CONTEÚDO INAPROPRIADO PARA MENORES DE 18 ANOS

Severo Snape estava cansado, sentado em sua mesa na sala de aula da masmorra, tudo o que queria era recolher-se aos seus aposentos, onde poderia desfrutar um pouco de paz e silêncio. Mas ainda teria pela frente três aulas longas e maçantes, e para piorar seu pior pesadelo: a aula dos sextos anos da Grifinória e da Sonserina.

O professor passou as mãos pelos cabelos, negros e brilhantes, num gesto exasperado quando ouviu os primeiros alunos se aproximarem das masmorras. Levantou-se e parou a alguns centímetros da mesa de mogno, colocando no rosto sua expressão mais ameaçadora.

Os primeiros alunos passaram pela porta conversando animadamente, como era comum, começaram a sentar-se em seus lugares, e então, como que para atormentá-lo Amber Martynov apareceu à porta, sozinha como de costume. A primeira coisa que chamou atenção de Snape foram as pernas da garota, à mostra já que a saia, que originalmente deveria passar dos joelhos, a cada semana ficava mais curta (se é que era possível).

Snape ergueu os olhos, e viu o sorriso resplandecente da garota, que naquele dia havia escolhido Elore Macgroll, um sonserino, para ser a nova vítima de seus encantos. Sentiu-se estranho e uma vontade louca de expulsar o garoto da sala se apossou dele. Embaraçado com as próprias reações, virou-se decidindo não mais focar sua atenção em Amber.

- Sentem-se logo, formem duplas. – Ele ordenou num tom brusco. Passou a poção do dia, um simples tônico para a memória que era requerido na grade escolar, para que os alunos pudessem fazer seus N.I.E.M.s.

Depois de alguns minutos os alunos trabalhavam em relativo silêncio e Snape sentou-se novamente limitando-se a observar o trabalho de sua mesa. Sem perceber seu olhar já estava se fixando na pequena sedutora que era Amber.

Amber agora estava sentada na bancada e lia as instruções para a colega, o sotaque leve de sua língua natal, o russo, soando extremamente sensual aos ouvidos do professor. Severo notou como os longos cabelos escuros caiam displicentemente sobre o busto da garota, aliás, um belo busto, realçado por um decote indecente sobre o qual a garota já fora advertida diversas vezes.

Severo fechou ainda mais a expressão ao perceber que ele não era o único a observar os encantos da garota, a maior parte dos garotos de sua turma também estavam completamente embevecidos pelos encantos fora do comum de Amber. Ela sorriu de repente e passou a língua pelos lábios rubros, deixando-os úmidos, e então ergueu os olhos castanho-escuros para o professor, flagrando o olhar cobiçoso de Snape.

Ele não se abalou, lançou um olhar austero esperando que a garota ficasse incomodada e desviasse sua atenção para outros além dele. Mas Amber não o fez, ela mordeu provocantemente o lábio inferior, os olhos fixos na reação do professor, Severo sentiu o corpo se aquecer em uma mistura de raiva e desejo, fez menção de prestar atenção ao resto da sala, sabendo que estava sendo ridículo.

E foi exatamente naquele momento que Elore Macgroll adicionou algum ingrediente errado ao caldeirão a mistura subiu como uma enxurrada, fez alguns vidros da bancada explodirem, e encharcou o garoto da cabeça aos pés.

- Seu tolo! – Grunhiu Snape, que apareceu do lado do garoto em uma fração de segundos. – Vã se secar seu imbecil, e volte aqui para limpar essa baderna, dê graças ao meu bom humor por você não ganhar uma detenção! – Esbravejou.

O garoto virou-se rápido e saiu da vista do professor, seu parceiro olhava amedrontado para Severo, que apenas lhe ordenou que começasse novamente. Não queria ter que cuidar de nenhum aluno naquele dia, queria apenas que o dia terminasse.

- Elore, deixe-me ver...

Ao ouvir a voz baixa e sedutora, Severo sentiu os cabelos da nuca se eriçarem, virou-se rápido, bem a tempo de ver Amber parada ao lado do garoto, segurava-lhe a mão e então o professor notou um pequeno sangramento no dedo indicador do garoto.

Um Elore surpreso e feliz observava a cena sem saber como agir. Snape pensou em reclamar da demonstração de afeto, mas decidiu não fazê-lo. Aquilo, pensou ele, era Amber aprontando novamente, como vinha fazendo nos últimos meses. Que cuidasse do imbecil! Deu as costas a ambos e andou em direção a sua mesa, tinha o firme propósito de terminar aquela aula sem nenhum aluno a quem precisaria aplicar detenção.

- Minha nossa! – Uma aluna da Sonserina pela qual Snape passava exclamou, e ele apesar da decisão, Poe força do hábito fitou a garota. Ao vê-la olhando fixamente na direção do casal que há pouco conversava, e ao ouvir mais sussurros abafados vindos de todos os lados da masmorra, se virou.

Amber lambia lascivamente o dedo de Elore, que muito vermelho, estava paralisado, com a cena picante, assim como todos na masmorra. A garota levou a mão livre ao decote e acariciou o próprio colo sugestivamente, ainda sugando o dedo do garoto.

- Pronto El! – Disse ela, agora lhe dando um abraço languido e colando os seios no peito do garoto. – Espero que não doa mais!

- Ah... Obrigado Amb...

- Senhorita Martynov... – Foi a voz fria de Snape que fez com que ambos se virassem assustados. O Semblante do professor causou um silêncio mortal na sala. – Eu poderia perguntar a ambos que cena foi essa, mas considerando o ar abobalhado de Macgroll e a reputação... um tanto... duvidosa da srta. Martynov, não vejo o porquê dessa pergunta.

Amber o fitou muito vermelha e Severo vibrou ao ver a fúria em seu olhar, sabia que ela era uma mulher com sangue nas veias.

- Não creio que a minha reputação seja da sua conta professor. – Ela falou com cólera.

- Detenção Martynov, amanhã às 19, e não se atrase. – Snape lhe deu as costas. – Depois de hoje, quem sabe a srta. não aprenderá a não se portar como uma vadia. Agora saia da minha sala, não a quero aqui tirando a atenção de meus alunos. E você Sr. Macgroll, volte a sua bancada e trabalhe assim mesmo, eu seria um irresponsável se permitisse que você saísse da sala na compania de Martynov, e mais irresponsável ainda se a deixasse nessa sala, diante de tal comportamento.

Amber não disse nada, saiu em silêncio, mas bateu forte a porta atrás de si. Severo sentou-se na mesa pesadamente, e pensou massageando suavemente as têmporas, se viria um dia em que aquela mulher não lhe causaria problemas.