Ano Hi Mita Hana no... *suspiro* Bem, AnoHana © Aniplex.

I left you a note on the table, I hope it finds you well
I hope you don't hurt like you did, 'cause I'd just blame myself
(Drink in my Hand – The Classic Crime)

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Treze anos desde que Menma se fora, seis meses e meio de uma relação esquisita que transitava entre o amor e a amizade, duas semanas e seis dias desde o início do outono. Sol de quatro para cinco horas da tarde lançando uma sombra delicada sobre duas pessoas que dividem um balanço numa pracinha vazia.

Uma troca de olhares, um par de mãos com dedos entrelaçados e uma cabeça de cabelos ruivos encostada num ombro desconfortável. Haviam trocado exatamente dois beijos sem muita emoção nos vinte e sete minutos (e trinta e oito, trinta e nove, quarenta segundos) que haviam se passado desde que se sentaram ali.

Cinco palavras de uma pergunta que sai da boca dela num tom meio temeroso, apesar de já saber muito bem a resposta – e que a pergunta vale para si mesma, também. De saber muito bem no que (em quem) Jinta Yadomi pensa toda vez que deixa seu olhar demorar-se no horizonte, nas nuvens, nas folhas das árvores ou em qualquer outra coisa que não seja o rosto dela.

– Você ainda pensa na Menma?

Três letras da resposta que demora mais de sete segundos para criar vida em sua garganta e sair arrastando para baixo tudo o que encontrar pela frente, sendo este tudo as esperanças de Naruko de, algum dia, conseguir tapar o buraco que ele tem no coração, por menores que sejam as chances.

– Sim.

Sim. Só... Sim. Calmo e sereno, sem qualquer traço de hesitação ao finalmente ser verbalizado.

Olhando para o lado, a garota só pensa que jamais irá se acostumar com essa questão tão complicada de matemática que revolve ao redor de sua vida. Um mais duas resulta em três, e três menos uma supostamente deveria ser dois.

Um suspiro, uma lágrima a mais que quer porque quer escapar pelo canto de um de seus olhos e mais um "sim" recebido que, na verdade, é um "não" – só para ela. E mais um coração partido nesse mundo que já é tão, tão cheio deles.

[N/A] Eu já sei que vocês sabem que nem eu sei. E AnoHana é amor. Vão assistir agora e chorar horrores como eu chorei.

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