Notas do capítulo
Oi minna! Não posso descrever o quanto estou feliz por finalmente ter a coragem de aparecer por aqui! (me escondendo atrás da parede), decidi que terminarei essa fic antes de qualquer coisa, então, voilaaaaa!
—-/-/Kagome/-/-
A cada passo que dava o caminho ia ficando mais denso, os galhos que penetravam em minha pele não me incomodavam mais havia um tempo. O vento frio foi responsável por secar as lagrimas que teimavam em cair.
Flashbacks passavam em minha mente, Inuyasha e eu discutindo, Rindo, lutando juntos, as noites que passamos com o grupo, as conversas e às vezes nas quais, ele fazia questão de me dizer o quão eu era importante... Lembranças felizes, que eu sabia que fariam, agora, parte de um passado distante...
Foi tudo uma farsa... Um jogo... Uma piada.
E eu era a graça.
Há tempos que não via mais o caminho a minha frente, corria sem saber o rumo que estava tomando, deixando que meus pés me guiassem pelo instinto. Corria pra fugir de tudo que ele me fez, ir para casa enquanto havia tempo, deveria me despedir. Fraquejo e tropeço numa raiz alta e não me demoro a levantar. Recomeço a correr.
Corria, como se o esforço físico pudesse superar a dor que sentia em meu peito. Buscava a cada passo uma nova forma de libertar a angústia que meu futuro me causava ao mesmo tempo em que buscava esquecer, apesar de saber ser impossível, as cenas que ocorreram há pouco.
Corria sem ligar que a chuva se tornava cada vez mais pesada e o chão escorregadio ou que o meu sangue pudesse atrair youkais.
A dor externa nem se comparava àquela que sentia por dentro, meu peito estava se rasgando a cada novo soluço que dava. A cada lágrima que caia numa esperança infundada de que tudo acabaria bem, como se eu não sentisse que uma parte de mim se esvaia a todo o momento.
Pulo dentro do poço, agradecendo por ter achado-o e torcendo pra que ele funcionasse mesmo sem a joia. Ela não existia mais.
Foi em vão, o poço já não passava de um poço normal.
Com dificuldade escalo o caminho de volta, não poderia me manter próxima à vila, este não era mais o meu lar, deveria dar lugar à parte de minha alma que pertencia a esta era.
Ando até uma árvore próxima, me abrigando da chuva. Estagnada pela falta de adrenalina de meu corpo, a única coisa que me fazia manter os passos para longe dele. As imagens se tornam nítidas e não consigo distingui-las da realidade.
As lágrimas se espessas novamente ou era a chuva? O frio não ajudava a distinguir, sabia que o inverno se aproximava...
Ajoelho-me, não tinha mais forças. Talvez algum youkai me encontre, não seria difícil seguir o meu rastro. O desejo de morte me agradava, não há mais nada que uma humana como eu possa fazer num mundo onde youkais reinam.
Sinto-me fraca, talvez devesse ficar aqui e perecer.
Deitei na relva, a fim de espairecer. O que faria? Como seguiria até que não lhe restasse mais nada?
Um urro se fez presente e levantei assustada. Um youkai urso, apareceu, seus dentes a mostra e os olhos sanguinários. Meu braço bate em minhas costas, na busca de meu arco e percebo que não o trouxe. O youkai avança e me jogo para o lado, não morreria dessa forma!
Uma nova onda de adrenalina corre por meu corpo e começo a correr em direção à floresta, não poderia me acabar aqui, eu tinha que fugir.
A urgência fez com que exigisse o máximo que minhas pernas permitiam, mas, a cada passo sentia que a velocidade estava diminuindo e a dor aumentando, sabia que seria pega.
Num último desejo, pedi que tudo mudasse que eu nunca tivesse caído no poço, mas o youkai me pegaria e tudo teria sido em vão. Minha okaasan, Souta, Vovô, Kaede, Mirok, Sango, Shippou... Sentiria tantas saudades de vocês. Gostaria que tudo tivesse sido diferente e eu tivesse sido mais forte para superar e permanecer ao lado de vocês.
A mata fechada acaba e quando percebo, me deparo com um declive pedregoso, que dava para um riacho, estava na beirada pensando em como escapar. Sabia que o youkai urso não tardaria a me alcançar, seu urro anunciava isso. Decido num último esforço e de repente, não consigo mais sentir o chão.
—-/-/Sesshoumaru/-/-
Caminhávamos lentamente, os sons graves anunciavam a tempestade que viria. Havia uma caverna ali perto, 20 minutos caminhada. Rin estava um pouco mais a frente, cantarolando uma canção sem letra enquanto colhia as poucas flores que tiveram o azar de não se fecharam com o tempo.
—Rin, não se afaste. Seshoumaru-sama não tem tempo para perder indo atrás de você_ diz jaken numa voz arrastada que irritava meus ouvidos. Arurun ao lado da pequena.
Mais um estrondo. Deveríamos nos apressar. O rio subiria antes de atravessarmos.
—Rin, suba em Arurun._ordeno e me ponho a flutuar numa velocidade que o dragão de duas cabeças pudesse acompanhar.
O rio podia ser visto quando o vento mudou de direção e com ele, trazendo o cheiro de sangue humano. Farejo mais uma vez, reconhecendo o odor, sem me importar. O que dizia respeito ao meu meio irmão, não me interessava.
—Sesshomaru-sama tem alguém ferido ali!_ Rin grita e voa com Arurun na direção da água, atrás do corpo humano que flutuava rio abaixo. Ela sobrevoou o corpo e o dragão o pegou entre as patas, voando até a margem e o colocando por lá.
—é Kagome-sama e ela esta ferida!
Rin pulou e correu em direção a miko ensanguentada. Olhei para cima procurando a causa de sua situação, havia uma inclinação, a qual ela deve ter caído.
—Rin, volte aqui!_ diz jaken correndo ate a menina.
Observei minha protegida se abaixar e virar o corpo da humana mais velha, encostando a cabeça em seu peito.
—Ela está viva! Sesshoumaru-sama, temos que ajuda-la!_ suplicou com água em seus olhos, o que me incomodou profundamente. Seria um estorvo.
Onde estaria o hanyou que é incapaz de defender a própria humana?
—O que devemos fazer Sesshoumaru-sama?_ pergunta jaken
—Ignore._ digo e volto a voar. Faltavam de minutos para a chuva cair e não queria que Rin adoecesse.
—Mas não podemos deixá-la, Sesshoumaru-sama! Ela esta ferida! Não conseguirá fugir da chuva, ela vai morrer!_ Suplicou derramando os sinais de sua fraqueza.
—Rin. Vamos._ Tentou mais uma vez.
—Não. Vou!_ Rin bateu o pé e depois se virou para a humana ferida como se buscasse saber a extensão dos ferimentos.
—Mais que afronta! Como ousa tratar o Sesshoumaru-sama desse jeito! Você merecia..._ jaken começou a falar, mas, interrompo-o.
—Cale-se
—Mas Sesshoumaru-sama o senhor não mere..._ ele reinicia e o olho com um desprezo maior do que o normal e ele se cala.
—Rin monte em Arurun_ digo e antes que ela e negasse novamente, me aproximo da humana caída. Não demoraria muito até o cheiro da morte se fazer presente nela, estava muito fraca, me impressionava ainda estar viva. Rin me olha apreensiva, seu coração acelerado.
—Iremos leva-la, se isso lhe faz feliz._ digo a contragosto, vendo um singelo sorriso surgir na face da pequena. Sinto-me satisfeito ao vê-la enxugando as lágrimas.
—Arigatou Sesshoumaru-sama!
—Cuide dela ate que ela possa voltar para o hanyou_ impus minha condição, deixando claro que não deveria demorar.
—Hai!_ ela correu para o dragão, que logo se pôs em voo baixo.
E uma fina garoa começara a cair numa dezena de metros à direita.
Notas finais do capítulo
Gostaram? não? Reviews? ameaças? uma passagem de avião para o japão? não, ta legal T.T
