Oi!

Mais uma!

Esta é tipo: Seu ar condicionado esta funcionando? Ops! Não esta ou não tem? Só lamento.

Melhor então se virar com uma bolsa de gelo mesmo. Calcinhas? Desnecessárias.

Boa leitura

Edward

Nova York não é nada mais do que um terreno baldio cheio de merda, um depósito de lixo onde os fracassados são forçados a abandonar seus sonhos despedaçados e deixá-los para trás. As luzes brilhantes, que reluziam anos atrás, perderam seu brilho, e esse sentimento refrescante, que uma vez permeou o ar – aquela sensação de esperança – há muito se foi.

Cada pessoa que uma vez considerei um amigo é agora um inimigo, e a palavra "confiança" foi arrancada do meu vocabulário. Meu nome e reputação estão manchados, graças à imprensa, e depois de ler a manchete que o The New York Times publicou esta manhã, eu decidi que esta noite será a última noite que passarei aqui.

Não posso lidar mais com os suores frios e pesadelos que me tiram o sono, e por mais que eu tente fingir que meu coração não foi destruído, duvido que a dor agonizante no meu peito algum dia vá embora.

Para dizer adeus corretamente, pedi as melhores entradas de todos os meus restaurantes favoritos, assisti Death of a Salesman1 na Broadway, e fumei um charuto cubano na ponte de Brooklin. Também reservei a suíte da cobertura no Waldorf Astoria, onde agora estou inclinado para trás na cama e enfiando meus dedos pelos cabelos de uma mulher – gemendo enquanto ela desliza sua boca sobre meu pau.

Provocativamente lançando sua língua ao redor da minha ponta, ela sussurra: "Você gosta disso?", enquanto ela olha para mim.

Não respondo. Empurro sua cabeça para baixo e expiro, enquanto ela pressiona os lábios contra minhas bolas, e cobre o meu pau com as mãos e as move para cima e para baixo.

Ao longo das últimas duas horas, eu a fodi contra a parede, obriguei-a a dobrar-se sobre uma cadeira, e coloquei suas pernas sob o colchão enquanto devorava sua vagina.

Está sendo muito gratificante – divertido, mas sei que este sentimento só vai durar por algum tempo; ele nunca fica. Em menos de uma semana, vou ter que encontrar outra pessoa.

Enquanto ela me leva cada vez mais fundo em sua boca, eu firmemente puxo seu cabelo – enrijecendo quando ela sacode a cabeça para cima e para baixo. O prazer começa claramente a me atravessar, e os músculos de minhas pernas endurecerem – forçando a me deixar gozar e avisá-la para se afastar.

Ela me ignora.

Ela agarra meus joelhos e chupa mais rápido, deixando meu pau tocar o fundo da sua garganta. Dou-lhe uma última chance de se afastar, mas já que seus lábios continuam em volta do meu pau, ela não me deixa escolha a não ser gozar na sua boca.

E então ela engole.

Cada. Gota. Caída.

Impressionante...

Finalmente se afastando, ela lambe os lábios e se inclina para trás contra o chão.

"Essa foi a primeira vez que engoli," diz ela. "Fiz isso apenas para você."

"Você não deveria ter feito." Eu levanto e fecho minha calça. "Você deveria ter guardado para outra pessoa."

"Certo. Bem, hum... Você quer pedir algum jantar? Talvez pudéssemos comê-lo assistindo HBO e recomeçar novamente depois?"

Levanto minha sobrancelha, confuso.

Esta é sempre a parte mais chata, a parte em que a mulher que previamente concordou com "Um jantar. Uma noite. Sem repetições." quer estabelecer algum tipo de conexão imaginária. Por alguma razão, ela sente como se precisasse haver algum tipo de fechamento na conversa, alguma tranquilidade branda que confirmará que o ocorrido foi "mais do que sexo", e que vamos nos tornar amigos.

Mas foi apenas sexo, e não estou precisando de amigos. Nem agora, nem nunca.

"Não, obrigado." Vou até o espelho do outro lado da sala. "Tenho um lugar para ir."

"Às três da manhã? Quero dizer, se você só quer pular a HBO e ir para mais uma rodada ao invés disso, posso..."

Desligo-me de sua voz irritante e começo a abotoar minha camisa. Nunca passei a noite com uma mulher que conheci online, e ela não será a primeira.

Enquanto ajusto minha gravata, olho para baixo e detecto uma carteira rosa esfarrapada sobre a cômoda. Pegando-a, abro e corro os dedos através do nome que está impresso em sua licença: Sarah Tate.

Mesmo que eu só conheça essa mulher por uma semana, ela sempre respondia como "Samantha." Ela também me disse – repetidamente, que trabalha como enfermeira no Grace Hospital. A julgar pelo cartão de empregado da Wal-Mart que está escondido atrás de sua licença, estou supondo que essa parte não é verdade.

Olho por cima do ombro, onde ela está agora esparramada nos lençóis de seda da cama. Sua pele de cor creme é imaculada e suave; seus cheios lábios em forma de arco estão um pouco inchados.

Seus olhos verdes encontraram os meus e ela lentamente se senta, deixando as pernas mais afastadas, sussurrando: "Você sabe que você quer ficar. Fique..."

Meu pau começa a endurecer – definitivamente pronto para mais um round, mas ver o seu nome real arruinou qualquer chance disso para mim. Não suporto estar em torno de qualquer um que mentiu para mim, mesmo que ela tenha um par de peitos tamanho D e uma boca do paraíso.

Lanço a carteira no seu colo. "Você me disse que seu nome era Samantha."

"Tudo bem. E?"

"Seu nome é Sarah."

"E daí?" Ela encolhe os ombros, me acenando com a mão. "Nunca dou o meu nome real para homens que encontro na internet."

"Você apenas fode com eles em suítes de hotel cinco estrelas?"

"Por que você de repente se importa com o meu nome verdadeiro?"

"Eu não me importo." Olho para o meu relógio. "Você vai passar a noite neste quarto ou preciso dar-lhe o dinheiro do táxi para ir para casa?"

"O quê?"

"Minha pergunta não foi clara?"

"Uau... Apenas, uau..." Ela balança a cabeça. "Quanto tempo você acha que vai ser capaz de continuar fazendo isso?"

"Continuar fazendo o que?"

"Conversando com alguém por uma semana, transando com ela, e passar para a próxima. Quanto tempo mais?"

"Até o meu pau parar de funcionar." Coloco meu casaco. "Você precisa de dinheiro para o táxi ou vai ficar? O check-out é ao meio-dia."

"Você sabe que homens como você, que evitam relacionamentos, são o tipo que normalmente caem mais duramente?"

"Eles ensinaram isso a você no Wal-Mart?"

"Só porque alguém do seu passado te machucou, não significa que todas as mulheres após o farão." Ela franze os lábios. "Isso é provavelmente porque você é do jeito que é. Talvez se você tentasse realmente namorar com alguém, você seria muito mais feliz. Você deve levá-la para jantar e realmente ouvi-la, levá- la até a porta, sem esperar um convite para entrar, e talvez ignorar toda a coisa do 'vamos foder na suíte de hotel no final'."

Onde estão as minhas chaves? Preciso ir. Agora.

"Posso ver isso agora..." Ela não consegue calar a boca. "Você vai querer mais do que o sexo um dia, e a pessoa que você quiser será alguém que você menos espera. Alguém que vai forçá-lo a ceder."

Puxo as minhas chaves de debaixo de seu vestido amassado e suspiro. "Você precisa de dinheiro para o taxi?"

"Tenho meu próprio carro, imbecil." Ela revira os olhos. "Você é realmente incapaz de ter uma conversa normal? Mataria você falar comigo por alguns minutos após o sexo?"

"Não temos nada mais para discutir." Coloco minha chave do quarto na mesa de cabeceira e caminho em direção à porta. "Foi muito bom conhecer você, Samantha, Sarah. Qualquer inferno que seja o seu nome. Tenha uma ótima noite."

"Foda-se!"

"Três vezes foi mais do que suficiente. Não, obrigado."

"As coisas irão alcançá-lo um dia, idiota!" Ela grita enquanto passo pelo corredor. "Karma é uma puta dos infernos!"

"Eu sei." Atiro de volta. "Transei com ela há duas semanas..."

Contrato :

Um acordo entre duas pessoas que cria uma obrigação de fazer ou não fazer uma determinada ação.

Edward

Seis anos depois...

Durham, Carolina do Norte

A mulher que estava nesse momento sentada à minha frente era uma mentirosa fodida.

Vestida com um suéter cinza escuro feio e uma saia xadrez vermelha, tinha o cabelo que parecia como se tivesse sido tingido com uma caixa de lápis de cera. Ela parecia em nada com a mulher na foto on-line, nada como a loira sorrindo com seios taça tamanho C, tatuagens de borboletas, e, lábios rosados rechonchudos.

Antes de eu ter combinado esse encontro, eu pedi especificamente por três provas separadas de veracidade das imagens: uma foto sua segurando um jornal com a data mais recente sobre ele, uma mordendo seus lábios, e uma segurando um cartaz com o nome dela. Quando solicitei essas coisas, ela riu e disse que eu era "a pessoa mais paranoica do mundo", mas que ela tinha feito as fotos. Ou assim pensava eu. Com a exceção de dizer-lhe o meu nome verdadeiro – parei de dar o meu nome verdadeiro anos atrás, eu tinha sido completamente honesto e esperava isso em troca.

"Bem, agora que estamos sozinhos..." De repente, ela sorriu, revelando uma boca cheia de pedaços de metal e borracha. "É bom finalmente conhecê-lo pessoalmente, Anthony. Como você está hoje?"

Não tenho tempo para isso. "Quem é a menina em sua foto do perfil?" Perguntei.

"O quê?"

"Quem é a menina em sua foto de perfil?"

"Ah... Bem, aquela não sou eu."

"Não me diga que não é você." Revirei os olhos. "Você contratou uma modelo? Comprou um grupo de imagens e usou o Photoshop?"

"Não exatamente." Ela baixou a voz. "Apenas pensei que você seria mais propenso a falar comigo, se usasse essa foto em vez da minha."

Olhei-a novamente, agora percebendo a estranha tatuagem de unicórnio entre seus dedos e a citação "O amor é cego" que estava tatuada em seu pulso.

"O que você estava esperando que fosse acontecer quando nós realmente nos conhecêssemos?" Esta merda era incompreensível na minha mente. "Você pensou no que iria acontecer quando esse dia chegasse? Quando eu percebesse que você não era quem você disse que era?"

"Estava meio que esperando por você ter mentido sobre a sua imagem também," disse ela. "Não sabia que você realmente pareceria como você está no perfil, sabe? Esta é a primeira vez que um cara no Date-Match(site de encontro) disse a verdade. Acho que é um sinal."

"Não é." Balancei minha cabeça. "E a modelo? Como você conseguiu alguém para tirar todas aquelas fotos?"

"Não era uma modelo. É minha colega de quarto." Seus olhos se arregalaram quando me levantei. "Espere um segundo! Todas as coisas que disse para você no telefone eram absolutamente verdadeiras. Estou interessada em política, e amo estudar a lei e acompanhar casos de alto perfil."

"Qual a faculdade de direito que você estudou?"

"Faculdade de Direito?" Ela levantou a sobrancelha. "Não, não é esse o tipo de escola de direito. Estudo Direito como, vi cada episódio de SVU3 e li todos os livros de John Grisham."

Suspirei e puxei algumas notas da minha carteira, colocando-as sobre a mesa. Tinha perdido muito tempo com ela.

"Adeus, Charlotte." Fui embora, ignorando o resto do seu pedido de desculpas.

No momento em que o manobrista puxou meu carro, escorreguei para dentro e sai em disparada.

Esta merda está ficando ridícula...

Esta foi a sexta vez que isso tinha acontecido comigo este mês, e eu não entendia por que alguém estaria disposto a mentir com um rosto potencial quando iria me encontrar frente a frente depois. Não fazia qualquer sentido, porra.

Irritado, peguei uma garrafa de whisky na loja do outro lado da rua, e fiz uma nota mental para bloquear esta última mentirosa da minha página. Estava começando a sentir como se tivesse acabado as mulheres disponíveis para transar em Durham. Também estava começando a sentir que eu precisava mudar de cidade e começar tudo de novo; os suores frios de anos atrás haviam retornado, e eu sabia que os pesadelos estavam por vir.

Assim que pisei em meu apartamento, me servi de três doses e joguei-as para dentro. Então, coloquei mais três.

Passei pelo meu telefone e verifiquei meus e-mails do dia – clientes indicados, mais convites para conversar do Date- Match, e uma mensagem da loira sexy que eu deveria encontrar neste sábado.

O assunto da mensagem era, "A honestidade é a chave, certo?"

Tomei outra dose antes de abri-lo, esperando que fosse um convite para nos encontrar hoje à noite em vez de sábado.

Não era. Era uma maldita redação.

"Ei, Anthony. Sei que deveríamos nos conhecer neste sábado e confie em mim, estava tão ansiosa por isso, mas preciso saber que você está interessado em mim por mim mesma e não pela minha aparência. Conheci um monte de caras assustadores aqui, porque eles gostam apenas da minha foto, e quando nos encontramos, eles só querem ter relações sexuais. Posso assegurar- lhe que sou quem eu digo que sou, mas estou procurando algo um pouco mais gratificante do que sexo casual. Não temos de ter uma relação plena explosiva, ou nos envolver em um caso intenso, mas podemos pelo menos construir uma amizade em primeiro lugar, sabe? Estou ansiosa para vê-lo, então me deixe saber se você ainda estiver interessado em conhecer-me – Liz."

Eu imediatamente cliquei no meu perfil e abri a pasta "O que estou procurando", certificando-me de que ainda estava escrito a mesma coisa: "Sexo casual. Nada mais. Nada menos."

Essa frase não estava lá para decoração, e estava em negrito por uma razão.

Voltei a mensagem da mulher e respondi. "Eu não estou mais interessado em conhecê-la. Boa sorte para encontrar o que você está procurando – Anthony."

"Você existe?" Ela respondeu imediatamente. "Você não pode precisar de outro amigo? Nós não podemos ser 'apenas amigos'? – Liz."

"Inferno, não - Anthony." Respondi e bloqueei seu endereço.

Outra dose fez o seu caminho pela minha garganta, e rolei através do restante dos e-mails – imediatamente abri o que veio da única pessoa que considerava como uma amiga nesta cidade. Mary.

Assunto: Pau abandonado

Então, estou escrevendo-lhe agora porque só pensava em quanta dor você deve estar nesse momento... Nós não falamos sobre você transar tem um bom tempo, e isso me preocupa. Muito. Tipo, eu CHOREI sobre a sua falta de buceta... Lamento muito que tantas mulheres lhe enviaram fotos fraudulentas e lhe deram um caso grave de bolas azuis. Estou anexando os links sobre uma loção top de linha que acho que você deve investir nas próximas semanas que virão.

Seu pau está nas minhas orações,

Mary.

Eu sorri e escrevi uma resposta.

Assunto: Re: Pau abandonado

Obrigado por suas preocupações com o meu pau. Embora, vendo que você NUNCA discute sobre transar, acho que ter teias de aranha na buceta é uma doença muito mais grave. Sim, é verdade que muitas mulheres têm me enviado fotos, mas é muito triste que você nunca me enviou a sua, não é? Estou mais do que disposto a enviar-lhe a minha, e, eventualmente, ajudá-la a curar sua doença triste e infeliz.

Obrigado por me dizer que meu pau está em suas orações. Preferiria que estivesse na sua boca.

Anthony.

Simples assim, a minha noite ficou agora dez vezes melhor. Mesmo que eu nunca tenha conhecido Mary pessoalmente e nossas conversas fossem restritas a telefonemas, e-mails e mensagens de texto, eu sentia uma forte conexão com ela.

Nós tínhamos nos conhecido através de uma rede social – a LawyerChat4, que era anônima e exclusiva. Não havia fotos de perfil, nenhuma atividade na linha do tempo, apenas placas de mensagem. Havia uma pequena caixa de perfil em que a informação poderia ser colocada (apenas o primeiro nome, idade, número de anos de prática, alto ou baixo status do perfil), e um logotipo no perfil de cada usuário, que revelava seu sexo.

Cada usuário era "garantido" ser um advogado que tinha sido convidado pessoalmente por e-mail. De acordo com os desenvolvedores do site, eles "cruzaram referências de cada advogado que exerça a função no estado da Carolina do Norte contra registros de licenciamento do quadro para garantir um excepcional sistema único de apoio."

Eu honestamente pensei que a rede era besteira, e se não fosse pelo fato de que eu tinha fodido algumas das mulheres que conheci lá, teria cancelado a minha conta após o primeiro mês.

No entanto, quando vi uma nova mensagem "preciso de alguns conselhos" de uma "Mary," não pude resistir a tentar replicar os meus resultados anteriores. Li primeiro seu perfil – ela tinha vinte e sete anos, um ano fora da faculdade de direito, amante de livros – e decidi ir até ela.

Minha intenção era responder às suas questões jurídicas, orientar lentamente a conversa para coisas mais pessoais, em seguida, pedir-lhe para se juntar ao Date-Match para que pudesse ver como ela era. Mas ela não era como as outras mulheres.

Ela me mandou mensagens constantes, e ela sempre manteve o tema da conversa no âmbito profissional. Desde que ela era uma jovem e inexperiente advogada, ela pediu conselhos sobre os temas mais simples: breve edição legal, a alegação de arquivamento e exibição de provas. Depois de nós termos conversado cinco vezes e eu ter me cansado de ter sessões de três horas de duração sobre despejo, pedi o telefone dela.

Ela disse que não.

"Por que não?" digitei.

"Porque é contra as regras."

"Nunca conheci um advogado que não tenha quebrado pelo menos uma."

"Então você não é um advogado muito bom. Vou encontrar alguém para conversar agora. Obrigada."

"Você vai perder esse caso amanhã." Digitei antes que ela pudesse terminar a nossa sessão. "Você não tem ideia do que está fazendo."

"Você está realmente tão chateado por eu não dar- lhe o meu número de telefone? O que você tem, doze anos?"

"Trinta e dois, e não dou a mínima para o seu número de telefone. Só estava pedindo para que pudesse ligar e dizer-lhe que o resumo que você me enviou está repleto de erros de digitação, e o argumento final parece que um estudante de direito do primeiro ano escreveu. Há muitos erros para me sentar aqui e digitar todos eles."

"Meu resumo não está tão ruim assim."

"Ele não está tão bom também." Antes que pudesse sair do nosso bate-papo, seu número de telefone apareceu na tela, e embaixo dele estava um curto parágrafo: "Se você vai me ligar e me ajudar, ótimo. Se você estiver usando o meu número para me convencer a aderir a um site de namoro depois, então esqueça. Entrei para esta rede para suporte de carreira, é isso."

Olhei para sua mensagem longa e duramente – debatendo se deveria ajudá-la com nenhuma chance de conseguir nada com isso, mas algo me fez chamá-la de qualquer maneira. Andei através de cada erro que ela tinha feito, insisti que ela esclarecesse algumas frases, e até mesmo reformatei seu resumo.

Bem quando eu estava prestes a dizer-lhe adeus e desligar, a coisa mais estranha aconteceu. Ela perguntou: "Como foi seu dia hoje?"

"Isso não está em seu resumo." Eu disse. "Você só quer falar sobre merda de advocacia, lembra?"

"Não posso mudar de ideia?"

"Não. Desligue." Esperei ouvir um sinal sonoro, mas a única coisa que ouvi foi o riso. Se não fosse pelo fato de que era um som tão rouco e sexy, eu teria desligado eu mesmo, mas eu não podia colocar o telefone para baixo.

"Sinto muito," disse ela, ainda rindo. "Não tive a intenção de ofendê-lo."

"Você não fez. Desligue."

"Não quero." Ela finalmente parou de rir. "Peço desculpas por essa mensagem hostil que lhe enviei... Você é realmente o único cara que conheci aqui que responde a todas as minhas perguntas. Você está ocupado agora? Você pode falar?"

"Sobre o quê?"

"Sobre si mesmo, sua vida... Eu tenho lhe feito perguntas jurídicas e chatas todos os dias, e você tem sido muito paciente, assim... É justo que falemos de algo menos entediante dessa vez se vamos ser amigos, certo?"

Amigos?

Eu estava hesitante em responder – especialmente já que isso não parecia ser os temas 'menos chatos' que envolveriam sexo, e ela disse a palavra 'amigos' tão facilmente. No entanto, eu já estava no meio de outra noite sem sexo, assim comecei a ter uma conversa normal com ela. Até cinco da manhã, ela e eu discutimos as coisas, coisas mais mundanas – nossas vidas diárias, livros favoritos, o seu sonho de se tornar uma bailarina profissional atrasado.

Poucos dias depois, falamos novamente, e depois de um mês, eu estava falando com ela todos os dias.

Tomando outra dose, pressionei o botão de chamada no meu telefone e esperei para ouvir sua voz suave.

Nenhuma resposta. Considerei enviar-lhe uma mensagem, mas então percebi que eram nove horas em uma quarta-feira e que não seria capaz de falar com ela esta noite de forma alguma.

Ensaio... noites de quarta são sempre para a prática do balé...

"Sr. Cullen?" Minha secretária entrou no meu escritório na manhã seguinte.

"Sim, Jessica?"

"Sr. Greenwood e Sr. Bach gostariam de saber se você quer participar da próxima rodada de entrevistas de estágio hoje."

"Não quero."

"Tudo bem..." Ela olhou para baixo e rabiscou algo em seu bloco de notas. "Você pelo menos olhou os currículos, então? Eles têm de reduzi-los a quinze hoje."

Suspirei e tirei a pilha de currículos que ela tinha me dado na semana passada. Li todos e escrevi notas, em sua maioria – "Passo" "Passo duas vezes" e "Não me sinto disposto a ler isso." Todos os candidatos restantes eram da Universidade de Duke, e que eu saiba, éramos a única empresa na cidade que aceitava

estudantes de Direito e estudantes sem bacharel como candidatos para estágios remunerados.

"Não estou impressionado com qualquer um dos candidatos." Deslizei os papéis na minha mesa. "Esses eram todos os candidatos da seleção?"

"Não, senhor." Ela se aproximou e colocou uma pilha ainda maior na minha frente. "Este é todo o conjunto da seleção. Você precisa de mim para fazer qualquer outra coisa para você esta manhã?"

"Além de pegar o meu café?" Apontei para a caneca vazia na borda da minha mesa. Odiava que eu sempre tinha que lembrá-la para trazer isso; eu não conseguia funcionar de manhã sem uma xícara de café fresco.

"Eu sinto muito. Vou pegar isso imediatamente."

Liguei o meu computador e passei pelos meus e- mails, classificando-os todos por ordem de importância. Claro, o mais recente e-mail de Mary foi empurrado direto para o topo.

Assunto: Supere-se.

Obrigada pela mensagem com imagem infantil do pó branco que estava fora de seu condomínio, esta manhã. Eu realmente apreciei isso, mas posso assegurar-lhe que isso NÃO é como o interior da minha vagina se parece agora.

Não que isso seja da sua conta, mas não preciso transar todos os dias para satisfazer as minhas necessidades. Elas são BEM atendidas com uma VARIEDADE de ferramentas.

Mary

Assunto: Re: Supere-se.

Enviei-lhe duas imagens. Uma do pó branco e uma do lago seco com animais morrendo. A segunda imagem foi mais precisa?

A única ferramenta que sua boceta precisa é minha língua. Está aqui sempre que quiser, e ela funciona em uma "VARIEDADE" de maneiras.

Anthony

"Aqui está, Sr. Cullen." Jessica, de repente coloca o meu café na mesa. "Posso te perguntar uma coisa?"

"Não, você não pode."

"Eu pensei assim," disse ela, baixando a voz e olhando nos meus olhos. "Eu sei que isto é pouco profissional, mas preciso de um encontro para o baile de gala no próximo mês."

"Então, encontre um par para o baile de gala no próximo mês."

"Essa foi a minha maneira de pedir-lhe para ser meu par..."

Eu pisquei. Precisava encontrar uma palavra certa para dizer "Inferno, não" com muito cuidado.

Jessica tinha acabado de sair da faculdade – malditamente jovem demais para mim, trabalhava aqui porque seu avô começou esta empresa, e estava a fim de algo muito maior do que jamais estaria disposto a dar. Tinha a ouvido várias vezes, em seus intervalos de almoço, falando sobre como ela queria se casar antes de chegar aos vinte e cinco. Ela também aparentemente queria ser uma dona-de-casa com seis filhos, e morar em uma casa nos subúrbios.

Em outras palavras, ela estava completamente fora da porra da sua mente.

"Então, o que você diz?" Ela sorriu.

Tentei não revirar os olhos. "Jessica..."

"Sim?" Seus olhos estavam cheios de esperança.

"Olha, querida. Não só seria altamente inapropriado para nós dois algum dia nos envolver em qualquer tipo de relacionamento fora deste escritório, mas não sou o homem que você está procurando. De forma alguma. Confie em mim."

"Nem mesmo por uma noite?"

"As palavras 'uma noite' no meu livro seguramente trazem certas expectativas que você não poderia cumprir. Então, não. Vai fazer algum trabalho."

"'Uma noite' é um código para o sexo?"

"Por que você ainda está na minha sala?"

"Eu não diria a ninguém, se fizéssemos sexo," ela sussurrou. "Eu realmente fantasio sobre isso desde que nos conhecemos. E, desde que você nunca tem quaisquer chamadas nos livros de uma namorada, estou supondo que você está disponível."

"Não estou."

"Entrei e vi você enquanto você estava no banheiro uma vez... Você tem, pelo menos, vinte e dois, eu acho."

Que porra é essa?

Eu estava a cinco segundos de gravar esta conversa em meu telefone e mandar por e-mail para seu avô.

"Sou muito boa em dar sexo oral," disse ela. "Venho fazendo isso desde o colegial. Todos os caras que chupei disseram que a minha boca é incrível." Ela mordeu o lábio.

"Há super-cola no meu chão? É por isso que você ainda está ai de pé?"

"Se você fosse o meu encontro para o baile de gala e acabássemos tendo um bom encontro, você seria o primeiro homem que realmente percorreu todo o caminho comigo." Ela deixou escapar, corando. "Ainda sou virgem, lá em baixo."

"Então definitivamente eu não sou o homem para você." Revirei os olhos. "Agora, saia antes que eu chame o Sr. Greenwood e diga-lhe que a sua preciosa neta está se oferecendo para chupar o meu pau durante o café da manhã."

Chocada, o rosto tingido de vermelho, ela rapidamente foi até a porta. Então ela olhou por cima do ombro e piscou para mim – fodidamente piscou para mim, antes de sair.

Imediatamente digitei uma nota em minha agenda: encontrar uma nova secretária – um pouco mais velha, casada...

Antes que pudesse terminar de organizar minha caixa de entrada, meu celular tocou. Mary.

"Estou ocupado," eu respondi.

"Então por que você atendeu ao telefone?"

"Porque o som da minha voz deixa você molhada."

"Engraçado." Ela riu. "Como está o seu dia?"

"Típico. Minha secretária veio apenas se insinuar para mim pela terceira vez este mês."

"Ela enviou-lhe outra nota 'Você e eu pertencemos um ao outro', com chocolates?"

"Não, ela se ofereceu para chupar meu pau."

"O quê?" Ela engasgou. "Você está brincando!"

"Infelizmente não. Depois disso, ela me disse que estava disposta a me dar a sua virgindade. Nem preciso dizer que, estarei postando um anúncio de substituição em breve. Qualquer pessoa do seu escritório que queira trabalhar para uma empresa melhor? Vou dobrar o salário."

"Como você sabe que a minha empresa não é melhor do que a sua?"

"Porque você me liga e pede conselhos sobre casos bobos todo o tempo, é por isso. Se a sua empresa fosse melhor, você nunca teria que perguntar."

"Tanto faz." Ela gemeu. "Você ainda não engatou no vagão de namoro online?"

"Engatar? Vagão?" Eu nunca poderia entender suas pequenas metáforas do sul. "O que diabos isso quer dizer?"

"Ugh, Deus..." Ela suspirou. "Isso significa que você não me atualizou sobre seu encontro de ontem à noite, então eu acho que foi um fracasso, o que significa que você não dormiu com ninguém há mais de um mês. Isso tem que ser um recorde para você."

"É."

"Você quer um conselho?"

"Não, a menos que você queira vir ao meu escritório e me dizer pessoalmente." Eu sorri.

"Não, obrigada. Falando de conselho, vou precisar da sua ajuda na sexta à noite."

"Com o quê?"

"Acabei de conseguir um caso muito grande. Não passei por todos os documentos ainda, mas já sei que está acima da minha compreensão."

Inclinei-me na minha cadeira. "Se é um caso assim tão grande, você pode trazer os documentos para o meu apartamento esta noite. Ficaria feliz em ajudá-la a ordená-los. Categorização sempre foi a minha especialidade."

"Ha! Boa tentativa, mas não penso assim." Ela continuou a falar sobre o caso dela, mas eu estava apenas ouvindo pela metade. Ainda me parecia estranho que ela não quisesse me conhecer em pessoa, que ela encerrasse o assunto a qualquer momento que eu o trouxesse a tona.

"Além disso..." Ela ainda estava divagando. "Eu provavelmente vou ter que fazer alguma pesquisa sobre essas mudanças. Não tenho certeza se –"

"Diga-me a verdadeira razão pela qual não posso encontrá-la pessoalmente." Eu a cortei.

"O quê?"

"Nós nos conhecemos há seis meses. Por que você não quer me encontrar?"

Silêncio.

"Preciso repetir a pergunta?" Me levantei e caminhei até a minha porta, trancando-a. "Você não me entendeu?"

"É contra as regras do LawyerChat..."

"Foda-se o LawyerChat." Revirei os olhos. "É contra as regras você e eu termos os números de telefone um do outro, em primeiro lugar, para que possamos agir como malditos adolescentes e fazer o outro gozar por telefone à noite, mas você nunca se queixou sobre isso."

"Você nunca me fez gozar..."

"Não minta para mim."

"Você não fez."

"Então, na semana passada, quando eu disse que queria que você montasse na minha boca para que pudesse comer sua buceta até que você gozasse em todo o meu lábio, você estava fingindo respirar com dificuldade?"

Ela respirou fundo. "Não, mas –"

"Foi o que eu pensei. Por que não podemos nos conhecer pessoalmente?"

"Porque isso iria arruinar a nossa amizade e você sabe disso."

"Eu não sei."

"Você me disse que você nunca dorme com a mesma mulher duas vezes, que depois de dormir com alguém você termina com ela."

"Nunca fodi um dos meus amigos antes."

"Isso é porque sou sua única amiga."

"Estou ciente, mas –" parei. Não tinha defesa para isso.

O silêncio permaneceu na linha, e tentei pensar em outro argumento.

Ela falou primeiro. "Eu honestamente não quero estragar a nossa amizade por uma foda sem sentido."

"Garanto que vamos ter mais do que uma foda sem sentido."

Sua risada leve passou pela linha, e eu suspirei – tentando imaginar como ela era. Eu não sabia por que, mas ao longo das últimas semanas, eu tinha estado ansiando sentir sua risada pessoalmente.

"Você sabe," ela continuou, "para um advogado de alto nível, você tem uma boca muito suja."

"Você ficaria surpresa com o quão suja ela pode chegar."

"Mais suja do que já experimentei?"

"Muito mais suja." Eu vinha pisando em águas rasas desde que começamos essa amizade – ainda esperançoso de que iríamos nos encontrar pessoalmente algum dia, mas agora que não iríamos, não havia razão para me segurar. "Acho que vou falar com você esta noite."

"Não, a menos que você encontre outro encontro entre agora e depois. Sei que você estará procurando."

"É claro que estarei à procura." Zombei. "Mary é seu nome verdadeiro?"

"Sim, mas tenho certeza que Anthony não é o seu. Você se importa em finalmente dar isso para mim?"

"Vou dar a você quando você voltar a porra dos seus sentidos e deixar-me ver você."

"Você apenas não vai deixar isso passar, você vai?" Ela riu de novo. "E se a verdadeira razão pela qual não quero conhecê-lo é porque sou feia?"

"Tenho uma boa sensação de que você não é."

"Mas se fosse?"

"Eu te foderia com as luzes apagadas."

"Prefiro as luzes acesas."

"Então, faria você usar um saco de papel sobre sua cabeça."

"O QUÊ?" Ela explodiu em risos. "Você é ridículo! Ugh, há um cliente na minha porta agora. Tenho que ir. Posso te ligar mais tarde?"

"Sempre." Desliguei, sorrindo. Então me ocorreu.

Foda-se... Ela sempre encontra uma maneira de sair dessa linha de questionamento...

Perjúrio (n.):

O voluntário dando um falso testemunho sob juramento.

Mary ( meu nome verdadeiro é Isabella)

"Mentiras sempre são descobertas pelas pessoas no final. Por que as pessoas não entendem isso?" Esse era o conteúdo da mensagem de texto do Anthony nesta manhã.

"Você não acha que algumas mentiras são justificáveis?", eu respondi.

"Não. Nunca."

Eu hesitei. "Então você nunca mentiu para mim?"

"Porque eu mentiria?"

"Porque mal nos conhecemos..."

"Apenas porque você me mantem afastado." Ele me mandou outra mensagem antes que eu pudesse responder "Você gostaria de saber meu nome real e onde eu trabalho?"

"Prefiro nosso acordo de sermos anônimos."

"Claro que prefere, e eu nunca menti para você. Eu confio em você por algum estranho motivo."

"Algum estranho motivo?"

"Muito estranho. Vou falar com você mais tarde."

Joguei meu celular na bolsa e suspirei, sentindo aquela sensação familiar de culpa sobre mim. Eu nunca tive a intenção de continuar falando com ele, de nos tornarmos amigos fora do LawyerChat, mas eu estava nisso muito profundo e eu não queria deixá-lo ir.

Meses atrás, quando eu vi o convite para a rede exclusiva na mesa de minha mãe, eu jurei usá-la apenas quando precisasse tirar alguma dúvida das minhas aulas pré-direito. Usei seu código de acesso para fazer o login, e fiz um perfil falso e tive certeza de que todas as perguntas que fiz fossem apresentadas de uma forma que ninguém soubesse que eram para minha lição de casa.

Infelizmente para mim, o programa de Direito da Duke é diferente de qualquer outro programa do País. Consistia em mais classes que envolviam uma participação ativa, com um tutor para cada um de nós treinar como advogados, e foi determinado que cada aluno encontrasse um estágio nos quatro semestres finais. Além disso, esperavam que lêssemos e interpretássemos os casos como se já fossemos advogados.

Se eu soubesse que perguntar ao Anthony sobre meus deveres de casa nos levaria a uma amizade real, eu teria parado de falar com ele mais cedo. Então, novamente, como eu era sua única amiga, ele era meu único amigo, também.

Ele era aberto e honesto a cada vez que nos falávamos, eu só desejava que eu pudesse igual a ele – especialmente porque ele parecia ter o habito de dizer "Odeio os mentirosos" sempre que um de seus encontros o enganava.

Droga...

Alisei o tule do meu tutu, e respirei fundo várias vezes. Poderia pensar sobre minha amizade com Anthony depois, agora eu precisava me concentrar.

Hoje é o dia do teste para a produção de O Lago dos Cisnes e eu estou uma pilha de nervos. Mal tinha dormido na noite anterior e nem comido, e cheguei ao teatro com cinco horas de antecedência.

"Por favor, desocupem o palco, senhoras e senhores!" O diretor gritou de baixo. "As audições oficiais começarão em 30 minutos! Por favor, desocupem o palco e saiam pelas alas!"

Antes de ir para os bastidores, olhei para a plateia. A maioria dos rostos era familiar – meus colegas de classe, professores, alguns diretores da companhia de balé que eu tinha trabalhado no verão passado, mas os rostos que eu precisava ver não estavam lá.

Eles nunca estavam.

Magoada, encontrei um canto no camarim e liguei para minha mãe.

"Alô?", ela respondeu no primeiro toque.

"Por que você não está aqui?"

"Por que eu não estou onde, Isabella? Do que você esta falando agora?" Ela soltou um suspiro sem paciência.

"Minha audição aberta para O Lago dos Cisnes. Você prometeu que você e papai estariam aqui."

"É Isabella, querido!" Ela gritou para meu pai em segundo plano. "Seu recital foi hoje?"

"Não estive em recital desde que tinha treze anos." Cerrei os dentes. "Este é um teste, a primeira audição da minha vida e vocês deveriam estar aqui."

"Acho que minha secretária esqueceu de me dizer sobre isso essa manhã," disse ela. "Você já conseguiu algum estágio para sua faculdade?"

"Eu tenho duas faculdades."

"Pré-Direito, Isabella."

"Não." Eu suspirei.

"Bem, por que não? Você esta esperando algum destes cair do céu no seu colo? É isso?"

"Eu tive uma entrevista ontem no Blaine and Associates," eu disse, sentindo meu coração ficar mais pesado, "e eu tenho outra na próxima semana em Greenwood, Bach, and Cullen. Eu também estou prestes a fazer um teste para o papel da minha vida se você puder fingir que se importa por no mínimo 5 segundos".

"Desculpe-me, mocinha?"

"Você não está aqui." Havia lágrima em meus olhos. "Você não está aqui... você tem ideia do quão grande essa produção vai ser?"

"Você está sendo paga? É o New York Ballet Company que esta produzindo?"

"Isso não vem ao caso. Eu já lhe disse repetidas vezes o quão importante este teste é para mim. Eu liguei e te lembrei ontem a noite, e seria muito bom se os meus pais aparecessem e acreditassem em mim de vez em quando.

"Isabella..." ela suspirou. "Eu acredito em você. Sempre acreditei, mas estou no meio de uma audiência enorme agora e você sabe disso porque está em todos os jornais. Você também sabe que se tornar uma bailarina profissional não é uma escolha de profissão estável, e por mais que eu adoraria deixar minha maior cliente para ver você na ponta dos pés no palco –"

"Se chama en pointe."

"É a mesma coisa," ela disse. "Independentemente disso, é apenas um teste. Tenho certeza de que seu pai e eu não seremos os únicos pais a não ir hoje. Depois de se formar na faculdade e entrar na carreira de direito, você vai ver o balé como realmente é – um hobby, e você será grata por nós a empurrarmos para duas graduações."

"Balé é o meu sonho, mãe."

"É uma fase, e você está muito além da idade para se tornar uma profissional da última vez que verifiquei. Lembra-se de como você de repente desistiu aos dezesseis anos? Você vai desistir de novo e vai ser melhor. Na verdade –"

Eu desliguei.

Não queria ouvir mais um dos seus discursos para matar meus sonhos, e o que mais me irritou foi o fato de ela achar que é uma "fase" sendo que eu danço desde que tinha 6 anos de idade quando ela e meu pai derramaram incontáveis dólares em aulas particulares, fantasias e competições.

A única razão pela qual eu "desisti" aos dezesseis anos foi porque quebrei o pé, e não podia fazer um teste para qualquer escola de dança. E a única razão pela qual eu comecei a mostrar um fraco interesse em leis era porque eu não podia fazer muita coisa além das minhas sessões de reabilitação, exceto ler.

Meu coração sempre pertenceu as sapatilhas de ponta, e esse fato nunca iria mudar.

"Isabella Swan?" Um homem de repente chamou meu nome na porta do teatro. "É você?"

"Sim".

"Você é a próxima a subir no palco. Tem cerca de cinco minutos...".

"Já estarei lá...". Guardei minha bolsa no armário e antes que eu pudesse fechá-lo, meu celular tocou.

Sabendo que era minha mãe ligando para oferecer um pedido meia–boca de desculpas, eu atendi e dei o meu melhor para não gritar. "Por favor, me poupe das suas desculpas, elas não significam nada para mim."

"Eu estava ligando para desejar boa sorte," disse uma voz profunda.

"Dois minutos!" Um ajudante de palco olhou para mim e fez sinal para eu ir para o palco.

"Anthony?" Eu virei de costas para o ajudante. "Para que você esta me desejando boa sorte?"

"Você mencionou algum tipo de audição há algumas semanas. É hoje, não?"

"Sim, obrigada..."

"Você não parece muito animada sobre seu sonho agora."

"Como posso estar quando meus pais não acreditam nisso?"

"Você tem vinte e sete anos de idade." Ele zombou. "Foda-se seus pais."

Eu ri, culpada. "Eu queria que fosse assim tão simples..."

"E realmente é. Você faz seu próprio dinheiro, e apesar do fato de que você realmente não saiba nada sobre leis, você me parece uma advogada decente. Foda-se eles."

"Eu vou manter isso em mente," eu disse tentando me afastar deste assunto. "Estou chocada que você se lembrou que minha audição era hoje."

"Eu não." E ele desligou, e eu sabia que ele estava sorrindo quando o fez.

"Quinze segundos, Srta. Swan!" O ajudante de palco agarrou meu braço e praticamente me puxou para o palco.

Sorri para os juízes e fiquei na quinta posição – braços sobre minha cabeça, e esperei a primeira nota da composição de Tchaikovsky começar.

Houve um farfalhar de papeis, alguém da plateia tossiu e então, a música começou.

Era para eu demonstrar um arabesco, uma pirueta, e em seguida, executar a rotina que eu tanto ensaiei em sala de aula durante o ultimo mês e meio. Eu não senti vontade disso, no entanto, e já que esta era uma das minhas últimas oportunidades de causar uma impressão, eu decidi dançar como eu queria.

Fechei os olhos e completei pirueta após pirueta, fouette após fouette. Eu nem estava em sintonia com a música, e eu poderia dizer que o pianista estava confuso e tentando me acompanhar.

Demonstrei cada salto que sabia, perfeitamente aterrissando em cada um deles e quando o pianista desistiu e atingiu a última nota, eu voltei para quinta posição – sorrindo.

Não houve aplausos, vibração, não houve nada. Tentei ler os rostos dos juízes para saber se eles estavam um pouco impressionados, mas eles estavam impassíveis.

"Isso é tudo, Srta. Swan," disse um deles. "Srta. Leighton Reynolds pode subir ao palco, por favor?"

Murmurei um "Obrigada" antes de pisar fora e correr para fora do teatro. Eu não me incomodei de assistir o resto das audições.

Pelo restante da tarde eu andei em torno do Campus e tentei não chorar. Quando eu tive certeza de que as lagrimas cairiam, enviei e-mails ao Anthony; era a única coisa que eu poderia fazer para me sentir melhor.

Assunto: Pensando...

"Um jantar. Uma noite. Sem repetições." Você escolhe um restaurante barato ou caro? Você paga o jantar e o quarto de hotel? Ou você faz a mulher dividir a conta com você?

Mary

Assunto: Re: Pensando...

Jantar caro. Hotel Cinco estrelas e suíte. Eu pago por tudo.

Você quer que eu faça algumas reservas para nós para que eu possa lhe mostrar?

Anthony

Assunto: Re: Re: Pensamento...

Claro que não. E "algumas" reservas? O que aconteceu com apenas um?

Mary

Assunto: Re: Re: Re: Pensamento...

Eu disse que iria fazer uma exceção no seu caso. Eu investi em uma caixa de sacos de papel hoje.

Anthony

Eu ri e olhei para o relógio. Era cinco horas, e eu tinha certeza de que os resultados da audição haviam saído há algumas horas, mas eu estava com muito medo de olhar. Tudo que eu queria era uma chance de ser membro do corpo do Cisne, ou até mesmo uma substituta para a principal.

Por que eu estraguei a coreografia? O que diabos eu estava pensando?

Depois de me deixar louca com as perguntas, me forcei a fazer uma caminhada de volta para o teatro de dança e olhar a postagem do elenco final. Quando cheguei, havia uma enorme multidão na frente do mural e eu podia ouvir o habitual "Eu estou dentro! Eu estou dentro!" e "Como eles puderam não me escolher?"

Apertei-me entre todos e olhei para a folha, procurando meu nome na folha de elenco menor, mas meu nome não estava lá.

Foi na folha do elenco principal, e ao lado do papel de Odette/Odile, o cisne branco e preto, que estava o meu nome completo e em negrito.

Comecei a chorar, pulando para cima e para baixo em descrença. Queria ligar para minha mãe e dizer-lhe a boa notícia, mas meu coração de repente afundou com o pensamento.

Eu sabia que, neste exato momento, ela provavelmente estava dizendo a meu pai que eu desliguei na cara dela, e que ele precisava ter certeza de que eu sabia quem controlava as cordas por trás deles pagando minha faculdade: "Se você desistir do pré-Direito, vamos parar de enviar os cheques... Pré-Direito paga por suas aulas, balé não."

Levantei meus pés doloridos de um balde de gelo e os sequei com uma toalha. Eu não tinha certeza de como eu ia conciliar um papel principal, classes e um estágio em potencial, mas eu não tive escolha.

Suspirando, olhei para o calendário na minha mesa onde eu tinha rabiscado "dia da preparação para entrevista" no dia de hoje.

Minha iminente entrevista com Greenwood, Bach, and Cullen – uma das empresas de maior prestígio no estado, era mais que uma entrevista. Era um processo, e cada estudante em busca do estágio sabia que conseguir um estágio numa empresa como essa podia fazer maravilhas para seu currículo.

A empresa era tão seletiva que eles conduziram quatro rodadas de entrevistas por telefone, três testes on-line e exigiram a cada requerente a realização de várias redações antes da entrevista final com os sócios.

Sai-me bem na entrevista pelo telefone e nos testes, mas a redação – sobre um caso de cem páginas era algo que eu não esperava. Até pensei que eles haviam me enviado o pacote errado, então liguei para dizer "Acredito que meu pacote veio trocado para um estágio nível Faculdade de Direito." A secretária simplesmente riu de mim.

Ela disse que a empresa esperava de todos seus estagiários – nível pré-direito e graduação, para preencher o mesmo pacote com o melhor de suas habilidades.

"Não se preocupe", ela disse. "Nós não estamos esperando a perfeição de você. Nós apenas queremos ver como sua mente funciona."

Peguei o arquivo do caso que estava me dando o maior trabalho e coloquei no meu colo. Depois fui para o site da empresa GBH e me familiarizei com três parceiros que estariam me entrevistando.

Greenwood, o fundador da empresa, era um homem grisalho com óculos emoldurado. Elogiado por Harvard por ser tão exigente e meticuloso, e vangloriou-se que, em seus trinta anos de prática da lei, ele tinha atingido uma das maiores taxas de vitória do País.

Bach, sócio da empresa por mais de dez anos, era um homem careca em seus quarenta e poucos anos, embora parecesse mais velho. Trilhou seu caminho até a empresa, e desde que ele era "um indivíduo trabalhador com paixão inigualável", Greenwood não teve escolha a não ser fazê-lo seu primeiro parceiro. Ele tinha uma das segundas mais altas taxas de vitória no país.

O último era Cullen – Edward Cullen, e ele era... Era sexy pra caralho. Tentei me concentrar em sua biografia e ignorar a foto dele, mas eu não consegui. Seus profundos e penetrantes olhos verdes estavam olhando diretamente para mim, e seu cabelo castanho acobreado curto estava implorando por minhas mãos.

Ele tinha o rosto de um Deus grego – uniformemente bronzeado, perfeitamente simétrico, forte e queixo esculpido, e os seus lábios cheios estavam curvados com um leve sorriso.

Mesmo que a imagem só mostrasse a parte de cima de seu corpo, eu imaginei que pela forma que ele preenchia seu terno azul marinho havia músculos rígidos e definidos debaixo dele.

Estava ficando molhada só de olhar para ele.

Foco, Isabella... Foco...

Estranhamente sua biografia era a mais curta de todos eles. Ela não listava sua educação, ou o seu passado, ou o ano em que se tornou sócio. Era apenas um monte de palavras de tapa-buraco sobre como "a empresa se sente honrada em ter um advogado tão estimado na sua equipe". Ah... e ele gostava de comer chocolate.

Que informativo...

Eu copiei e colei todas as biografias em um documento de texto e então eu liguei para Anthony.

"Boa Noite, Mary," ele respondeu me fazendo derreter com sua voz, como de costume. Eu juro que ele poderia me convencer a fazer qualquer coisa – quase qualquer coisa.

"Hey, hm..."

"Sim?"

Deus... eu amava a porra da voz dele... Ele não disse muita coisa e eu já estava excitada.

"Você ligou para que eu pudesse ouvi-la respirar?" Ele estava sorrindo.

"Eu liguei, na verdade." Revirei os olhos. "Você está gostando dos meus sons?"

"Eu os curtiria muito melhor se você estivesse debaixo de mim."

Corei. "hmmm..."

"O caso, Mary." Ele riu. "Fale-me sobre seu caso mais recente."

"Certo, hm..." Limpei minha garganta. "Para encurtar a história: Meu cliente carregava uma arma em um banco federal, e se esqueceu de ativar o bloqueio de segurança. Alguém esbarrou nele e suas mãos, instintivamente, foram para seu bolso e a arma disparou – atirando-lhe na perna."

"Desde quando você advoga em direito penal? Pensei que sua especialidade fosse direito empresarial."

Merda... "É, é. Vou pegar este caso para um amigo, de graça."

"Hmmm... Bem, seu amigo está encarando de dois a cinco anos em uma prisão federal se ele não tiver antecedentes. Qual parte que você precisa de ajuda, exatamente?"

"A parte suplicante. Ele não fez mal a ninguém, mas a si mesmo."

"Ele tinha porte de arma?"

"Não..." olhei minhas notas.

"Então, eu tenho certeza que a promotoria vai convencer o júri que ele carregava a arma no banco com intenção de prejudicar alguém que não ele mesmo. Aceite qualquer acordo que eles propuserem."

"Bem, eu...", olhei para o que a folha de atribuição dizia. "E se eu já rejeitei este acordo?"

Ele suspirou. "Chame a acusação e tente recuperar isto. Se eles disserem não, pleiteie não contestar."

"Não contestar? Você esta louco?"

"Você está? Que tipo de advogado empresarial concorda em pegar um processo criminal já decidido? Um advogado bastante inexperiente nisso..."

"Para sua informação, é uma designação–" eu tossi. "Não importa. Dizer-me para não contestar, é o mesmo que me dizer para fazer uma confissão de culpa."

"Se fosse esse o caso, eu teria dito para se declarar culpado." Ele parecia irritado. "Não contestar é a melhor opção para seu cliente, e qualquer advogado de verdade saberia disso. Tem certeza de que você passou no exame da ordem?"

"Eu não teria sido convidada a participar do LawyerChat se eu não tivesse, teria?" Senti meu coração doer com essa mentira. "Eu só estou tentando evitar que meu cliente seja condenado a prisão."

"Então, você realmente deve ficar com o direito empresarial." Havia um sorriso em sua voz. "Seu cliente vai para a prisão e não há nada que você possa fazer sobre isso. A única coisa negociável sobre o seu caso é quanto tempo que ele vai passar lá. Qualquer outra coisa que eu possa ajuda-la? Preciso te dar uma lição sobre a diferença entre culpado e inocente?"

Revirei meus olhos e deixei o arquivo. "Obrigada por sua ajuda condescendente, como sempre."

"O prazer é meu," disse ele. "Preciso te perguntar uma coisa importante."

"Sobre o meu caso?"

"Não." Ele soltou uma risada baixa. "Como você é?"

"O quê?" Eu mal podia ouvir minha voz. "O que você disse?"

"Você me ouviu. Já que eu talvez nunca terei a chance de vê-la, gostaria de saber. Como você se parece?"

Levantei-me e fui até o espelho, deixando que meus olhos percorressem meu reflexo. "Eu não sei como deveria responder a isso..." Eu precisava mudar de assunto, rápido. De tudo o que ele me contou sobre seus encontros ao longo dos últimos meses, ele definitivamente tinha um tipo que gostava, um tipo que o intrigava como nenhum outro: loira, ligeiramente curvilínea e lábios carnudos.

Eu.

Tentei imaginar como ele era muitas vezes. Cabelos escuros, talvez? Loiro sujo? Uma boca feita para beijar e profundos olhos verdes? Abdômen definido que direcionava a um V lambível?

Ele mencionou que malha todos os dias.

Eu estava mais do que certa de que ele era atraente – ele tinha que ser, se tantas mulheres se interessam por ele nos sites de namoro, mas cada vez que minha mente criava uma imagem eu me convencia de que estava errada.

"Você sabe o quê?" Eu disse, afastando meus pensamentos. "Eu nunca fui boa em descrever as coisas. Como você se parece?"

"Eu pareço um homem que quer transar com você."

Um frio percorreu minha espinha de cima abaixo. "Isso não é uma descrição..."

"Que cor é seu cabelo?" Ele não soava entretido, e eu sabia que ele não ia me deixar conduzir a conversa essa noite.

"Vermelhos". Puxei a faixa do meu coque e deixei meus fios castanhos caírem sobre meus ombros.

"Qual tamanho?"

"Curto..."

"Hmmm... e seus olhos?"

Olhei para minhas iris chocolates. "Verde. Verde claro."

"Você tem sardas?"

"Não."

"E seus lábios?"

"Você quer saber se são finos ou grossos?"

"Eu quero saber como eles ficam em volta do meu pau".

Engoli em seco.

"Você está tímida essa noite?" Cubos de gelo tilintavam contra um copo ao fundo. "Quanto do meu pau você acha que toma em sua boca?"

Fiquei em silêncio, e minha respiração começou a desacelerar.

"Mary?" Sua voz era suave. "Você vai me responder?"

"É difícil fazer uma previsão sobre algo que você nunca fez." Eu o ouvi inalar uma respiração profunda, e a linha ficou completamente em silêncio.

Eu pensei que ele ia me perguntar como eu consegui fazer sexo com namorados no passado sem nunca fazer um boquete, mas ele não o fez.

"Hmmm. Você é uma ruiva natural?"

"O que é que isso importa?" Fui até minha cama. "Eu claramente não sou seu tipo."

"Eu tenho uma preferência, não um tipo, e uma ruiva linguaruda e que nunca teve o pau de outro homem em sua boca é mais do que digna de uma exceção."

Levei meu polegar por baixo da minha calcinha e a tirei antes de deslizar sob os lençóis. "Pena eu não ser totalmente virgem, né?"

"Eu não transo com virgens." Ele fez uma pausa. "Mas, considerando o fato de que você e eu nunca fodemos, você poderia muito bem ser uma."

Uma umidade escorregou pelas minhas coxas, e eu senti meus mamilos endurecendo. "Eu duvido –"

"Estou cansado de só ser capaz de falar com você no telefone, Mary..."

Silêncio.

"Eu preciso te ver..." Sua voz estava tensa. "Eu preciso te foder..."

"Anthony..."

"Não, me escute." Seu tom era um aviso. "Eu preciso entrar profundamente dentro de você, sentindo sua boceta pulsar em volta do meu pau e você gritando meu nome – meu nome verdadeiro."

Uma mão se arrastou para baixo após o meu estômago e entre as minhas coxas, e os meus dedos começaram a dedilhar meu clitóris. Lento no início, em seguida, mais rápido, mais rápido, com todos os sons de suas respirações pesadas no meu ouvido.

"Eu tenho sido muito paciente com você..." Sua voz sumiu. "Você não acha?"

"Não..."

"Eu tenho," disse ele. "Estou cansado de imaginar o quanto molhada sua boceta pode ficar e o quão alto você vai gritar quando eu chupar seus peitos enquanto você cavalga em mim... Quão forte vou puxar seu cabelo quando eu te deitar sobre minha mesa e te foder até que você fique sem folego... Exausta."

Fechei os olhos, deixando a outra mão apertar meu peito, deixando meu polegar beliscar meu mamilo.

"Eu vou te dar duas semanas para você encontrar seus fodidos sentidos..."

"O quê?"

"Duas semanas," ele sussurrou. "Será quando eu e você vamos nos ver, cara a cara, e eu vou reivindicar cada centímetro de você."

"Eu não posso... Eu não posso concordar com... isso."

"Você vai." Sua respiração estava agora em sincronia com a minha. "E no segundo que você o fizer, você vai me convidar novamente e eu vou te lembrar de tudo com o que você me provocou ao longo dos últimos seis meses."

Eu estava sem palavras. Meu clitóris estava inchado com cada esfregar do meu dedo, e minha respiração estava ficando cada vez mais curta.

"Vou ser gentil no começo," ele sussurrou, "especialmente quando eu deslizar meu pau em sua boca e puxar seu cabelo, mostrando exatamente como eu gosto de ser chupado."

"Pare..." Eu estava ofegante. "Por favor... Pare..."

"Confie em mim, eu não vou parar."

"Anthony..." Minhas pernas tremiam.

"Eu não posso apenas falar com você. Eu preciso sentir você, eu preciso te provar. Diga sim para duas semanas..."

Mordi o lábio, sabendo que se ele dissesse isso de novo, se ele me pedisse mais uma vez, eu diria que sim.

"Mary..." Ele estava implorando.

Eu estava a segundos de gozar, a segundos de gritar "Sim! Sim! Sim!"

"Prometa-me que vai me deixar te foder em duas semanas..."

Como se a minha boca estivesse sob seu comando, ela libertou meu lábio inferior e se preparou para dizer que sim, mas eu desliguei.

Mantendo os olhos fechados, eu deitei na cama e deixei as ondas de um longo orgasmo rolarem através de mim enquanto eu gritava os três sim que ele não podia ouvir. Quando finalmente parei de tremer, eu rolei e agarrei um travesseiro, puxando-o para o meu peito.

Antes que eu pudesse me forçar a dormir, ouvi meu telefone tocar em baixo de mim.

Era uma mensagem de Anthony. "Vou levar isso como um sim. Catorze dias."

Beijos e até