A vida do Malfoy

Draco Malfoy, o bruxo mais belo e desejado do momento. Apesar de não ser o homem rico que seu pai fora, ele era muito mais desejado que ele, e orgulhava-se disso, pois só não era rico por causa de Lucius. Quem havia mandado o seu querido pai ser a favor de Lord Voldemort? Por causa disso Draco perdera tudo, sua mãe e seu pai, o que na verdade não era muito preocupante para ele, pois eles não eram pais perfeitos, muito pelo contrário. Mas o que lhe custou perder mais fora sua fortuna, sua Mansão, e tudo porque quando o menino que sobreviveu derrotou o Lord das trevas, com a sua ajuda, sua riqueza foi TODA confiscada, ele ficou reduzido a nada.

Vivia agora num bairro trouxa em Londres. Trabalhava no Ministério há 3 anos, e era solteiro. Um solteiro de 25 anos, mas o solteiro mais desejado desde que havia memoria. Também tinha suas razões para o ser, seu cabelo loiro platinado que lhe caia sedutoramente para os olhos, olhos esse azuis acinzentados extremamente frios mas brilhantes, um brilho arrogante, mas um brilho que deixava todas caídas aos seus pés. Mas se existia algo nele que deixava as mulheres derretidas era seu corpo, Draco era alto e forte, tinha os músculos bem delineados e o facto de se vestir sempre de negro ajudava muito.

Sem duvida ele era um ser perfeito, e naquela altura praguejava com a porcaria do despertador que não parava de apitar estridentemente.

- Objecto trouxa idiota.

Dizendo isto ele atirou uma das almofadas ao aparelho que caiu no chão. Sentou-se na cama e olhou em volta. Todas as manhãs era sempre a mesma coisa, o despertador tocava, ele levantava-se mal-humorado, xingava seu pai por ter que viver naquele apartamento medíocre e arranjava-se dirigindo-se para o Ministério em seguida, minimamente feliz, pois tinha muitas pessoas em quem descarregar sua raiva.

Levantou-se de sua cama e decidiu que iria tomar o café da manhã primeiro, mas em seguida lembrou-se que tinha despedido a mulher-a-dias, ou melhor ela despediu-se, dizendo que não aguentava mais o mau humor dele de manhã, de tarde e de noite.

E por muito mal que ele estivesse, nunca iria para a cozinha cozinhar, isso já era humilhação a mais. Portanto excluindo a ideia de um bom pequeno-almoço ele foi-se arranjar.

Longos minutos depois ele saia de casa e caminhou elegantemente até ao seu café favorito. Era um café enorme, chique, caro e francês. Sentou-se na mesa habitual e pediu o café da manhã.

Draco não ia só ali por causa do bom ambiente, e da boa comida, ele também lá ia por causa das solteiras da zona que lhe lançavam olhares sedutores. Mas de momento ele não procurava "distracções", estava decidido a voltar a fazer fortuna, mesmo porque o facto de ter um bom emprego durante 3 anos já deu para rechear a sua conta no Gringottes.

Quando chegou ao emprego a primeira coisa que fez foi chamar o Carl. Carl era um jovem de confiança, e tratava dos assuntos de Draco. Era bastante jovem, tinha apenas 21 anos, era um pouco mais baixo que Draco, tinha os cabelos curtos encaracolados e de cor castanha, seus olhos eram negros como o breu, mas tinham um brilho brincalhão e doce.

- Mandou chamar?

- Mandei sim Carl. Sabes preciso que me faças um favor. – Disse ele enquanto assinava uns papéis. – Quero que me arranjes uma empregada.

- Uma empregada?

- Sim qual é o espanto. A minha foi despedida á dias e necessito de uma nova, alguém que esteja disposto a trabalhar sem refilar muito. E eu pagarei bem, apenas quero uma empregada que não me faça perder a paciência.

- Muito bem, vou ver o que poderei fazer.

- Óptimo. É tudo por agora, podes sair.

Carl saiu do gabinete e dirigiu-se até á namorada.

- Andie conheces alguém que procure emprego?

A mulher olhou para ele com os seus grandes olhos verdes, afastou umas madeixas loiras da frente dos olhos e respondeu:

- Não, mas porquê?

- Draco, ele quer uma empregada.

- Hum, eu não sei mas posso ver o que poderei fazer.

- Obrigado, tu és um anjo.

Andie sorriu e depois de dar um leve beijo nele dirigiu-se para o outro extremo do gabinete. Ela era secretaria de um importante membro do Ministério, Harry Potter.

Bateu na porta de vidro do gabinete do moreno e de seguida entrou. Harry era agora casado com Luna Lovegood. Eles tinham uma filha de 4 anos linda, loira como a mãe mas com os olhos do pai. A menina chamava-se Mila.

- Aqui estão os papéis que pediu! – Disse ela metendo-os em cima da mesa.

- Muito obrigado.

- Hã…eu posso fazer uma pergunta?

- Sim podes.

- Por acaso conhece alguma que necessite de algum emprego?

- Não porquê?

- Nada não, é que Draco Malfoy precisa de uma empregada.

O moreno sorriue de seguida disse:

- Eu acho que nenhuma empregada aguentara trabalhar para ele durante muito tempo.

Andie não disse nada, apenas sorriu e saiu da sala. Iria perguntar a mais alguém se conhecia quem necessita-se de emprego, mas uma coisa era certa, Harry tinha razão, nenhuma mulher aguentaria muito tempo trabalhando com o Malfoy, ele podia ser lindo e desejado, mas continuava a ser um Malfoy.

Ao final da tarde Draco aparatou no seu apartamento. Largou o sobretudo no sofá e caminhou até ao pequeno escritório e sentou-se na secretaria espalhando sobre esta um monte de papeis. Teria uma longa noite pela frente, e mais uma vez dormiria mal.

Cinco horas, cinco horas tinham passado desde que ele se tinha sentado naquela secretaria com os papéis á sua frente. Os olhos começavam a querer ceder ao sono quando a campainha tocou.

O loiro olhou para a porta, que se via dali, e esperou que voltassem a tocar, podia ser só efeito do sono. Mas não era, pois no minuto seguinte o barulho estridente da campainha ecoava pelo apartamento.

Levantou-se e caminhou demoradamente até á porta, quando a abriu xingou-se mentalmente, teria que aprender a ver primeiro pelo buraco da porta antes de a abrir.

- Olá Draco querido. – Cumprimentou a mulher entrando pelo apartamento.

- Olá Lincolm. – Disse ele com sua voz arrastada.

Gabriela Lincolm, a ultima namorada de Draco e seu pior erro em toda a vida, ou melhor segundo. Toda a vez que pensava que só tinha ficado com ela por causa do corpo esbelto, dos olhos negros, dos cabelos castanhos e da conta no banco, ele odiava-se, pois a mulher não o deixava por nada.

Mesmo depois de eles terem acabado, e ela ter feito um escândalo quando isso aconteceu, ela continuou a ir ter com ele, e a tentar mandar na sua vida.

- Posso saber o que fazes na minha casa a estas horas da noite, é quase uma da manha, eu amanhã trabalho, será que podes dar o fora mulher? – Perguntou ele nada gentil.

- Meu querido só vim ver como tu estavas.

- Antes de tu apareceres aqui estava muito bem, e eu não sou teu querido, agora sai daqui já, antes que eu perca minha paciência.

A morena olhou para ele e semicerrou os olhos. Aproximou-se perigosamente dele, que não se assustou e disse:

- Vê bem como me tratas Draco, eu posso ser muito má.

- A sério?! Vê bem já estou a tremer. – Disse ele tremendo as mãos de propósito em frente do nariz dela. – Desinfecta Lincolm.

A mulher olhou mais uma vez para ele ameaçadoramente antes de sair e bater com a porta.

- Além de tudo e mal-educada. – Olhou em volta e viu seu apartamento todo desarrumado. – Eu necessito mesmo de uma empregada.

Decidiu ir deitar-se, não estava com paciência para assinar mais papéis, nem fazer relatórios, estava cansado e necessitava de uma boa noite de sono.

Na manhã seguinte quando Draco chegou ao Ministério a primeira pessoa que encontro foi Harry Potter.

- Olá Malfoy.

- Oi Potter.

- Ouvi dizer que andavas á procura de uma empregada, então já a arranjas-te?

- Parece que andas bem informado Potter. Não, ainda não.

- Ainda bem, pois eu conheço uma pessoa que estaria muito interessada.

Draco olhou para o moreno e parou de andar, fazendo com que o outro parasse também.

- Ah sim? Quem?

- Uma amiga. Eu ontem contei a Luna e ela acabou fazendo a conversa a uma amiga nossa, e ela está deveras interessada.

- Óptimo. Diz a ela que é para ser empregada o tempo inteiro, ou seja, ficará lá a "viver", por assim dizer. E se continuar interessada que esteja em minha casa hoje ás 6 da tarde. E ela que chegue a horas, odeio pessoas que se atrasam.

- Eu digo Malfoy, não te preocupes.

Assim que o loiro se afastou Harry sorriu e abanou a cabeça pensando:

" Se ela se aguentar uma semana em casa dele passa a ser a minha heroína!"

Draco entrou no escritório e deparou-se com alguém não muito agradável.

- Mas será que tu não morres? – Perguntou o loiro sentando-se na cadeira, passando ao lado da mulher sem a olhar.

- Se eu morrer meu querido juro que venho a este Mundo para te assombrar.

- Muito engraçada Lincolm. O que fazes aqui?

- Vim ver se estava tudo bem. Visto que ontem estavas um pouco arrogante.

- Já paraste para pensar que a razão por eu ontem me encontrar um pouco arrogante se devesse ao facto de a tua presença me enjoar. Sai daqui!

- Tu um dia vais te arrepender por me tratares assim.

- Mal posso esperar por esse dia. – Disse ele quando ela saia da sala batendo a porta novamente.

Draco passou um dia normal, na verdade há 3 anos que sua vida tinha virado monótona. E logo a dele, que desde pequeno sempre teve uma vida repleta de emoções. Agora estava submetido a uma vida que parecia um ciclo vicioso, levantar, trabalhar e dormir, não fazia mais nada.

Ás vezes pegava-se a pedir um pouco de agitação, ou alguém que mudasse sua vida. Mas esse alguém não tinha chegado, e provavelmente nunca chegaria, na verdade ele sabia que tinha deixado escapado esse alguém, há muitos anos atrás.

Se ele soubesse o que sabia agora nunca a teria deixado, mas ele só tinha 17 anos na altura, e achou que era o melhor o fazer, pois não queria que ela corresse perigo, mais do que já corria.

O passado. Ele odiava pensar no passado, sentia sempre falta dela, mas ela não estava ali, e nunca mais estaria, por isso o que tinha a fazer era deixar de pensar em como teria sido bom se ele não tivesse feito o que fez.

Naquele dia ele decidiu sair um pouco mais cedo do trabalho, ainda não eram cinco horas, mas queria estar em casa quando a sua empregada chegasse. Finalmente a casa iria estar em ordem outra vez.

Sentou-se no sofá lendo os últimos relatórios da empresa, que felizmente ia de vento em popa. Draco estava prestes a conseguir fazer sociedade com outra empresa, e assim podia dizer que estaria rico.

A campainha tocou e ele apanhou um susto. Nunca se habituaria aquele barulho estridente que ecoava no apartamento e especialmente nos seus ouvidos.

Olhou o relógio e viu faltarem apenas 2 minutos para as 6, provavelmente seria a amiga do Potter. Levantou-se e caminhou até á porta abrindo-a.

Deixou o jornal cair no chão quando viu quem era a amiga do Potter.

- Weasley!

- Ma…Malfoy. – Balbuciou a ruiva admirada.

Fim do 1º capitulo

N/A: É mais uma fic. Mas eu não deixei a Filha da profecia, estejam descansados. Mas espero que gostem desta também. Será mais pequena e mais leve, mas não é nada má....mesmo assim.

REVIEWS! JINHOS!