Yo, minna!
Vocês podem até estranhar por eu ter postado algo antes do início do mês, mas é só um descontinho.
Creio que não poderei postar nenhuma das outras por estas semanas (sabe como é, última semana de aula, provas…), então fiz essa songfic só pra variar.
Não sei se ficou muito boa (nem sei porque eu fiz), mas espero que gostem.
Só para avisar: existe outra fic com o mesmo nome e mesma música que eu uso nesta (da Mylle Evans). Mas a história é totalmente diferente, e de certa maneira, a música utilizada é cantada por bandas diferentes (mesmo sendo a mesma). Então que fique claro: NÃO É PLÁGIO.
OK?
Espero que gostem e boa leitura!
Música: I miss you – Simple Plan (quem puder escutar, não vai se arrepender).
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By Lin-chan
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I miss you
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Seis da manhã. O som estridente do despertador invadia seus ouvidos, antes acostumados ao silêncio.
Remexeu-se cansadamente na cama, esperando que aquela máquina parasse aquele insuportável barulho. Barulho que o angustiava. Barulho que o forçava a acordar. E ele não queria mais acordar.
Puxou o próprio travesseiro sobre a orelha, tentando abafar o som, resmugando algo sem nexo. Espreguiçou-se entediantemente, afastando o grosso endredon que o cobria na noite fria.
E inconscientemente, levou sua mão até o lado oposto da cama, como se procurasse algo importante.
Ela não estava lá. Esquecera-se daquele pequeno detalhe.
To see you when I wake up is a gift
Ver você quando eu acordo é um presente
Sentiu o lençol que o cobria daquela noite fria ainda gelado, denunciando que ele realmente estava sozinho. Assim como o travesseiro ao lado permanecia absolutamente desamassado.
Olhou por todos os lados, apenas para confirmar aquilo que ele já sabia por todas as manhãs, estreitando os olhos ao ver que o apartamento estava aparentemente vazio.
Fúria. Esse pequeno sentimento tomou conta de si.
I didn't think could be real
Eu não achava que pudesse ser real
Ouviu o irritante barulho retornar após alguns minutos de silêncio, e isso fora o ápice para descontrolar-se. Observando furiosamente o pequeno cômodo em que o objeto permanecia, espichou-se a fim de pegá-lo, lançando-o fortemente contra a parede, quando o alcançou.
Ouviu o som estridente de algo se espatifar e ir de encontro ao chão, não dando a mínima para aquele momento de desespero. Percebeu algumas partes do seu despertador rolarem pelo liso chão do quarto em que se encontrava.
Taisho Sesshoumaru, antes conhecido por sua habitual frieza e autocontrole, demonstrava com pequenos gestos toda a fúria contida em si por todos os anos de sua vida, até aquele dia, enfim.
Tinha certeza absoluta de que as coisas apenas piorariam dali para frente.
Porque ele não queria acreditar que o que acontecia era real.
To know that you feel the same as I do
Saber que você sente a mesma coisa que eu
Cansado. Era como se sentia. Durante poucos meses tivera o que chamavam de felicidade momentânea. Ao lado dela.
Mas ela não estava mais lá. Matsubara Rin não estava mais com ele. E isso o cansava sempre.
Passou as mãos exasperadamente pelos desgrenhados cabelos prateados, sentando melhor na própria cama.
Acreditara no que ela lhe dissera tempos atrás. Dissera-lhe que sentia exatamente o mesmo que ele sentia por ela. Amor. Era isso que sentia por ela. Seria mesmo isso que ela sentia por ele?
Não sabia. Afinal, os atos da garota poucos dias atrás não demonstravam exatamente aquilo. E pensar que ela também o amava era quase algo inimaginável.
Fazia parte de um sonho completamente utópico, por parte dele.
Olhou para o extraordinário espelho que permanecia em frente a sua cama, observando-se nele. Mantinha uma expressão extremamente aborrecida, culpa das várias noites que passara acordado, esperando-a.
Esperando secretamente que ela voltasse para ele. Voltasse para seu Sesshoumaru.
Mas ela não voltou.
Is a threefold utopian dream
São três árvores utópicas em um sonho
Matsubara Rin mudara totalmente seu jeito de ser, confessava.
Antes, vivia apenas para a empresa de sua família, sem se importar com absolutamente nada que pudesse acontecer com o mundo ou com os outros, que não fossem ele.
Chegara ao extremo de não demitir alguém que considerava inútil apenas porque a garota lhe pedira. Rin dissera que ele deveria dar uma segunda chance à moça em questão, e que com certeza ela se acostumaria ao trabalho. Dito e feito.
Apenas por ela.
Sesshoumaru não sabia exatamente o que o forçava a fazer tudo o que aquela garota mandava, mas era algo incômodo. Incômodo porque agora já se acostumara, e não sabia fazer coisa alguma sem ela.
Não conseguia explicar ou entender o tipo de poder que ela exercia sobre si, mas precisava dela.
O que poderia fazer, afinal? Ela não estava mais lá, e quanto a isso, não poderia fazer absolutamente nada.
Rin era seu inferno.
You do something to me that I can't explain
Você faz algo comigo que eu não consigo explicar
Seria estranho se dissesse que sentia falta dela?
Seria errado?
Não. Estaria mentindo se dissesse o contrário. Se houvesse tido pelo menos uma única e pequena chance de revelar isto a ela… Mas para quê? Ela já sabia de tudo aquilo. Rin sabia que ele a amava.
E ele não entendia o que a levara a ir embora.
E deixá-lo como se não fosse ou representasse absolutamente nada para ela ou na vida dela.
So would I be out of line if I said I miss you
Seria fora do sério dizer que eu não sinto a sua falta
Levantou-se vagarosamente de sua cama, permanecendo em pé algum tempo, encarando o chão, sujo pelos restos do objeto antes quebrado.
Ajoelhou-se. Buscou algumas das peças de seu antigo despertador, juntando todas em sua mão. Não. Não queria remontá-lo. Tinha certeza de que se visse outro não hesitaria em lançá-lo, assim como fizera àquele.
Murmurou algo incompreensível, apenas visualizando o que se tornara. Via no que Rin lhe transformara. Sesshoumaru nunca havia se enfurecido a ponto de lançar algum objeto contra a parede. Nunca.
A lembrança forte de Rin fê-lo virar-se para o cômodo em que o relógio antes tocava alegremente, e ele sabia o porquê daquele repentino ato.
Arrastou-se de joelhos até lá, mantendo os frios olhos dourados estreitados.
Abriu a primeira gaveta, vasculhando o que tanto almejava. Uma chave. Pegou-a e dirigiu seu olhar angustiante à última gaveta.
Hesitou momentos antes de encaixá-la na fechadura, completando a ação sem mais demoras. Logo, a última e mais secreta gaveta estava aberta, revelando um único objeto dentro de si.
Ainda estava lá. A foto que ela lhe dera permanecia da mesma maneira que deixara.
Pegou-a calmamente, observando os traços delicados da garota, que sorria, enquanto ele a abraçava seriamente.
Acariciou a face da foto como se acariciasse a garota, dando um meio sorriso com a lembrança daquele dia. Mesmo contando a todos que não queria mais vê-la, guardava aquela lembrança.
Desmanchou o sorriso.
Era a única maneira que tinha de poder sempre vê-la, mesmo que soubesse que aquele rosto nunca sairia de seus pensamentos.
I see your picture
Eu vejo sua foto
Olhou para o travesseiro sobre sua cama, ao lado do seu. Travesseiro em que ela costumava deitar-se sempre que o visitava, o que era freqüente.
Puxou-o inconscientemente de encontro a seu corpo, levando-o em direção a seu rosto e inalando fortemente o perfume fraco que ele ainda continha. O perfume dela.
O mesmo perfume que o inebriava noites seguidas.
Mas o cheiro era fraco, porque ela não estava mais lá para repô-lo. E chegaria um dia em que ele não poderia mais dormir sentindo o cheiro de Rin.
Largou o objeto com tais pensamentos.
I smell your skin on the empty pillow next to mine
Eu sinto o cheiro da sua pele no travesseiro vazio perto do meu
Em apenas dez dias, todo aquele turbilhão de sentimentos haviam o atingido.
Em dez dias Rin conseguira fazer o que nenhuma outra conseguira. Havia fascinado-o. Sesshoumaru amara-a como nunca antes havia amado outra mulher.
E há exatamente dez dias, ela havia ido embora, mesmo que ele sentisse que havia sido há muito mais tempo.
You have only been gone ten days
Você foi há apenas 10 dias
Sentia-se estranhamente despedaçado por dentro, tentando a todo custo não transpassar tal sentimentos para as pessoas que o rodeavam. Em vão.
Atendia o telefone todas as manhãs. Era sua mãe. Queria saber como estava, e ele sempre desligava antes de dar qualquer resposta. Aturava seu meio-irmão mais novo dando-lhe lição de moral, ao dizer sobre como esquecer uma mulher. Inu Yasha sabia muito sobre o assunto.
Mas Sesshoumaru não queria esquecer Rin.
Queria apenas esquecer o passado e levar aquilo como uma evolução e um bom tempo que passara.
Olhou-se novamente no espelho, observando os próprios olhos, que se estreitaram ao visualizarem a figura do homem. A quem queria enganar? Estava acabado sem ela.
As pessoas não poderiam entender que ele queria apenas ficar sozinho?
But already I'm wasting away
Mas eu já estou desperdiçado
Escutou o barulho do telefone vindo da sala, suspirando pesadamente. Não acreditava que Izayoi ligara para ele às seis da manhã.
Mas a idéia de que poderia ser outra pessoa não deixou sua cabeça. A pessoa que mais esperava naqueles dias poderia finalmente estar ligando para ele.
Caminhou a passos longos até o local, colando o telefone na orelha antes que o mesmo parasse de tocar.
Não pronunciou nada, apenas a espera de algum sinal de vida. Sinal que veio logo.
- Sesshoumaru? – ele ouviu a voz delicada e preocupada de sua mãe, girando os olhos logo que a identificou. – É você?
Sem dificuldade, ele desligou o aparelho, olhando-o raivosamente.
- Quem mais poderia ser? – murmurou com raiva, saindo dali para seu quarto.
Deveria desistir daquilo. Rin não ligaria para ele, simplesmente porque ela não o amava. Rin não queria mais nada com ele. Rin desistira dele.
Sentou-se novamente na cama, arrancando um vaso de outro cômodo e atirando ainda com mais força na parede. Sentiu alguns cacos atingirem rapidamente a sua pele, mas não se importou. Ele não se importava com mais nada.
E o que o fazia piorar ainda mais, era saber que a veria novamente. Tinha certeza de que a veria.
Era amiga de sua família, e mais cedo ou mais tarde seria chamada para algum jantar, como uma tentativa de sua mãe de juntarem-nos novamente.
Mas ele sabia que isso não aconteceria.
Não. Ele não queria mais vê-la, como afirmava antes.
I know I'll see you again weither far or soon, but I…
Eu sei que irei ver você de novo mais cedo ou mais tarde, mas eu…
Porque Sesshoumaru sabia que se a visse novamente, tentaria retornar ao passado. Tentaria conversar com ela, perguntaria o motivo que a levou a ir embora.
E ele não queria mais sofrer.
Sentiu algo quente escorrer por seu braço, não precisando olhar para saber que era sangue. Sentira a dor de ter o braço alcançado por um dos cacos do vaso que quebrara.
Apertou o punho fortemente.
Taisho Sesshoumaru sabia que se a visse novamente, encantar-se-ia com a inocente face da mulher, esquecendo-se de tudo o que prometera que faria, caso a encontrasse. Esqueceria de ser frio e indomável.
Diria lhe o que sentira nos momentos que passaram afastados. Diria que se importava com ela.
Need you to know that I care
Preciso que você saiba que eu me importo
E tinha certeza de que diria que sentia terrivelmente falta daquela garota doce e inocente.
Mas nada seria igual ao que fora antes. E Sesshoumaru sabia que ele e Rin não voltariam. Porque da mesma maneira que ele não era mais o mesmo, Rin também não era mais a mesma.
E isso, Sesshoumaru não poderia perdoar. Nunca perdoaria o que aquela Rin fizera a ele. No que ela o transformara.
Não mais.
And I miss you
E sinto sua falta
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Fim
E então? Muito chato? Sem nexo? Triste? Merecia um final feliz? Continuação?
Mandem reviews!
Arigatou a todos. ^_^
Kissus,
Ja ne.
