chegar. Então estava perto, e resolvi te visitar.
O rosto pálido de Hinata tingiu-se delicadamente de rosa. Algo dentro de Neji agitou-se, talvez fosse saudade, fazia quase seis meses que não via a prima, mas inconscientemente, o rapaz sabia que sempre que estava próximo de Hinata algo dentro de si se agitava.
- Venha – pediu a moça, guiando o primo até o sofá – você deve estar cansado.
- Um pouco – concordou o rapaz a seguindo.
Os dois primos sentaram-se no confortável sofá, Neji estudou longamente o rosto da prima, estava da mesma forma, desde que o virá. Corado, com os olhos brilhando. Agora vendo que ela estava bem, ele podia sentir-se também tranqüilo. Finalmente estava em casa.
Sem pressa, o rapaz tirou o paletó, de um tom claro, e jogou-o sobre a poltrona, onde antes Hinata estivera. Enrolou as mangas da camisa, deixando a mostra os antebraços, não havia percebido até aquele momento, mas estava com o corpo dolorido.
- Onde você estava? – perguntou Hinata finalmente.
- Fui a vários lugares. Japão. EUA. França. Negócios.
- Pensei que estivesse com meu pai.
- Só o encontrei no fim da viagem – respondeu Neji – ele tinha outros assuntos pra resolver. E você, o que fez, enquanto estive fora?
O sorriso de Hinata diminuiu, embora a moça tentasse lutar contra aquilo.
- Nada – respondeu por fim – li alguns livros, e vi bastante tv. Não me deixaram sair... nem mesmo ir para o jardim...
O rosto de Neji tornou-se obscuro por algum momento. Ele detestava priva-la de qualquer coisa... Mas sabia que não havia outra alternativa.
- Eu sinto muito Hinata-sama, eu dei a ordem para não deixa-la sair em hipótese alguma. Ninguém deve saber que está aqui... É o único jeito de estar segura.
O sorriso da moça desapareceu por completo. Seus olhos desviaram-se do primo, cravando de forma inexpressiva na televisão.
- Sinto muito... – disse Neji.
- Não é culpa sua – respondeu Hinata, voltando a olhar para o primo – eu apenas...
- O que foi Hinata-sama?
- Não acho cer...to – as palavras de Hinata saiam de seus lábios com dificuldade – estou aqui se...segura. Enquanto, você, está lá fora, correndo perigo em meu nome...
Os olhos de Neji se arregalaram, sua prima nunca havia lhe dito aquilo.
- Eu não me importo – respondeu o Hyuuga de forma convicta – não me importo de fazer papel, de herdeiro da máfia, para protegê-la. Você estaria correndo perigo, se outros mafiosos soubessem, que a herdeira Hyuuga é uma mulher... Que não quer estar envolvida, nesse mundo. Isso seria perfeito, para eles tentarem te manipular.
- Quantas vezes já tentaram te matar por minha culpa? – perguntou Hinata, os olhos perolados brilhantes.
Um sorriso convencido, brincou nos lábios rosados de Neji. Ele não devia sentir-se tão feliz por ver Hinata preocupado com ele. Mas, simplesmente não conseguia evitar.
- Eu não morri Hinata-sama, ainda estou aqui vivo – respondeu o rapaz.
- Eu não quero que nada de mal lhe aconteça ni-san...
O coração de Neji deu um solavanco dentro do seu peito. Lentamente sua mão, escorregou do encosto do sofá, e parou delicadamente sobre as mãos de Hinata. Eram delicadas, macias, estavam ligeiramente geladas. Mentalmente o rapaz se repreendeu. Não tinha direito de tocá-la, não com aquelas mãos sujas de sangue alheio. Mesmo assim vendo-a tão deprimida, e preocupada... Precisava de alguma forma conforta-la. Dizer que tudo estaria bem. Esse era o seu dever.
- Não se preocupe – continuou Neji, suas mãos ainda segurando as de Hinata – nada de mal, vai me acontecer eu sei me cuidar. Eu sempre vou protegê-la Hinata-sama, não importa o que aconteça.
- Eu sei... – o sorriso começava lentamente a voltar para os lábios de Hinata.
- Então – começou Neji tentando mudar o assunto – o que quer fazer agora, que estou de volta. Posso levá-la aonde quiser.
- Mesmo? Mas você disse que estando aqui...
- Não se preocupe – interrompeu o Hyuuga de forma despreocupada – alguns problemas territoriais foram resolvidos. Teremos um tempo de tranqüilidade.
Um calafrio, percorreu, o corpo da Hyuuga, ela sabia o que aquilo significava. Mortes. Sabia que Neji devia estar envolvido, por isso passara todo esse tempo longe, ele devia estar eliminando mafiosos de outras famílias...
- Hinata-sama? – chamou o rapaz, tirando a moça de seu devaneio.
Hinata tentou se concentrar no primo, e parar de imaginar o que acontecera. Não queria saber, quantas pessoas haviam morrido, ou iria se sentir ainda mais culpada... Culpa sempre culpa... Um dia não conseguiria mais carregar aquilo.
- Ouvi dizer – respondeu Hinata – que dentro de alguns dias, haverá uma exposição, de flores, num shopping aqui da cidade.
- E você quer ir?
- Sim – respondeu a moça corando – eu iria adorar...
- Então nos iremos.
- Obrigada ni-san.
Os olhos perolados, de Neji fixaram-se no rosto da prima. Não havia nada no mundo mais precioso do que aquele sorriso, do que aquela garota. Não se importava de ser um assassino, um mafioso, alguém desprezível, se pudesse protegê-la, mantê-la segura, naquela casa pra sempre. Então tudo valeria a pena.
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Sasuke entrou, tranquilamente, pela porta da garagem, que dava para dentro dos cômodos de sua casa. Numa mão trazia as chaves do seu carro, e na outra, o envelope, que Orochimaru lhe dera.
Confiante, o rapaz caminhou pela escuridão, sem esbarrar em nada, conhecia perfeitamente onde estava cada objeto, em cada lugar, ligar a luz seria desnecessário, mas ele fez assim mesmo.
A luz invadiu o comodo amplo, e quase sem moveis. O estilo oriental era predominante no ambiente, quase tudo era de madeira, o chão coberto por espessos tapetes, as paredes nuas de madeira. Havia poucos moveis nenhum sofá, no lugar disso um futon azul-escuro.
Tentando colocar os pensamentos em ordem, o Uchiha, deixou de lado rapidamente sua maleta, onde estava guardado, seu mais novo, projeto arquitetônico, aquilo teria de esperar. Primeiro ele tinha de planejar, um assassinato, pensar em todas as possibilidades, calcular os mínimos detalhes, erros e acertos. Mas, não havia problema, ele já fizera vários planejamentos, um diferente do outro, aquilo nada mais era do que um novo trabalho.
Tranquilamente o rapaz, rumou em direção ao banheiro do seu quarto. Ali dentro a modernidade imperava, o comodo era totalmente revestido de mármore negro, uma banheira estava ao lado do boxe de vidro. Despindo-se rapidamente, Sasuke entrou embaixo do jorro de água escaldante, uma sensação prazerosa percorreu seu corpo, enquanto ele sentia as gotas de água escorrendo pelo seu cabelo, caindo em suas pálpebras fechadas. O silencio gritava alto.
Sem perder tempo, terminado o banho, o rapaz saiu do banheiro enrolando-se num roupão felpudo e completamente branco. Em frente ao espelho fixado na parede, o rapaz passou as mãos pelo cabelo molhado, sabendo que dentro de pouco tempo ele estaria, mais uma vez, rebelde e em pé.
No quarto, também em estilo oriental, Sasuke, pegou uma camiseta passada, e uma calça de moletom, ambas escuras. Reparou que sua cama que ficava junto ao chão, estava feita e organizada, assim como todo o ambiente, recendia levemente a lavanda, também haviam flores, sobre uma pequena mesa ao canto do quarto. Pelo jeito a faxineira, havia estado ali aquele dia. Sasuke sempre esquecia quais eram os dias que ela deveria comparecer, para limpar sua casa, embora, fosse ele mesmo que a contratara.
Sem usar uma cueca, o rapaz trocou-se e foi mais uma vez, em direção, a sua sala. A cozinha que ficava no fundo do corredor, era moderna, e possuía tudo para ali ser preparado uma excelente refeição, mas Sasuke, simplesmente não sabia cozinhar.
Como sempre o rapaz, discou do seu celular, para uma de suas pizzarias preferidas, pizza de pepperoni , lhe parecia naquele momento uma excelente idéia.
Sabendo, que o serviço do lugar, era ótimo, e não iria demorar para que o entregador, chegasse, o rapaz, sentou-se no futon, e começou a mais uma vez, estudar o envelope, que Orochimaru lhe dera.
Havia um mapa da mansão Hyuuga, por fora, Sasuke estudou cada porta e janela, visível, pensando no jeito mais fácil de adentrar o lugar. Lá dentro seria outra historia, já que não possuía mapa nenhum dos cômodos da casa. Nos documentos, havia informações da mansão possuir, câmeras de segurança, ligadas 24 horas, por todo jardim, assim como guardas que trabalhavam na patrulha externa.
Nada impressionou muito o Uchiha, ele já havia trabalhado, em lugares, onde a segurança, era parecida, e ele sabia que sempre havia uma brecha e ele poderia se aproveitar dela. Algo já começava a se formar, na cabeça do rapaz, ele apenas agora precisava lapidar a idéia que começava a surgir.
Os pensamentos de Sasuke foram interrompidos pela campainha. A chegada do entregador de pizza animou o rapaz, ele não havia percebido, mas estava com fome.
Com pressa, Sasuke apanhou, uma nota de dinheiro na carteira, sem reparar de qual quantia, abriu a porta da frente da casa. O entregador vestindo um uniforme laranja ridículo, entregou-lhe o caixa de papelão, e deixou seus olhos quase saltarem do rosto quando, viu o valor da nota:
- Fique com o troco – disse Sasuke, num tom que não admitiu ser contestado.
Sem esperar resposta, o moreno, fechou a porta, e voltou-se para o futon, examinando mais uma vez, os documentos que já estavam começando a se espalhar pelo local. O Uchiha nunca havia sido muito organizado mesmo.
Com pressa, Sasuke abriu a caixa, e apanhou com as mãos, o primeiro pedaço de pizza, o queijo derretido fez com que sua boca salivasse, imediatamente o rapaz estava com a boca cheia aproveitando sua refeição.
Voltando ao trabalho, o rapaz deixou seus olhos cor de ônix, percorreram as informações dos Hyuuga. O mais importante agora, seria, escolher o dia em que agir. Não em um final de semana obviamente, já que provavelmente nesses dias, haveria uma maior movimentação na casa. Um dia no meio da semana era o ideal. Alem disso, com o plano pronto, Sasuke não precisaria esperar muito. Quanto mais rápido agisse, mais rápido aquilo teria terminado.
Terminado o primeiro pedaço, Sasuke segurou o segundo, enchendo a boca novamente. O jeito mais fácil de entrar na casa, seria se passando por um funcionário, mas ele não sabia se lá dentro havia uniformes para a criadagem, e talvez demorasse muito, para ele conseguir um. Não teria de ser ao modo antigo.
Os olhos negros e sem brilho algum, percorreram mais uma vez a planta de fora da casa, da mansão. Os fundos do local, eram grandes, e cheios de jardins pelo que pudera notar o rapaz. Apesar do muro ser alto, ali seria o lugar perfeito para que ele pudesse entrar. Mataria rapidamente qualquer pessoa que encontrasse, e iria entrar na casa por uma das áreas de serviço.
Confiante o rapaz, levantou-se e voltou novamente em direção ao seu quarto. Abriu uma das portas de correr do seu guarda-roupa e pressionou o fundo de madeira do mesmo. Ali havia um buraco feito na parede,escondido sob o fundo falso da madeira era onde Sasuke guardava seus equipamentos.
Os olhos negros pousaram em uma por uma das armas ali escondidas. Por fim o rapaz acabou escolhendo uma Sig Sauer SP 2022, calibre 9 mm de fabricação alemã, algo simples, mas muito eficiente. Imediatamente o punho de Sasuke acostumou-se com o peso da pistola. Ele conferiu a munição, quinze balas perfeitamente enfileiradas, não podia esquecer do silenciador.
Contente com sua escolha Sasuke, retirou do esconderijo a arma e a munição adequada, e guardou-as no fundo falso da sua maleta de trabalho, e então voltou para a sala.
Ali o rapaz sentou-se no futon mais uma vez apreciando o sabor da pizza, que já começava a ficar fria. Mentalmente Sasuke procurou saber em que dia estavam... Quarta-feira. Se tudo estivesse preparado, então na Quinta-feira ele poderia invadir a casa dos Hyuuga.
Despreocupadamente, o Uchiha pegou com os dedos engordurados, a foto de sua vitima. Não podia ver muito bem como ela era. A mulher em questão estava de perfil, e a foto desfocada. Mas com os olhos argutos Sasuke conseguiu divisar uma longa cabeleira negra, e uma pele pálida... Talvez fosse até bonita. Não que isso lhe importasse.
Sasuke continuou a observar a foto. Tentando memorizar, qualquer mínimo detalhe, para que mais tarde ele pudesse reconhecer sua vitima.
Não havia nenhum remorso no assassino, enquanto ele observava a foto da mulher que dentro de duas noites ele tinha o trabalho de matar.
OoOoOoOoOo
Bem gente sem muitas palavras, aqui está mais um dos meus projetos!
Farei o possivel para continua-lo. Espero que o apreciem!
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