Sinopse: Ele sempre esteve ao seu lado! Mas um amor infantil a impedia vê-lo. Desafiaram-na a amá-lo, sem saber que o desafiaram a esquecê-la... – Fanfic KibaHina. Dedicada à Boneca s2 (Nyah! Fanfiction) e Hyuu x3 (Bruno s2).
Disclaimer: Sou tão responsável por Naruto quanto Masashi Kishimoto é responsável pelas minhas contas… rs. Pena que ele não as paga... ToT
IMPORTANTE:
- Neste Fic a Hinata mantém sua personalidade tímida e retraída, mas é uma mulher madura e adulta. Portanto, alguns podem considerá-la OOC (descaracterizada). Eu não, rs…
Avisos:
- Linguagem imprópria.
- Universo Alternativo.
- Hentai e Ecchi.
- Romance, comédia e (claaaro, rs) drama.
Dedicatória:
- Boneca(Nyah! Fanfiction), minha linda flor! Eu lembro muito bem de quando você foi uma das primeiras leitoras de meu Fic "A cada desilusão, um novo saber" e bravamente me dizia desejar unir Kiba e Hinata na trama, rsrs… Enfim, flor… Realizo seu desejo de outra forma e espero que você curta essa história que desenvolvi com muito carinho pensando especialmente em você. Obrigada, linda, por cada palavra de incentivo!
- Hyuu x3 (FF), meu new friend! rs… Eu sei que você se queixa da ausência de Fic's que valorizem o Kiba… Espero que esta história lhe agrade e contarei com suas opiniões para tornar nosso astro na imagem que você deseja (assim espero, rsrs).
Amar você é um desafio!
(Por FranHyuuga)
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Um presente à Boneca e Hyuu x3
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"O Desafio"
Capítulo 1
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Enfim, sexta-feira!
Meu relógio de pulso apitou algumas vezes indicando serem 18 horas. O término de mais um dia de trabalho.
Eu desliguei o computador e apanhei minha bolsa. Com passos calmos caminhei até o elevador tentando adiar o momento de encontrá-lo cheio. As portas de aço se abriram e eu suspirei... sempre em vão.
Alcancei o saguão principal arfante devido à superlotação daquela "lata" e avistei Inuzuka Kiba me esperando. Suspirei de novo... como sempre.
Eu aprecio a companhia de Kiba, mas sinto que ele aprecia a minha muito mais. Ele é um rapaz atlético e bem humorado, sempre pronto para quaisquer circunstâncias. Um pouco impulsivo...
- Hina! – Ele exclamou aproximando-se de mim com aquele sorriso de dentes brilhantes. – Nossa... você está com uma cara péssima.
Talvez minha definição não tenha lhe feito justiça... Impulsivo demais eu diria.
- Obrigada, Kiba. – Respondi com a voz baixa. Ele sabe que eu nunca fui boa com palavras rudes e quando algo me chateia minha resposta flui contida. Poucas pessoas notam meus reais significados por detrás das palavras. Kiba é uma delas.
- Desculpe, não quis ofender. – Ouvi-o dizer enquanto aguardávamos a recepcionista entregar nossos casacos de inverno.
- Tudo bem, Kiba. – Eu respondi sincera, afinal, ele nunca me magoava realmente. – Eu sei que não estou com a melhor cara que eu poderia estar.
Ele sorriu enquanto se adiantava em pegar meu casaco bege de minhas mãos e estendê-lo para que eu o vestisse.
- Permita-me...
- Obrigada. – Agradeci a gentileza e coloquei meus braços nos orifícios do tecido bege tentando não me atrapalhar nos movimentos.
- Hina-chaaaan! – Uma voz inconfundível gritou meu nome e eu voltei meu olhar para a extremidade do saguão apenas para encarar a figura esbelta de minha amiga Ino se aproximar. – Não esqueça que esta noite vamos ao Fritz!
Ela me disse animada e de repente seus olhos se voltaram para Kiba de modo malicioso.
- E você, Kiba, é meu convidado de honra! – A mão pálida com unhas pintadas em um tom vermelho vibrante dançaram sobre o tórax masculino e eu assisti atônita meu amigo segurar o pulso de Ino afastando-o bruscamente.
- Obrigado, Ino. – Ele disse com o timbre seco. Então, seus castanhos cintilaram para mim e Kiba sorria de novo. – Você vai, Hina?
Eu pude notar o sorriso maroto na face de minha amiga mesmo que não a estivesse olhando diretamente.
- Eu... – Balbuciei procurando uma boa desculpa, afinal, sair não estava em meus planos para esta noite. – Acho que...
- É claro que ela vai! O Naruto estará lá! – Ino interveio e eu senti minha face aquecer enquanto os olhos de Kiba mantinham-se fixos sobre mim. "Naruto"... somente o nome faz meu pulso acelerar. O homem que amo desde que me conheço como gente. Uma pessoa adorável e prestativa; que nunca me notou como mulher.
- Você não muda, Hina... – Ouvi Kiba falar em tom monótono. Eu o fitei e vi que forçava um sorriso em seus lábios finos.
- Ah! A Testuda está saindo sem mim! – Ino falou alheia à tristeza de Kiba e ao meu constrangimento. – Vejo vocês no Fritz. Ja ne!
E saiu com passos rápidos enquanto movimentava os quadris ao molde do que ela mesma chamava de "fatal". Eu começava a pensar que se andasse como a Ino provavelmente Naruto me notaria... Ou ao menos perguntaria "qual é mesmo o seu nome?".
- Então... você gosta mesmo dele, não? – Kiba questionou e eu me senti culpada por esquecer de sua presença.
- Não importa... – Eu falei triste. Para Kiba eu poderia ser sincera em nome dos anos em que éramos amigos. – Ele nunca irá retribuir o que sinto.
E sem querer falar mais, eu andei alguns passos à frente alcançando a porta giratória de vidro. Antes de atravessá-la, porém, eu pude ouvi-lo murmurar:
- Eu sei como é isso.
Eu o ignorei. Assim como ignorava tudo o que Kiba falava indiretamente a mim. Eu reconhecia que ele me amava mais do que eu poderia amá-lo. Kiba me desejava como mulher. E eu não era capaz de olhá-lo como o homem de meus sonhos. Para mim, ele era meu melhor amigo; o confidente para o qual eu poderia dizer tudo... Exceto o que ele desejava ouvir.
Era triste pensar que eu o fazia sofrer quando esta era a última coisa que ele merecia. E eu me sentia horrível por não ser capaz de viver sem sua presença... Por não ser capaz de libertá-lo disso.
- Eu te pego às 20h, Hina? – Kiba perguntou após longos minutos em silêncio caminhando lado a lado até minha casa. Ele fazia questão de me deixar "segura", zelando por minha proteção.
O que responder ao seu cuidado? Ao seu coração?
- Kiba, eu posso ir sozinha. – Falei por fim baixando o olhar aos meus próprios pés sobre a calçada.
- Pensei que gostasse de minha companhia. – Ele respondeu um pouco decepcionado.
- Eu gosto, Kiba! – Apressei-me em dizer que não se tratava disso.
- Então, deixe-me levá-la. – Propôs com um sorriso sincero. Ele estava jogando com minha culpa. Fazendo-me corresponder aos seus sentimentos de uma forma ou outra.
- Certo, 20h é um bom horário. – Eu disse sorrindo para vê-lo sorrir também. E ele o fez.
Alcançamos a entrada do prédio onde moro e nos despedimos como sempre fazíamos: ele depositava sobre minha fronte um beijo singelo.
Subi dois dos cinco degraus da escadaria quando a voz dele irrompeu o silêncio novamente:
- Vá com aquele vestido que eu lhe dei. – Voltei-me em sua direção esperando um sorriso brincalhão, mas ele me fitava sério. – Acho que... o Naruto vai gostar.
Claro... o Naruto. Era incrível como Kiba podia ser altruísta. Apesar de sofrer, ele ainda tentava fazer com que eu alcançasse a felicidade ao lado de quem eu amava. Mesmo que não fosse ele.
- Obrigada, Kiba. – Respondi enquanto cerrava os punhos contendo-me para não bater em mim mesma.
Seria tudo mais fácil se eu amasse Kiba...
Ao menos, eu o faria feliz...
~O~
As horas passaram-se depressa. Após banho, maquilagem e artefatos femininos, eu mal era capaz de me reconhecer diante do espelho.
O vestido que Kiba me dera deixava-me muito mais vistosa do que minhas roupas comuns do cotidiano. Meus seios com certeza atrairiam olhares demais com o decote tão incomum à minha imagem.
Mas, esta noite, eu não me importaria. Desde que o olhar dele fosse atraído também. Eu sorri ao pensar que encontraria Naruto após longos meses sem notícias. Sem vê-lo. Ele era sócio de Sasuke e dono da Corporação Konoha na qual trabalhávamos. Ambos tiveram idéias muito proveitosas para os esportes. Idéias que lhes renderam alguns milhões de elogios simbolizados em notas verdes.
Eu os conheço desde a minha infância, mas nos falávamos pouco. Minha timidez e nossos interesses eram limitadores para nosso convívio. Meus amigos realmente desde aquela época são Kiba e Shino. Mas este está no exterior pesquisando novas classes de insetos em sua carreira de entomólogo.
O interfone soou e eu sabia que Kiba me aguardava pontualmente no saguão do edifício. Saí apressada com a ansiedade criando borboletas em meu estômago. A música relaxante do elevador não reduziu em nada minha expectativa em rever Naruto.
As portas de aço mal se abriram e eu me lancei à frente apressadamente, mas meus passos cessaram quando vi Kiba. Ele estava deslumbrante! Os cabelos castanhos arrepiados deixando-o com uma aparência rebelde enquanto a camisa pólo preta lhe concedia a seriedade necessária para a ocasião. Trajava uma calça também preta e no seu pulso carregava o relógio prata que eu havia lhe presenteado por achá-lo muito desprendido do tempo. Eu recordo que depois daquele dia, Kiba nunca mais se atrasou quando marcávamos algo.
- Você está linda, Hina. – Ele se adiantou enquanto eu o encarava embasbacada. Era a primeira vez que usava o vestido que ele me dera.
- Você está... – Eu comecei desconcertada. – Muito bem. – Concluí idiotamente. "Muito bem" não o descrevia realmente. Kiba estava maravilhoso! Mas, eu não consegui dizer isso a ele. E eu não soube identificar por quê.
Eu notei seu semblante tornar-se um pouco triste com minha resposta e senti-me tola por não ser capaz de dizer a Kiba que ele estava atraente. Então, antes que saíssemos para o frio noturno, eu tentei consertar a situação:
- Kiba, eu... – Ele parou e fixou seus castanhos em meus olhos tão profundamente que eu precisei respirar pesadamente para concluir minha fala. – Eu quero dizer que você está mais do que... "bem".
- Hina, não se sinta mal por dizer a verdade. – Ele respondeu com sinceridade e autocompaixão. Eu desejei bater nele para que entendesse a situação. Eu não estava me sentindo culpada. Ao menos não no sentido que ele compreendera.
- Não, Kiba. E-Eu não sei por q-que temo em dizer a você que... está... – As palavras foram sumindo e eu senti minha face aquecer mais do que gostaria.
- Está...? – Kiba questionou motivando-me a continuar. Curioso com meu nervosismo e gagueira que ele sabia me acompanhar quando estava envergonhada.
- Muito bonito. – Falei rapidamente em um único fôlego. Meus indicadores brincavam entre si em um gesto nervoso. Ele tomou minhas mãos entre as suas e sua voz rouca soou de forma carinhosa:
- Vindo de você, Hina, eu realmente fico feliz. – Novamente a indireta. Eu me lembrei amargamente que não devia elogiá-lo para evitar falsas esperanças.
Soltei minhas mãos das suas e disse de forma amigável:
- As mulheres ficarão realmente satisfeitas com sua companhia. – Sorri.
- Só você me importa. – Eu resolvi ignorar sua frase e andei alguns passos em direção ao Mercedes estacionado.
- Vamos! – Eu disse sentindo-me constrangida com o sorriso satisfeito que ele me dirigia.
~O~
O Fritz era um local requintado. Um restaurante que continha um palco no qual uma banda nos privilegiava com música ao vivo e um espaço razoável para os dançantes.
Em geral, a Corporação Konoha realiza encontros no Fritz sempre que Naruto e Sasuke podem comparecer. É uma confraternização que possibilita, também, revermos muitas pessoas. E a parte divertida é a famosa "distribuição dos sexos" como Shikamaru costuma dizer. As mulheres ficam em mesas distantes dos homens e podem conversar mais reservadamente.
Ao chegarmos, notamos que muitos já estavam presentes e as mesas separadas. Eu soltei um suspiro exasperado porque estaria próxima de Naruto somente após algumas horas. Agora eu deveria seguir para as mesas "femininas" enquanto Kiba seguiria às "masculinas".
Antes que meus pés ousassem se mover, Kiba envolveu minha cintura com seu braço direito e inclinou-se à minha altura. Seus lábios se aproximaram de minha face e eu senti um arrepio percorrer meu corpo quando seu hálito quente chocou-se contra a curva de meu pescoço.
- Nos falamos depois. – Ele sussurrou próximo ao meu ouvido.
Eu notei que devido à nossa proximidade os rapazes da Corporação nos fitavam divertidos. Kiba sabia, obviamente, que éramos alvos dos olhares de todos, mas parecia querer marcar sua propriedade e isso me deixava extremamente irritada.
- Talvez. – Respondi me afastando e desejando que minha voz se mantivesse firme diante do constrangimento que ele me fizera passar.
Ele sorriu e saiu com destino aos amigos que riam abertamente e soltavam comentários maliciosos sem preocuparem-se com minha atenção à conversa.
Eu fiquei inerte por um breve momento lembrando-me de suas palavras... Como elas soaram intensas ao meu ouvido, fazendo-me estática diante dos efeitos que ele me causara. Eu estava frustrada e com raiva!
Quem Kiba pensava ser para agir daquela maneira?
Belo início de noite, pensei comigo mesma voltando-me às mulheres do lado oposto. Segui com passos cautelosos até elas, observando que riam discretamente de minha timidez.
À frente de Ino, alguém que há muito eu não via estava presente. Uma mulher esguia e com olhos esmeraldinos que reluziam compreensão me aguardava com uma cadeira vaga ao seu lado. Ela sorria e seus cabelos rosáceos caíam-lhe sobre os ombros nus... Minha amiga Sakura.
Eu sorri abertamente ao vê-la. Ela era uma pessoa maravilhosa, mas o que mais apreciávamos uma na outra era nossa indubitável capacidade de amar sem sermos correspondidas. Éramos cúmplices uma do sofrimento da outra... Ou idiotas, como preferir.
Sentei-me na cadeira reservada e lancei meus braços sobre os ombros de Sakura em um caloroso abraço. Ela correspondeu enquanto falou em meu ouvido:
- Então, finalmente esqueceu o Naruto? – Eu pude notar que ela sorria em suas palavras.
- Eu tenho cara de quem faz algo inteligente? – Respondi desfazendo o abraço. Eu a vi sorrir com o olhar melancólico. O mesmo que eu sempre via em seus olhos esverdeados quando lembrava-se de seu amor platônico por Sasuke.
Sim... éramos duas mulheres apaixonadas pelos homens errados. Apaixonadas pelos sócios da Corporação Konoha.
- Hina... – Ino começou em tom nada inocente. – Você e Kiba, hein? Antes de virem! Nossa! E eu me achava a pervertida! – Ela riu guturalmente.
- Ino-porca, você continua sendo a pervertida. – Sakura corrigiu enquanto seus braços alvos cruzavam-se em uma postura desafiante. Eu agradeci mentalmente a briga que se iniciaria fazendo com que todas esquecessem meu episódio com Kiba.
- Hinata, você está linda! Como sempre... – A voz de Tenten ao meu lado fluiu com sinceridade. Eu sequer havia notado as demais mulheres presentes à mesa. Vislumbrei a beleza que Tenten emanava. Os orbes âmbar cintilavam alegremente enquanto os lábios riscavam um sorriso acolhedor. Tenten era incrivelmente bela e eu sempre ficava curiosa com a capacidade que ela tinha de não se ver desta maneira. Uma pessoa realmente simples...
- Você continua gentil, Tenten. – Respondi sorrindo enquanto nos abraçávamos para nos cumprimentar.
Do outro lado eu era capaz de ouvir Sakura e Ino ainda discutindo trivialidades enquanto meus olhos percorriam a mesa constatando a presença de outros rostos conhecidos.
- E como está sua irmã? – Tenten questionou-me e eu sorri ao lembrar de Hanabi. Sinto falta de minha irmã caçula. Apesar de soar estranho o interesse de Tenten sobre Hanabi, respondi:
- Está estudando bastante para o vestibular. Ela quer muito passar em medicina e contrariar meu pai. – Eu suspirei enquanto as amargas frases depreciativas de meu pai vinham à minha mente.
- Espero que ela passe! – Tenten exclamou um pouco ansiosa. – E seu pai? Como vai o velho Hyuuga Hiashi?
Certo... eu sabia onde minha amiga desejava chegar. Qual seria seu interesse em minha família se não fosse uma pessoa em especial que lhe atraía a atenção? Eu precisei inspirar o ar pesadamente para conter minha vontade de rir. Ela não precisava perguntar de meu pai para saber notícias de meu primo, Neji.
- Neji está bem, Tenten. – Respondi com a melhor expressão de compreensão que fui capaz de fazer. Eu a vi corar intensamente e em um gesto solidário, continuei... – Ele está na Europa a negócios. Desta vez o caso que defende parece sério.
Meu primo é tudo o que meu pai desejava que eu fosse... Uma pessoa destemida, forte e, principalmente, formada em Direito. Se dependesse de Hyuuga Hiashi, Neji não seria somente meu primo. O pior é que eu notava não ser um desejo somente dele. Hanabi era outra que adorava dizer aos quatro ventos como formávamos um casal bonito.
- Ah... – Tenten expressou decepcionada. – Não posso esconder de você que seu primo realmente é um belo partido! – Ela concluiu sorrindo melancolicamente.
- Na verdade, você me lembra disso sempre que nos encontramos. – E então nós duas rimos.
Eu apreciaria muito que Tenten e Neji namorassem. Tê-la como minha prima seria muita sorte, pois além de ser uma mulher linda, ela é a própria imagem da humildade. Não posso deixar de admirá-la. É uma pena que meu primo seja tão centrado em seu trabalho. Acho que ele irá se questionar quanto a ter uma família somente na terceira idade.
- Estou esperando alguém me cumprimentar! – Ouvi uma voz imperiosa soar divertida e voltei-me àquela que era a única capaz de falar daquela maneira naturalmente enfática.
- Temari! – Eu disse contente enquanto ficava em pé para abraçá-la. Ela estava sentada elegantemente ao lado de Tenten. – Desculpe minha falta de educação.
- Só você, Hinata, para se preocupar com meus sentimentos... – Ela respondeu novamente divertida, alfinetando as demais amigas.
- Nem vem, Temari! Eu sempre me preocupo com você! – Ino exclamou defensiva.
- Claro, Porca! Você é louca para que Temari seja sua cunhada... – Sakura respondeu a amiga iniciando uma nova discussão.
Todas rimos e logo Temari me perguntava em tom confidencial:
- Então, você está namorando Kiba e não me contou!?
Minha face ficou instantaneamente quente e eu sabia estar corada. Kiba com certeza pagaria caro por sua brincadeirinha maliciosa!
- Não estamos namorando! – Eu falei alto demais para que somente Temari ouvisse.
- Meu Deus, Hina! Vocês só transam de vez em quando? É um caso sem compromissos? – Ino indagava com os orbes celestes brilhantes com esta possibilidade absurda.
- Pois eu acho que a Hinata está certíssima! Tem que curtir muito sem alianças ou planos futuros! – Temari exclamou jubilosa. A mão pousava sobre meu ombro como quem apóia totalmente aquela idéia maluca demais para eu sequer pensar.
- Hina... – Tenten iniciou cuidadosa. Ah, não! Até ela acreditou nesta barbárie? – Ele é... Quero dizer... Hmm... bom de cama?
E todas riram enquanto eu me esquivava do braço de Temari e afundava na cadeira.
- Ok, ok... – Sakura que também ria mesmo ciente de que tudo não passava de um mal entendido tentava acalmar os ânimos. – Hina, você não tem nada com seu amigo Kiba, não é?
Eu sorri com cumplicidade à minha amiga que acabara de preservar minha reputação imaculada.
- Não. Somos apenas amigos. – Eu disse finalmente e ouvi expressões decepcionadas.
- E por que não tentam algo mais? Quer dizer... ele quer, não? – Tenten perguntou curiosa enquanto o silêncio na mesa aguardava a minha resposta para ser quebrado.
- Ele quer... – Eu falei em um sussurro. – Mas eu... amo outro.
- Ah, claro... – Bufou Temari encarando-me com verdes severos. – Hina, até quando ele vai impedir que você seja feliz?
Todas sabiam sobre meus sentimentos pelo Naruto. Ouso dizer que toda a Corporação Konoha sabia. Exceto... Naruto.
- N-Não é... por isso. – Respondi, mas eu sabia que minha voz soava incerta.
- Claro que é! – Ino interviu um pouco exaltada. – Olha, ele nem te nota, Hina!
As palavras dela me feriram. Ela tinha total razão em dizer isso. Todas tinham total razão em desejar que eu finalmente esquecesse Naruto.
- Porca! Pare com isso! – Sakura defendeu-me, mas não havia defesa para aquela verdade. Droga, por que não posso mandar em meus sentimentos?
- Hina, eu realmente não concordo com a forma da Ino falar... – Tenten expressou complacente, olhando um tanto severa para ela. – Mas, tenho que concordar que está mais do que na hora de dar uma chance a quem realmente gosta de você.
- Quem gosta de mim...? – Repeti um pouco idiota, tentando assimilar o que ela afirmava.
- O Kiba! É dele que a Tenten está falando, Hina! – Temari quase gritou agitada enquanto me olhava como quem diz algo óbvio.
É claro que era óbvio. Mas quem disse que eu lidava bem com a obviedade? Se eu lidasse, certamente teria esquecido meu amor platônico na terceira vez em que Naruto olhou para mim e perguntou quem eu era.
Inspirei o ar enquanto me preparava para respondê-las de uma vez por todas:
- Eu não quero magoar o Kiba. – Olhei para todas as minhas amigas, esperando compreensão. – Ele é uma pessoa muito legal para que eu o use desta forma.
- Hina, ele quer ser usado. – Ino brincou, estragando totalmente com a minha tentativa de tornar aquele assunto mais sensato.
- Nisso eu concordo! – Sakura riu e olhou para mim como se pedisse desculpas.
- Nisso todas nós concordamos. – Temari concluiu. – Mas percam as esperanças, garotas! A Hina só tem olhos para o tapado do Uzumaki.
- N-Não é verdade... – Defendi o pouco de minha dignidade.
- Ah, não? – Temari sorriu ao questionou. Boa coisa não viria... – Então se considera perfeitamente capaz de se apaixonar por outro homem?
Minha face aqueceu com aquela pergunta que soava retórica. É claro que eu me considerava capaz! Certamente, seria uma questão de decisão pessoal apaixonar-me por outra pessoa. Quer dizer, eu não era enfeitiçada pelo Naruto ou algo assim. Apenas o amava por opção.
- Claro que sim! – Respondi aos olhares acusadores com falsa convicção. A quem afinal estava tentando enganar?
- Se é assim... – Temari continuou, atraindo toda a atenção em um suspense que estava me deixando cada vez mais ansiosa. – Eu a desafio a se apaixonar pelo Kiba!
- O q-quê!? – Perguntei em tom mais alto e agudo. – I-Isso é loucura!
- Foi você quem disse que poderia se apaixonar, Hina... – Tenten afirmou e seus orbes âmbar brilhavam com expectativa.
- Eu sou testemunha! – Ino expressou levantando as mãos.
- Pensa bem, Hina. – Sakura disse e eu a encarei profundamente, aguardando por suas próximas palavras. – Acho que você poderia se libertar desse sentimento que só te faz mal.
E novamente eu me senti estúpida. Minha vida era tão particular quanto uma revista de fofocas. Mas, todas novamente tinham razão. Eu não tinha nada a perder tentando olhar Kiba com outros olhos. Quer dizer... quem se importaria se eu estivesse realmente fazendo isso?
Ele nem precisava saber.
Discretamente, procurei Kiba entre os rapazes do outro lado do restaurante. Ele parecia um pouco desanimado, o que imediatamente fez meu coração apertar-se no peito. Talvez fosse eu quem o deixava tão triste.
Eu só teria a ganhar se conseguisse me apaixonar pelo meu melhor amigo.
Eu o faria feliz como sempre quis vê-lo. E eu poderia ser feliz também. Não é?
Fechei os olhos por poucos segundos, ignorando a voz de minha consciência que gritava por uma boa dose de sensatez. E então, minha voz fluiu decidida:
- Eu aceito o desafio.
Continua...
Olá, povooo!
Finalmente, coloco um de meus projetos em andamento, rs.
Quem diria? Eu escrevendo um KibaHina...? ^^
E adorando fazê-lo!!! =O
Oh, meu Deus... Agora sei por que estão havendo terremotos por aí.
E... O QUE ACHARAM??
Eu gostei da Hina assim. Um pouco mais adulta... Mas perfeitamente sincera e tímida. Só estou realmente em dúvida: ALGUÉM MAIS GOSTOU?? O_O *leva pedrada*
O Kiba é um fofo! Ele é desse jeitão dele mesmo, um pouco destemido e muito amável! *-* E ele tem um amor tão grande pela Hina... s2 ... Que lindo!
Mas, ALGUÉM MAIS GOSTOU? O_O *leva sapatada*
O Fanfic será em primeira pessoa. Sempre na versão da Hina.
Será um desafio para mim esse tipo de escrita, então, se não gostarem, ENVIEM REVIEWS que eu posso mudar o padrão do texto, ok? ^^
BONECA e HYUU x3
Espero meeeesmo que vocês tenham gostado!!!
Porque certamente merecem algo que não desejem jogar no lixo, rs... ^^"
Foi de coração!
Enfim, o próximo capítulo vai demorar um pouco para vir, porque pretendo concluir "A cada desilusão, um novo saber" e "Preciosa Pérola".
*Em breve, por favor, Jashin!*
Aguardo seus comentários, povooo!!
Vocês sabem ^^
*Aceito FLORES ou PEDRAS*
