AVISO:

As idades NÃO estão erradas, Draco tem sim 17 anos e Harry tem 5. O que acontece é que não houve a segunda guerra, a primeira que se estendeu e Harry so nasceu anos mais tarde, assim comos outros personagens tb. Draco nasceu em seu ano normal. Sev, Remus, Sirius, Lucius e outros tem as mesmas idades.

Espero que não fiquem duvidas. Bjs.

XXX

Severus Snape andava de um lado para o outro em seu escritório, estava preste a tomar uma decisão muito importante. Era um passo muito grande que trazia grandes conseqüências, já havia falado com Dumbledore e havia recebido seu total apoio.

Aparatou no bairro de classe media, simples e humilde, mas muito simpático, entrou no prédio verde claro e subiu as escadas até o quinto andar. Apertou a campainha do apartamento 502 e esperou. Pela primeira vez na vida Severus Snape estava com medo, nervoso e ansioso ao mesmo tempo.

A porta se abriu revelando um homem baixo, cabelos claros, assim como a pele com leves marcas de cicatrizes e aparência frágil. Os olhos dourado de Remus Lupin brilharam.

- Sev – ele disse manhoso, enquanto beijava o namorado e o trazia para dentro do apartamento.

Remus Lupin e Severus Snape namoravam oficialmente pouco mais de um ano, sendo que tinham um relacionamento desde os tempos de Hogwarts, cheio de idas e vindas principalmente após Severus ter virado um Comensal da Morte, porem mesmo após a morte de Voldemort e o perdão do Ministério, após comprovar que era espião para Ordem, eles não haviam voltado a se encontrar. Mas Severus era um homem persistente e por mais que negasse, estava completamente apaixonado e foi até o fim do mundo encontrar o amor de sua vida. Eles passaram por muita coisa nesse meio tempo, construindo a confiança e reafirmando o amor que sentiram um pelo outro e há um ano e meio atrás Severus o pedira em namoro oficialmente.

- Harry me perguntou sobre você a noite toda ontem – afirmou o lobisomem enquanto beijava o pescoço do outro levemente – Aconteceu algo?

O moreno negou enquanto capturava os lábios macios de Remus.

Harry Potter agora morava com o lobisomem após comprovar que ele era maltratado pelos parentes trouxas. Após uma luta violenta com o ministério para comprovar que Remus era plenamente capaz de cuidar do menino e com a ajuda de Dumbledore, Harry foi morar com o Maroto, vivendo uma vida trouxa para não chamar atenção. Na época Harry ainda tinha 3 anos e se apegou rapidamente ao castanho se mostrando carente de atenção e afeto. Agora com quase cinco anos, se mostrava um menino alegre e cheio de energia e muito feliz com seu Papai Remus como chama seu tutor e também aceitara muito bem a chegada de Severus que rapidamente havia virado Tio Sev por influencia do apelido dado por Remus, não que Severus se importasse, pois era muito apegado ao menino.

- Ainda falta muito para irmos pegar Harry na creche? – sussurrou no ouvido do outro enquanto mordiscava sua orelha.

- Humm – gemeu – Não sei... duas horas talvez.

- Ótimo. Estou com vontade de você há dias – afirmou enquanto carregava o outro no colo indo em direção ao quarto.

Remus sorriu e se aconchegou mais a ele. Amava tanto aquele homem. Ele foi seu primeiro amor, seu primeiro namorado, seu primeiro e único amante, seu lobo o havia escolhido como parceiro de vida, mesmo que a ligação tivesse sofrido muito com a separação eles finalmente podiam desfrutar dela.

Severus o despiu devagar enquanto distribuía beijos, mordidas e lambidas por seu corpo. O moreno tinha prazer em contornar cada cicatriz da lua cheia com a língua, como se quisesse curar o corpo do amado.

Remus arfou quando sentiu o corpo de Severus penetrando o seu, o completando, o tomando, mas havia algo diferente dessa vez. Severus fazia tudo com uma lentidão enlouquecedora, ele podia sentir o membro pulsante entrando em seu corpo centímetro por centímetro, se afundando em sua carne. Remus abraçou a cintura do amante com as pernas segurou seus ombros, fitando os olhos negros movimentou os quadris, pedindo que Severus o penetrasse mais e foi o que ele fez entrando em um ritmo cadenciado e gostoso arrancando gemidos de ambos.

Os movimentos de ambos entraram em sincronia, enquanto os corpos se chocavam um no outro. Remus não conseguia dizer nada, apenas gemidos conseguiam sair de seus lábios, e poucas palavras coerentes. Era tudo perfeito. Um momento único para ambos, que se tornavam apenas um ser.

Quando percebeu que não demoraria muito para que o castanho atingisse o orgasmo, Severus, mesmo naquele momento de paixão, viu a hora mais do que perfeita para perguntar o que queria. Escorregou uma das mãos pelo peito do castanho, descendo em direção ao membro excitado, o envolvendo com a mão e começando a fazer movimentos ritmados com o da penetração. Ouviu os gemidos de Remus subirem duas escalas, e foi naquele momento que perguntou:

- Remus... quer se casar comigo?

O licantropo jogou a cabeça para trás e soltou um grito, mais um uivo, enquanto se despejava nas mãos do amante, seu corpo se contraindo redor do membro de Severus o levando a um orgasmo avassalador.

Severus se deixou cair por cima do corpo do menor com cuidado, ambos ofegantes, porem Remus mantinha seus olhos no rosto do namorado que também o encarava.

- O-o que você disse? – perguntou Remus o olhando emocionado.

Severus sorriu levemente enquanto ajeitava o corpo sobre o corpo do outro e o encarava enquanto acariciava os cabelos claros.

- Case-se comigo, tenha meu nome, seja meu amante, meu marido meu melhor amigo, tenha filhos comigo – sussurrou no ouvido do outro enquanto mordiscava sua orelha.

Remus tinha os olhos brilhantes de emoção e então ele abraçou os ombros largos de Severus enterrando o rosto em seu pescoço e conseguiu falar entre os soluços.

- Você...quer mesmo se casar com um lobisomem? Nossos filhos...eles podem...e tem o Harry....e...

- Shh - Severus acariciou a face corada do amante, se sentou na cama, com Remus próximo de si. - Porque eu não me casaria com você Remus?

O licantropo fez um biquinho e Severus ergueu o canto dos lábios, pois achava adorável quando Remus fazia isso, uma carinha de criança emburrada.

- Eu amo você - ele não falava isso com tanta freqüência como gostaria, mas às vezes as palavras não eram suficientes para ele demonstrar quanto ele o amava - Eu amo Harry

Isso não era mentira, de forma alguma. Severus se apegara muito ao menino, tanto que assim que Remus decidiu adotá-lo ele fez questão de comprar aquele apartamento e pagar o plano de saúde e a creche do menino com quem havia desenvolvido uma profunda afeição paterna.

- Eu quero começar uma família Remus - disse encarando os olhos dourados - A nossa família.

Remus encarou os olhos cor de ônix de seu amante. Merlin sabia como ele sonhara com aquele momento, desde que descobrira que amava aquele homem, ele desejava formar uma família, e apos anos de separação e sofrimento finalmente ele viveria seu sonho.

- Oh Sev - disse se jogando nos braços do moreno e o beijando docemente - É claro que eu aceito.

0.0.0

Harry estava emburrado. Seu Papai Remus estava atrasado. Sentado no banquinho do pátio aonde os pais vinham buscar seus filhos ele esperava ha mais vinte longos minutos e o pátio já estava quase vazio.

Seu papai quase nunca se atrasava, principalmente no dia de folga dele, quando eles sempre iam para o parquinho ou iam para casa comer doces e brincar e principalmente porque nas folgas do Papai o Tio Sev estava lá e brincava com ele também e Harry amava muito o tio Sev porque ele fazia Papai Remus feliz e a Harry também.

Harry bufou e cruzou os bracinhos, estava emburrado lá esperando seu papai buscá-lo na escolinha.

- Harry

Os olhos verdes brilharam, e ele correu o mais rápido que suas perninhas permitiam e a mochila vermelha balançando em suas costas.

- Papai Remus Papai Remus - então ele viu - TIO SEV

Então Harry se jogou nos braços do moreno que o ergueu no colo e o abraçou também. O menino o abraçou mais apertado que podia, ele sentia saudade dele mesmo o tendo visto semana passada.

- Humm e eu fiquei sem abraço - lamentou Remus se fingindo de magoado.

- Ahh papai - Harry sorriu e se esticando no colo de Severus para que o castanho recebesse seu abraço.

Remus o aconchegou em seu braço e beijou os cabelos de seu filhote.

- Como foi seu dia?

- Bom - então Harry começou a tagarelar sobre seu dia na escola enquanto eles caminhavam de volta para o apartamento.

- Mas ai eu não queria dormir depois da historinha mas a tia...a tia queria me bota pra mimi ai ela falo uma palavra estranha ai eu falei que queria brinca ai ela disse a palavra estranha de novo.

- E que palavra era essa Harry? - perguntou Severus que era quem o carregava enquanto Remus segurava a mochilinha e a lanchera do homem aranha e abria a porta.

- Iná – então Harry fez biquinho e ficou com os olhos vesgos tentando olhar para a própria boca – Iadicivel

- Idaimitivel

- Idotimitivel

Severus ergueu um canto dos lábios enquanto sentava com Harry no sofá.

- Inadmissível?

- Ééé – concordou animado se ajeitando no colo de Severus – Ai eu perguntei se eu podia desenha, mas ela disse que era hora da soneca....ai eu fugi da sala e fui pro parquinho... – Harry ficou amuado enquanto abaixava a voz e recebia um olhar dos dois homens – Ai levei bilhetinho.

- Harry – Remus repreendeu pegando o caderninho que servia de agenda na mochila vermelha, lendo o bilhete Remus negou com a cabeça enquanto assinava que havia ficado ciente do ocorrido.

Vendo o menino se encolher e baixar a cabeça Severus ergueu o rostinho e o menino o encarou com os olhos transbordando em lagrimas, sua voz saindo suave.

- Harry, essa não é a primeira vez que isso acontece, se você não queria dormir, você deveria se deitar e ficar quietinho e não fugir da sala.

O menino fez beicinho e concordou com uma aceno na cabeça.

- Mas hoje eu vou relevar – disse Remus sorrindo e pegando o filho no colo – Nos temos uma novidade pra você.

Os olhos verdes brilharam por trás dos óculos redondos

- Uma novidade?

- Sim.

- Harry o que acha de irmos morar em Hogwarts com Severus?

Os olhos de Harry brilharam. Normalmente eles passavam a maior parte das férias e o feriado de Natal em Hogwarts com Severus, o lugar fascinava o menino que não via a hora de poder ir estudar lá.

Harry encarou Severus, depois Remus e então sorriu.

- Então quer dizer que você aceitou?

Remus o olhou confuso e viu que Severus e o menino trocavam um olhar cúmplice.

- Ei quer dizer que você já sabe – disse realmente surpreso.

- Eu não podia ti pedir em casamento sem pedir permissão do Harry primeiro – disse serio – Não esta esquecendo nada Harry?

O menino fez uma cara de "ops" e saiu correndo para dentro do apartamento, nem um minutou depois ele voltou escondendo algo atrás do corpo.

- O que você tem ai em rapazinho? – perguntou o castanho olhando o menino parado na frente dele.

Então ele mostrou a caixinha de veludo já aberta, dentro dela haviam duas alianças e um pequeno camafeu em forma oval com desenhos talhados.

- Eu pedi para Dumbledore oficializar nossa união – ele explicou pegando a caixa da mão de Harry – Eu pedi também que ele uma magicamente Harry a nos, como pais dele.

Remus tinha lagrimas nos olhos, e soltou um soluço antes de puxar Harry para seu colo e os três se abraçarem. Ficarão assim por um tempo, em seu casulo de amor e felicidade até que Harry olhou com a testa franzida com uma duvida rondando seu rosto infantil.

- Sev, posso te chamar de papai ?

o.o.o

Draco terminou de arrumar suas malas, as diminuiu magicamente e as colocou no bolso da calça. Olhou para seu quarto uma ultima vez, na verdade caminhou pro toda a Mansão uma ultima vez, aquele não era mais o seu lar.

Seu pai o esperava na porta, o homem um fitava com ódio. Sua mãe tinha uma postura seria mas seus olhos marejados a entregavam. Draco estava saindo de casa e deixando a Mansão.

Quatro anos após a morte definitiva de Voldemort e seu pai se encontrava totalmente alterado, obcecado em encontrar uma maneira de trazê-lo de volta, transformara a vida de mãe e filho num inferno.

Draco a principio o apoiava cego pelas idéias preconceituosas e sem fundamentos que foram meticulosamente implantadas em si. Conforme o tempo foi passando, Draco via as idéias sem fundamento, não via o porquê de destruir mestiços e sangues ruins. Como eles destruiriam todos os mestiços se seu próprio Lord era um? Conforme o tempo foi passando toda a idéia sobre a pureza do sangue não fazia mais sentindo. Valia a pena matar gente inocente, crianças, mulheres grávidas em nome de uma causa tão boba? Valia a pena matar pelo simples fato de matar?

Draco ficou firme ao lado do pai, afinal ele era um Malfoy, e Malfoys ficam ao lado da família, mas a que preço?

Draco fechou os olhos por um momento ele se lembrava exatamente o preço. A vida de sua irmã.

A obsessão de seu pai chegou a um ponto extremo quando ele sacrificou a vida da própria filha em um ritual de magia antiga para tentar trazer seu amado Mestre de volta.

Aquilo havia sido a gota d'água. Por Merlin Sarah so tinha seis anos.

Draco afastou a lembrança da irmã caçula e seguiu em direção ao casal.

- Espero que saiba o que esta fazendo – seu pai falou em uma voz fria. Nem parecia alguém que havia perdido ou melhor assassinado a própria filha a dois meses.

- Eu espero que você saiba o que fez – disse com raiva, sua vontade de matar aquele homem era tanta que sua mão tremia de vontade de pegar a varinha, porem não queria ir para a prisão e trazer mais tristeza para sua mãe.

Esta o abraçou sem dizer nada. Draco pode sentir quando ela colocou discretamente algo em seu bolso. Se virando uma ultima vez, olhou para sua mãe, não pediria para ela vir com ele. Lucius conseguiu driblar o Ministério sobre a morte de Sarah, mas não escaparia da vingança e do ódio que brilhavam nos olhos de Narcissa.

Deu graças a deus por ter 17 anos, assim podia aparatar e fazer magia sem problema. Se hospedou em um hotel simples, sem muito luxo, não queria ser reconhecido.

Enquanto arrumava a mala encontrou o ursinho em forma de Dragão, o laço rosa preso em seu pescoço, a macha de chocolate na asa direita.

Só Merlin sabia como ele sentia falta de Sarah, fora ele quem escolhera seu nome. Foi ele quem a ensinou a amarrar os sapatos e a escovar os dentes. Havia decorado todos os livros que lia para ela antes de dormir, por Sarah havia aprendido a fazer tranças e brincar de chá.

Abraçou o ursinho e pode sentir o cheiro de lavanda, o cheiro de Sarah. Se deitando na cama, se encolheu e chorou.

As lembranças invadindo sua mente. Os gritinhos de alegria, os choros, as chantagens por doces, os aniversários, as brincadeiras, as risadas, as festas.

A voz de Sarah ecoava em sua mente, em suas pálpebras ele revivia a última visão de Sarah, ela correndo sorridente eu sua direção, usando um vestido azul, pés descalços, os cabelos loiros presos em uma fita rosa, os olhos cinzentos brilhantes e um sorriso nos lábios. "Draco vamos caçar Dragões?"

Lembrou-se que ele riu da pergunta e a ergueu do ar, rodopiando para em seguida morder sua bochecha e seguir para a cozinha, afinal eles precisavam de energia para caçar os dragões de fumaça que Drago soltava pela mansão e sorvete era perfeito para isso. E naquela mesma noite...seu pai havia...