Prefácio

Eu tinha tomado a minha decisão, eu iria terminar tudo com ele.
Peguei o telefone na mesinha de canto do meu apartamento e disquei seu numero.
- Oi Kris! – ele atendeu com entusiasmo.
- Oi, temos que conversar. Você pode vir aqui agora?
- Claro, mas...agora?
- Sim, por favor.
Em quinze minutos ele chegou, abri a porta e ele estava no batente da minha porta. Os meus sentimentos eram indescritíveis, indefinidos.
- Sente-se. – falei apontando o sofá.
- O que é tão urgente?
- Nos precisamos terminar, não podemos fingir que está tudo bem.
- Mas por que isso agora? Tem certeza que não está tudo bem? – perguntou se aproximando e pegando a minha mão.
- Não está tudo bem. Por favor, entenda. Eu preciso fazer isso. – me levantei com raiva – Vá embora e não me ligue mais. Será para o nosso bem.
- Tudo bem, eu irei – falou pegando meu rosto com as duas mãos –, mas eu vou te amar pra sempre.
- Vai logo! – falei secando as minhas lágrimas.
Ele saiu do meu apartamento de cabeça baixa. O observei até que desaparecesse nas escadas.
Eu sabia que era a decisão certa, mas agora sentia como se fosse a errada.