Se eu fosse uma pessoa famosa, em algum lugar estaria publicada esta manchete...

FICWRITER MARYBRANGWIN RENASCE DAS CINZAS

Pois é, gente... Eu desapareci. Tenho postado algumas traduções de fics americanas (leia meu perfil!), mas não tenho escrito nada meu há meses T.T... Bom, estou disposta a renascer.
Pra falar a verdade, esta fic é bem simples, tipo mostrando revelações entre personagens que não aparecem na linha principal... Desculpe, eu sei que parece boboca, mas não resisti a escrever isto! E só não terminei antes por causa dos trabalhos, provas e outras fics a começar/terminar... Enfim. Aqui está. Chega de enrolação e boa leitura para vocês! ;D
(P.S.: Vou usar alguns termos em inglês, ok? E CONTÉM PEQUENOS SPOILERS das sagas de Lecourt e Nihon, referentes ao passado de Kurogane.)

Dragão de Prata (One-shot)

Ele se foi. Provavelmente já se encontrou com a feiticeira. Está em boas mãos.

Tomoyo permanece parada perante o pátio do castelo real, sem fixar sua olhar a nada, pensativa. A poucos passos atrás, encontra-se Souma, uma das principais membros da guarda real, ainda preocupada com o que sua princesa acabou de fazer.

Tomoyo-hime enviou Kurogane embora. Para uma jornada entre mundos sem resultado certo.

Após curtos segundos de silêncio sem nenhum movimento por ambas as partes, a ninja decide perguntar:

-Hime-sama... Eu não quero me intrometer em suas decisões, mas... Acredita que isto é mesmo certo?

O silêncio volta. Apenas a brisa cria um suave som, agitando levemente os longos cabelos negros da princesa, que permanece parada. Souma reluta, mas insiste:

-Hime-sama…

-Está realmente preocupada com ele, não?

A ninja se surpreende; o tom de Tomoyo não é de repreensão ou autoridade; demonstra apenas reflexão e leveza.

A princesa vira-se para sua guardiã e sorri simpaticamente. Tentando parecer despreocupada, brinca:

-Você sempre entra em atrito com ele, mas, no fim das contas, não consegue deixar de se preocupar, não é? Ou será que…- a princesa começa a sorrir de forma infantil -Por acaso está duvidando de minha capacidade de acompanhar o futuro?

-A-ah, não, Hime-sama! Por favor, não pense nisso! E-eu só…

Tomoyo não resiste a um gracejo ao ver sua subordinada tropeçar nas palavras de desculpa e ruborizar com a brincadeira. Levanta-se e dirige-se ao palácio, chamando:

-Venha comigo. Quero mostrar uma coisa.

Elas entram no palácio, percorrendo alguns corredores e escadas; em direção ao quarto da princesa, Souma nota, e sua curiosidade tilinta em sua mente cada vez mais. Afinal, por que Tomoyo-hime dispensaria o melhor ninja de sua guarda pessoal daquele jeito? Mesmo que o poder da princesa de ver o futuro pelos sonhos ainda garanta alguma segurança… Kurogane é aquele que praticamente vive para protegê-la, como agradecimento por ela lhe dar uma nova vida após a tragédia em Suwa; aquele que, apesar de certa indisciplina e solidão, se preocupava verdadeiramente com sua Tomoyo, talvez sentisse até algo mais… Afinal, por que isso?

Perdida em suas reflexões, Souma mal percebe que ela e Tomoyo já chegaram ao quarto da princesa. Relutante, a ninja aguarda à porta, enquanto a jovem princesa entra e pega algo escondido atrás de um espelho de parede.

A ninja observa o objeto: algo comprido - mais do que a própria Tomoyo-hime - ,enrolado em panos de seda e cordões.

-Aproxime-se - pede a princesa.

Souma avança alguns passos, ficando de frente com a princesa. Quando esta, por fim, desamarra os cordões e remove os panos de seda do objeto, a ninja não consegue esconder a surpresa.

Perante ela está uma katana de lâmina da mais fina e perfeita prata, com um dragão entalhado por todo o cabo em riqueza de detalhes.

-Mas…! Hime-sama, esta não é a espada de Kurogane-san, Ginryuu?

-É. Mas não aquela com que ele partiu.

Estas últimas palavras Tomoyo pronuncia com enorme leveza; e, como se estivesse em outra dimensão de serenidade, olha fundo no reflexo da lâmina. Para Souma, parece que há uma certa afetuosidade nos gestos da princesa.

-Esta Ginryuu é aquela que Kurogane empunhou em Suwa. Aquela que sua mãe me deixou para garantir sua segurança no futuro- explica a princesa, sem tirar os olhos da espada.

-Mas Hime… Eu pensei que esta espada tivesse sido enterrada ao lado do túmulo dela, de acordo com a vontade de Kurogane-san…

-Eu sei. Ainda assim, eu não poderia ignorar o desejo dela.

Tomoyo respira fundo.

-Souma-chan… Além desse mundo, está ocorrendo um esquema capaz de distorcer toda a lógica que conhecemos, e a pessoa que está causando isso é a mesma da qual Kurogane conseguirá sua vingança. Essa espada foi deixada porque ele precisará dela quando voltar.

-Eu não entendo, hime… O que significa tudo isso?

Tomoyo sorri.

-Acho que estamos envolvidos em uma grande encrenca, não? Bem, vou contar o que sei. Acha que tem paciência de ouvir tudo?

-Er… Com certeza, Hime-sama!

"É claro que preciso compartilhar isso com todos os meus conhecidos", pensa Tomoyo, e, por um instante, volta seu olhar à lâmina, que lhe lembra uma pessoa. "Kurogane… Se todos souberem pelo o que está passando, poderão torcer por você. Eu também acredito, vendo ou não o futuro. Sei que vou poder te ver de novo…"

Nota da Autora:

Tá bem, tá bem, PODEM ME FUZILAR POR ESCREVER ISSO! É sério gente, uma ideia tão boboca… Mas como eu já disse, eu não resisti a escrever; até que está bem escrito. Sabe como é, a gente fica imaginando como estão alguns personagens enquanto a trama principal rola (ou não, talvez só eu seja assim)… Bom, em todo caso deixem reviews, nem que seja pra me dar pancadas virtuais XD

Prometo fazer melhor que isso, gente… Aguardem!