Essa é a minha primeira fanfic. Sinceramente, não sei se existirão outras, pois acho que só comecei a escrevê-la por causa desse hiatus de 3 semanas que me fez rever toda a 4º temporada novamente. ;) Mas, vamos ao que interessa.
Ao girar a maçaneta da porta, Castle franziu a testa por alguns segundos estranhando a algazarra e o aroma que vinham de dentro de seu apartamento. Gritos infantis, risadas, música e um cheiro de açúcar com canela, tudo aquilo era uma mistura inusitada, mas agradável. Sorriu, esperando encontrar Alexis e algumas de suas amigas, no entanto, foi surpreendido por aquele garotinho correndo com uma espada na mão e uma capa amarrada no pescoço. Deu dois passos para o lado para não ser atropelado pelo pequeno Jedi, quando enxergou sua filha também correndo, também com uma espada, também gritando:
"Desista e lhe pouparei a vida. Do contrário, minha espada sentirá o calor do seu sangue e a justiça será feita para sempre." O menino, eufórico, correu para a pernas de Castle buscando refúgio. Ele abriu um sorriso de surpresa e confusão perguntando a Alexis mais com os olhos do que com a boca: "Vai me apresentar seu novo amigo?"
A garota olhou confusa, mas logo arregalou os olhos e balançou a cabeça positivamente, como quem entendia que ele fazia aquela pergunta apenas para entrar na brincadeira.
"Esse é o desprezível Thomas Van Der Darther, inimigo número um de nossa galáxia. Una-se a mim em sua destruição e seremos os grandes heróis de nosso tempo."
Fosse quem fosse o garoto, não era hora para tentar descobrir, o dever maior o chamava: livrar-se daquele terrível vilão. Num giro rápido, Castle virou-se para trás segurando o inimigo pelo braço e, em seguida, pela perna. Com um pequeno impulso levantou a criança como se fosse um avião de brinquedo e tratou de garantir sua aterrissagem segura no sofá. "Chegou sua hora! Usarei meu golpe mortal." Enquanto Alexis comemorava a vitória, o garoto gargalhava e se debatia sentindo o poder das cócegas que o faziam se contorcer.
"Logo ele terá ajuda e não será tão fácil para você, querido." Martha apareceu na sala, divertindo-se com a situação e deixando Castle sem saber se tinha entendido o que ela queria dizer. Mas, antes de conseguir questionar alguma coisa ele sentiu aquele perfume se aproximando. "Trouxe meu suco? Oh, Meu Deus, rápido, coloque a mão aqui." Beckett agarrou a mão dele e a depositou sobre sua barriga. Ela estava tão linda, com aqueles olhos brilhantes, aquela pele, aqueles cabelos, aquela... barriga?! Ele se sentiu desorientado, de repente, tudo estava girando e nada fazia sentido. O que ela estava fazendo ali? Por que ela achava que ele tinha comprado suco? E como ela tinha engravidado? Bem, ele presumia como, a pergunta não era bem essa. Ele queria respostas, mas sequer conseguia formular as perguntas.
"Querido, ficou emocionado!" Sua mãe o admirava sorrindo, com um traço de orgulho e satisfação em seu olhar em direção ao filho.
"Ok, alguém vai me explicar o que está acontecendo. Que tal...você?" Falou olhando para todos e parando o olhar em Beckett.
Alexis revirou os olhos sorrindo, sacou seu celular, fez uma foto do pai com sua cara de espanto e se foi para dentro murmurando: "Isso vai já pra minha página."
Kate estava radiante e, como Rick a olhava insistentemente esperando alguma resposta, ela se jogou no sofá esticando alegremente os braços para o alto enquanto dizia: "Simples, querido, nosso bebê está se mexendo."
Suas palavras tiveram o efeito de uma nave espacial abduzindo aquele terráqueo para algum planeta muito distante. Castle via as duas mulheres empolgadas, falando e gesticulando sem parar, mas era incapaz de ouvir e, muito menos, de entender o que elas diziam.
O garoto voltou correndo com um sabre de luz nas mãos.
Um pensamento percorreu sua mente como um relâmpago: "Uau, ele é a minha cara, mas tem os olhos de..." Antes de concluir, a luz vinda do brinquedo ofuscou seu olhos, ele tentou tapar a luminosidade com as mãos, mas não estava adiantando.
Vagarosamente, seus olhos foram se abrindo, mas num reflexo, se fecharam novamente, tentando se proteger daquele raio de Sol que entrava pela janela.
Castle estava tão confuso quanto antes. Já havia tido sonhos com Beckett antes, mas não se lembrava de ter acordado de um e ido diretamente para outro. E, dada a forma despreocupada com a qual ela dormia em seus braços, repousando a cabeça em seu peito, escondendo um dos joelhos entre suas coxas, aquilo só poderia ser outro sonho.
