Disclaimer: Não são meus, pertencem a JRRTolkien e seus herdeiros, bem como a Warner Bros, PJ e ao resto da galera. Eu só brinco com eles, usando o universo dos filmes e dos livros de maneira livre. Nenhum dinheiro vem para as minhas mãos, infelizmente.

Agradeço â linda Lourd, sempre companheira e constante reviewer, bem como Sadie, Danda, Soi e Myri, pelo incentivo. Espero que gostem.

Quem é aquele?

A menina desceu as escadas da casa simples de fazenda, disposta a dar o recado que a mãe lhe incumbira. Contudo, ela se deteve assim que chegou ao chão. De longe, observou o estranho que conversava com seu pai na porteira. Ela sabia que o portão estava estragado e não fechava direito. Seu pai mostrava para o estranho o defeito.

O estranho com o pai era alguém que ela nunca tinha visto antes: baixo, talvez do tamanho dela, mas não era criança. Ao contrário: ele tinha barba grande, cabelos também compridos (mais que o dela), uma capa de viagem que cobria a maior parte do seu corpo e botas de pele de animal. A menina notou que o estranho estava a pé, sem cavalo. Trazia uma bolsa de couro e era óbvio que tinha também uma espada, mas ela só via a ponta por baixo da capa esverdeada.

De longe, ela viu seu pai apertar a mão do homem pequeno, que foi para o estábulo. O pai dirigiu-se à lavoura. A menina correu até lá.

— Papa, mamãe pediu mais dois baldes de água.

— Eu já vou levar para ela.

— Papa, quem é aquele?

— Aquele é um anão, filha. Não é sempre que eles vêm para esses lados.

— Onde eles moram?

— Mais para Oeste, nas montanhas. Anões moram nas montanhas, cavando a rocha, tirando pedras preciosas.

— E você conhece esse anão?

— Sim, ele esteve aqui antes, mas você era uma bebezinha. Ele fez a pulseira que dei para sua mãe.

— Foi, papai?

— Ele sabe fazer joias e coisas preciosas. O povo dele é especialista nisso. Também fazem facas, espadas e armas.

— Puxa...

— Em troca, damos para eles comida e outros gêneros.

— Mas eles não plantam?

— Não, filha, eles moram no meio da rocha. Dizem que é dentro da montanha.

— Dentro da montanha? E eles não saem de lá?

— Só quando são obrigados.

— Não veem o sol?

— Não deve ser sempre, filha. Mas eu é que não iria querer morar dentro da montanha. Agora vá avisar sua mãe que eu o contratei. Podemos consertar o portão, a porteira do estábulo e as outras coisas da casa. Ela precisa ver o que mais está quebrado para que Mestre Thorin possa consertar.

— Tá bom — A menina se virou, disposta a correr a curta distância até a casa.

— E avise que ele vai dormir no estábulo! Caso contrário, ela pode se assustar quando for ordenhar a vaca amanhã.

— Tá!

— Mas não fique muito perto dele. A gente ouve histórias de anões que roubam crianças.

A menina voltou para junto do pai. Os olhos estavam arregalados.

— Esse anão roubou crianças?

— Não, ele não parece ser desse tipo de anão. Mas vá lá. Não deixe sua mãe esperando, e diga que eu já levo a água que ela pediu.

E a menina foi para dentro, com ordens expressas de evitar o anão.

Mestre Thorin.

continua...