Título: Hello, old friend.
Autora: Nanda Magnail.
Censura: K.
Notas: Escrevi essa drabble há tanto tempo (no dia cinco de março desse ano, pra ser exata) e procrastinava em postar porque queria preenchê-la com algo mais, mas gostei da simplicidade da relação Doctor-Death. Doctor Who e Sandman são dois fandoms geniais, muito fáceis de mesclar, e a fanfic saiu naturalmente. Ah, o título veio de repente para mim enquanto relia e só depois me lembrei da Amy e acho que até veio a calhar. A Sizca me pediu para postar, então here I am. É isso, espero que gostem, mesmo sendo essa coisa pequetita que nem betada foi.


HELLO, OLD FRIEND

Por Nanda Magnail


O Doutor a considera uma velha companheira, quase uma amiga. Onze vezes ele a encarou com os próprios olhos e muitas outras – tantas que ele prefere nem lembrar – apenas viu sua sombra. Há muito tempo já havia entendido o seu trabalho. Só era a ordem natural das coisas, mas ainda assim doía de maneiras diferentes, em níveis diferentes, sempre que a encontrava.

E ainda dói, e continua a doer. Engana-se quem pensa que o tempo curou suas feridas. O tempo é uma coisa muito confusa quando o Doutor está envolvido.

Quando comparada as suas idades, ele não passa de um menino. Uma criança do tempo que sofreu demais e carrega suas máculas até hoje. Morte guardava um lugar especial em seu coração para ele, mas sabia que sua presença sempre trazia mais perdas para um homem que já tem tão pouco. O último de sua raça, o solitário Senhor do Tempo.

Ela esteve ao seu lado durante a guerra. Ela levou junto com ele o fardo de todas as suas decisões e consequências. Abraçou seus irmãos, seus filhos e família, levando-os para o seu reino. Quando olhou para trás, ele a encarava. Não era a primeira vez que se encontravam, mas era a primeira em que ele a via e sentia a sua presença. Naquele momento ele a entendeu e todo o universo fez sentido. Ele tinha uma função, ela também. A ordem natural da existência.

A Morte é uma amiga e o olha nos olhos com carinho. Tantas, tantas perdas para um homem que não é apenas homem e sim um Deus. Ou um falso Deus, pois sua humanidade é grande demais para ser ignorada.

O homem louco em sua grande cabine azul de polícia, com todo o universo pela frente, sempre perdendo demais e ganhando tão pouco de volta.


N/A: Reviews? Nanda.