Dragões Celestiais Dominação e Supremacia
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Sinopse:
Mesmo uma pequena mudança, pode acarretar grandes mudanças. Nesse universo, Issei não veio como um menino, como na maioria dos universos e sim, como uma menina, chamada Ryouko. Devido a um incidente quando criança, ela desperta Ddraig. A partir de seu nascimento decorrem grandes mudanças na linha do tempo, ocasionando diversas alterações em vários acontecimentos. Um poderoso inimigo espreita nas sombras. Será que Ryouko e Vali, junto de seus amigos, conseguirão derrotar esse ser, ou as trevas irão reinar na Terra?
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Fic feita em autoria com Red Dragon Emperor V2. Ver link do autor em Autores favoritos. Nós dividimos a postagem entre nós.
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Notas do Autor
Em um parque, Cleria Belial e Yaegaki Masaomi...
Ao contrário nas outras dimensões, o Issei, nessa é...
No parque, Azazel...
Em um parque de diversões...
Capítulo 1 - O Despertar de Ddraig
Em Kuou, mais precisamente em um belo parque, Cleria Belial, responsável pela cidade de Kuou, se encontrava com o humano que amava, Masaomi, sendo que o mesmo era um exorcista, cuja missão, originalmente, era assassiná-la.
Porém, foi cativado pelo coração doce, gentil e amável da akuma de alto nível, Cleria.
Ela havia combinado um encontro no parque para que pudessem admirar as estrelas, cercados das belas cerejeiras que haviam florido, formando um manto de pétalas no chão, enquanto estavam abraçados, olhando para a majestosa lua no céu.
Os dois amantes não sabiam que Masaomi Touji, o chefe de Masaomi, junto do grupo de exterminadores que Masaomi fazia parte, se aproximavam sorrateiramente do local onde o casal se encontrava para mata-los. Cleria, que era a missão original deles e Yaegaki, que ao ver deles, havia traído a igreja e por isso, seria condenado a morte. Eles agradeciam e muito a informação que chegou até eles, falando onde o exorcista e a akuma estavam se encontrando. Foi uma informação muito valiosa e perceberam que de fato, era verdadeira.
Masaomi ouve sons estranhos e fica alarmado.
Rapidamente, pega a sua espada Ame no Murakumo no Tsurugi, enquanto escudava a sua amada, com o casal olhando, apavorados, para o grupo que se aproximava, sendo que Touji fala:
- Yaegaki Masaomi, você será executado por ter traído a igreja. Mas, não se preocupe que a igreja nunca saberá de sua traição. Akuma de alto nível, você será executada por nós, de acordo com a nossa missão.
- Ela não é cruel. Ela tem um coração puro, nobre e gentil. Ela não é uma akuma maligna! Ela não tem culpa de nascer uma demônia. O coração dela é mais puro do que muitos humanos que bancam os virtuosos e possuem o coração repleto da mais pura podridão ou maldade.
- Deveria saber que isso não importa para nós, Masaomi. Todos os akumas tem que ser destruídos, sem exceção, para que os humanos sejam salvos de sua influência nefasta.
- Vocês não têm o direito de nos matar! – ele se vira para ela, desesperado - Fuja! Fuja meu amor! Fuja antes que te matem! Não vou conseguir lidar com todos.
- Não vou fugir sem você, meu amado!
- Por favor, fuja. Não suportaria vê-la morrer.
- Esta Cleria também não suportaria vê-lo morrer, meu amor.
Ele cerra os dentes e olha para eles, sendo visível o seu tremor.
Afinal, era um contra sete exorcistas com espadas sagradas. Se uma dessas lâminas encostasse em Cleria, ela poderia ser morta. No mínimo, receberia um ferimento quase que mortal, apesar de ser uma akuma de alto nível.
- Deixem ela em paz! Me levem, mas, deixem ela em paz. Em nome da amizade que tínhamos. Por favor! Eu imploro!
- Nunca faremos isso, traidor! É um exorcista e seu dever é eliminar esses bastardos! Essa é a nossa missão!
- Você, Touji Shidou, é um libertino!
E nisso, começa a falar o que cada um era. Outro era um voyeur, outro se masturbava com pornografia infantil, outro vivia em boates, outro adorava uma jogatina, principalmente clandestina, havia um deles que molestava mulheres e o outro, sempre tinha relações com prostitutas.
- Vejam! Vocês não têm direito a condenar o nosso amor! São todos pecadores, também, que não deveriam ser exorcistas!
- Confessamos que somos assim e que você era o único "certinho" entre nós. Mas, acha que a Igreja se importa com isso? Somos exorcistas famosos. Tudo o que a igreja quer saber, nesse caso os superiores, são quantos akumas matamos em um mês. Se mantivermos uma boa margem e matarmos, inclusive, de alto nível, podemos fazer o que quisermos. Eles não ligam para o que os exorcistas fazem em sua folga, desde que mostrem serviço, digamos assim. Não importa o quanto seja virtuoso. Se envolver com uma akuma é a sua condenação. Morram!
Então, de repente, surgem vários akumas e tão rápido como surgiram, os exorcistas caíram no chão, sendo que as suas armas haviam sido arrancadas por outras armas e de quebra, receberam golpes violentos. Muitos morreram e dentre eles, somente Touji ainda vivia.
Pressionando a sua garganta com o pé, estava ninguém menos que um akuma, sendo que Shidou podia sentir o poder dele, que estava em um nível muito acima da outra akuma.
- Primo? O que faz aqui? – nisso, ela olha para os outros – Trouxe a sua Realeza com você? Por quê?
- Estava preocupado. Ouvi boatos que estava se encontrando com um exorcista. Temi o pior. Vim com a minha realeza para matá-lo e pretendia eliminá-lo para salvá-la, após ele se afastar de você. Julguei que esse exorcista estava planejando eliminá-la ao fazê-la baixar a sua guarda. Deve saber sobre os inúmeros akumas mortos por exorcistas. Temi por sua vida. – Diehauser fala, olhando com asco para o humano sobre os seus pés.
- Ia matar quem eu amava? Eu amo Yaegaki Masaomi!
- Ia. Disse certo, prima. Este Diehauser ia fazer isso. Mas, testemunhei a intensidade dos sentimentos desse humano. Vi nos olhos dele que ele faria tudo por você, inclusive dar a vida dele, de bom grado, se com isso você sobrevivesse. Os seus olhos eram repletos de determinação. Além disso, não era um plano dele. De fato, eles iam matá-lo e depois, você. Este Diehauser sente esse sentimento. Ninguém pode fingir. Eles fedem a ódio e desejo de matar.
Masaomi nota que Touji está vivo e pede ao primo dela:
- Por favor, o poupe. Ele tem uma filha pequena, chamada Irina, que precisa dele. Ela já perdeu a mãe. Não pode perder o pai. Eles não têm nenhum parente para cuidar dela, caso ele morra.
Belial olha longamente para o humano e fala:
- Por que este Diehauser deveria fazer isso? Ele ia matar minha adorada prima. É um crime impossível de ser perdoado.
- E por esta Cleria, Diehauser? Faria por sua prima? Por favor, o poupe. O poupe por essa menina. Ela já é órfã de mãe. Não pode perder o pai. Por favor.
Ele olha longamente para ela, que o olhava com súplica nos olhos, para depois ele suspirar, sabendo que iria ceder como sempre acontecia, pois, ele nunca conseguia resistir ao olhar de sua amada prima.
Cerrando os dentes, ele chuta Touji como se fosse lixo, o jogando há vários metros dali, sendo possível ouvir o gemido de dor do humano, enquanto o akuma falava de costas para ele:
- Vá embora, lixo. Você não passa de um verme insignificante. Saia desse local com a sua patética e miserável vida.
Arfante, sendo que ainda sentia a dor de algumas de suas costelas fraturadas, assim como seus dois braços, ele se afasta dali, rangendo os dentes, ficando irado pela humilhação de perder para um akuma, tendo que fugir, sabendo que somente estava vivo por clemência do traidor do Masaomi e dos akumas. Era humilhante, para não dizer revoltante, a um exorcista de renome como ele, depender da clemência de demônios e de um traidor.
Com o seu orgulho, mortalmente ferido, ele se afasta.
No local, Diehauser se aproxima do exorcista que guardou a sua espada sagrada e fala:
- Este Diehauser percebe que Cleria, que vejo como uma irmã querida soube escolher bem o seu futuro companheiro. Convido ambos para um jantar no hotel de luxo que estou hospedado. Desejo conversar com Masaomi em particular. Afinal, este Diehauser ama Belial e quer ter a certeza de que é o homem certo para você, que é o meu bem mais precioso.
- Mas, ele já não mostrou o seu valor a você? – Cleria pergunta confusa.
Masaomi sorri para a sua amada, apoiando a sua mão na dela, falando:
- Se você tivesse um pai, ele iria fazer um inquérito sobre o meu caráter e intenções. Não estou surpreso por seu primo pedir isso. Participarei de boa vontade, meu amor. Quero mostrar a força do meu coração, que bate somente por ti.
Cleria concorda com a cabeça, sorrindo meigamente, corando, sendo que Diehauser está agradavelmente surpreso com a atitude do humano a sua frente e a devoção que ele demonstrava.
- Vamos. Vou levá-los até o apartamento – ele se vira para a sua realeza – Podem descansar. Amanhã, os humanos vão recolher esses lixos.
Todos os membros de sua Realeza se curvam levemente, para depois se deslocarem por seus próprios círculos mágicos de transporte.
Então, Cleria e Masaomi, entram no círculo mágico de transporte de Diehauser, que os leva a cobertura do luxuoso hotel onde ele está hospedado.
Algumas semanas depois, em uma parte do parque, longe do local onde foi descoberto os cadáveres, é aberta ao público, depois de sido fechada para investigações por algumas semanas, após acharem corpos ensanguentados, sem saberem que eram exorcistas mortos por akumas.
Ryouko estava no parque da cidade e tinha oito anos. Ela tinha olhos e cabelos castanhos, presos em um rabo de cavalo com um laço azul. Usava um vestidinho e brincava em um balanço.
Sem os pais dela, saberem, na maioria esmagadora dos universos, o usuário da Boosted Gear era um menino, chamado Issei Hyoudou, o filho deles. Nessa dimensão em particular, Issei veio como uma menina, em vez de um menino, como na maioria esmagadora das dimensões e recebeu o nome de Ryouko Hyoudou, tornando essa, uma dimensão alternativa, com um Issei tendo nascido como mulher, em vez de nascer como um homem, recebendo o nome de Ryouko em vez de Issei.
Como tiveram uma filha, o casal se tornou mais super protetor com ela, principalmente o pai e naquele universo, ele estava junto da sua esposa no parque, olhando a "princesinha" dele, como chamava Ryouko.
Em um determinado momento, a criança olha para o lado, vendo um homem mostrando algo para um grupo de crianças e movida pela curiosidade, ela se levanta de seu balanço e vai em direção ao estranho, sem saber que era um pervertido que tinha fetiche por corromper crianças, mostrando seios.
Antes que pudesse se aproximar para ver mais de perto o que eram as fotos, seu pai a detém, sendo que junto dele estava a sua esposa que pega a mão de sua filha e fala, sorrindo gentilmente:
- Kaa-chan quer mostrar algo para você, meu amor.
- Eu queria ver o que aquele moço está mostrando para as outras crianças. Elas parecem animadas. – Ryouko fala olhando para trás, enquanto apontava para o homem – Não consigo ver daqui. Mas, parece divertido.
- Depois, vamos pedir para o moço mostrar. O que quero mostrar a você é um filhotinho de pombo. Tão fofo! E você sabe meu amor, que os animaizinhos não ficam muito tempo parados. Não sabe?
- É mesmo. Filhotinho? Deve ser tão fofo! – a criança exclama animada e sorrindo, segue a mãe – Mas, depois posso ver o que o moço tem?
- Claro.
Então, após ela se afastar com a sua filha, o homem, satisfeito por ver a sua princesinha se afastando do local, encontra um guarda e vai até o mesmo, que passa a observar o homem no parque com o grupo de crianças, para em seguida estreitar os olhos, indo até o mesmo.
Ao ver o policial se aproximando, o homem fecha tudo e corre com o policial correndo atrás, gritando para ele parar, enquanto as crianças corriam com medo para os seus pais.
Próximo dali, Ryouko, junto de sua mãe, observava os pombos, sendo que davam milho para eles, no caso a pequena que ria, vendo eles comendo, para se distrair da tristeza de ter perdido o filhotinho de pombo, sem saber que foi uma mentira de sua mãe, apenas para tirá-la de perto do homem suspeito.
Na correria do homem, que fugia da polícia, mãe e filha ficaram estarrecidas ao verem asas negras de morcego surgirem no homem, sendo que muitos ficam estarrecidos, com a mulher abraçando a sua filha, murmurando temerosa:
- Um demônio? Mas, como isso é possível?! Eles não existem!
Então, o policial atônito vê o mesmo voando, até que se recupera e dispara. Os tiros nada fazem ao akuma, mas, acertam a mala do mesmo que tinha as fotos e estas caem no chão, sendo que todos viam o homem que voava e que parecia velho, virar um jovem, demonstrando ódio em seus olhos, exclamando:
- Como ousa fazer isso, seu humano imundo! Criatura desprezível!
Nisso, ele ergue a mão e concentra uma esfera roxa, sendo que a luz irradiava pelo local.
Aterrorizada, a mãe pega a filha e corre, sendo que o marido dela aparece ao seu lado e corre. Ryouko está chorando no colo, assustada, para depois ver o policial e todos fugindo, enquanto a esfera descia no parque em velocidade imensa, explodindo o local.
A onda de explosão se aproxima do casal e nesse momento, a criança grita, chorando desesperada, fazendo a Boosted Gear se materializar em seu braço e uma voz surge da joia, desesperada, sendo semelhante a um rugido:
- Boost! Boost! Boost! Boost! Boost!
Os pais da criança em seu desespero, não percebem que ganharam uma resistência adicional, assim como força e velocidade, conseguindo assim, correr mais rápido, alcançando mais rapidamente um túnel próximo dali, do início das obras de um metrô, entrando no mesmo, sendo que era um túnel no meio de uma rocha imensa.
Portanto, as paredes aguentam as ondas de impacto da explosão e como eles estavam afastados do local de origem do impacto, as ondas não chegariam com tanta violência e força, como no local do impacto.
Ryouko ficou inconsciente com o boost, enquanto os pais a envolviam em seus braços, protetoramente, sendo que a manopla já havia sumido e eles não viram que o braço de sua amada filha havia sido envolvido por uma manopla vermelha com uma joia verde-esmeralda, instantes antes de entrarem no túnel.
A criança desperta brevemente e no meio da fumaça teme ao ver que o mesmo homem de antes, que caminhava em direção ao túnel onde ela estava com os seus pais, com as suas asas negras de morcego a mostra e um sorriso maligno no rosto.
A pequena, mesmo debilitada, se sentindo imensamente fraca, chora, temendo pelos seus pais, até que vê outro homem atrás do que a sua mãe chamou de demônio. Era mais alto e tinha feições severas. Seus cabelos e cavanhaque eram negros como a noite, sendo que uma parte da franja era loira, sendo visível os seus olhos que estavam coléricos.
Além disso, ficou surpresa ao ver que atrás dele havia doze asas negras e quando o akuma vira, a criança vê alguns metros na sua frente, o homem com asas puxar o demônio pelo braço, o levando para o alto, sobre um grito de terror deste e tudo o que avista é um brilho intenso, ouvindo um novo grito lacerante.
Após alguns minutos, um pedaço de asa de morcego cai no chão e se esvanece, lentamente, até desaparecer, não deixando qualquer vestígio de sua existência. Sem ela compreender, por completo, o akuma havia sido desintegrado por uma lança de luz invocada por um Anjo caído.
O homem com asas negras desce no chão e ao perceber a criança quase entrando na inconsciência, ele suspira e fala, tristemente:
- Me perdoe por você ter visto isso. Não sabia que havia um akuma perverso nesse parque.
Então, ele se afasta, desaparecendo dentre as nuvens de escombros, enquanto a criança caía na inconsciência, novamente e dessa vez, em definitivo.
Como os seus pais estavam encolhidos, temendo o pior, não viram o homem e os acontecimentos, há alguns metros de onde eles estavam.
Longe da vista dos humanos, no alto de um prédio, Azazel olhava o parque em que saiu há alguns instantes antes, vendo do alto a destruição da área. Era ciente do fato de que havia tido mortes e que havia muitos feridos. Ele se lastimava pelo fato de que, em tese, iria passar próximo do parque naquele dia, mas, que por causa de uma ligação, desviou do caminho que normalmente usava e sabia que não se perdoaria tão fácil, mesmo sabendo que não foi a sua culpa.
Após suspirar, ele se concentra na sensação que sentiu durante o ataque e que o fez ir até o parque, eliminando o akuma, antes que ele matasse mais inocentes em sua fúria, ao mesmo tempo em que sentiu o poder de uma Sacraed Gear.
Então, surge um círculo mágico ao lado dele, reconhecendo o mesmo, vendo o jovem Vali Lucífer, de apenas dez anos, surgindo pelo mesmo, com a sua Sacraed gear ativada, sendo que ele fala ao andar, ficando ao lado daquele que via como um pai:
- O meu rival despertou. Albion disse que sentiu Ddraig.
- Entendo... Então, a Sacraed Gear que senti era a Boosted Gear. Está feliz pelo seu rival ter despertado, Vali?
- Sim. Eu estou ansioso para enfrenta-lo.
- Vamos encontra-lo. Até porque, a Boosted Gear pode atrair infortúnios. Muitos desejam ter um usuário dele consigo. Principalmente os akumas, com as Evil Peaces. Já eu, gostaria de estudar essa Sacraed Gear ao convencer o usuário a me deixar estudar. Afinal, é o meu hobby.
- Podemos partir em busca do usuário, agora?
- Sim.
Nisso, ambos desaparecem em um círculo mágico de transporte.
Próximo dali, uma jovem de cabelos ruivos aparece por um círculo mágico e olha o cenário de destruição, ignorando os gemidos de dor e de desespero, assim como os corpos de crianças, murmurando:
- Humanos patéticos. É incrível o fato que podemos aproveitar esses lixos para algo ao usarmos as Evil Peaces.
Ela caminha até se aproximar da cratera, olhando atentamente para os lados, estreitando os olhos, enquanto murmurava consigo mesma:
- Tenho certeza que a sensação que tive foi de uma Sacraed Gear. Eu preciso de uma. Se eu quiser ser a número um dos Rating Gamers, preciso estar cercada de seres poderosos. Eu vou ter o usuário dessa Sacraed Gear, como meu escravo, custe o que custar, pois, tenho quase certeza que pelo padrão de poder é a Boosted Gear.
Então, ela sai dali, desaparecendo na multidão.
Longe dali, Ryouko continuava inconsciente e por medida de segurança, seus pais a levaram a um hospital que estava sobrecarregado devido aos inúmeros feridos que chegavam do parque.
A equipe de investigação estava no local e dentre os relatos de testemunhas da explosão, havia aqueles que falavam de um demônio, sendo algo descartado, prontamente, pelos policiais, pois, eles achavam que o trauma fez os sobreviventes imaginarem coisas. Os investigadores procuravam as causas da estranha explosão e muitos queriam culpar alguma tubulação de gás que vazou, para explicar o poder da explosão e seu padrão.
Ryouko abre os olhos e percebe que está em uma espécie de campo, só que de chamas e fica com medo, até que olha para trás e avista um enorme dragão na cor vermelha e de orbes verde-esmeralda que a observava atentamente.
Então, ela o surpreende ao abrir um imenso sorriso, correndo até ele, o abraçando:
- É um dragão! – ela exclama animada, esfregando o seu rosto no corpo dele, ficando surpresa ao ver que as chamas não a machucavam.
- Eu me chamo Ddraig e sou o dragão celestial da Dominação.
- Ddraig? Dragão celestial?
Então, ele explica sobre Sacraed Gear, dragões, Albion, seu grande rival, assim como fala de anjos, de anjos caídos e de akumas, além de vampiros, de youkais, de Deuses e de outros seres sobrenaturais.
Ele nota que a criança parecia maravilhada na parte dos seres sobrenaturais, menos sobre os akumas e ela o surpreende ao perguntar em tom de confirmação:
- Aquele homem que nos atacou era um akuma, certo?
- Sim.
- E aquele com asas negras era um anjo caído?
- Isso mesmo. E era um Caído de alto nível, pois, tinha doze asas.
- Como assim?
O dragão explica sobre as asas e as quantidades das mesmas que indicavam o nível de poder.
- Quase que aquele akuma mata os meus pais. – ela fala com os orbes úmidos – Eu me lembro de me sentir fraca, enquanto eles fugiam e uma voz falando Boost. Era você?
- Sim. No seu desespero, você me despertou. A Boosted Gear reage as emoções e desejos de seu usuário. No seu caso, o seu desespero em salvar aqueles que você ama e a força do seu amor, se tornou tão intenso que me despertou e os seus sentimentos foram tão intensos, que permitiram que fosse usado o Boost, aumentando a força, resistência e velocidade de seus pais, que conseguiram escapar das ondas explosivas ao ganharem força, resistência e velocidade sobre-humana, por apenas alguns minutos, mas, que foram decisivos na diferença entre a vida e a morte. Claro que como é apenas uma criança, independente dos fortes sentimentos em seu coração, você ficou esgotada. Mesmo assim, saiba que foi uma proeza incrível, considerando o fato de que ainda é pequena. Saiba que estou impressionado.
Ela sorri ainda mais, enquanto continuava abraçada ao dragão que ficava feliz, pois, era a primeira vez que o abraçavam.
- Onde estamos?
- Dentro de você. É onde eu vivo, desde que você nasceu.
A menina fica surpresa e pergunta:
- Como assim?
Nisso, ele explica, a deixando fascinada.
- A partir de agora lutaremos juntos. Você é a minha parceira. Infelizmente, o meu despertar irá acarretar problemas para você. Eu lamento por isso, Ryouko-chan.
- Pessoas malvadas vão querer você?
- Você é mesmo muito inteligente. Sim. Isso mesmo e eles vão fazer de tudo para ter-me e você, como consequência.
- Eu vou ficar forte para defender aqueles que eu amo. Eu posso ser uma super heroína! – ela exclama animada.
- Bem, de fato, você pode ser uma super heroína. Legal, né?
- Sim!
- Mas, para isso, precisamos treinar e muito. Podemos começar agora, o que acha? Há alguns treinamentos que podemos fazer e que depois que despertar serão passados ao seu corpo.
Ryouko consente, sorrindo, falando:
- Claro! Estou ansiosa para começarmos!
Ela exclama, ainda acariciando Ddraig atrás da cabeça, quando ele a ergue ao abraça-la, fazendo ele curtir o carinho.
Alguns meses depois, mais precisamente quatro meses depois, ela desperta, sendo que seus pais a abraçam, chorando emocionados, pois, segundo os médicos, ela havia entrando em coma profundo e temiam ser irreversível. Após alguns dias, recebe alta e surpreende os pais quando pede para aprender artes marciais e kenjutsu.
Mesmo surpresos com o pedido de sua amada filha, eles procuram um doujo de artes marciais e outro de kenjutsu. Ryouko manteria segredo dos seus pais sobre Ddraig, a pedido do mesmo, devido ao Pacto de séculos atrás, sendo que os humanos não podiam saber sobre criaturas sobrenaturais ou fantásticas.
Como ela entrou nesse mundo, devia manter isso sobre segredo. Somente era permitido ser revelado aos familiares em último caso e se fosse estritamente necessário.
Ryouko tomou essa proibição como sendo uma identidade secreta dela como heroína. Para os pais e amigos fingiria ser normal, sendo que era uma super heroína. O fato de manter segredo, a deixou entusiasmada, com ela considerando ser uma Sekiryuutei, como uma heroína, sendo a identidade secreta de Ryouko Hyoudou.
Cinco meses depois, nove meses após os acontecimentos do parque, enquanto voltava de um dos doujos que frequentava, avista uma mulher de cabelos alvos com tranças, roupas de empregada doméstica, tipo governanta, com um olhar triste, sentada em um banco observando as crianças com os seus pais. Uma lágrima escorre dos orbes dela, sendo que Ryouko podia sentir a tristeza dela.
Desde que despertou Ddraig e após usar a força dos seus sentimentos, estranhamente, ela havia ganhado uma percepção de sentimentos, assim como podia saber se alguém era bom ou ruim. A mulher tinha uma energia familiar, mas, sentia a bondade em seu coração, assim como uma grande e lacerante dor que fez Ryouko chorar, também.
Então, ela se aproxima da mulher e senta, com a sua espada de bambu presa nas costas, envolta em um pano.
Grayfia observa a criança ao seu lado, vendo o olhar triste dela e pergunta preocupada, com uma voz gentil:
- Aconteceu algo, pequena?
- Eu estava passando e senti a sua dor e tristeza. Então, estou chorando também. Por que uma senhora tão linda quanto você, está tão triste?
A akuma fica surpresa com a pergunta e percebe que a criança não era normal. Logo, sentindo a grande opressão e dor em seu coração, oriunda de séculos de tristeza, decide desabafar, de forma a não revelar o mundo sobrenatural e que fosse uma explicação lúdica, pois, por mais que sentisse que não era uma criança comum, ela era uma criança. Havia assuntos que não eram aceitáveis ou propícios a uma idade tão tenra.
- Eu tenho um filho, mas, não posso ficar com ele como mãe, pois, minha família serve a família do pai dele, meu amado. Sou casada com ele, mas, não posso ser a sua esposa, a não ser nas minhas folgas. Além disso, eu tenho um item comigo que me torna mais inferior a ele, mas, isso foi feito para impedir que a família que eu sirvo, fizesse maldades comigo.
- Mas, por que não deixa de ser governanta e tira esse item? Assim, poderia ficar com o seu marido e filho.
Grayfia afaga maternalmente a cabeça dela e fala, sorrindo fracamente:
- O meu sobrenome me torna serva da família dele e o item não pode ser retirado. Assim, eu não possuo qualquer direito de retirá-lo, devido a um grupo de homens malvados e absurdamente influentes. Hipoteticamente, para ser esposa dele, integralmente, precisaria ter outro sobrenome e não ter mais esse item, comigo. Mas, não posso mudar o meu sobrenome, a menos que um novo mestre o mude. Mas, ainda há esse item, comigo e esses homens malvados e absurdamente influentes, impedem que qualquer um, da região onde vivo, possa retirar esse item que está comigo.
- Mas...
A criança tenta argumentar, mas, Grayfia a abraça e sorri, maternalmente, falando ao se levantar:
- Eu agradeço por poder conversar com você. Eu precisava desabafar. Muito obrigada por querer me ajudar. Mas, não há nada que possa fazer por mim. Eu tenho que ir. Estou procurando a irmã do meu mestre, que consequentemente é minha mestra, também.
- Qual o seu nome? – Ryouko pergunta curiosa.
- Grayfia Lucifudge. E o seu?
- Ryouko Hyoudou.
- É um belo nome. Adeus.
- O da senhora também. Adeus. – Ryouko fala ainda triste, por não poder ajudar a senhora gentil e amável que sofria tanto.
Um ano e três meses depois, Ryouko, agora com dez anos junto de sua família estavam em um parque de diversões na cidade e naquele momento, ela comia algodão doce com a sua família, na parte mais afastada das barracas, quando tem uma sensação estranha. Assim que os seus pais se aproximam, uma forte explosão atinge o local perto dela e seus pais são atirados violentamente para trás, acabando por ficarem inconscientes.
Como ela vinha treinando, Ryouko consegue ficar consciente e rapidamente, Ddraig em sua mente, grita:
"Desvie para a esquerda!"
Confiando em seu amigo, como sempre fazia, ela faz isso e sente o impacto de algo onde ela esteve instantes antes e o ataque prossegue, com ela se esquivando, sendo que consegue ver alguém dentre a poeira que se levantou e uma voz feminina exclama, irada:
- Pare de se mexer desgraçada!
Então, o vulto sai de trás da poeira e revela ser uma mulher de cabelos carmesim e orbes verdes, exibindo asas de akuma, com esferas de energia vermelha condensadas em suas mãos, sendo visível um círculo mágico vermelho em cima dela que fala:
- Curve-se para Rias Gremory! Eu a escolhi como minha escrava, Sekiryuutei.
Ryouko arregala os olhos, sentindo o quanto aquela garota era cruel e maligna, enquanto se esquivava de mais um ataque, exclamando:
- Ddraig me explicou o que era uma escrava e não vou me curvar a você, malvada! Serei uma super heroína para salvar os inocentes!
A mulher de cabelos carmesim gargalha, fazendo Ddraig rosnar de dentro da manopla, enquanto que Ryouko, que raramente ficava nervosa com alguém, estreitava os olhos.
- Desista de um sonho tão estúpido. Vou mata-la e ressuscitá-la como minha Pawn. Você irá ser a minha escrava para o resto da eternidade. Portanto, fique quietinha para eu mata-la e prometo que será o mais rápido possível. Você passará a viver por mim. – ela fala concentrando novamente o seu poder da destruição em forma de uma esfera em suas mãos.
- Nunca!
Então, continua se esquivando, até que um ataque atinge o chão, próximo ao pé de Ryouko, fazendo ela cair, sendo que uma esfera vermelha da destruição avança em direção a jovem, enquanto que a de cabelo carmesim gargalhava, malignamente:
- Morra para ressuscitar como uma Evil Peace!
