Autora: Perséfone-san

Este fic é meu primeiro universo alternativo (individual, pois em parceria já iniciei o Por Amor). Resolvi me aventurar nisto também, movida a um verdadeiro encanto que sinto em histórias que envolvam vampiros e lobisomens. Por isso digo que é uma verdadeira viagem. Peço que não esperem que eu cite fatos da história mundial, pois esta é uma matéria que simplesmente não me dou muito bem e quero um descanso de tentar por uma história dentro de outra (como fiz em Sentimentos: Lágrimas da incerteza) por ser complicado de lidar. Não pretendia publicá-lo, comecei a escrever quando ainda fazia a Sentimentos... Estou receosa com a publicação deste fic por ainda me achar muito inexperiente. Mexer com vampiros é complicado e eu espero conseguir fazer um bom trabalho e entreter a todos que lerem. Deixo logo de antemão o aviso de que os conceitos clássicos de vampiros e lobisomens serão alterados por mim. Fiz umas pesquisas e decidi misturar à meu agrado alguns mitos de diferentes países, assim como fiz conceitos próprios que verão do decorrer da história.

Disclaimer: Saint Seiya não me pertence. Direitos autorais à Masami Kurumada e cia.

Vampire

Prólogo.

Desde a descoberta da existência de vampiros, começaram a surgir os caça-vampiros e tem sido travada uma guerra entre eles. No final, estes caçadores foram desaparecendo ou sendo assassinados por quem tanto caçavam, restando apenas um. O melhor de todos. Dohko, que agora havia adotado um pupilo tão habilidoso quanto: Daros.

Dohko sempre perseguiu o líder dos vampiros, Shion, mas nunca obteve sucesso. Sempre acabavam em encontros e desencontros, trocavam algumas palavras e Shion sempre partia. Um nunca atacava ao outro. Um dia, Dohko teve a oportunidade de destruir Shion, mas não o fez.

O vampiro surpreendeu-se com tal ato.

O caçador, após ter desistido do que tentou por anos, apenas disse que acabou e deu as costas para sair, sem se importar caso o outro o atacasse.

Shion não o fez. Tinha honra e não era cruel, como alguns outros que comandava.

Naqueles anos de frustrações e desencontros, acabaram desenvolvendo um interesse maior um pelo outro.

Sabendo que o caçador havia adotado um garoto e o treinado para também ser caçador – e por desconhecer as pretensões deste jovem -, enviou um de seus vampiros mais responsáveis, experientes e de confiança para vigiar o jovem rapaz.

Shion começou a procurar por Dohko e iniciaram um relacionamento secreto. Tudo durava já há algumas semanas, assim como o pupilo de Dohko ser vigiado.

Shion soube da personalidade do jovem caçador por intermédio do próprio mestre e não mais se preocupou. Mantinha ativa a ordem de seu vampiro ainda manter-se por perto dele o observando, mas não mais por desconfiança. Agora queria dar a um dos mais tristes de seus companheiros a chance de abrir novamente os olhos para a vida. Sentia que não havia ninguém melhor que uma pessoa gentil, animada e extrovertida para cativá-lo; e o mais importante: Já sabia de seu segredo. Que era um vampiro.

oOo

- Eu sei que está me seguindo, vampiro. Pode aparecer! – Dizia um rapaz calmamente. Tinha cabelos longos e ondulados azul escuro, assim como seus olhos, mas num tom mais claro contrastando com sua pele clara. Colhia lenha numa floresta antiga e fechada.

- Esperto e atencioso... Daros – Falou friamente uma voz masculina atrás do rapaz.

Daros virou-se para encarar quem o observava há algum tempo. Sorriu. Era de aparência jovem e elegante, apesar das roupas simples e brancas. Tinha porte altivo e olhar frio. Esperava por isso.

- Fico lisonjeado em saber que sou conhecido por seu clã, mas sei que está apenas seguindo ordens, assim como eu. – Deu uma leve gargalhada. – Seu líder deve ser tão rigoroso quanto meu mestre...

- Que ridículo! Não deveria nos comparar... somos diferentes!

- Não necessariamente. Agora somos sim, mas já fomos iguais. Mas entendo o orgulho de um vampiro. Sabe, só de olhar pra você posso ver que é diferente da maioria... – fez uma breve pausa – Já que está ai, quer me dar uma mãozinha? – sorriu.

- Idiota... Do que falas? Sabes que sou um vampiro e até onde sei, fostes treinado para eliminar-nos! O que pretende? – Mantinha o tom frio. Seus olhos vermelhos assumiam um tom agora prateado.

- Pegar lenha, o que já não é muito fácil por ser noite. Acabei esquecendo de fazer isso mais cedo. Se me der licença, tenho que levar isso pra casa. – Segurava um monte de pedaços de madeira – E pare de me seguir escondido! Pude sentir sua presença, e seu olhar querendo ler minha alma incomoda! Não sei há quanto tempo me segues, mas deve ser muito, pra eu conseguir percebe-lo de tal forma... Se quer me seguir, ao menos se mostre. Não me importo. – Olhou no fundo dos olhos agora vermelhos novamente – E não exterminamos todos os vampiros. Apenas os que merecem.

Daros passou calmamente ao lado do vampiro, levando a madeira. Fôra o primeiro encontro direto que tiveram.

O outro não entendeu. Sempre foi informado que caçadores de vampiros eram uma ameaça e que não perdiam a oportunidade de tentar abater um que se aproximasse! Desapareceu.

Daros sorriu ao perceber que estava só novamente. Aquele que o seguia certamente não o deixaria em paz. Talvez fosse hora de mostrar àquele vampiro o valor dos sentimentos que esqueceu, assim como torna-lo menos arredio. Seria sem dúvidas uma experiência interessante para ambos.

OoOoOoOoOoOoOoOoOoO

Londres

Era uma manhã de sexta-feira. Ventava muito e o céu estava encoberto por nuvens pesadas. Fazia um frio arrebatador.

Pelas belas ruas nobres, pessoas transitavam nas calçadas com seus agasalhos e cachecóis, desde o mais simples de bom gosto aos mais luxuosos. Nas ruas, algumas charretes elegantes desfilavam com seus magníficos cavalos, levando seus passageiros – que geralmente eram casais – ao destino desejado em uma forma mais romântica. E carros indo e vindo. O movimento não parava.

Um garoto passava pelas pessoas sem ser notado, ou melhor, ignorado. Usava uma camisa desbotada e desgastada, calça marrom suja e com alguns rasgões e sapatos desgastados.

Os nobres nunca reparavam os menos afortunados. Sempre os ignoravam, explorando e se pudessem até maltratando.

- Frio... O inverno chegou mais cedo do que esperava! Vamos, Miro, se vire e tente se aquecer! Você é esperto! – Murmurou baixinho para si mesmo. – Droga... detesto o frio... – Os cachos dos longos cabelos dourado estavam agitados com o vento forte. Tentando se aquecer e conter os tremores involuntários, o garoto abraçava o próprio corpo.

Entrou em uma rua menos movimentada onde havia inúmeras vendas e quitandas. Seus olhos azuis acompanhavam fixamente cada movimento, de cada pessoa ali presente. Observou algumas gôndolas nas calçadas que apresentavam belas frutas.

- É agora! – Falou baixinho para si.

Acelerando os passos, passou por uma pouco movimentada, rapidamente coletando algumas maçãs e pêras.

- Ladrão! Peguem este garoto! – Gritava o dono que tentou segurar o furtador, mas este se esquivava habilmente de todos, correndo em disparada. Era extremamente rápido.

Um policial a cavalo que passava pela entrada da rua, quando escutou os gritos, começou a perseguir o garoto.

Próximo a um beco – Aparentemente sem saída – o jovem pareceu tropeçar perder o equilíbrio batendo o ombro na parede próxima a entrada, logo recuperando o pique de antes, tentando inutilmente superar o cavalo policial.

O cavalo logo alcançou Miro. O policial lhe acertou um chute nas costas, derrubando-o, e desceu de seu animal. Abaixou-se ao lado do pequeno ladrão o erguendo pelos cabelos, fazendo-o se ajoelhar sentindo uma forte dor no couro cabeludo e nas costas.

- Me solta! – Falou autoritário, olhando com raiva para o guarda que puxava seus cabelos. Viu que o soldado era, pelo visto, careca e sem sobrancelhas.

- Moleque insolente! Pena que não posso te levar preso! – Encarava o garoto com desprezo. Olhou para a maçã e a pêra no chão. – É só isso que roubou? – Puxou ainda mais forte os fios dourados que segurava.

- É! Agora me solta! – Queria tentar se soltar, mas sentia uma forte dor.

- Dessa vez passa, morto à fome, mas se eu o pegar novamente roubando... – Soltou os cabelos do jovem o acertando um forte tapa no rosto.

Miro caiu no chão com a força que foi atingido. O guarda pegou as duas frutas e olhou para o garoto caído que o fitava com raiva.

– Não me olhe assim, insolente! – Falou alterado. Levantou-se e pisou na mão esquerda do garoto, que estava apoiada no chão.

Miro podia ser jovem, ainda uma criança, mas tinha seu orgulho e se tornado forte vivendo nas ruas. Não derramou uma lágrima sequer nem gritou com a dor de sua mão sendo esmagada pela bota. Pelo contrário. Voltou a desafiar o policial com um sorrisinho cínico nos lábios. Todos que pararam para ver o que se passava se surpreenderam com o fato. O garoto era forte e valente.

Irritado, o policial lhe acertou outro tapa no rosto, no mesmo lugar, e voltou a montar em seu cavalo marrom, dirigindo-se para o local do furto para devolver a mercadoria.

Os curiosos que haviam parado para observar a cena já o ignoravam novamente. Completamente. Miro sentou no chão e começou a massagear a mão que fora esmagada. Ela latejava e com o frio até parecia doer mais. Parou a massagem, levando a mão dolorida ao rosto onde foi atingido e pôs-se de pé.

- Deprimente, Miro... Parabéns por ter sido apanhado e esbofeteado! – Falava para si com a mão sobre a marca avermelhada no rosto. Empinava o nariz, orgulhoso, enquanto voltava a caminhar tranquilamente em direção ao beco ao qual trombara.

Entrou.

- Você foi rápido... Mas eu fui esperto, policial cretino! – Começou a olhar o chão, buscando por duas maçãs que conseguiu jogar discretamente quando fingiu trombar na parede.

Miro as encontrou. Pegou uma guardando dentro da camisa – que estava embutida por dentro da calça – e a outra esfregou na roupa enquanto caminhava até o muro no fim do beco. Pôs a maçã que estava em suas mãos na boca, prendendo com os dentes. Subiu nuns caixotes e se pendurou no muro, pulando para o outro lado. Sempre que estava indisposto pegava esses 'atalhos'. Encostou-se do outro lado na muralha, voltando a segurar a fruta, arrancando um bom pedaço. Sua barriga doía com a fome. Ficava pensando: até quando teria de passar por tudo aquilo. Sentia-se sujo, dolorido, com frio, fome e com vergonha de ter de roubar para sobreviver.

Respirou fundo, num suspiro indignado.

Voltou a caminhar perdido em seus pensamentos, degustando já da segunda fruta. Pensava onde poderia arrumar algo para se aquecer, onde passaria as noites terrivelmente frias do inverno... Quando se deu conta, encontrava-se num bairro residencial de classe alta. Viu uma grande movimentação na entrada de uma das belas casas, ficando extremamente curioso. Ao longe viu que algo era retirado do interior da residência coberto por um limpo lençol branco. Pode notar se tratar de um corpo. O pano permitia ver um pedaço do braço, que estava extremamente pálido, e algumas mechas ruivas.

Arregalou os olhos ao ouvir os comentários dos curiosos e dos policias. 'Assassinato', 'estava sem sangue' era o que mais se falava. Arrepiou ao imaginar ter um maníaco à solta, afinal, vivia nas ruas e poderia ser uma vítima fácil.

Pensou melhor.

Para que alguém iria tentar matar um jovem que nem dinheiro para comida teria? Ficou pouco mais aliviado, mas sua curiosidade insistia que permanecesse por lá e tentasse ver o que houve. Sentia necessidade disso. Viu um policial parado, pouco mais afastado, decidindo por pergunta-lhe sobre o ocorrido.

- Senhor policial, poderia me dizer o que se passou aqui? – Perguntou educadamente.

- Saia já daqui, moleque! Aqui não é lugar para gente como você! – Respondeu da forma mais grossa possível.

- Mas senhor... – Tentou insistir, mas só o que conseguiu foi um forte cascudo na cabeça.

- Os assuntos da família Áquila não lhe dizem respeito, agora dê o fora! – O policial se afastou, bufando de raiva. Provavelmente por não terem conseguido nenhuma pista ou indícios de quem praticou o assassinato.

Miro, com cara feia para o lado daquelas pessoas, afastou-se. Voltou a caminhar, enquanto envolvia o próprio corpo com os braços novamente. Tentava se aquecer. O frio parecia aumentar ainda mais.

Pensava no que viu.

Era bem informado ouvindo as fofocas e lendo jornais que encontrava pelo chão. Sabia que da família Áquila, Marin era a única viva. Havia perdido os familiares para um acidente e desde então passou a assumir os negócios da família, administrando suas riquezas. Investiu tudo o que tinha, tornando-se uma das donas do mais famoso banco de Londres, formando uma sociedade com um homem rico e misterioso chamado Kamus. Agora que estava morta e, por não ter familiares, ninguém imaginava para quem deixaria tudo o que tinha, já que havia perdido o noivo Aioria para um assassinato igualmente misterioso. Por ser nova, provavelmente não tinha testamento. Obviamente seus bens seriam leiloados e sua parte do banco seria negociada, sendo a preferência de comprar a parte da falecida de seu sócio, claro.

Lembrou de boatos de que ela havia se apaixonado novamente e que não revelaria o nome do homem. Tudo muito misterioso.

- Sempre acontece algo estranho por aqui e nunca descobrem os responsáveis... Este lugar está de pernas para o ar! – Murmurou em conclusão. Não adiantava perder seu tempo a pensar nisso. Tinha de decidir o que faria naquela noite.

OoOoOoOoO

- Senhor, se me permite perguntar, o que queriam os guardas? – Perguntou uma bela jovem de cabelos lisos e longos, loira de olhos verdes. Aparentemente preocupada.

- Me interrogar sobre a morte de minha sócia, Marin. – Respondeu friamente, olhando pela janela a cidade encoberta pela branca neve que caíra há pouco.

- O senhor desconfia de alguém que tenha feito isso? – Perguntou a moça, curiosa.

- Não. Provavelmente algum inimigo dela ou coisa do tipo. Os seres humanos precisam de motivos banais para poder matar, trair... Isso é patético, não? – Lançou seu olhar frio sobre a jovem. – Os ricos tentam se destruir. Um mais ambicioso que o outro, sempre querendo ampliar mais suas riquezas nem que seja na base de um casório interesseiro ou assassinatos; e sempre preconceituosos com os menos afortunados. Os pobres, os que passam necessidades, perdem o amor pela vida. Tornam-se rabugentos, amargos... Até violentos. Alguns chegam a agir como animais, usando drogas. Patéticos! – Falou com descaso. – Há tempos não vejo ninguém com valor...

- Senhor... – A garota sempre estremecia quando recebia diretamente o olhar do Mestre. Em especial quando o via falar daquela forma. Ele não era de falar muito e pelo visto, havia se irritado com sua pergunta. Sua voz saia trêmula.

- Mas e você? Você não foi muito diferente dos outros, não foi June? Sem sua mãe, viu seu pai doente e não tinha como ajudá-lo com os remédios. Desesperada vendeu o corpo e o que ganhou em troca? Foi colocada na rua e descobriu que o pai nem tocou nos remédios de seu sacrifício, preferindo a morte. Me procurou como uma prostituta. Pediu para ajudá-la que em troca poderia desfrutar de sua virgindade... Apenas fiz o que me pediu, garota.

- O que aconteceu foi inevitável. Eu deveria ter me esforçado mais para ajudar minha família de outra forma... – Escorreu uma lágrima pelo rosto da bela jovem.

- Mas nem tentou. Como todos fazem, procurou o que lhe foi mais fácil. E não sei do que falas... – Aproximou-se, tocando o rosto delicado com suas mãos alvas e frias. – Até onde pude ver em seus olhos, você gostou disso! Gostou de ter se deitado comigo...!

As lágrimas de June só aumentaram. Teve sua primeira vez com aquele homem e depois de tudo, havia se encantado com aqueles olhos tão frios. Tristes. Havia se apaixonado por ele e sofria por isso. O que havia feito era vergonhoso e Kamus, sempre que se irritava, a ofendia e jogava na cara. Vez ou outra seu mestre a fazia lembrar de seu passado ao qual, o que mais desejava, seria esquecer. O olhar implicante e frio de Kamus torturava sua alma, mas o que podia fazer? Ele foi o único que lhe ofereceu um emprego depois de tudo. Ela era de menor e por ser uma mulher, dificultava ainda mais. Sabia que só conseguiu trabalhar como uma criada do rico em troca de comida, teto e roupas, por conta de sua beleza. Sabia que fazia parte de um simples capricho, mas estava disposta a tudo para não voltar às ruas. Até mesmo a dormir com ele uma outra vez, mesmo sabendo que ele não sentia nada por si.

Kamus apreciava tudo o que era belo e puro com olhar distante, perdido em pensamentos. Não que fosse o caso de June para ele. Ela era bonita, mas impura. Ela era como todos os que conhecia: interesseira, covarde e ambiciosa. Ele parecia sempre buscar por algo que considerasse raro, sendo as características confiança, beleza, inocência, pureza realmente raras de se encontrar em uno.

- Vou sair. – Kamus voltou a falar, dando as costas à June. Voltou a contemplar a janela. – Prepare um banquete para minha volta!

June foi a um cabide, pegou um pesado sobretudo negro e voltou, vestindo em seu mestre.

- Trará alguém? – Perguntou a jovem, sem jeito, secando as lágrimas. Não era prudente chorar perante Kamus, assim como afronta-lo.

- Sim. Prepare tudo. Não pretendo me demorar. – Falava friamente, caminhando até a porta de saída de sua mansão.

- Quando o senhor retornar, estará tudo pronto.

-Ótimo! Assim terei um bom passatempo essa noite... – Olhou rapidamente sobre os ombros para a garota, logo voltando a caminhar.

June assustou-se com o olhar súbito.

Kamus saiu a passos lentos e firmes.

OoOoOoOoO

- Droga... Que frio! Não esperava por neve... – Miro estava trêmulo pelo frio, procurando por algum lugar que pudesse passar a noite.

Caminhava pelas ruas pouco iluminadas de um bairro classe média. Seus lábios, ressecados, tremiam já arroxeados. Seu rosto estava rosado pelo frio e tentava se aquecer abraçando o próprio corpo e movendo os braços. Sua respiração era acompanhada por uma nuvem de vapor devido a baixa temperatura.

A rua estava completamente vazia e com uma fina neblina, o que dava um ar sombrio. As pessoas se encontravam em suas casas, aquecidas com lareiras, ou em clubes e bares – os que não tinham mais nada de interessante para fazer.

Miro avistou a silhueta de uma pessoa que caminhava lenta e firmemente. Possuía um porte altivo. A neblina e pouca iluminação não o permitia ver muito, apenas que tinha longos e lisos cabelos com um brilho avermelhado que esvoaçavam com o vento forte. Sentia o peso de um olhar frio e penetrante sendo desferido para sua pessoa.

OoOoOoOoO

Aqui está o prólogo de uma história que veio de uma idéia maluca minha. Eu sei, eu sei. Viajei no mundo da imaginação pra escrever isso. Este prólogo, como disse acima, já estava pronto a um bom tempo. Só não sabia se publicava ou não, já que minhas idéias ainda não estavam em harmonia. Resolvi me arriscar e aqui está ele. Espero conseguir fazer tudo como realmente planejo e que o final venha a minha mente, já que ainda não tenho um, propriamente dito. Peço também que deixem reviews. Se gostaram ou odiaram, adoraria saber a opinião de vocês! As reviews incentivam na continuação da história e eu gostaria de saber se está sendo bem aceita ou não.