Prólogo
Não sei porque por algum momento tive a mais inútil esperança de que sairia bem dessa. Não tinha esperanças sequer de que sairia viva, quanto mais bem.
Mas não esperava pelo que viria a seguir. Sabia que tinha uma opção, mas estava fora de cogitação. Viver ao lado dele havia se tornado essencial, não poderia abrir mão disso. Mas não poderia deixá-lo tornar-se vulnerável a eles, apesar de essa ser minha melhor opção.
Poderia fugir, poderia viver, sair dessa vida cretina de dançarina de bar. Mas a que troco? Nunca pensei que minhas perspectivas de vida mudariam tanto nos últimos meses, mas outro fato também era certo: eu nunca fui muito de pensar em mim mesma.
