Notas da autora: A história a seguir é baseada na história de anime e manga "Inu-Yasha" e no livro/filme "Fluke: Lembranças de uma vida". Ela começou a ser escrita em 2004, bem antes do manga de InuYasha ser concluído e de sabermos como a história de cada personagem iria terminar. Ela não chegou a ser concluída, mas eu estou disposta a manter o roteiro que tinha feito originalmente e ela ter dois finais: o do filme e o alternativo.
PS.: Apesar de eu não gostar da Kikyou, não haverá clichê dela como "megera" da história, até porque ela nem aparece nessa fanfic. Então, quem gosta dela, mas quer ler a história, pode ler tranquilamente. ^_^
Disclaimer: A história a seguir é baseada na história de anime e manga "Inu-Yasha" e no livro/filme "Fluke: Lembranças de uma vida" Todos os direitos e personagens citados nesta fanfic com base na história original, excerto os que foram criados por mim, são de propriedade da autora Rumiko Takahashi e de James Herbert/ Carlo Carlei.
LEGENDA (Formatação de texto):
- normal: falas dos personagens, humanos e youkais
- "normal": pensamento dos personagens, humanos e youkais
- itálico: falas de Inu-Yasha, em primeira pessoa, descrevendo suas lembranças, pensamentos e pontos de vista durante a história.
~x~x~x~x~x~: passagem de tempo ou de um lugar para o outro
PRÓLOGO
Era uma sombria noite de lua nova, como qualquer outra. Uma leve brisa noturna mexia com as folhas dos pinheiros, à beira da rodovia que passava pelas montanhas, e pouco se via além dos faróis de alguns carros que passavam por aquela estrada.
- Prestem bem atenção no que vou lhes contar. Quero que vocês me escutem "de mente aberta" e esqueçam tudo aquilo que acreditam ou não sobre a vida, e o que existe ou não depois dela. Foi assim que tudo começou, em um mundo onde youkais, hanyous e humanos convivem pacificamente...
Já se passavam das nove horas da noite quando dois pares de faróis cortaram, velozmente, a escuridão da estrada. Aqueles faróis pertenciam a dois carros, que percorriam aquela rodovia emparelhados e em alta velocidade.
Um Mitsubish sedã verde, à direita da pista, e um Honda sedã azul, à esquerda, pareciam estar apostando um perigoso "racha" em meio ao breu da noite, iluminado apenas pelos faróis de ambos, porem sem definição de um vencedor. Não se sabia qual era o motivo daquela "disputa".
O Mitsubish estava sendo conduzido por um homem com cerca de 35 anos, vestindo terno e grava, de cabelos curtos castanho-claros e olhos castanhos. O Honda, que seguia pela contra-mão, estava sendo conduzido por um outro homem, que também aparentava 35 anos e vestia terno e gravata, de longos cabelos pretos e olhos castanhos.
Os carros pareciam estar a mais de cem quilômetros por hora e o motorista do Honda insistia em continuar dirigindo na contra-mão, tentando fechar o Mitsubish, ao mesmo tempo em que olhava para o motorista do veículo. O homem que conduzia o Mitsubish, por sua vez, olhava para ele, ignorando seu pedido, e continuando a dirigir e desviar das fechadas.
Algo sério havia acontecido entre eles, talvez uma briga, pois ambos pareciam estar muito nervosos. O trecho de pista reta estava acabando e ambos os carros se aproximavam de uma perigosa curva, porem nenhum dos dois motoristas parecia estar disposto a encerrar aquela disputa aparentemente sem sentido. Nada que estivesse ocorrendo o redor dos motoristas interessava mais aos dois, e foi apenas quando se aproximaram da curva que perceberam dois faróis vindo na direção contraria a deles e na mesma pista em que estava o Honda. Os motoristas se viram espantados quando conseguiram ver que os faróis pertenciam de um grande caminhão.
O motorista que conduzia a carreta, ao perceber os dois carros vindo na direção oposta à dele, acionou a buzina do veiculo, tentando persuadir o motorista do carro, que vinha na mesma pista que ele, a sair dela, pois não havia como parar aquele caminhão a tempo. Surpreso e assustado ao mesmo tempo, o motorista do pequeno veículo azul ainda pensou em frear o carro, mas o caminhão já estava muito próximo. Considerando que ele não tinha muitas opções para escapar, uma vez que ao lado havia o Honda e a sua frente o caminhão, ele achou que sua única alternativa era desviar seu carro para a esquerda.
Na esperança de se salvar, ele não pensou duas vezes e desviou bruscamente o carro para o acostamento da pista em que estava, porem aquela seria sua ultima decisão. Naquele trecho da estrada, quase não havia acostamento na pista da esquerda, sendo que este terminava uma floresta que pinheiros, cujo o terreno era muito íngreme.
O homem que dirigia o veículo ainda tentou reduzir a velocidade, porem não conseguiu parar o carro a tempo, passando direto pelo fim do acostamento. O carro, então, passou voando por cima da ribanceira e, como se tivesse asas invisíveis, por alguns metros mais além dela.
Pelo para-brisa do carro era possível ver o rosto do motorista, que expressava uma mistura de surpresa e medo, pois naquele momento ele sabia que não havia mais nada que pudesse fazer, apenas esperar o inevitável. Seus olhos castanhos ficaram vidrados ao avistar uma das árvores a sua frente.
O carro parou ao colidir com uma grande árvore e, devido à colisão, a frente e o para-brisa do veículo ficaram destruídas. O motorista não resistiu aos graves ferimentos causados pela colisão e morreu instantaneamente, pois não havia sinais de sofrimento em seu rosto.
De seu corpo já sem vida, emanou uma forte luz azul, sendo que depois uma bola de luz cintilante saiu do mesmo, subindo ao céu estrelado. Aquela bola de luz era sua alma que acabara de deixar seu corpo. Não se sabe quanto tempo àquela alma errante vagou em busca de um ser para reencarnar, porém sua busca a levaria muito longe de onde iniciara sua jornada.
- Aqui começa a minha história...
