A verdadeira riqueza

Ela era a animação. Ele era a minúcia.

Ela era a sonhadora e ele, o realista.

Ela era a emoção e ele, a razão.

Tinham mais sincronia do que uma orquestra sinfônica internacionalmente conhecida.

Eram capazes de se entender e se comunicar através de qualquer tipo de linguagem, sendo ela verbal ou corporal, até mesmo pelo silêncio.

Podiam decifrar as "máscaras" um do outro, o que lhes restavam era sempre ser verdadeiros, pelo menos entre si, por mais dura que a verdade fosse.

Era amantes, namorados e amigos, acima de tudo.

Não era o ardor da paixão que reinava no relacionamento deles, nem a segurança do amor, e, sim, o carinho e o companheirismo da amizade.

Seus pais –Carlisle e Esme – jamais haviam visto tanta cumplicidade e compreensão em um casal, seja humano ou vampiro, quanto encontravam neles.

Todos os conflitos entre eles, quando não concordavam sem ao menos explicitar as idéias para o outro, eram desmembrados através da conversa, em tom brando.

Na relação amorosa praticamente perfeita deles, o equilíbrio era pleno e essencial.

Suas personalidades se encaixavam, assim como seus corpos, formando um único ser, formado por duas pessoas autênticas unidas por laços não desatáveis.