Ah... Uh... Esta é a minha primeira fic... Então sejam gentis comigo, está bom?
Escrevi com base num poema do Paulo Lewinski, na verdade, o meu único objetivo era que os personagens falassem as palavras do poema, ou quase. O poema é esse:
você está tão longeque às vezes penso
que nem existo
nem fale em amor
que amor é isto
Paulo Leminski
Disclaimer: Ah, é! Bleach não me pertence. Apeanas o "roteiro" desta pequena estória.
Declaração
Estava sentado na grama, à margem do rio, os cabelos brilhavam como fogo à luz do poente. Ela sentou-se ao seu lado, mas ele não esboçou reação alguma, apenas continuou a olhar fixamente para o céu.
"Não..." ela pensou, "Não olha para o pôr-do-sol, seu olhar vai além, acompanhando sua mente que está em algum outro lugar." Ficou a olhá-lo por algum tempo, até que finalmente se decidiu; já havia algum tempo que Rukia queria fazer essa pergunta.
-Ichigo...-ela começou, ele parecia ignorá-la.
-Ichigo?-puxou de leve a manga da camisa dele.
Ele pulou no lugar, atordoado.
-Rukia! O que faz aqui? E que idéia é essa de ir se aproximando sorrateiramente?-ele gritava em tom de protesto.
Eram os olhos dela, ou as bochechas dele estavam levemente coradas? Rukia adotou uma expressão séria, mas doce:
-Ichigo, por que você fez aquilo?
-Aquilo o quê?
-Por que você se arriscou daquele jeito para me salvar quando eu disse para você não ir, idiota!-ela choramingou, irritada.
-Idiota é você!-ele disse, impaciente- Eu já não disse que depois que você me deu seus poderes de Shinigami as coisas mudaram para melhor? Além disso, você salvou meu traseiro um bom número de vezes!
Ela abraçou os joelhos e olhou para baixo com carinha de triste:
-Só isso?
Silêncio. Ele olhava para ela, pensativo. Suspirou, profundamente.
-Na verdade...Na verdade eu salvei você porque...- então a voz dele virou um quase sussuro- porque... Você estava tão longe que às vezes pensava que eu não existia.
Ele corou ao dizer isso.
-Rukia...- mas dois dedos que pousaram em seus lábios o impediram de continuar.
-Shiiiiu...- o olhar dela era meigo- Não fale em amor, que amor é isto.
E os lábios deles encontraram-se, num beijo selado pela luz do poente.
A idéia para o final tirei daquela música "chuva de prata", cantada pela Gal. Os versos que me inspiraram foram: "e um beijo molhado de luz/ sela o nosso amor" .
