Olá, como quase todas as histórias, esta ideia passou pela minha cabeça, e achei que deveria partilhar. Espero que gostem muito, podem ler as minha outras histórias, mas devo avisar que são só DHr
1984
Lucius Malfoy estava a brincar com o seu filho, feliz por finalmente não ter de esconder o quanto a sua família é importante para ele, o medo de perder a sua família, uma lembrança terrível, mas que poderia ser esquecida. Lucius Malfoy não se cansava de olhar para o seu filho, a admiração visível nos olhos daquela criança de três anos, Lucius não podia desejar mais.
O seu olhar desviou-se da cara do filho, que apontava para uma coruja no parapeito da janela animadamente. Lucius reconheceu a coruja imediatamente, Dumbledore tinha-lhe enviado uma carta. Havia anos que ele não recebia cartas do Dumbledore com ordens para ajudar a Ordem do Fénix, por isso teve algum receio em receber a carta que a sua mulher lhe estendia. Qual não foi o seu alivio, quando viu a carta endereçada para o seu amigo, Severus Snape, que a qualquer momento iria chegar.
Ouviram o distinto barulho de alguém a chegar com pó de Floo, e Draco saltou dos braços do pai, para ser abraçado pela melhor amiga da sua mãe, Victoria Adams, uma feiticeira que tinha estudado em Beauxbatons.
- Estás grande tia! – Exclamou Draco Malfoy ao ver a tia Victoria com uma barriga enorme.
Draco adorava brincar com os cabelos castanhos da tia Victoria, e achava sempre que os olhos da tia Victoria a coisa mais bonita, eram o oposto dos olhos do seu pai, dourados.
Seguido da Victoria entrou Severus Snape, que pegou no Draco para não cansar muito a Victoria que estava nos seus primeiros meses de gravidez, e não era preciso o esforço adicional.
Depois de estarem todos sentados a volta da mesa a bebericar chá, Lucius Malfoy entregou a carta ao seu amigo.
Severus Snape estava a olhar para a folha de pergaminho que tinha recebido de Albus Dumbledore. A nova profecia que Sybil tinha declarado momentos antes, escrita na folha de pergaminho. Não havia dúvida, aquela profecia tratava do seu filho, não havia como enganar o seu filho que ainda estava por nascer teria um papel importante para destruir o Senhor das Trevas, mas em vez de estar preocupado com isso, Severus Snape só conseguia pensar: 'Vou ter uma filha.'
- O que aconteceu Severus? – Narcissa Malfoy perguntou ao ver o sorriso na cara do Severus.
- É uma menina. – Respondeu ainda emocionado com o que estava a acontecer.
- Como é que sabes? – Perguntou Lucius Malfoy assim que as duas mulheres começaram a discutir o que elas tinham de comprar para a rapariga que prometia ser a mais mimada de sempre.
Lucius pegou no pergaminho que o seu amigo lhe estendia, e podia ler:
Aquela que nasce no fim do verão,
Terá a teimosia e inteligência do pai,
A lealdade e bondade da mãe.
O leão incrustado no seu ser,
Vai leva-la por muitas aventuras,
E enquanto ela viver, o Lord morrerá.
Lucius Malfoy não podia partilhar o mesmo nível de felicidade que o Severus Snape, a profecia era perfeitamente clara, o Senhor das trevas ia voltar. A criança não tinha destruído o Lord, ele iria voltar para destruir tudo, Lucius Malfoy tinha de voltar a esconder as suas verdadeiras ideias, ele não podia arriscar a sua família.
Quando o Senhor das Trevas começou a reunir aliados, Lucius Malfoy foi um dos primeiros a juntar-se a ele. Mas mais tarde, quando o seu filho nasceu, Narcissa Malfoy olhou para o marido e disse:
- Não vou educar o meu filho neste mundo, escolhe ou nós ou ele! – Dito isso desapareceu durante meses.
Narcissa Malfoy só voltou para junto do seu marido quando recebeu uma carta do seu primo Sirius Black a avisa-la que Lucius tinha vindo falar com ele, e que agora ele era um duplo agente para a Ordem, e que o único contacto do Lucius com a Ordem era o Sirius Black. É claro que ficaram espantados por Sirius Black afinal ser um Devorador da Morte, e por nunca ter confessado perante o Senhor das Trevas que Lucius Malfoy era na realidade um membro da Ordem de Fénix.
Narcissa Malfoy voltou com o seu filho e a sua melhor amiga, Victoria Adams, de França onde tinha ido esconder-se para proteger o seu filho.
Certa noite, Severus Snape chegou a Mansão Malfoy num estado horrível, sendo que o único apoio que o homem tinha na altura era Victoria, tanto Lucius como Narcissa não se encontravam em casa. O conforto que Severus encontrou com a Victoria levou-o a voltar Mansão cada vez que precisava de um amigo. Mais tarde essa amizade floresceu, levando o Severus Snape a esquecer do seu amor de infância, e a começar a amar a linda morena de olhos dourados que estava sempre presente quando ele precisava.
- Ele vai voltar – Lucius Malfoy murmurou, todo o seu sangue desapareceu das suas faces, deixando-o ainda mais pálido.
- O que estás a dizer? – Perguntou Severus, ainda perdido nos seus pensamentos. Ele iria ter uma filha.
Se Lily Evans ainda estivesse viva iria adorar juntar os seus filhos para brincar juntos.
- Ele vai voltar – desta vez, Lucius Malfoy disse as suas palavras num tom mais alto, chamando a atenção das duas mulheres, que olhavam para ele com horror. – Ele vai voltar, e se ele descobrir esta profecia, a vossa filha vai ser a primeira na sua lista.
Finalmente, o que ele estava a dizer entrou no cérebro completamente distraído por tamanha felicidade. Pegou de novo no pergaminho, e depois de voltar a ler a Profecia, não havia dúvidas, ele iria voltar.
Quando Eillen Victoria Snape nasceu, no final do Verão, a família Malfoy encontrava-se presente, apoiando por completo a família Snape. Durante meses, desde que tinham recebido a profecia, que os Malfoy estavam a discutir o que fazer.
Depois do parto, Severus Snape pegou na sua filha pela primeira vez, e ele sabia que faria de tudo para a proteger. Entregou-a a Lucius Malfoy, que estava desejoso de ver a sua afilhada pela primeira vez. Beijou-a na testa, e murmurou:
- Prazer em conhecer-te!
Ambos os homens desapareceram da sala de parto, deixando Narcissa Malfoy com Victoria Snape.
- Desculpa – sussurrou Narcissa, ao pegar em Victoria e a bebé.
Desapareceram do quarto na Mansão Malfoy, agora encontravam-se em frente a um hospital em Londres dos muggles. Narcissa retirou dos bolsos um objecto, uma bola de vidro verde do tamanho de uma snitch, e estava pronta para bater com a sua varinha na bola, quando Victoria a parou.
- Diz-lhe que o amo, mas que não o irei procurar, não vou voltar, vou sair do país.
Para mostrar que ela realmente não estava com intenções de voltar para o mundo da magia, Victoria destruiu a sua varinha. Ajeitou o corpo envolto em cobertores nos seus braços, e olhou para Narcissa Malfoy com um sorriso.
- Nunca te esquecerei minha amiga. – Narcissa Malfoy disse, contendo as lágrimas.
Bateu cinco vezes na bola de vidro que se tinha tornado azul a medida que Narcissa batia com a sua varinha, e depois partiu-a aos pés da amiga.
Assim que o fumo azul se dissipou, tanto Victoria como bebé Eillen tinham desaparecido. Prontas em começar a sua nova vida noutro país.
Então o que acharam?
Espero que gostaram, até a próxima!
Deixem comentários, é um incentivo a escrever mais.
