Ela terá que passar um mês na companhia do garoto que odeia. Será que Lílian Evans poderá descobrir o amor em 30 dias?


Aquela aula de Defesa Contra as Artes das Trevas tinha tudo para ser completamente normal.

O professor Sturb pediu para a turma do 6º ano dividir-se em duplas para praticar um ataque razoavelmente complicado e os jovens estavam bastante concentrados. Ele observou com orgulho seus melhores alunos dominarem perfeitamente a técnica. Lílian Evans estava entre eles. Aquela ruiva grifinória, sem dúvida, era sua aluna mais aplicada. Não poderia dizer que era a melhor, uma vez que Tiago Potter e Sirius Black, também grifinórios, possuíam mais agilidade e habilidade que a garota. Contudo, Lílian era a preferida de Sturb. Por sua sede de aprender, sua persistência, seu carisma.

Seu olhar pairou sobre uma corvinal, também extremamente inteligente e aplicada. Um sorriso satisfeito surgiu no rosto do professor. Sabia que aquela turma era a melhor e tinha muito orgulho de poder ensiná-los.

Foi tirado de seus pensamentos por gritos. Surpreendeu-se ao ver Lílian e sua parceira, Sara Abbot, da Corvinal, caídas no chão e correu até elas. Sara estava desacordada e muito pálida. Os cabelos, antes sedosos e loiros, estavam com aspecto sujo e quebradiço e a garota parecia ter emagrecido pelo menos 10 quilos.

Lílian se levantou rapidamente. Estranhou a força repentina que sentiu. Até pouco tempo estava cansada e suada, agora, no entanto, parecia rejuvenescida.

- Srta Evans! O que aconteceu? – Perguntou o professor Sturb, preocupado. Aproximou-se de Sara, murmurou alguns feitiços, mas nada parecia surtir efeito.

- Eu... não... sei... – Murmurou a ruiva, chocada com a situação. A turma estava no mais completo silêncio observando as duas garotas e o professor.

- Precisamos levá-la para a enfermaria. – Disse o professor usando um feitiço de levitação para carregar Sara. Virou-se para a sala antes de sair – Estão dispensados.

Lílian seguia o professor e a garota flutuante com os pensamentos confusos. Os cabelos acajus estavam presos em um rabo-de-cavalo, a pele clara apresentava algumas sardas e seus olhos eram de um verde vivo e brilhante.

Uma vez na Ala Hospitalar, tanto a ruiva quanto a loira foram colocadas nas camas e examinadas pela Madame Pomfrey. Lílian estava com a saúde em perfeito estado, mas foi obrigada a permanecer na enfermaria.

- Lily! Você está bem? Fiquei preocupado! O que aconteceu? – Um bonito garoto adentrou a enfermaria seguido por outros três.

Tiago Potter tinha cabelos pretos e arrepiados, os belos olhos castanho-esverdeados eram enfeitados com óculos de aro redondo. Sirius Black, logo atrás dele, era um dos mais belos garotos da escola, cabelos negros e lisos que caiam charmosamente sobre seus olhos de um tom de cinza impressionante. O corpo atlético e o sorriso charmoso melhoravam ainda mais a aparência do rapaz. O terceiro garoto era Remo Lupin, cabelos loiro-escuros e olhos castanhos. Era um garoto bonito, apesar de sua aparência um pouco doentia. O último era Pedro Pettigrew, um garoto gordinho e baixinho de cabelos cor de palha e olhos castanhos.

Os quatro eram conhecidos como "Os Marotos" e viviam pregando peças nos alunos do castelo. Remo era o mais quieto, uma vez que era monitor e não podia ser pego aprontando pela escola.

Lílian não gostava dos marotos, apesar de ter um pouco de simpatia por Remo. Achava-os infantis e egocêntricos, principalmente Tiago, que desde o quinto ano chamava a garota para sair recebendo sonoros "nãos" todas as vezes.

- Potter? O que está fazendo aqui? – Perguntou a ruiva com uma pontada de irritação.

- Vim te visitar. Fiquei preocupado.

- Poupe-me, Potter. A propósito, é Evans para você. E eu estou ótima. Quem não está nada bem é a Abbot. Você devia estar preocupado com ela, vocês não estavam saindo? Ah, lembrei, você só sai com as garotas uma vez, não é? Então, pouco importa se ela está bem ou não, já está na sua lista mesmo.

- Não é bem assim, Lily. – Disse o garoto, passando a mão nos cabelos, gesto que a ruiva achava tremendamente irritante – Eu estou preocupado com a Sara, mas eu me preocupo mais com você!

- É EVANS!

- Chega de brigas! – Interveio Remo – Ou a Madame Pomfrey vai nos expulsar. Você está bem mesmo, Evans?

- Estou sim, Lupin, obrigada.

- E a Sara?

- Não acordou ainda. – Disse a ruiva apontando com a cabeça a cama ao lado, que tinha o cortinado fechado – Eles estão preocupados. O professor Sturb acha que eu posso ter usado algum tipo de feitiço acidentalmente.

- Talvez. – Concordou Remo, pensativo.

- Vamos? O jantar já deve estar sendo servido! – Disse Pedro olhando o relógio.

- Podem ir. Eu vou ficar um pouco mais. – Tiago sentou na cadeira ao lado da cama da garota enquanto os outros três saiam da enfermaria.

- Não mesmo, Potter! Vá com eles! Eu não quero a sua companhia!

- Pode dizer o que quiser, ruiva. Daqui eu não saio.

Ela revirou os olhos e suspirou resignada.

- Tudo bem. Madame Pomfrey não deve demorar a voltar e te expulsar.

- Eu também te adoro, ruivinha. – Riu ele.

- É Evans, Potter!

- Boa noite, Senhorita Evans, Senhor Potter – Disse um homem entrando na Enfermaria. A barba comprida e branca denunciava sua idade já avançada. Os olhos, por trás dos óculos no formato de meia-lua, eram de um azul cintilante.

- Boa noite, diretor. – Responderam os dois jovens.

- Senhor Potter, como vai a família?

- Muito bem, obrigada.

- Mande lembranças a Amélia e Eduardo, sim?

- Sim, senhor.

- Agora, Tiago, poderia me deixar a sós com a senhorita Evans, por favor? Creio que temos algumas coisas para conversar.

- Claro, professor Dumbledore. Até mais, lírio. – O garoto sorriu para ela e saiu.

A ruiva sentiu-se corar com o olhar penetrante do diretor sobre si.

- Então, Lílian, conte-me o que aconteceu.

- Professor, eu não queria... foi sem querer... eu não sei o que aconteceu...

- Eu sei, eu sei. Não se preocupe. Eu só quero saber como aconteceu, exatamente. – O tom dele era suave e confortador.

- Nós estávamos treinando. Quando a Sara atacou, eu fiz a minha barreira normalmente, só que senti um arrepio estranho e caí. Quando levantei, ela estava desmaiada no chão, daquele jeito. – A ruiva apontou com a cabeça a cama ao lado e o diretor abriu o cortinado para ver a loira. Ela ainda dormia, mas estava franzina e com aparência suja e velha. Não parecia em nada com a viva garota que andava pelo castelo até algumas horas atrás.

- Eu tenho algumas suspeitas do que pode ter causado isso. Mas nenhuma delas é boa. – O diretor suspirou e voltou a fechar a cortina – Lílian, eu preciso que você tente se lembrar o que pensou e sentiu quando fez sua barreira.

- Como assim, professor?

- Você se lembra de ter desejado algo ou ter tido algum sentimento diferente quando conjurou sua barreira?

Lílian estranhou aquela pergunta, mas se esforçou para tentar lembrar de algo que pudesse dizer ao diretor

- Eu... eu não sei... – A garota suspirou e tentou lembrar de toda a seqüência de acontecimentos – Eu estava completamente concentrada no ataque, quando a Sara lançou o feitiço, eu logo fiz a minha barreira querendo que o feitiço ricocheteasse. Mas assim que atingiu a barreira, eu senti um arrepio e caí.

- Além do arrepio, você sentiu mais alguma coisa?

- Eu me senti mais disposta. Não estava mais cansada. Mas deve ter sido pelo susto.

- Talvez.

- Professor, você sabe o que aconteceu? – A garota olhava esperançosa para o diretor.

- Tenho uma suspeita, mas precisarei investigar algumas coisas antes. Eu acho melhor a senhorita ir descansar em seu dormitório. Não se preocupe com isso, por enquanto.

- E a Sara?

- Madame Pomfrey cuidará bem dela. Não se preocupe.

Lílian voltou para o dormitório com muitas perguntas na cabeça. Sentia-se incrivelmente bem disposta. Não estava com sono nem fome. Resolveu pegar os livros e adiantar algumas tarefas.

Ficou no salão comunal da Grifinória até muito tarde. Quando terminou todos os trabalhos, apenas os marotos e duas setimanistas ainda estavam no salão. Decidiu sair para dar uma volta, visto que ainda estava sem sono. Uma das coisas boas de ser monitora era o horário flexível que tinha para ficar fora do dormitório. Por mais que fosse perigoso andar sozinha pelo castelo, à noite, a garota tinha esse hábito. Sempre que estava entediada ou confusa ficava perambulando pela escola.

Ouviu passos e vozes se aproximando e se escondeu em um armário de vassouras. A garota era nascida-trouxa, motivo de preconceito por parte de muitos puros-sangues. Andar sozinha pelo castelo poderia resultar em confusão se encontrasse um desses alunos e ela preferia evitar esse tipo de situação.

- O Lorde das trevas diz que ele está em Hogwarts. – Uma voz grave ecoou no corredor e a garota reconheceu ser de Mucilber, da Sonserina – Ele quer que nós o encontremos antes de Dumbledore.

- De que casa você acha pode ser? – Perguntou outra voz, também de um sonserino, Avery.

- Eu não sei. Poderia ser de qualquer uma. Fique atento. – Os passos começaram a se afastar e as vozes ficaram mais baixas – E não se esqueça de avisar os novatos, teremos uma nova reunião essa semana.

- Eu estava pensando. Aquele Black, o da Grifinória, ele parece ser muito bom. Seria de grande valia. É uma pena que seja grifinório.

- O Lorde já comentou sobre ele. Tente uma aproximação, mas use outro aluno, não queremos botar nossas identidades a perder.

- Certo.

- Se conseguir, tente trazer Potter junto. Tenho certeza que o Lorde irá adorar.

Lílian ficou algum tempo naquele armário, apenas absorvendo tudo o que acabara de escutar. Há algum tempo tinha a desconfiança de que aqueles garotos se juntariam a Voldemort e seus comensais da morte. Só não imaginava que seria tão cedo. Eles eram tão novos. Tão irresponsáveis. E ainda assim, tão cruéis. Lembrou do amigo de infância, Severo Snape. Ele estava envolvido com aqueles idiotas. Ela terminara a amizade deles quando ele a chamou de sangue-ruim, no ano anterior. Mas ainda lhe doía aquela perda. Achava que podia mudar o rapaz, que ele fosse amadurecer e perceber que as artes das trevas não valiam a pena. Mas ele aprofundava-se cada vez mais naquela escuridão.

Agora, tinha a certeza de que aqueles dois garotos estavam servindo ao Lorde Voldemort. Estavam cooperando com os assassinatos, cada vez mais freqüente, e a guerra que começava a se formar no mundo mágico. Aquele lunático aspirava "limpar" o mundo de trouxas e nascidos-trouxa. Uma lágrima escorreu pela face da garota ao pensar no perigo que, não apenas ela, mas sua família corria.

E ainda tinha aquela nova informação, eles queriam que Sirius e Tiago se juntassem a eles. A garota, assim como todos, conhecia a fama da família Black, enfiados até o pescoço nas artes das trevas. Sirius era a exceção da família, logo cedo demonstrara ter ideais diferentes. Tanto que era um grifinório e não um sonserino como era tradição na família.

Mas ela não o conhecia bem, realmente. Não sabia se era ou não confiável. Nunca imaginara ele ou Tiago como comensais da morte. Mas sabia que precisava ficar atenta. Tudo era possível.


N/A: Olha eu aqui! o/

Não... eu não desisti de No Amor e Na Guerra... ^-^

Mas estava lendo essa fic, que comecei a escrever há alguns meses, e resolvi continuar e postá-la... ;D

E como No Amor e Na Guerra está chegando ao final, achei que precisava me apegar logo à outra história... rsrsrs

Tenho dois capítulo prontos... o terceiro em andamento... mas só vou postar quando tiver um bom número de reviews... ^-^

Por isso, comentem! =X

rsrs

Mas, falando sério... o que acharam?

Devo continuar?

A fic, diferentemente do prólogo, é escrita em 1ª pessoa e tem uma visão bastante divertida das coisas...

E o enredo é muito bom, também, modestia à parte... hahahaha...

Assim que der, posto o 1º capítulo e então vocês me dizem se gostam ou não, ok?

Mas comentem! Por favor! ^-^

Ah! Eu acho que tem um filme com esse nome... a fic não foi inspirada nele, não... para falar a verdade eu nunca vi o filme nem nada... ;D

Mas acho que existe...

De qualquer forma... o nome simplesmente veio na minha cabeça e eu gostei... ^-^

;D

É isso...

Beijos,

Cristal Evans.


Disclaimer: Tudo nessa fic me pertence, mas a tia J.K.R. roubou a minha idéia quando veio tomar chá aqui na minha casa, anos atrás, e agora eu preciso dizer que é tudo dela, já que eu ainda não tinha lançado nem patenteado nada... =/

uahuihauihuhauia

Mentira... é tudo dela... (mulher de sorte ¬¬)

Bem, tudo não! Só os personagens (mas alguns são meus! o/), os lugares (mas alguns são meus! o/) e as criaturas (mas algumas são MINHAS! o/)...

haiuhauihauia

Beijos!