Peculiar
Pansy crescera amando todas as coisas esperadas.
Rosas em flor, perfumes caros, vestidos bonitos, sapatos trabalhados.
Draco.
Tinha toda sua vida planejada, do começo ao fim, antes de ter dez anos completos.
Tinha pouco mais de vinte quando achou Astória nos braços de Draco.
E ele veio com suas desculpas, sabendo exatamente o que deveria fazer.
Trouxe rosas em flor e perfumes caros, sapatos novos e jóias belíssimas.
Mas Pansy, que tivera seus planos estraçalhados, tinha tomado ódio pelo óbvio.
Despetalou as rosas, quebrou os vidros de perfume, lançou longe as jóias e os sapatos, e as desculpas de Draco, atirou-as em sua cara amarela.
Não chorou, pois não tinha pelo que chorar. Descobriu-se, nova, outra pessoa, sem planos, sem ter para onde ir.
E, quando finalmente conseguiu pensar ao invés de seguir as linhas decididas, apenas uma coisa aparecia em sua mente.
Olhos cor de chocolate, uma pele lustrosa, uma voz macia e lábios cheios.
Blaise não tinha nada de óbvio, e portanto, era perfeito.
E virando na esquina oposta ao seu costume, encontrou com o colega.
(Pois o destino sempre providencia os romances que menos se pode esperar)
