Disclaimer: Lost e seus respectivos personagens não me pertencem. Esta fanfiction não possui fins lucrativos.

Categoria: Smut/Romance.

Censura: M.

Shipper: Jana/ Sana/ Jate/ Skate

Sinopse: Um aeroporto em Sidney e uma noite inesquecível. 48 dias, após um traumático acidente de avião, Jack e Ana-Lucia se reencontram em uma ilha. Mas as coisas mudaram, outras pessoas estão envolvidas, as coisas ainda seriam possíveis como idealizadas muitas noites atrás?

Esta fanfiction é dedicada à minha amiga doublell20 que sempre contribui com minhas criações me dando grandes idéias para histórias maravilhosas e inclusive me deu a idéia de escrever esta, minha primeira fic Jana. Amiga, esta fic é pra você!!

Capítulo 1

Uma noite antes do Oceanic 815

A claridade invadia o ambiente através do excesso de janelas de vidro que formavam um semicírculo ao longo de toda a extensão do bar. Jack Shephard não gostava de toda essa luz interferindo em seus pensamentos, porque naquela tarde sentia-se sombrio. Desejava a escuridão.

Estava há apenas um dia e meio em Sidney, Austrália e já vira e ouvira o suficiente para querer ardentemente seu regresso à LA. Não que tivesse alguma coisa contra o país, pelo contrário, era um lugar muito bonito e agradável que merecia ser visitado com calma, na companhia de alguém interessante, no entanto, o motivo que o levara à Sidney não era dos melhores.

Há cerca de uma semana, seu pai, o ex-renomado cirurgião Christian Shephard havia deixado Los Angeles, aparentemente sozinho, para se aventurar pela Austrália sem nenhum motivo iminente. Sua mãe, Margot, exigira que Jack fosse buscá-lo, pois segundo ela, ele era o motivo pelo qual Christian deixara LA.

Jack não estava muito certo de ter sido ele o motivo, não gostava de pensar que o pai era um covarde. Sua relação com ele tinha desmoronado depois que o alcoolismo de Christian começou a interferir em seu trabalho como cirurgião. Uma mulher grávida morreu por causa da irresponsabilidade do pai, e Jack não podia permitir que isso acontecesse de novo. Achou que estivesse fazendo a coisa certa quando entregou o pai às autoridades, porém agora, ali, sentado naquele bar, irritantemente iluminado e cheio de gente, ele se perguntava se confrontar o pai daquele jeito tinha sido a coisa certa.

Em sua consciência, ele sabia que sim, mas em seu coração a dúvida o assombrava. Não esperava encontrar o pai morto em Sidney, tinha esperanças de conversar com ele e resolver tudo, mas agora estava acabado. O Dr. Christian Shephard jazia em um caixão, que estava sendo guardado naquele momento pela companhia aérea que o levaria de volta à LA para o enterro.

Jack estava cumprindo a promessa que fizera à mãe, estava levando o pai de volta para os Estados Unidos, mas dentro de um mausoléu.

Ele estava cabisbaixo, sentado diante do balcão do bar com uma dose de vodka que já havia amargado devido ao tempo em que estava bebendo do mesmo copo, enquanto aguardava a chamada para o vôo 712 com destino à Los Angeles, quando viu uma morena estonteante adentrar o bar.

Embora tivesse olhado para ela apenas de soslaio, Jack não pôde deixar de notar a beleza e o jeito seguro dela. Aparentava ser muito jovem, cerca de vinte e poucos anos, com a vivacidade própria de pessoas dessa idade. Vivacidade essa que ele não se lembrava de sentir há muito tempo, do alto de seus quarenta anos. Sim, ainda era jovem, mas sentia-se um velho de espírito com todos os problemas que vinha enfrentando ultimamente, como os desentendimentos freqüentes com o pai e o divórcio recente.

A morena sentou-se em um banquinho, não muito afastada dele e exibindo um timbre de voz rouco e melódico, ela pediu ao bartender:

- Tequila e tônica com um pouco de limão.

Apesar da distração que a mulher ao lado representava, Jack continuou de cabeça baixa, mexendo em sua vodka amarga com um palito de misturar bebida. Estava tão absorto naquela atividade, que surpreendeu-se quando a morena se dirigiu a ele:

- Por que estava gritando?

Ele olhou para ela, mas sua mente cansada, de uma noite inteira sem dormir tendo que providenciar os preparativos para o transporte do corpo do pai não foi capaz de formular resposta. Ela insistiu, apesar do aparente descaso dele com a pergunta dela, acrescentando com um sorriso amistoso:

- Com a garota do check-in, você estava gritando com ela.

- Desculpe...eu te conheço?- ele retrucou, não zangado, mas curioso com o início daquele interrogatório.

- Estou no seu vôo para LA.- ela respondeu com segurança, como se aquilo explicasse tudo e justificasse o teor de sua pergunta. Somando-se à resposta, ela chupou os dedos sujos de limão, um por um, parecendo muito à vontade. – Então seu pai morreu, uh?- ela tomou um gole de sua bebida.

- Pensei que não tinha ouvido porque eu estava gritando.- Jack respondeu.

- Estava sendo educada.

Ele finalmente sorriu, parecendo mais à vontade. A moça era impertinente, atrevida, mas ele sabia apreciar o tipo.

- È, meu pai morreu.- respondeu com resignação por fim.

- Como?- ela perguntou visivelmente apenas para dar continuidade à conversa.

- Ataque do coração.- ele respondeu no mesmo tom, sem lágrimas, sem tristeza, nem pesar, embora fosse exatamente isso o que estava sentindo.

Ela beliscou um salgadinho de batata em um pratinho no balcão e olhou para o copo de vodka dele, que ainda possuía dois ou três dedos de bebida que parecia não acabar nunca, enquanto a tequila e tônica dela estava no fim.

- Você não bebe, né?

- Não, não muito.- ele respondeu.

O rosto dela assumiu uma expressão sedutora e ela indagou:

- Sem aliança por que é solteiro ou por que não gosta de usar?

- Está perguntando se eu sou casado?- ele indagou, surpreso com a pergunta, mas tão interessado quanto ela naquela conversa.

- È casado?- ela repetiu a pergunta, de maneira mais objetiva dessa vez e Jack notou que os olhos dela eram tão negros que era quase impossível ver-lhes o fundo. Isso dava a ela uma aura misteriosa.

Ele sorriu, obviamente flertando com ela e respondeu:

- Não, não mais. – em seguida, ele pediu outro drink para ela ao bartender. – Outra tequila e tônica por favor.

Ela chupou os dedos de novo, como se o estivesse provocando e foi sentar-se mais próximo dele.

- Não achei que estivesse prestando atenção.- disse a ele.

- Então, qual é o seu nome?- oh, sim, ele estava muito interessado em saber o nome dela.

- Ana-Lucia.- ela respondeu e apertou a mão dele com camaradagem, de igual para igual, não como outras mulheres teriam feito, puxando-o para pegajosos beijinhos cheios de futilidade em seu rosto.

- Então me conta, Ana-Lucia, por que está tomando tequilas com tônica antes do meio-dia?- ele olhou para o próprio relógio de pulso.

- Odeio voar!- ela confessou. – E me puseram lá atrás no avião. Onde as rodas encostam no chão bem debaixo dos seus pés.

Jack agora era só sorrisos.

- E você, onde está sentado?

- 23 B!- Jack respondeu.

- 42 F! Quer trocar?- ela gracejou.

Ele deu um sorriso inspirador e fez menção de dizer algo importante, mas ela se virou para atender o celular que tocava no bolso de seu casaco de couro marrom.

- Oi, È, estou em Sidney. Espere.- ela pediu à pessoa que estava do outro lado da linha e voltou-se novamente para Jack. – Desculpe...

- Jack!

- Jack. Tenho que atender. Tomaremos o próximo drink no avião, ok?

- 42 F!- ele repetiu.

- 42 F! Certo.- ela concordou.

Ana-Lucia levantou-se do banco e postou-se em direção à saída do bar, porém, antes de ir ela disse a ele:

- Jack, o pior já passou.

Ela sorria de forma meiga e Jack lhe retribuiu o sorriso, acompanhando a saída dela do bar até que chegou até a porta, falando ao celular:

- Me puseram lá atrás no avião!

Os olhos castanho-esverdeados de Jack ficaram concentrados alguns segundos na forma curvilínea dela e no traseiro modelado pela calça apertada. Foi quando ela se afastou que percebeu que durante seu breve diálogo com Ana-Lucia, foi capaz de esquecer toda a tristeza que sentia e tudo o que lhe preocupava. Sim, decididamente tomaria outro drink com ela no avião.

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Não, isso absolutamente não estava nos seus planos. Ana-Lucia não queria ficar mais uma noite sequer em Sidney. Já estava cansada depois de passar quase duas semanas andando de carro de um lado para outro da cidade com um lunático que só conseguia beber os dias e as noites, enquanto ela ficava a maior parte do tempo trancada em um quarto de hotel chique esperando a próxima ordem.

"Vamos ser patéticos juntos", fora a última estúpida proposta que o homem tinha lhe feito e ela fora sensata o bastante para dizer não. Quisera ter sido sensata assim no aeroporto de LA onde o conhecera e ele a convidara para ir à Austrália com ele como sua guarda-costas. A principio lhe parecera loucura, mas logo em seguida pensou, por que não? "Minha vida está uma droga mesmo! O homem que eu amava me deixou, perdi meu bebê, matei um cara, minha mãe descobriu, deixei a polícia e fui trabalhar como revistadora de passageiros no aeroporto." Nisso, Tom tinha razão, ambos eram mesmo patéticos, mas ela não precisava ser patética pelo resto da vida.

Por isso, resolveu deixar Tom para trás, pedir perdão à sua mãe, ainda que pelo telefone e retornar à Los Angeles, onde com a ajuda dela começaria do zero. Mas o destino parecia querer dificultar-lhe as coisas quando depois de uma longa espera de duas horas no aeroporto pelo vôo 712, o sistema de embarque comunicara, através dos alto-falantes que o vôo 712 tinha sido cancelado por problemas técnicos no avião e que todos os passageiros desse vôo deveriam retornar na manhã seguinte para embarcar no vôo 815 da mesma empresa, a Oceanic Airlines.

Ana-Lucia estava bufando de ódio. No banheiro feminino, ela checou sua carteira e viu que não tinha muito dinheiro para pagar um hotel onde passaria mais uma noite em Sidney. Nesse momento, arrependeu-se de não ter aceitado por orgulho a generosa gratificação que Tom lhe oferecera quando ela o informou que voltaria à LA, porém, mesmo assim não recorreria ao homem. Daria seu jeito, nem que tivesse de passar a noite dormindo em uma das cadeiras desconfortáveis do aeroporto.

Resolveu usar o restante do crédito que ainda possuía em seu cartão, talvez sua mãe pudesse lhe mandar algum dinheiro pela manhã e ela sacaria pelo caixa eletrônico. Agora usaria o cartão de crédito e o dinheiro que tinha na carteira para encontrar um hotel modesto onde pudesse jantar e dormir.

Pensando nisso, ela dirigiu-se à saída do aeroporto para tomar um táxi. As nuvens estavam carregadas de chuva no céu e um vento frio cortante fez o corpo dela se arrepiar. Os chuviscos começaram e Ana-Lucia correu pela calçada com sua bolsa pesada nos ombros, gritando:

- Táxi!

Mas aparentemente, todos os passageiros do vôo 712 desejavam um táxi também, para irem embora antes que a tempestade desabasse. Ela esbarrou mais de uma vez em um sujeito muito gordo que reclamava que por causa da Oceanic perderia o aniversário de sua mãe.

Ana tentou pegar um táxi que estava parado diante das portas de vidro, mas desistiu da idéia quando viu uma moça jovem e loira, com uma barriga enorme de gravidez fazendo sinal ao mesmo tempo que ela.

- Oh, desculpe, você viu o táxi primeiro né?- a garota indagou, com uma mão sobre a barriga e a outra arrastando uma pesada mala de rodinhas.

- Não, pode ir! Eu pego outro!- Ana assegurou, abrindo a porta do táxi pra ela.

- Obrigada, mas nós podíamos dividir o táxi, assim você não pega essa chuva.- a moça ofereceu.

- Ah, não, obrigada.- Ana-Lucia recusou, educadamente e a garota partiu no táxi.

Respingos pesados de chuva começaram a cair e Ana-Lucia franziu o cenho se preparando para gritar táxi novamente quando sentiu uma mão firme em seu ombro direito. Voltou-se para ver quem era e seus lábios abriram-se em um lindo sorriso.

- Oi de novo, 23 B!

- Olá, 42 F!- Jack respondeu, correspondendo ao sorriso dela. – O vôo foi cancelado, mas você sabia que vão manter os números das poltronas para o próximo vôo amanhã?

- È, infelizmente.- ela respondeu com pesar. – Parece que não vou escapar de viajar sob as rodas do avião.

- A chuva está aumentando.- ele disse. – Precisamos de um táxi.

- È o que parece.- Ana respondeu, se perguntando porque ele usara o verbo no plural.

Jack então colocou um braço ao redor dela de forma protetora e assoviou, parando um táxi de imediato. Geralmente, Ana-Lucia não gostava dessas demonstrações de superioridade masculina, mas dessa vez não se importou que um homem fizesse algo por ela. Do jeito que o aeroporto estava uma confusão era capaz dela conseguir um táxi só depois da meia noite.

A chuva aumentou o suficiente para começar a ensopá-los. Jack abriu a porta do táxi pra ela, de forma cavalheiresca e esperou que ela entrasse. Uma vez que ela estava acomodada lá dentro, Jack disse a ela:

- Não se esqueça de nosso drink amanhã!

Ele fez menção de fechar a porta do táxi e o coração dela bateu forte.

- Hey!- ela o chamou, antes que ele fechasse a porta do carro. – Por que esperar até amanhã pelo drink?

Jack ergueu uma sobrancelha.

- Eu não sei ao certo pra onde ir esta noite... – ela confessou. – Por que não vem comigo?

Pronto, o convite estava feito e Jack estava mais do que inclinado a aceitar. Por que não desfrutar daquela doce companhia se tinha que ficar mais uma noite em Sidney remoendo a culpa que sentia pela morte de seu pai?

Jack colocou sua bagagem no porta-malas do táxi e entrou no carro, sentando-se no banco de trás, ao lado dela. Havia bastante espaço para que cada um se recostasse a uma janela, mas o frio e a estranha atração que se apoderara de ambos fez com que eles ficassem muito próximos um do outro, as coxas se tocando.

- Pra onde vamos?- ela indagou, de repente.

- Gostaria de ir a um hotel?- ele perguntou e o taxista deu uma olhada maliciosa para o banco de trás. Ana-Lucia ergueu uma sobrancelha e Jack percebeu sua gafe. – Eu digo, para deixar suas coisas, trocar de roupa...vai precisar de um lugar para passar a noite.

- Sim, eu quero ir a um hotel.- ela respondeu e o restante das palavras foram sussurrados, para que só Jack pudesse ouvir: - O mesmo hotel que você for.

- Para o Hilton.- Jack disse de imediato ao motorista, tentando controlar as sensações que se apoderaram dele quando ela disse que queria ir para o mesmo hotel que ele. "Mesmo hotel, mas não mesmo quarto".- Jack pensou por fim, mas estava esperançoso de conseguir mais que um drink aquela noite com ela.

O táxi seguiu o itinerário pedido por Jack. O hotel Hilton em Sidney não era muito longe do aeroporto, mas naquele final de tarde, Jack achou a distância entre ambos muito mais longa que a habitual. A verdade é que estava nervoso, aceitara a proposta de dividirem o mesmo táxi, o mesmo hotel e agora surgia a possibilidade de dividirem a mesma cama. Ora, ele estava em Sidney para levar seu pai de volta para LA, morenas sensuais não faziam parte da missão, mas ele não podia resistir.

Ela voltou-se para ele, como se fosse dizer alguma coisa, mas nada disse, apenas o fitou com aqueles enormes olhos negros que tanto o impressionaram. Jack reparou no colar em forma de meia-lua que ela trazia ao pescoço. Antes que pudesse parar a si mesmo, seus dedos brincaram com a jóia.

- È bonito!

- Foi presente do meu pai. Mas ele já morreu. – ela comentou, com a mesma naturalidade com que perguntara a Jack sobre o pai dele.

- Ele morreu de quê?

- Em serviço. Ele era policial.- dessa vez a resposta dela foi evasiva e ela pareceu um tanto incomodada em tocar naquele assunto, Jack pensou em mudar o rumo da conversa, mas simplesmente não sabia o que dizer. Seus olhos agora estavam focados na suavidade dos lábios rubros e carnudos dela que pediam beijos.

A mão dele parou de brincar com o colar e tocou levemente a dela que estava repousada sobre um de seus joelhos. Os rostos ficaram muito próximos e o roçar dos lábios foi inevitável. Mais uma vez o motorista lançou um olhar para o banco de trás, mas nada disse, seguindo seu caminho.

Jack pegou-se surpreso quando beijou a boca de Ana-Lucia. Os lábios dela eram de uma maciez que ele não se lembrava de já ter experimentado antes, quentes e saborosos. Não queria mais parar de beijá-la e eles não se separaram, ficaram beijando por muito tempo. Os lábios se encontrado, as línguas duelando. Paravam apenas de vem em quando para retomar o fôlego, mas aí voltavam a uni-los, inebriados pela doçura daqueles beijos.

Quando o motorista parou o carro à frente do hotel Hilton, teve que pigarrear para afastar o casal. Embaraçado, Jack sorriu e procurou pela carteira no paletó enquanto Ana-Lucia puxava sua própria carteira dentro da bolsa. Jack notou o gesto dela e disse:

- Não, deixa que eu pago!

- Não, eu ainda tenho algum dinheiro.- ela contestou, mas Jack tocou-lhe o joelho, suavemente.

- Pode deixa, Ana!

Ele pagou ao motorista e quando eles desceram do carro, a chuva forte ainda caía e eles tiveram que correr para dentro do saguão do hotel.

- Sabe, eu não faço isso... – ela disse, quando eles pararam diante da recepção. – Você não me deixou pagar e...

- Sei que não faz!- ele respondeu com convicção, acreditava nela. Sabia que o fato de estarem ali juntos naquele hotel decorrera da atração instantânea que ambos sentiram no bar do aeroporto, nada tinha a ver com "facilidades" ou interesses financeiros. E ele também não estava procurando uma "acompanhante" para passar o tempo, ele queria apenas passar alguns momentos com aquela morena de sorriso fácil capaz de confrontá-lo e fazê-lo esquecer de suas próprias agruras.

Jack aproximou-se dão balcão da recepção seguido por Ana-Lucia e a simpática atendente sorriu para eles.

- Gostariam de um quarto?

Ele olhou para ela e tentou descobrir se haveria alguma hesitação caso ele solicitasse apenas um quarto, mas surpreendeu-se quando ela concordou de pronto, dizendo:

- Sim, queremos um quarto.

A atendente voltou a sorrir, de maneira afetada devido à natureza de seu trabalho e começou a checar a disponibilidade dos quartos no computador. Jack olhou para Ana-Lucia e a viu sorrir de maneira sedutora, envolvente. Os beijos trocados no táxi ainda queimavam em seus lábios, e a perspectiva de fazer amor com ela assim que chegassem ao quarto enviava calor por todo seu corpo, concentrando-se naquele lugarzinho especial.

Alguns minutos depois, a atendente cedia à eles o quarto 42 no quarto andar e um empregado se prontificou a levar a bagagem deles, mas Jack assegurou que não seria preciso, pois ele trazia consigo uma única valise e Ana-Lucia carregava apenas uma pequena mochila.

Dentro do elevador, rumo ao quarto andar, Jack segurou a mão pequena de Ana-Lucia e ficou acariciando-a com os dedos. O coração batendo forte, na expectativa de chegarem logo ao quarto.

Assim que adentraram o luxuoso quarto do hotel, Jack não pôde esperar mais. Ana-Lucia deu alguns passos dentro do quarto, estava muito escuro.

- Jack, você encontrou o interruptor?- Ana-Lucia perguntou, colocando sua bolsa no chão e tentando enxergar no escuro.

Mas a resposta dele foi silenciosa. A luz de um abajur foi acesa e o quarto foi parcialmente iluminado. Ela sentiu a presença de Jack atrás de si e seu corpo foi invadido por uma onda de ansiedade e excitação.

Jack a agarrou por trás, beijando seu pescoço delicadamente. Ana-Lucia suspirou e sentiu as mãos dele tocando seus seios por cima do casaco de couro. Ela então, tirou o casaco depressa e voltou-se para ele, buscando seus lábios.

A tensão no quarto era palpável. Jack a encostou na parede e suspendeu sua blusa branca encontrando um top preto por baixo.

- Duas blusas?- ele retrucou. – Um homem da minha idade não tem paciência para tanta roupa.

- Oh, pobre ancião!- Ana gracejou. – Está ansioso para ver meu corpo?

- Eu quero você toda nua!- ele sussurrou, voltando a beijá-la.

Ana-Lucia tirou a blusa branca com a ajuda dele e pôs-se a tirar-lhe o paletó e a camisa, passando as mãos pelos pêlos castanhos do peito dele.

Jack beijou-lhe a boca com paixão, sugando o lábio inferior dela antes de erguer o top preto e libertar os seios, cujos mamilos já estavam marcando a roupa de tão excitados que estavam.

- Você é gostosa, garota! Muito gostosa!- ele comentou, encantado com a delicadeza do corpo dela. – Linda!

- Vai ficar só olhando?- ela provocou, puxando-o para mais um beijo.

Jack deixou cair completamente sua camisa ao chão e colou seu corpo ao dela, roçando seu peito nos seios dela. Ana-Lucia estava arrepiada com as sensações que ele causava nela, jamais pensou que faria amor com um desconhecido antes de voltar à LA e que desfrutaria tanto disso. Mas aquele homem lhe inspirara confiança desde que o vira implorando à atendente do check-in que o deixasse embarcar o corpo do pai.

Ele a ouviu gemer baixinho quando se afastou dos lábios dela para explorar novos horizontes. Jack gostava de fazer amor com calma, bem devagar, explorando o corpo inteiro da parceira, encontrando os pontos secretos que mais lhe dariam prazer. Mas Ana-Lucia estava afoita e ondulava seu corpo contra o dele desejando que tudo acontecesse logo.

Mas Jack realmente não estava com pressa, queria mais era provar cada pedacinho que pudesse daquele corpo delicioso. Beijou os seios dela quase que com uma reverência de tão gentil que a carícia foi e desceu os beijos para a barriga dela, demorando-se no umbigo, arrancando um gemido um pouco mais alto dela.

- Quero ouvir você... – ele pediu, abrindo o botão metálico da calça jeans dela e vislumbrando o elástico da calcinha.

Ana mordeu o lábio inferior quando ele passou os dedos de forma provocante pela linha invisível entre o umbigo e sua feminilidade, apenas provocando, sem tocar no ponto que estava queimando de excitação entre as coxas dela.

- Ana! Preciso ouvir você!- ele insistiu quando ela permaneceu em silêncio, deixando que ele ouvisse apenas o som de sua respiração entrecortada. Ela não costumava ser muito vocal no sexo, pelo menos não com qualquer parceiro, mas Jack estava lhe provocando de tal forma que ela estava se contendo para não começar a gemer sem parar em alto e bom som, e ele mal a tinha tocado ainda.

- Hummm...hummmm... – ela deixou escapar quando ele mordiscou ao redor do umbigo dela e enfiou a língua no botão redondo e escondido, tentando chegar ao fundo.

- Isso, pequena...assim... – ele aprovou o som que ela fez e a recompensou por isso, deslizando a calça jeans dela para baixo até o meio das coxas e beijando bem em cima de seu sexo através do tecido da calcinha.

Ana gemeu novamente e procurou apoio na parede onde estava encostada, mas seus dedos deslizaram pela superfície lisa. Ela ainda usava suas botas e Jack ergueu a bainha da calça jeans até que tivesse acesso ao zíper delas e pudesse deslizá-la para fora dos pés dela, beijando cada tornozelo.

A luz reincidia sob o corpo moreno dela causando um interessante contraste. Jack estava ansioso por ver mais e uma vez que a tinha livrado das calças e das botas, deu pequenas mordidas na cintura fina dela, tocando os quadris largos e puxou o elástico fino da calcinha com os dentes. Um pouco mais de pele foi revelado e dessa vez foi Jack quem não conteve um gemido. Debaixo do elástico da calcinha o tom da pele dela era algumas nuances mais claras, revelando que ela gostava de se bronzear.

- Ah, as praias da Califórnia.- ele comentou, fazendo-a sorrir.

Jack entremeou os dedos em ambos os lados da calcinha dela e deslizou a peça para baixo, só de uma vez, deixando-a completamente nua. Nesse momento, ele ficou de pé para admirá-la à luz do abajur.

Ana-Lucia sorriu, ainda recostada à parede. Não havia nenhum embaraço em seu semblante. Ela estava muito à vontade com sua nudez e Jack adorou isso, admirando os cachos negros dos cabelos dela que lhe caíam por sob os ombros, os seios perfeitos, os quadris largos e a penugem escura entre suas coxas que recobria seus segredos mais íntimos.

Voltou a se encostar no corpo dela e ergueu-lhe o queixo com doçura.

- Você é linda demais! O que uma ninfeta gostosa como você pode querer comigo?- ele indagou, fascinado, com ambas as mãos nos seios dela, apalpando-os, os dedos brincando com os mamilos escuros e eretos.

- Bem, eu não conheço nenhum ancião que use tatuagens.- ela provocou, passando os dedos sob as tatuagens em um dos braços musculosos de Jack. – E também não conheço nenhum ancião com um físico como esse...agora só me resta saber se... – Ana não continuou a falar, sua mão foi certeira ao tocar a ereção dele e acariciá-lo.

- Saber se... – ele continuou, querendo que ela completasse a frase enquanto enterrava seu rosto nos cabelos negros, sentindo o cheiro bom deles.

- Saber até onde você pode me levar.- ela completou, passando suas mãos ao redor do pescoço dele.

Jack a abraçou com força, sentindo-lhe o corpo quente e macio e uma de suas mãos deslizou desde o seio, passou pela barriga e repousou na vagina dela, acariciando. Ana gemeu baixinho no ouvido dele e Jack apressou-se em tirar as calças. Em poucos segundos estava nu diante dela, sentindo um indescritível prazer por ter seu sexo livre para possuí-la agora.

Em outros momentos, o bom senso o faria lembrar-se de que estando com uma desconhecida, deveria se preocupar com preservativos e coisas do tipo, mas ali, de pé junto a ela, nu, com um desejo impossível de ser refreado, Jack apenas roçou seu corpo no dela e a levantou do chão, como se ela não pesasse mais que uma pluma.

As bocas voltaram a se unir num beijo selvagem. Os lábios se tocavam e se separavam. Ana tinha a boca aberta contra a dele, fazendo com que Jack sentisse seu hálito gostoso e sua respiração. De repente, ela fez um som tão diferente, como uma tigresa ronronando enquanto se preparava para devorar sua presa que Jack quase perdeu o equilíbrio de tanto tesão. Ela queria ser tomada com força e bem depressa, e ele, Jack Shephard não a decepcionaria.

Caminhou com ela pelo quarto, beijando-a, enquanto ela se mantinha grudada a ele, as pernas apertadas em torno de seus quadris. Mas onde estava a cama? Ela se esfregou nele, com força, gemendo, pedindo para ser tomada e ele não podia perder tempo procurando a cama. Puxando-a mais forte contra ele, Jack abaixou-se e a deitou no chão de carpete do quarto, deitando-se em cima dela.

Ana-Lucia olhou para ele com olhos de tigresa faminta e abriu as pernas num convite explícito à união dos corpos. Jack a segurou pelos quadris, que dançavam impacientes debaixo dele e sondou a abertura convidativa dela, macia e úmida, esfregando levemente o pênis ereto antes de inseri-lo bem devagar.

Ela ergueu o quadril e acompanhou a penetração com pequenos movimentos até que ele estivesse inteiro dentro dela.

- Nada mal para um homem velho... – ela gracejou com a respiração presa na garganta, sentindo-se cheia com aquele encaixe tão apertado.

Jack suspirou, começando a se mover com cuidado. Ele estava sendo gentil, ela sabia, mas Ana queria mesmo era que ele perdesse o controle e invadisse seu corpo sem nenhuma preocupação dando todo o prazer que ela necessitava, por isso, o instigou a isso, dizendo:

- Mais forte...mais forte, Jack!

Ele beijou-lhe os lábios com delicadeza, retirou-se de dentro dela apenas até a metade de seu membro e a penetrou de novo, dessa vez com mais força.

- Assim?

- Ohhh!- ela gemeu, rouca. – Assim, mais forte! Quero mais forte!

Jack repetiu o movimento e passou a aplicar ainda mais força, se movendo com fúria dentro dela, sem mais se preocupar em machucá-la. Ela gemia alto, estava gostando daquilo.

- È assim que você gosta, ninfeta? Bem forte...

- Sim...sim...- ela repetia, se movendo contra ele no mesmo ritmo.

De repente, ela surpreendeu Jack, trocando de posição com ele e ficando por cima. Seus cabelos roçando-lhe o peito. Jack enlouqueceu com a forma que ela se impulsionava sobre ele, com a paixão com que se movia.

A vagina apertada dela segurando seu pênis, mantendo-o dentro do corpo dela, exatamente onde ela o queria. Tentando retomar o controle, Jack a segurou pela cintura e a penetrou mais fundo, fazendo com que ela respirasse forte, buscando ar.

Ana-Lucia jogou a cabeça para trás e murmurou várias palavras em um idioma que Jack não pôde discernir naquele momento de prazer e luxúria até que o mundo pareceu explodir ao seu redor quando ele a sentiu gozar em ondas de calor que arrepiaram todo o corpo masculino fazendo com que ele atingisse a própria liberação e a enchesse com seu gozo.

Suada, ela deixou-se cair sobre o peito dele e lá ficou até que sua respiração começasse a normalizar. Os corpos, porém, permaneciam intimamente unidos.

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- Gosto de cabelos do peito.- ela disse espontânea, saindo de cima dele e rolando para o lado antes de acariciar-lhe os pêlos do peito, puxando-os levemente, causando uma pequena dor.

Jack deu uma risada.

- Você é incrível!- ele elogiou, virando de lado e acariciando as curvas do corpo dela.

- Só porque eu consegui "despertar" um homem velho?- ela sorria, livremente e Jack quis beijá-la outra vez.

Quando se afastaram novamente, Jack disse:

- Me desculpe por não ter conseguido chegar à cama!

Ela riu:

- Ok, a sua pressa derruba toda e qualquer teoria de que você seja velho.

Jack sentou-se no chão e com cuidado a puxou para si, erguendo-a nos braços quando se levantou.

- Vou te levar pra cama, nenê, já passou da hora de garotinhas estarem acordadas.

- Só as bem comportadas dormem tão cedo, e eu não sou uma garota bem comportada.

Jack a deitou sob os lençóis e a cobriu, gentilmente. Ana recostou a cabeça nos travesseiros e bocejou, perguntando com a voz pesada de sono:

- Você não vai deitar comigo?

- Eu tenho que fazer uma coisa antes, mas vou deitar logo. Está com fome?- ele beijou-lhe a têmpora.

- Uhum.- ela assentiu, de olhos fechados.

- Vou pedir algo gostoso pra gente comer. Do que você gosta?

- Hummm, macarrão, com muito molho de tomate...

Jack sorriu, porque ela mal tinha terminado a frase e ele a ouviu ressonar suavemente em seu sono. Quisera ele pudesse dormir também. Enquanto faziam amor, ele sentiu-se feliz e relaxado, mas depois do prazer, aquela incômoda sensação sobre ter que voltar para Los Angeles com o corpo do pai o tomava outra vez. Seu pai estava morto há quase dois dias e ele não tinha conseguido chorar o suficiente ainda. Mas não decepcionaria a bela morena que dormia em sua cama, com lágrimas e histórias tristes sobre seu pai. Resolveu que pediria o jantar pra dois e que depois a amaria na cama, bem devagar, para compensar a pressa que ele tivera quando chegaram ao quarto.

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Ana-Lucia despertou com o roçar de uma barba mal feita em seu pescoço. Sorriu e deu um pequeno gemido rouco.

- Jack?

- O seu macarrão já chegou e se não comer agora vai esfriar.

Ela esfregou os olhos e sentou-se na cama, puxando a coberta consigo.

- Macarrão com muito molho de tomate e pimenta?

- Eu estava em dúvida se você gostava ou não de pimenta, então eu mandei o serviço de quarto acrescentar ao pedido mesmo assim...

Ana levantou-se da cama e caminhou pelo quarto ainda segurando as cobertas ao redor de seu corpo. Jack achou aquele gesto adorável, pois apesar de terem acabado de fazer amor no chão acarpetado do hotel, ela não se mantinha completamente disponível para ele apesar da intimidade que desfrutaram.

Jack foi sentar-se com ela à pequena mesa posta para dois, enquanto Ana-Lucia destampava as apetitosas e fumegantes travessas de comida.

- Filé à parmegiana e macarrão com molho de tomate apimentado!- ela exclamou. – Oh, Jack você é deliciosamente mau!

Ele riu:

- Preocupada com a silhueta?

- Não, homem.- ela respondeu, servindo-se de uma porção generosa de macarrão. – Uma das coisas que você precisa aprender sobre mim, é que eu penso que a vida é muito curta para ser desperdiçada com dietas. Eu gosto muito de comer bem!

- Não precisa se preocupar mesmo, seu corpo é muito em forma.- ele elogiou, incapaz de tirar seus olhos dela, ficando excitado de novo sabendo que ela estava nua debaixo das cobertas.

- Gosto de exercícios físicos.- ela respondeu vagamente, levando o garfo de macarrão à boca e saboreando com prazer o molho picante.

- Hummm...que delícia!- ela gemeu, deixando escapar um pouco de molho de tomate no cantinho da boca.

Jack pegou um lencinho e limpou no lugar exato, num gesto cuidadoso. Ela sorriu em agradecimento.

- O que faz em Sidney?- ele perguntou de repente, enquanto servia um pedaço de filé em seu prato.

- Eu viajei pra cá a trabalho.- ela respondeu, sem acrescentar mais nada enquanto se servia de uma taça do vinho que Jack escolhera. – Muito bom o vinho!- elogiou. – Você tem bom gosto pra muitas coisas, Jack.

Ele beijou-lhe a mão e disse:

- Você é linda demais!

Eles beijaram-se profundamente e Ana-Lucia ergueu-se da cadeira, segurando a coberta ao redor de si.

- Será que posso vestir a sua camisa para terminar de jantar? Não consigo mexer meus braços direito sem deixar as cobertas escorregarem...

Jack a fitou dos pés à cabeça. Ela exalava sensualidade e sabia disso, seduzindo-o daquele jeito.

- Claro. Pode pegar o quiser, baby.

- Quanta generosidade!- ela exclamou, caminhando pelo quarto. Juntou a camisa branca de Jack que estava jogada no chão, junto com sua calcinha e entrou no banheiro.

Jack ouviu o barulho do chuveiro e ela saiu poucos minutos depois, com o cabelo úmido, cheirando a sabonete de lavanda, usando a camisa dele, com dois botões abertos, expondo um delicioso decote.

Ele ergueu-se da cadeira e não resistiu abraçá-la.

- Hum, você está cheirosa...

- O jantar esfriou?

Jack balançou a cabeça negativamente e Ana voltou para seu lugar, voltando a comer também.

- Eu precisava tomar um banho.- explicou. – Estava muito suada...

- Tudo bem.- ele respondeu.

- E excitada.- ela continuou. – Você e suas tatuagens, estão mexendo comigo, homem!- ela fitou o peito nu de Jack, cheia de desejo.

A virilha voltou a incomodá-lo, mas ele não se mexeu do lugar, esperou que ela tomasse a iniciativa. Ana-Lucia levantou-se da cadeira e indagou, sedutora:

- Quer dançar, Jack?

- Dançar?- ele indagou, surpreso. – Mas não temos música.

- A música está aqui.- ela colocou um dedo em sua têmpora, indicando que a música estava na mente.

Ana o puxou delicadamente pela mão e com um gesto sensual o convidou a acompanhá-la.

- Você é o quê? Bailarina?

Ela riu gostoso e rodopiou pelo quarto com ele. Mais uma vez, Jack esquecia um pouco a tensão que estava sentindo. Ana-Lucia o fazia sentir-se leve, livre de qualquer pecado e isso era muito bom, embora estivesse acontecendo muito rápido, tudo em uma única noite.

Eles dançaram juntos ao som da música imaginária que lhes aquecia os corações e rodopiaram pelo quarto até ficarem tontos, quando então Jack levou Ana-Lucia para a cama novamente.

Jack não soube explicar o porquê, mas junto dela sentia uma paz de espírito que pensou jamais poderia experimentar aqueles dias. Na cama, ele recomeçou a beijá-la devagar, com ternura. Ela mostrou-se receptiva e o beijava de volta, ainda que não se movesse do lugar.

Ele desabotoou a blusa dele que ela vestia e mais uma vez desnudou-lhe o corpo para ele aquela noite.

- Não sei nada sobre você... – ele murmurou. – Só sei que é linda, gostosa, tem uma voz deliciosa... – ele beijou o pescoço dela com delicadeza, causando-lhe arrepios na pele.

- Sabe o suficiente.- ela respondeu, erguendo um pouco o tronco para que ele saboreasse os seios, que se empinavam na direção dele. – Sabe que eu gosto de macarrão e molho de tomate, que tenho medo de voar e que estou gostando muito de estar com você, Jack!

Ele roçou o rosto pelos seios dela, lambeu um mamilo e o mordiscou. Ouviu a respiração dela acelerar.

- Sim, eu sei de tudo isso sobre você, é verdade. Mas sei de mais uma coisa...

- O quê?- ela indagou, fitando os olhos bonitos dele.

- Que você é uma mulher que eu não posso deixar escapar dos meus braços...

- Mas eu não quero escapar dos seus braços.- ela respondeu, puxando-o para um beijo.

As mãos de Jack tocaram todo o corpo dela, experimentando os lugares onde a sensibilidade dela era maior e fez grandes descobertas. Ana-Lucia se arrepiava inteira quando ele lhe soprava a nuca ou mordia levemente os bicos dos seios. Descobriu também que ela se deliciava quando ele beijava a parte interna das coxas e atrás do joelho, passando a língua levemente e sentindo-a estremecer em seus braços.

- Vem aqui, vem... – ela pediu quando ele se colocou entre as coxas dela e passou as mãos com vagar pela pele dela, apalpando de leve.

- Hum, acho que vou ficar por aqui mesmo...

Ela riu e deixou que ele ficasse onde estava, por enquanto. Jack deslizou a calcinha dela para baixo e cada pedaço que ficava descoberto, ele beijava com carinho. Ainda estava maravilhado com o lindo contraste que a pele bronzeada dela fazia com a parte escondida, destacando os ralos pêlos escuros e macios de sua intimidade.

Jack passou o dedo sobre eles e se abaixou, beijando a barriga dela. Ana sentiu uma pequena palpitação em sua vagina, porque ele estava perto demais e mal a tocava. Por causa disso, ela esfregou as coxas nervosamente. Jack sorriu e segurou-lhe as coxas, afastando-as e expondo-a para ele.

A visão erótica o deixou sem fôlego. A excitação dela era completamente perceptível e Jack não hesitou em saboreá-la com seus lábios, beijando-a intimamente. Mais uma vez Ana gemeu aquela noite, deixando que o prazer falasse mais alto ao invés de guardar suas emoções para si mesma.

Jack sentiu que ela lhe segurava pelos ombros, acariciando-lhe a nuca, incentivando-o a continuar. E ele provou dela até deixá-la lânguida de prazer, implorando para ser preenchida por ele.

- Me possui, agora!- ela sussurrou, convidando-o com um gesto sensual dos dedos a deitar-se sobre ela e ele procurou o calor do corpo feminino, se estreitando entre as coxas bem torneadas. Mais um beijo foi trocado enquanto ela o sentia invadindo seu corpo, com menos cuidado que da última vez porque agora seus corpos pareciam habituados um ao outro.

Jack gostou de sentir-se profundamente dentro dela, porque a sensação que tinha era a de total completude. Não se lembrava de ter sentido isso com outra mulher desde Sarah.

"Sarah". Sua mente pronunciou o nome dela, mas pareceu tão sem importância diante do amor gostoso que estava fazendo com aquela morena misteriosa, que o estava levando ao delírio.

- Hummm...você faz tão gostoso, Jack. – ela elogiou o desempenho dele, acariciando-lhe as costas e passando as unhas levemente para deixá-lo mais excitado.

- È você que faz eu me sentir assim... – ele respondeu, beijando-lhe o pescoço antes de buscar-lhe a boca para novos beijos selvagens.

Eles rolaram na cama e Jack colocou-a de lado, buscando o apoio na cama com o próprio corpo, mantendo-se dentro do corpo dela. A mudança súbita de posição a fez dar um gemido bem alto de satisfação que fez Jack colar-se ainda mais ao corpo dela, gemendo e segurando-lhe um dos seios com força.

Ana recostou sua cabeça ao ombro dele, puxando ar e gemendo palavras desconhecidas para Jack. Mas no tom em que estavam sendo ditas, era óbvio que se referia ao intenso prazer que ela sentia.

- No quiero que pare...oh no...tomame cariño...así...cerca de mi...tocame...

Jack deslizou uma das mãos pelas coxas dela e tocou-lhe o clitóris, exposto pela posição em que sem encontravam. Pressionou-o com delicadeza até senti-la se contorcer em seus braços e gritar seu nome. O ápice da noite foi ouvir seu nome sendo dito daquela maneira por aquela voz rouca e gostosa.

- Jackkk...

O orgasmo intenso dela liberou seu próprio gozo e ele fechou os olhos, imerso em puro prazer, pronunciando suavemente o nome dela:

- Ana-Lucia...

Continua...