Caros Leitores

Sabemos que vocês sabem o final de Avatar.

Pedimos desculpas por termos enrolado demais e não termos terminado a fic antes do verdadeiro fim de Avatar. Esclarecemos que os capítulos anteriores devem ser ignorados e que de agora em diante começa uma nova história. Afinal ficamos indignados com o resultado do triângulo amoroso AangxKataraxZuko.

O Capítulo 1 tem início 10 anos depois do término do desenho.

Capítulo 1

Durante os dez anos que se passaram desde a derrota do senhor do fogo, Aang e Katara voltaram para a Tribo da Água do Sul, pois ela queria passar um tempo com a avó, que adoecera de saudades da menina. Infelizmente a senhora veio a falecer dois anos depois; morreu feliz pois pôde rever seus netos. Sokka juntou-se às Guerreiras Kyoshi, pois lá podia passar a maior parte do tempo com sua amada Suki. Toph voltou para a casa dos pais e tornou-se uma mestra dobradora de terra. Zuko, agora senhor do fogo, ficou na Nação do Fogo com Mai e seu tio Iroh.

Agora a Tribo da Água do Sul havia se desenvolvido e se tornara tão grande quanto a sua irmã do norte. Tudo isso graças a Katara, que conquistara a confiança da tribo, tornando-se sua líder. A moça ficava a maior parte do tempo sozinha, já que Aang tinha suas obrigações como Avatar, mantendo o equilíbrio no mundo.

Certo dia, enquanto Katara ensinava os dobradores mais jovens, Aang surgiu no céu montado em seu bisão voador, Appa, após três meses de viagem. Ela ficou muito feliz em vê-lo e correu para seus braços. Dez anos depois, Aang perdera o jeito de menino e tornara-se um homem. A única coisa que continuou igual foi a sua careca.

- Amor, que saudades. – disse ela, dando-lhe um beijo.

- Eu também senti sua falta. – disse ele, abraçando-a com força. – Mas não posso ficar muito tempo, precisamos partir logo que amanhecer.

- Como assim, Aang?

- Eu vou levar você dessa vez, vamos rever uns amigos de longa data. Preciso ajudar na construção de um templo na Nação do Fogo. Vamos reunir toda a Gaang de novo!

- Que máximo – disse Katara entusiasmada – Mas não sei se posso ir, a tribo não pode ficar sem mim.

- Eu pensei nisso – neste momento Mestre Paku desce de Appa – Olha quem eu trouxe!

Katara ficou muito feliz e fez uma reverência ao seu mestre para agradecer sua vinda.

Durante todo aquele dia Katara mostrou toda a rotina da tribo para Paku.

Na manhã seguinte Aang e Katara partiram rumo à Nação do Fogo. Mas no caminho param na ilha de Kyoshi para pegar Sokka.

Após dois dias de viagem eles finalmente chegam ao seu destino e lá encontram Toph. A dobradora de terra estava bastante diferente do que era: deixara os cabelos crescerem e agora os usava soltos, havia se tornado uma linda mulher. E assim que Aang pisou no chão ela gritou:

- Aang! Reconheceria seus passos em qualquer lugar, dedos leves!

Aang riu e correu para abraçar a amiga de longa data.

- Toph como você está bonita! – disse Katara abraçando-a também logo após Sokka ter feito o mesmo.

- Você também está linda Katara. – disse uma voz familiar.

Katara ficou muito feliz ao ouvir aquela voz, sorriu e virou-se, dando de cara com Zuko. Ela correu para abraçá-lo e pôde ver que o tempo não havia passado tanto para ele. Ele havia crescido, seus cabelos ainda estavam curtos e seu rosto continuava o mesmo, apesar de possuir um ar mais maduro.

Zuko admirava-a, ela havia mudado tanto, tornara-se uma mulher. Os cabelos castanhos haviam crescido ainda mais desde o último encontro, mas seus olhos ainda eram do mesmo azul intenso do qual se lembrava.

- Vamos entrando, tio Iroh está nos preparando um chá.

Todos entraram e, seguindo Zuko, chegaram ao jardim do palácio, onde uma mesa havia sido posta embaixo de uma árvore. Sentado junto à mesa estava Iroh, tão compenetrado em seu chá que nem reparou na chegada deles.

Eles se acomodaram e elogiaram Iroh:

- Tio Iroh, seu chá continua delicioso! – disse Katara.

- Muito obrigado minha jovem, fico feliz que você tenha gostado. Peço desculpas, mas preciso ir me deitar agora.

Ele levantou-se com dificuldade e saiu.

- Pobre tio Iroh, está ficando velho. – comentou Zuko – Não consigo imaginar este palácio sem ele. Ficaria ainda mais vazio do que já está.

- Mas então Zuko, como vai a vida? – perguntou Aang na tentativa de escapar daquele assunto – Falando nisso, onde está Mai?

Ao ouvir isso Zuko ficou cabisbaixo, deu um longo suspiro e disse:

- Infelizmente ela faleceu dando a luz ao nosso primeiro filho, há três anos. Até hoje não me conformo com este fato.

- Mas e a criança? – pediu Toph

- Também não resistiu.

Um ar fúnebre tomou conta do lindo jardim e Zuko não conseguiu segurar uma lágrima, que escorreu pelo seu rosto.

- Eu sinto muito Zuko – disse Katara com a voz doce - Nós não sabíamos do acontecido.

...

Na tarde seguinte, Aang e Toph foram para o local onde seria construído o novo templo: uma ilha afastada da costa. Sokka e Katara permaneceram no palácio enquanto Zuko cumpria suas obrigações como senhor do fogo. Logo após o almoço, Sokka, entediado de tanto não fazer nada, teve a idéia genial de ir pescar e convidou a irmã, mas ela recusou: estava cansada da longa viagem.

Assim que Sokka saiu, Katara se dirigiu para o pequeno jardim, no qual tomaram chá na tarde anterior. Sentou-se à beira da pequena fonte e ficou brincando com a água e com os filhotes de pato-tartaruga que nadavam tranquilamente. A jovem estava tão distraída que nem percebeu a chegada de Zuko. Ele sentou ao seu lado e quando ela percebeu que havia alguém ali, levou um sustou e desequilibrou-se, caindo dentro d'água:

- Aff! Você me assustou Zuko! – disse ela totalmente encharcada.

- Sinto muito, Katara. Deixe-me ajudá-la a sair da água. – disse ele estendendo-lhe a mão.

Zuko estava tão encabulado com a situação que havia até esquecido que a amiga era uma dobradora de água.

- Geralmente eu não aceito ajuda para sair da água, afinal sendo uma dobradora eu me viro muito bem dentro dela. Mas, posso abrir uma exceção para você.

Katara agarrou a mão de Zuko, porém na hora que ele ia puxá-la, escorregou e ambos acabaram caindo na água.

Assim que abriu os olhos, ele percebeu que desabara em cima da garota, e estava cara-a-cara com ela. Finalmente pôde vê-la bem de perto. Ficou desnorteado com o que viu. Por um momento pensou que estivesse olhando para o oceano, mas eram apenas os lindos olhos que ela possuía. Zuko fitava a moça tão apaixonadamente que a fez corar. Estava tão hipnotizado que quase não ouviu Katara pedindo para que saíssem da água:

- Zuko, será que podemos sair?

- Claro...

- Então será que você poderia sair de cima de mim?

Zuko acordou do seu devaneio e percebeu a situação constrangedora em que estava, apressou-se e saiu da água, seguido por Katara. Logo após dobrar a água para se secar, ela faz o mesmo para ajudar o jovem e ao olhar sua face percebeu que ele estava vermelho:

- Perdão Katara, espero que não fique ofendida.

- Acidentes acontecem. Não foi sua culpa.

Ele sorriu agradecido e os dois foram para os seus aposentos, pois estava quase na hora do jantar.

...

Todos foram para a sala de jantar, inclusive Sokka que havia voltado de sua pescaria algumas horas antes sem nenhum peixe (lol). Porém Aang e Toph ainda não haviam retornado.

Sokka e Zuko se serviram da deliciosa sopa que havia sido preparada, contudo Katara não se serviu e, percebendo isso, seu irmão disse:

- Katara, você não vai comer?

- Não. – disse ela – Quero esperar o Aang.

- Tudo bem, mas a sua sopa vai esfriar.

Os dois terminaram o jantar e foram para os seus quartos, enquanto Katara continuou ali, solitária.

Por volta da meia-noite, Zuko resolveu ir à cozinha para tomar uma xícara de chá, pois estava com dificuldades para dormir, isso acontecia com freqüência desde que "ela" falecera. Ao passar pela ampla sala de jantar, ele viu que alguém ainda estava sentado à mesa. Olhando atentamente reconheceu quem era:

- Katara?

Ela ergueu seu rosto, que foi iluminado pelo luar. Zuko então pode notar que uma lágrima solitária escorria pela sua face. Preocupado com o bem-estar de sua amiga ele sentou ao lado dela e perguntou:

- O que houve Katara?

Assim que terminou sua pergunta a garota atirou-se e abraçou-o com força. No começo Zuko ficou confuso, mas em seguida retribuiu o abraço e disse:

- Pode abrir seu coração, vou estar sempre aqui para ouvi-la.