O Inuyasha não me pertence (ele é da Rumiko T.T), porque senão ele já tava com a Kagome e a barrenta barata já tava dissolvida em água... (Ò.Ó… odeio ela mesmo…)
Legendas:
_ Falas dos personagens –
"Pensamentos dos personagens"
(N/A: interrupções da baka autora …n.n) – prometo serem muito raras, não gosto muito de ler fic's com muitas notas de autoras por isso não vou fazer o mesmo…u.u
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O erro de um homem
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Capítulo 1
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Ao fim de 2 horas de viagem, Sango Taijyia estava quase a chegar ao destino. Sentia-se cansada, mas o seu coração batia ao pensar no reencontro com o pai. Dois anos são muito tempo. Após a morte da mãe, a sumptuosa casa da Rua Enedo ficara vazia. E as estranhas circunstâncias da sua morte não ajudaram Sango a suportar a ausência.
Eram tão unidas que Sango ainda não conseguia perdoar Kaguya por tê-la deixado sozinha. E muito menos dessa forma. Dominada por profunda dor, aceitara uma oferta de trabalho em Tokyo, disposta a começar tudo de novo, longe da terra amada e dos dias de tristeza. Nem as deliciosas praias de Nagoya nem o seu desprendimento por ter de deixar o pai, a sua irmã Kagome, o seu cunhado Inuyasha e a sua sobrinha Rin conseguiram retê-la. Agora regressava a casa porque o pai necessitava da sua ajuda. Durante esses dois anos, Bankotsu, mergulhado na sua tristeza, descuidara a editora, levando-a quase à falência. E o ex-sócio, Naraku, era a única pessoa disposta a comprar-lha, mas a um preço muito abaixo do seu real valor. Vencido, Bankotsu parecia disposto a vendê-la a esse homem que fora seu amigo e que agora era seu grande inimigo.
Sango estirou as longas e bem torneadas pernas. "Ânimo", pensou para si mesma. De um salto, levantou-se para se dirigir ao banheiro. Queria refrescar-se e apagar todos os sinais de fadiga do rosto.
"Podia vestir as calças que trago na mala", pensou. Sem hesitação, puxou o manípulo da bagageira, mas a porta não abriu. Aborrecida, tentou várias vezes sem resultado. Olhou à volta, disposta a chamar o pessoal de bordo, mas o seu olhar tropeçou nuns olhos azul-escuros que a fitavam atrevidos.
Já aprendera há muito a aceitar que o seu aspecto atraía olhares de admiração. O que mais seduzia nela era a combinação sugestiva de pele mate, olhos da cor do chocolate e cabelos compridos castanhos.
Mas o penetrante olhar daqueles olhos cor de safira deixou-a perplexa. O sorriso provocante daquele indivíduo perturbou-a, e não conseguiu evitar que o seu corpo fosse percorrido por um tremor. E muito mais perturbada se sentiu ao notar como aquele olhar ousado pousava agora directamente nos seus seios. Sango teve de reprimir o desejo de se dirigir até ele para o esbofetear.
No dia-a-dia, enfrentava problemas mais complicados de que se saia triunfante. Não era à toa que, em Tóquio, dirigia a revista feminina de maior venda. Em Nagoya, esperava-a a tarefa de ajudar o pai a pôr em ordem as finanças familiares. O posto que ocupara como directora das edições femininas de Hiraikotsu fora eloquente das suas capacidades.
Conseguira a sua licenciatura em Jornalismo em apenas dois anos de estudo intensivo e realizara uma meteórica carreira até ocupar um cargo de chefia graças aos seus méritos pessoais.
_ Precisa de ajuda? – a voz grave interrompeu-lhe os pensamentos.
Na sua tentativa de abrir a porta, nem se apercebera de que o homem que lhe provocara mal-estar se levantara. Agora, estava de pé junto a si e olhava-a, trocista.
O fato italiano de corte impecável realçava a sua figura e o azul-claro da sua camisa realçava os seus olhos que pareciam brilhar como safiras.
Com o olhar, Sango percorreu o rosto masculino, detendo-se no amplo e robusto maxilar, no queixo proeminente com uma cova encantadora. Um braço firme e musculoso estendia-se diante do rosto de Sango. A sua vontade era baixar esse braço que ameaçava rodeá-la e parecia mantê-la prisioneira. Mas, ao mesmo tempo, tinha consciência da inesperada aceleração do seu ritmo cardíaco.
_ Não, obrigada. – respondeu em tom seco.
_ Pareceu-me que não conseguia sozinha.
_ Mesmo que não consiga, nunca lhe pediria ajuda. – murmurou Sango em voz baixa.
O homem dirigiu-lhe um último olhar e sorriu, mostrando uns dentes perfeitos. Em boa verdade, o seu sorriso era encantador e Sango teve de desviar os olhos para que ele não detectasse a quente sensação que a dominava.
_ Como as mulheres bonitas são teimosas…
Um assistente aproximou-se para abrir a porta. Sango dirigiu-se para o banheiro, sem conseguir deixar de pensar naqueles olhos que, podia jurá-lo, já havia visto.
Sango refrescou o pescoço, num esforço para se libertar da raiva e fadiga. Depois, vestiu umas calças cor-de-rosa. Maquilhou o rosto, detendo-se nos lábios carnudos e nos olhos castanhos. Umas gotas de perfume dispersaram o aroma de lótus por toda a parte.
Quando acabou de arrumar o estojo das pinturas, anunciavam pelo altifalante que faltavam 10 minutos para a descida. Isso dava-lhe tempo para chegar ao lugar e ajustar o cinto para a aterragem. Ao entrar na coxia, para se dirigir ao lugar, não pode evitar que o seu olhar cruzasse com o do desconhecido. Os penetrantes olhos do homem pousaram em cada ponto do seu rosto e corpo. Incomodada, Sango desviou o olhar, enquanto ele lhe dizia:
_ Muito melhor! Está linda.
A voz grave voltou a sobressaltá-la. A um palmo de si, o desconhecido encontrava-se no meio da coxia.
_ Encanta-me o seu perfume, mas gostava mais de si quando tinha a blusa desapertada. – sussurrou.
Sem que Sango tivesse tempo de responder, o homem dirigiu-se ao banheiro. Sango sentiu-se corar. Pensou em responder a tão audaz comentário, mas isso ia obrigá-la a esperar que o homem saísse do banheiro para lhe dizer o que pensava e talvez lhe dar um bom tapa. Mas ele surgiu no momento em que o comandante anunciava a aterragem e isso arruinou os planos de Sango, que recordou um dos ensinamentos da mãe e decidiu 'não dar troco a quem não merece'.
Nagoya recebeu-a com um esplêndido sol. Enquanto o avião descia, podia contemplar pela janela a beleza do mar verde-azulado, com os bandos de gaivotas que se amontoavam nas extensas praias de areias brancas. Do alto, distinguiu grupos de banhistas, o que lhe provocou uma dor aguda a atravessar-lhe o estômago. Não conseguiu evitar que as lágrimas lhe inundassem os olhos chocolate ao lembrar da mãe, com quem desfrutou imensas vezes dos prazeres daquelas praias maravilhosas. Angustiada, deu-se conta de que ela não estaria à sua espera, que lhe faltariam os abraços, que voltaria a percorrer os corredores vazios da mansão da Rua Enedo.
"Por que nos fizeste isto, mãe? Porquê?", interrogou-se. Mas não queria entristecer a família, de modo que respirou bem fundo e se recompôs.
Enquanto descia do avião, Sango felicitou-se pela sua decisão de voltar a casa. Na revista, compreenderam as suas razões e, embora a tivessem tentado com sedutoras ofertas pecuniárias, acabaram por aceitar a sua demissão. O seu regresso lhe iria permitir recompor a situação financeira da família.
Embora, aos 22 anos, Tokyo lhe assegurasse um futuro e uma carreira com inestimáveis possibilidades, também era verdade que Sango passara esses 2 anos afastada de tudo. Sobretudo do pai, de Kagome, de Inuyasha e da pequena Rin, a quem lamentava não poder ver crescer.
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Antes de ir buscar as malas, Sango deteve-se na loja do aeroporto para comprar perfumes e lembranças para a família. Estava entretida nessa tarefa quando deu de novo de caras com aqueles olhos azuis, quentes e brilhantes, que surgiram no meio dos frascos e embalagens, do outro lado das prateleiras.
_ Miroku Houshi, muito gosto! Como há-de reparar, fomos feitos um para o outro. Apreciamos os mesmos perfumes e o que utiliza é o meu preferido. Porque não me dá o seu número e nos encontramos para jantar?
_ Houshi? Não é possível! – exclamou Sango.
Por isso é que os olhos dele lhe eram tão familiares! Um calafrio percorreu-lhe o corpo.
_ Oi, eu ainda estou aqui… Porquê essa cara? Parece que viu um fantasma…
Sim, um fantasma. Ou melhor, dois. Esse nome trazia-lhe a pior das recordações e fazia reviver as infelizes e confusas circunstâncias da morte da mãe. Miroku era filho de Naraku Houshi, o ex-sócio do pai.
Sango não o via desde os 5 anos, quando ele, então com 8, saíra de Nagoya com a mãe, quando os pais se separaram. Durante a infância brincaram muito, embora ele fosse o companheiro de Kagome, a sua irmã mais velha.
E ali estava ela, provocando-lhe sentimentos contraditórios.
Naraku Houshi, pai de Miroku, mergulhara a família dela na desgraça. A mãe de Sango dirigia-se de automóvel a um encontro com Naraku quando se deu o acidente que lhe custara a vida. Naraku esperava-a na casa de campo para um dos encontros que, conforme souberam mais tarde, haviam mantido no último mês.
Encontros secretos.
De amantes.
Fora isso que ela, o pai e a irmã deduziram ante o mutismo de Naraku, que se negou a responder às perguntas sobre a razão de Kaguya se encontrar às escondidas com ele. O homem não quisera dar explicações e aceitara que a sociedade que mantinha com Bankotsu se dissolvesse de um dia para o outro, sem opor resistência nem dar conta dos seus actos.
Sango sentia-se presa no redemoinho destas recordações quando reagiu e se deu conta de que Miroku ainda continuava à sua frente, observando-a, perplexo. Era evidente que não a reconhecera.
Recordou o episódio da blusa e os seus comentários, pelo que procurou umas frases pensadas, disposta a aniquilar o orgulho desse individuo que trocara o inicial olhar soberbo por outro carregado de doçura e amabilidade.
_ Nada do que possa fazer Miroku Houshi, me agrada nem nunca me vai agradar. E se aprecias tanto o perfumo que trago, arrependo-me do meu mau gosto e a partir de hoje vou deixar de o usar. Por outro lado, vê se sabes usar os talheres, pois pelo que sei, nenhum membro da tua família o sabe, preferindo manter os seus modos de canibais.
Virou-lhe as costas, dirigindo-se à caixa. Contudo, não pode deixar de pensar nele e nas razões que o traziam a Nagoya. Por sua irmã Kagome, sabia que Miroku era especialista em finanças. Não era estranho que Naraku o tivesse chamado para avaliar a operação de compra da editora.
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Miroku não entendia que força sobrenatural o empurrara para aquela atraente mulher. Tinha que reconhecer que ela era dona de uma beleza singular. Possuía um estilo educado, bem como um sentido de humor que tornava mordaz. E Miroku apreciava as mulheres que constituíam um desafio. Fora atraído por ela desde o instante em que a viu andar na coxia do avião com um ritmo que sugeria uma leve lembrança de elegância feminina e um ritmo rápido que harmonizava com o elegante movimento de corpo. Os ombros estreitos e direitos, denunciavam confiança.
Era uma mulher muito apetecível.
Estava disposto a fazer tudo para obter mais informações sobre a misteriosa dama. Em Nagoya iria dedicar-se a obtê-las, apesar de o aguardar o árduo trabalho de colaborar com o pai na compra da Shikon no Tama, a editora onde antes participara como sócio e que agora, graças ao facto de estar praticamente na falência, podiam voltar a comprar por uma ninharia.
Miroku pensava liquidar a operação em poucos dias, para regressar depressa a Kyoto. Estivera uns dias em Tokyo a assessorar uma companhia petrolífera e sentia-se cansado. Mas, embora lhe agradasse a possibilidade de descansar numa praia de Nagoya, também era verdade que não tinha interesse em manter-se perto do pai.
Habituara-se aos encontros que mantinha com o pai, sempre que este ia a Kyoto ou a Tokyo em negócios. Era um homem frio e incapaz de revelar os seus sentimentos. Miroku também herdara essa frieza, mas apenas para os negócios.
Recordava a altura em que, com 14 anos, o pai não tivera tempo para o visitar quando foi internado de urgência devido a uma peritonite*. E também como todos os seus colegas abraçaram os respectivos pais no dia da graduação, enquanto que ele apenas recebera uma palmada nas costas e um 'fizeste o que te competia'.
Miroku estava habituado à frieza do pai, pelo que não se surpreendeu que não fosse buscá-lo no aeroporto. Uma limusina aguardava-o para o levar ao escritório. Há 17 anos que não vinha a Nagoya, lugar onde nascera, e o pai pretendia que se contentasse em contemplar a bela paisagem da janela do automóvel,
Decidido, Miroku entrou na limusina. Quando passou pela praia, ordenou ao motorista que parasse.
Queria aspirar a brisa do mar.
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Continua...
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*peritonite – é uma inflamação nas paredes internas que revestem o abdómen, tá?
Bom, quanto ao capitulo, espero que gostem…n.n
Não preciso dizer que quero que deixem reviews, né?
Ja ne, minna!
