Gritos de Agonia e Histórias de Fantasia
"... Desbotam memórias de cada arrebol, Dos ecos arcanos de antigo farol, As geadas de inverno mataram o sol ..." Ela ainda poda se lembrar.
Por: Tainã Zuccolotto Vieira – Vulgo: Demetria Blackwell (Miss .Muerte)
" ... Num tempo distante ocorreu está história
Quando o sol de verão brilhava feliz
Um toque de sino que agora nos diz
Num ritmo leve, que trás as memórias
Os ecos da infância e faz relembrar
Que a inveja da idade preferira apagar
Escuta-me agora, pois a voz do pavor
De notícias amargas vira carregada
Em breve a teu leito será convocada
A mulher melancólica de luto e temor
A hora do leito e como o fim da vida:
Somos crianças mais velhas, querida... "
Lewis Carroll – Alice no País das Maravilhas.
Ao debater-se na cama, um grito ecoava. De dor, de mágoa, de raiva. Batia-se em busca da liberdade, ou algo que lhe matasse a saudade. Queria o abraço de seu irmão, que lhe afana os cabelos, brincam junto com seus dedos, um beijo na testa ou uma história singela.
Estava presa e não conseguia sair, pensou em mil possibilidades de fugir. Mas nenhuma veio à tona. Isso acabava com sua esperança. Gritava para afastar as memórias, partes de sangue que manchavam sua estória. Da morte de seus pais, na sua frente, até a destruição daquele monstro que lhe perturba os sonhos. Era enorme, como nas histórias que lia, mas pensava ela que ele não existia. Akuma, se não estava enganada.
Ela ainda gritava.
Sentia frio, queria um abrigo, queria sair daquela maldita cama, achar seu irmão, que não lhe engana. Ir para casa, fazer um chá, ver sua mãe e seu pai chegar. Depois, Komui ia lá, fazer uma visita para alegrar.
Ela ainda estava gritando, e as lágrimas de seus olhos brotando.
Gritou. Gritou. Gritou. Gritou. Gritou. Gritou.
E por fim se calou.
Não tinha mais força na garganta, perdeu todas as lágrimas de seu espírito, e sabia que seu coração aos poucos foi ruindo.
- Nee-chan... – Komui?
... Sim, era ele. Reconheceu pelo beijo em sua testa, pelo aperto de sua mão e a paz que ele tanto faz. Ele se sentava na cama, pegava um livro, que fazia sonhar maravilhas! Alice era sempre rápida em suas trilhas, não cansava de escutar, Alice no país das Maravilhas que lhe fazia sonhar.
" ... A menina de risada inocente,
Tão bela, vestida de um sonho incoerente.
Que não tem asas, mas é alada!
História contada neste conto de fadas.
A pequena menina que não quer crescer.
Nem ao menos sabe o que vai ser.
Ser uma pessoa normal?
Ou uma exorcista, afinal?
Queria poder escolher.
Traçar o rumo que queria ter.
Mas no final, só sonha acordada.
Coitada menina deste conto de fadas... "
N/a:Eu odeio a Lenalee. Odeio. Odeio.
Por que então eu escrevi isso? Nem eu mesma sei. ¬¬
O primeiro poema é de Lewis Carroll de Alice no País das Maravilhas (s2)
O segundo poema é meu, tentei fazer ao estilo dele, mas falhei miseravelmente. x.x/
E se você não mandar reviews, a Samara vai puxar teu pé a noite.
