Normal: narração e fala
Itálico: pensamento
Um Saiyajin Urashima
Capítulo 1.
Kanagawa. Meia-noite. Pensão Hinata. Todo mundo já estava dormindo, menos Keitarô, que estava deitado no sofá da sala com muita dor. O motivo de estar com dor, é claro, era porque havia apanhado de Naru e Motoko novamente por causa de alguma trapalhada.
De repente, para sua surpresa, a campainha tocou.
Keitarô: *preocupado* Quem poderá ser a esta hora da noite? Melhor atender a porta antes que as meninas acordem.
Com um pouco de dificuldade por causa dos machucados, Keitarô foi até o hall de entrada. Felizmente, não tocaram a campainha novamente.
Keitarô: Quem é?
Keitarô estranhou, pois não havia ninguém na porta, e ele até olhou pros lados. Entretanto, ao olhar pra baixo, só faltou os olhos saltarem pra fora: na soleira da porta havia uma cesta, com um bebê dentro. Este dormia profundamente, por isso não sentiu quando Keitarô, ainda chocado, pegou um bilhete que estava preso na cesta.
Querido Keitarô, sou eu: Bra Briefs.
Não sei se você se lembra de mim, pois já faz um ano e meio que a gente se conheceu, e só nos vimos uma vez. Mas eu me lembro bem de quando nos conhecemos naquele hotel de Kanagawa, quando você entrou no quarto errado e, no final, passou a noite comigo.
Naquela única noite, nasceu o Sora, que é o bebê dentro da cesta. Sim, ele é seu filho.
Keitarô quase desmaiou quando leu a última frase. Ele era pai? Isso era chocante! Por outro lado, ele se lembrava de Bra e da noite que haviam passado juntos. Passado o choque inicial, continuou a ler o bilhete.
Eu havia brigado com meus pais e ido morar com minha amiga Maron, um pouco antes de saber que estava grávida. Atualmente, somente meu irmão Trunks, minha mãe Bulma, minha amiga Maron e os pais dela sabem que tenho um filho. Venho tentando esconder o Sora do meu pai há 9 meses, pois ele é muito bravo e com certeza vai me matar se descobrir que eu tive um filho.
Achei mais seguro deixá-lo com você, já que é o pai do Sora e também tem o direito de ficar com o filho. Não estranhe eu ter achado seu endereço: minha mãe é boa com computadores e achou rapidinho o local em que você mora. Estranhei ser um dormitório feminino, mas é mais normal do que a minha casa, com certeza.
Lhe desejo muita sorte, Keitarô.
PS: não sei quando vai ser, mas meu irmão e minha mãe prometeram passar por aí pra te explicar o que não deu tempo de explicar no bilhete.
Quando Keitarô terminou de ler o bilhete, notou que o bebê Sora havia acordado e olhava pra ele, curioso. Pegando-o no colo, Keitarô pôde notar o quanto aquele bebê se parecia com ele. Tirando os olhos azuis, que eram de Bra.
Sora: A-dá...
Keitarô: Acho melhor eu falar com a Haruka.
Ainda segurando Sora, Keitarô foi à casa de chá. Sabia que Haruka ficaria furiosa por ele estar ali à meia-noite, mas as garotas ficariam mais ainda quando descobrissem que ele tinha um filho.
Keitarô: *batendo na porta* Haruka-san, Haruka-san!
Como esperado, Haruka não ficou muito feliz quando foi até a porta.
Haruka: Espero que você tenha um bom motivo pra... *notando Sora, espantada* Isso aí é...
Keitarô achou melhor dar a carta para Haruka, pois ele mesmo não conseguiria explicar a situação. No final, os três entraram na casa de chá.
Haruka: *depois de ler a carta* Ai, Keitarô, você não tem jeito mesmo. Imagina como as garotas vão reagir quando souberem?
Keitarô: As garotas são o menor dos problemas agora. Não tem nada de bebê na pensão! E eu não sei como cuidar de bebês.
Haruka: Felizmente, você está com sorte. Eu comprei algumas coisas pra Tsuruko porque ela também teve um bebê há poucos meses, e eu sempre compro tudo em dobro caso aconteça alguma coisa.
Keitarô: *sério* É, realmente aconteceu alguma coisa. Só não foi com a Tsuruko. *pausa* Peraí, desde quando a Tsuruko tem um filho?
Haruka: Ela ainda não contou para ninguém, só para mim. A Motoko não sabe que é tia, e nem imagino como ela vai ficar quando descobrir. De qualquer modo, vou te explicar o básico pra cuidar do meu sobrinho-neto.
Keitarô: *sorriso leve* Valeu, Haruka-san.
