HARRY POTTER E A CHAVE DE CRONOS
Capítulo 1: Enfim, um aniversário feliz.
Mary Malía Snape acordou naquele dia com uma tremenda indisposição. Não queria nem sair da cama. Severo, preocupado perguntou:
- O que você está sentindo?
- Só uma tontura. Provavelmente vou ficar gripada!
- Eu vou preparar algo para você!
- Obrigada, querido.
Sentindo-se um pouquinho melhor, Mary desceu para tomar café. A mesa estava posta, mas Mary não encontrou ninguém ali. Chamou, então, Kitch, o elfo-doméstico que servia a família Snape há muito tempo.
- Kitch, onde está Severo e Harry?
- Kitch chamou o senhor, mas o senhor não vem, o senhor está preparando uma poção e mandou Kitch sumir de lá. E o senhor Harry Potter ainda está dormindo. Kitch pode ir acordar. Se a minha senhora mandar, Kitch vai! - Kitch falou tudo isso num fôlego só.
- Não, obrigada Kitch. Não precisa. Eu vou...
Antes de completar a frase porém, foi interrompida. Alguém havia tocado a campainha.
- Deixa que eu atendo, Kitch. Devem ser o Rony e a Hermione.
Mary havia preparado uma surpresa para o afilhado. Pela primeira vez na vida, Harry iria comemorar seu aniversário. Mas, ficou realmente decepcionada, quando abriu a porta e deu de cara com Lúcio Malfoy e seu filho, Draco. Lúcio sorria desdenhosamente e perguntou no seu habitual tom arrogante:
- Então, Sra. Snape não nos convida para entrar em sua casa? Eu gostaria de conversar com seu marido - acentuou as palavras 'seu marido' com ironia.
Mary se virou e dirigindo-se a Kitch disse:
- Vá chamar Severo, por favor, diga-lhe que tem visitas.
- Por favor? Você pede 'por favor' a um servo? Que piada! - disse Lúcio zombeteiro.
Mary deu passagem aos Malfoy e deu graças quando Snape, visivelmente surpreso entrou na sala:
- Sr. Malfoy, que surpresa!
- Ah, Severo, eu precisava tratar de... hum... negócios com você.
Snape fechou a cara, sabia muito bem que tipo de negócios Lúcio Malfoy tinha para falar e ele, Snape, não estava disposto a ouvir. Mary percebendo a deixa, disse:
- Severo, vou acordar Harry, Ok?
Mary subiu a escada que dava acesso ao andar superior da casa, onde ficavam os quartos. Draco, que não tinha nenhum interesse na conversa do pai, seguiu a professora. Estava curioso em saber como Harry era tratado ali, como era seu quarto, etc. Viu a professora parar em frente a uma porta e a abrir com cuidado. Em silêncio, Draco se aproximou. Mary havia deixado a porta entreaberta e assim, Draco pôde ver um quarto muito bem ajeitado, com vários pôsteres de times de Quadribol e de Hogwarts nas paredes. Mas, o que mais chamou a atenção de Draco foi à maneira como Mary despertou Harry. Ela fazia cócegas e Harry tinha "convulsões" de tanto rir. Draco simplesmente não conseguiu lembrar-se de quando sua mãe o tinha tratado com tanto carinho.
- Bom dia, seu dorminhoco. - Draco ouvia Mary dizer - Feliz aniversário, querido.
Mary abraçou o afilhado e de repente viu Draco parado a porta, olhando os dois. Mary nunca tinha visto um olhar tão triste e isso ficou em sua cabeça para sempre. Quando Draco percebeu que Mary o observava, virou-se e desceu as escadas. Sentou-se perto do pai e ficou remoendo sua tristeza.
- É melhor você se arrumar, Harry, daqui a pouco Rony e Hermione estarão aqui. Ou você quer passar seu aniversário deitado na cama?
- É claro que não, madrinha.
- Ótimo, estou te esperando na cozinha. Ah, e não se assuste, Lúcio Malfoy está aqui também, sentado na minha sala, então vê se não demora ou eu azaro o Malfoy.
Mary desceu e se dirigiu a cozinha. Ao passar pela sala, olhou para Draco, mas o rapaz não retribuiu o olhar. Quando estava se servindo de um pedaço de bolo, ouviu a campainha novamente. Foi abrir a porta com a certeza de se tratar dos dois melhores amigos de Harry: Ronald Weasley e Hermione Granger. Mary convidou-os a entrar. Draco revirou os olhos quando os viu. Mary os levou até a cozinha e pediu que Kitch servisse algo aos meninos.
Harry apareceu logo em seguida e também se serviu de um delicioso chocolate quente com torta de nozes. Depois de comerem, tentaram arrancar de Mary o que ela havia planejado para comemorar o aniversário de Harry. Depois de muito pedirem, implorarem, suplicarem, ameaçarem fazer cócegas e até lançarem um feitiço, Mary contou:
- Bom, eu pedi para vocês chegarem cedo porque eu quero levá-los aonde vocês quiserem ir.
Ninguém entendeu nada.
- Eu levo vocês aonde vocês quiserem, cada um de cada vez. Até vocês cansarem. Mas precisamos definir quem é o primeiro a escolher.
- Harry! - disseram Rony, Hermione.
- Ok, Harry, aonde você quer ir?
- Dedosdemel, até não agüentar mais ver chocolate na minha frente! - respondeu Harry com uma expressão sonhadora no rosto.
- Ok! Primeira parada, Dedosdemel, Hogsmeade.
O grupo se dirigiu a sala e Mary falou:
- Amor; vou sair com os meninos, ok?
- Certo - respondeu Snape - Hã... parabéns, Potter.
- Obrigado, professor. - Apesar de estar morando com eles desde que as férias começaram, Harry e Snape ainda não conseguiam se tratar pelos primeiros nomes. Na verdade, era bastante estranho para Harry ter que encarar Snape em todo momento. Era, principalmente, muito constrangedor ver o professor se derretendo todo com Mary. Mas, havia uma relativa paz entre os dois. Pelo menos por enquanto.
- Hã...você quer vir junto, Draco? - perguntou Mary.
Rony olhou para Harry com uma expressão de desgosto, enquanto Harry olhava incrédulo para a madrinha. Até mesmo Draco parecia surpreso com o convite.
- Vai ser divertido! - continuou Mary
- A sua noção de divertimento é muito diferente da nossa! - respondeu Lúcio Malfoy.
- Se você acha se vestir como um palhaço e perseguir trouxas, engraçado, realmente eu não sei o que é diversão!
Lúcio Malfoy levantou-se de um salto, seus olhos cinzentos faiscando de ódio:
- Como você ousa falar assim comigo?
- Em primeiro lugar eu não estava falando com você, mas com seu filho - Mary virou-se e encarou Draco - Você quer vir?
Draco estava indeciso: não queria ficar perto de Harry Potter nem de nenhum de seus amigos idiotas, mas ao mesmo tempo...
- Pode ficar sossegado; nós não vamos te transformar em algo terrível, como um grifinório, por exemplo.
Draco olhou para Mary e sorriu:
- Está bem, eu vou!
- Ótimo! Então até mais tarde, Senhor Malfoy. - Mary e os meninos saíram deixando atrás de si um Malfoy estarrecido. Foram até a garagem. - Bom, nós precisamos ir de carro, para não chamar a atenção dos trouxas.
Entraram no carro e partiram. Passaram por algumas ruas trouxas, porém, logo a seguir, entraram no que para qualquer um pareceria um beco escuro e perigoso, mas que na verdade se tratava de um "atalho" que os bruxos utilizavam quando precisavam sair de carro. Algum tempo depois, estavam entrando na Dedosdemel e se lambuzando com os chocolates mais deliciosos que já existiram. Depois de comerem tantos sapos de creme de menta quanto à barriga deles conseguia suportar (sem estourar), foram até o Três Vassouras tomar algumas cervejas amanteigadas. Voltaram para o carro e Mary disse:
- Agora é a sua vez, Rony. Aonde você quer ir?
- Eu queria assistir a um treino do Chudley Cannons - disse. Seus olhos brilhavam de ansiedade e prazer.
- Ok.
Todos se olharam sem acreditar. Um treino do Chudley Cannons! Era demais. Atravessando a passagem mágica, logo chegaram ao estádio mágico. Era enorme, o Chudley Cannons era o time de maior torcida da Inglaterra e seus treinos eram disputadíssimos e quase exclusivamente fechados a alguns bruxos influentes. Mary se aproximou de um segurança enorme e que não parecia muito esperto.
- Com licença - Mary disse melosa - eu estou com um problemão. Será que você poderia me ajudar?
O segurança olhou para Mary, abobado. Mary continuou:
- Então, olha só que bobagem a minha. Onde já se viu, perder o passe que o Sr. Bagman me arranjou tão gentilmente... - Mary olhou para o segurança com a cara mais desconsolada que conseguiu fazer - e... agora...decepcionar essas crianças... - continuou Mary com voz de choro. Hermione não conseguia acreditar, mas o segurança parecia que estava caindo direitinho.
- Mas, se você tinha o passe, acho que posso deixá-la entrar, né? - Hermione revirou os olhos sem acreditar na burrice do segurança.
- Ah, seria muita gentileza sua!!
- Olha, é só seguir este corredor e virar a esquerda, ali na frente, está vendo?
- Aham! - Mary rapidamente fez um sinal para que os garotos seguissem pelo local indicado.
- Hum. Se você quiser posso levá-los mais tarde ao Trasgo da Montanha para tomar alguma coisa!
- Ah, sim, eu... adoraria, mas, que pena. Eu não posso, fica para a próxima, ok? - disse Mary, quase correndo para alcançar os garotos.
- Eu não acredito que a senhora paquerou aquele segurança!! - disse Hermione quando Mary enfim se aproximou.
- Eu não estava paquerando aquele bruxo. Ele é que estava me paquerando. Eu só aproveitei um pouquinho. - disse dando uma piscadela para a garota.
Eles eram os únicos no estádio e Rony estava maravilhado. Harry seguia com o olhar o apanhador Birmigham tentando aprender cada jogada, ficou se lamentando de não estar com o onióculos em mãos. As jogadas que eles faziam eram incríveis. Num determinado momento, Birmigham acelerou empinando sua vassoura o mais que pode e depois a inclinou para baixo, dando um espetacular mergulho rumo ao solo. Quando estava a milímetros do chão e prestes a se espatifar, agarrou o pomo, e com uma incrível habilidade colocou a vassoura na posição horizontal em relação ao chão. Harry e Draco, que acompanhavam esta manobra sem piscar, vibraram.
- Eu não acredito, ele acabou de realizar o mergulho do diabo! E saiu inteirinho!!! - gritava Rony sem cessar.
Até mesmo Draco teve que dar o braço a torcer, estava se divertindo à beça. Depois de conseguirem autógrafos e fotos de todos os jogadores, partiram.
- Bom, Hermione agora é a sua vez!
Hermione escolheu um museu. Rony olhou para Harry com uma expressão que dizia; - Só podia ser! - No museu bruxo tudo era diferente. Além dos quadros, que se mexiam exatamente como acontecia em Hogwarts, as esculturas e estátuas também se mexiam. Hermione ficou bastante espantada de ver expostos quadros de pintores famosos, que ela nem imaginava se tratarem de bruxos. O mais impressionante foi poder conversar com Monalisa.
- Quando Leonardo me pediu para ficar completamente parada e quieta eu não entendi muito bem o que ele queria com isso. Mas, sabem; ele é o gênio, e geralmente eles têm essas idéias malucas, então, resolvi obedecer. Foi realmente engraçado ver a cara dos trouxas olhando espantados para mim. Quase não consegui me controlar e por pouco não caí na risada. O pior é que eles perceberam meu "quase riso" e agora tenho que ficar com essa cara sempre que um trouxa se aproxima de mim!
Hermione continuou andando, completamente extasiada.
- Caramba! Como essa tal Monalisa fala! - disse Rony
- Ela é realmente famosa - disse Hermione - nenhum trouxa conseguiu explicar como DaVinci conseguiu dar esse efeito no quadro.
- Trouxas! - disse Draco.
N/a: Será que me atrevo a pedir reviews? SIIIIIIIIIIIIIIIMMMMMM!!!!!!!!
