Trovões
O barulho das molas do colchão velho sendo comprimidas pelo peso dos corpos dele abafou, aos ouvidos de Rose, o som do terceiro trovão. Mesmo assim a garota tremia, pelos dois que vieram antes desse a fizeram correr temerosa para o quarto ocupado por Albus.
Era em noites como aquela que Rose provava que até grifinórios têm medo.
O quarto trovão veio logo depois do clarão no céu e nem a chuva forte que caía do lado de fora conseguia impedir o barulho de ser ouvido por Rose, mas Albus com seus simples toques gelados contornando suas formas a faziam ficar ocupada demais para perceber qualquer coisa que não fosse ele e sua presença em cima dela. A garota até esquecia de que estava na Toca (e que seus outros primos dormiam no quarto do lado), esquecia que ela tinha um namorado e que seu primo também tinha uma companheira; ela tinha medo e não podia ficar sozinha.
Quando ele finalmente tocou os lábios no dela Rose apertou mais as pernas ao redor da cintura dele e pegou sua blusa, tentando a qualquer custo tirá-la do caminho. O beijo teve que ser interrompido e agilmente ambas as blusas foram tiradas.
- Albus... - ela fechou os olhos e murmurou com mais medo depois de mais um trovão ecoar.
- Shh, - ele pedia e acariciava o rosto dela.
As mãos frias dele foram para as costas dela e o fecho do sutiã foi aberto e a peça tirada. Temendo que ela começasse a chorar, como já tinha acontecido antes por ele ter demorado e vários outros trovões brilharem no céu escuro e ecoarem, ele a beijou e concentrou suas mãos em abaixar a calcinha que ela usava.
O som do gemido de Rose abafou mais um trovão quando Albus começou a beijar seu pescoço. Ela botou as mãos no cabelo dele, quase incomodada de ansiedade quando ouviu a última peça de roupa dele sendo tirada.
Quando eles finalmente se juntaram, ficou a dúvida se o trovão foi abafado pelo gemido deles, ou o gemido deles foi abafado pelo trovão.
Depois disso, Rose já não ouvia os trovões; não conseguia ouvi-los sobre o som dos seus corpos entrando em atrito ou sobre Albus murmurando em seu ouvido ou sobre seus próprios gemidos a cada aprofundação do contato. É claro que os toques dele também a tiravam de sua consciência. Aquela mão apoiando sua coxa para cima e dando uma maior abertura para ele entrar mais rápido e mais fundo; os dedos dele no seu cabelo, às vezes machucando, às vezes a ajudando a se acostumar com o ritmo; a língua, os lábios, sua boca inteira brincando com seus seios.
Era demais para Rose pensar nos trovões, era demais até para ela pensar no que fosse.
Tentou levantar mais suas pernas e Albus foi clemente com seu pedido silencioso, impulsionando as pernas dela para cima. Os olhos lhe giravam nas orbitas e a boca estava semi-aberta a procura de ar e soltando os sons que denunciavam seu prazer.
Não demorou muito para ela sentir o maior prazer que podia em uma noite de trovões. Ele não demorou muito mais, também, e caiu quase dormindo por cima dela, que não se importou nem um pouco com o peso extra.
Ainda letárgica, Rose conseguiu ver o clarão, mas a única coisa que seus ouvidos pareciam ouvir era a respiração acelerada dos dois. Um sorriso bobo brincou em seus lábios enquanto ela fechava os olhos lentamente, conseguiu dormir em pouco tempo.
Albus, ainda dentro dela e sentindo-se mole demais para fazer o mínimo esforço, deitou a cabeça ao lado da dela no travesseiro, ainda com o corpo por cima do dela, e fechou os olhos suspirando. Ele tinha até percebido que Rose tinha dormido, mas não iria acordá-la.
Ele sabia do medo de trovões da prima e não se importava em ajudá-la sempre que necessário.
Só pra não perder a mania de postar PWP :3
Agradeço a pessoinha especial que me confessou que tinha medo de trovões, fiz essa fic graças ao seu medo (e é claro graças à minha cabeça perturbada).
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