Toda Má Ação traz uma Punição parte 1: Levando o que Merece.
Em uma casa do subúrbio, uma cena bem peculiar: um menino é jogado pra fora da casa.
"Qual é, pai? Pirou de novo? Não fiz nada."
"Saia daqui. Já estou farto de ver a sua cara. Dê o fora ou então..."
O garoto se levanta meio apavorado, mas encara o homem. "Seu animal ingrato. Depois de todo o sacrifício que fiz por você. Se a tia Ann estives aqui..."
"Eu já mandei você ir embora, e nunca mais volte."
Com essa últimas palavras, o garoto se vira e corre, mas ante de sair, se vira mais uma vez e grita:
"EU TE ODEIO. TE ODEIO. E lhe rogo uma maldição: até o fim desse dia, vai perder tudo que tem, e será perseguido e odiado por todos. Ninguém vai te ajudar ou te amar. Não terá uma felicidade ou amigo no mundo...até ter o meu perdão, e garanto que nunca terá, seu bêbado vagabundo e inútil." E com isso, o menino saltou a cerca e fugiu.
"Bah. Conversa fiada. E é melhor não voltar". com tais palavras, o homem voltou para a casa. "Ah. Finalmente estou livre daquele pirralho. Devia ter mandado ele sumir há tempos." Nesse instante, a campainha tocou.
"Quem será? Será que ele voltou? Se for ele..." ele abril a porta e já foi gritando: "EU JÁ MANDEI VOCÊ..."mas quando tomou consciência de que era uma mulher com uniforme da SWAT, mais precisamente sua cunhada, logo abaixou o tom da voz. "Oh, é você, Ann. Como vai?"
"Vejo que cheguei em má hora, mas irei logo sair. E então, cadê o Danny?"
"Danny? Bem, ele..."
Do lado de fora da casa, podia-se ouvir um barulho surdo de coisas sendo quebradas no interior. Lá dentro, o homem foi jogado pra cima da mesinha da sala, fazendo-a em pedaços.
"Pare. Por favor, pare. Não me bata mais."
"E por que não deveria, seu traste abusivo? Acha que merece que te perdoe depois de tudo?" Ann disse com o rosto tomado de fúria.
"Olhe, deixa eu falar. Foi que..."
"Uma hora, Carl. Eu falei que vinha buscá-lo em uma hora. Já que não o queria mais, eu o levaria de bom grado, mas não precisava tê-lo jogado fora como lixo, seu lixo"
Carl olhou firme para Ann, mas não arriscou tentar enfrentá-la. Em lugar disso apenas falou com um tom ameaçador.
"Trate de sair da minha casa."
"Sua casa, nada. MINHA casa. Quando papai morreu, ele a deixou para mim e Cassidy e depois que ela casou com você, o que até hoje acho o maior erro dela, permiti que os dois ficassem morando aqui."!
"Exatamente," falou Carl "e depois que ela morreu por culpa daquele verme, a casa ficou sendo minha."
"Errado de novo, e por duas vezes. Primeiro, nem Danny nem Cassidy sabiam daquele caminhão roubado que perdeu o controle e bateu no carro dela quando ia buscar o Danny na escola. O coitado não sabia que isso aconteceria, e se soubesse, com certeza teria dado um jeito de avisá-la pra não ir. Não é justo culpá-lo por isso."
"Mas foi mesmo culpa dele. Se ele tivesse voltado sozinho..."
"NÃO FOI CULPA DELE, SEU IGNORANTE BÊBADO. E em segundo lugar, a casa só seria sua se eu, Cassidy ou mesmo Danny faltássemos, e como estou aqui, a casa é por direito minha."
"Mas acontece que..."
"CALE-SE. Agora vou sair pra procurar ele e pro seu próprio bem, melhor que nada tenha lhe acontecido, do contrário...e não quero mais ver sua cara nessa casa ou coloco em prática tudo que a SWAT de Detroit saber fazer. Fui."
Depois disso. Ann foi para a rua, onde uma rádio patrulha aguardava. Seu parceiro a esperava.
"E então, Lewis? Como foi?"
"Sem tempo pra papo. Temos que achar meu sobrinho. Pé na tábua, Murphy."
Em casa, Carl sabia que não devia se meter com sua cunhada, condecorada 2 vezes por maior número de prisões realizadas. Era uma dos policiais mais barra pesada de Detroit e quando ela vinha de lá pra fazer visita...
Naquela hora, a porta bateu e Carl temia que poderia ser Ann, mas era outra pessoa: um homem afro-americano em um terno que ele reconheceu como seu chefe.
"Carl. Vim aqui porque tenho uma coisa pra lhe dizer."
"Ah, sr. Valentine. Não esperava sua visita. Terei o relatório pronto amanhã." Sr. Valentine o olhou com severidade.
"Não precisa se preocupar com o relatório. Aliás, só tenho duas palavras: ESTÁ DESPEDIDO."
"D-DESPEDIDO? M-mas por que?"
"Porque a melhor amiga da minha esposa, que é sua vizinha de frente, viu você jogando o Danny na rua e ligou pra ela, que em seguida me ligou, e se tem algo em minha firma que não tolero é um miserável que faz pouco casa da família, principalmente quem abusa do próprio filho."
"Mas, senhor. Eu não pensei..."
"Calado. Se disser mais uma palavra, me assegurarei de que nunca mais achará emprego. E não perca tempo passando na firma, pois já mandei jogar fora todas as suas coisas. Agora vou procurar o menino." e antes de sair, sr. Valentine ainda disse de maneira irônica. "Tenha um bom dia."
Carl não acreditava no que estava acontecendo. "Como pode isso? Minha cunhada tentou me quebrar, perdi minha casa, o emprego, e tudo em apenas 1 hora?. Será que..."o telefone tocou e Carl atendeu. "Alô? Do banco? O que vocês...bloquear minha conta? Cheques sem fundos? Mas não pode...deve haver um...alô? Alô?" Em virtude do não-pagamento de sua conta, seu telefone ficará desligado."
Aquilo estava indo de mal a pior. Carl foi tomar banho, mas não tinha água. Tentou ligar a TV, mas a luz estava cortada. Bateram de novo na porta e eram carregadores de uma loja que vieram buscar os móveis por não pagar as prestações. Sem outra saída, Carl arrumou o que restava de suas coisas e saiu de casa, bem na hora que alguém parecia estar olhando para seu carro com o intuito de levá-lo. Carl empurrou o sujeito, entrou, ligou e sai com tudo.
Fugiu com tanta pressa que mal prestava atenção a sinalização, sendo seguido pela polícia. Quando tinha conseguido despistar a patrulha, nem reparou que entrou na contramão e pra não bater em outro carro, se desviou...apenas para dar de cara num muro.
Carl escapou bem esfarrapado e pouco ferido, mas teve que correr pra não ser linchado. Suas malas iam perdendo coisas conforme ele corria e até cães saíram em sua caça. Ele só fugiu depois de pular uma cerca, mas acabou perdendo suas malas, que foram aos poucos sendo roídas pelos cães famintos. No beco onde se escondeu, acabou se deparando com uma gangue que o atacou e lhe roubou tudo que podiam pegar, até os sapatos. Carl de fato tinha chegado ao fundo do poço.
"Por que isto está acontecendo? POR QUE?"
E em seguida, o que aconteceu a Danny depois do episódio. À propósito, viram alguém conhecido durante a história?
