Mais uma fic minha, cerca de seis anos antes da Ísis. Espero que gostem!

Disclaimer: Saint Seiya e seus personagens não me pertencem. Direitos dos originais reservados, então, tirem suas patinhas deles!

Sangue e Vingança

Prólogo

Sonhos Inquietantes

Sentia o sangue quente escorrendo na testa, caindo nos olhos, e sentia sangue nas orelhas também, com a audição meio turvada. Sentia seus pulsos e tornozelos acorrentados ao frio e pesado metal, em cima de um altar de pedra. Um véu cobria seu rosto, permitindo-a ver apenas vultos na escuridão da sala, iluminada pelo fraco fogo bruxuleante de umas poucas tochas.

Percebeu que um vulto se aproximou, com uma espécie de adaga na mão. Percebia-se bem que estava muito afiada. Refletia na lâmina uma tocha e seu fogo bruxuleante. O cabo era de ouro e tinha várias pedras incrustadas. Ouviu uma voz grave, ameaçadora, até mesmo, sedutora.

Voz: Hora de pagar por não contar suas visões à Tróia, Cassandra (N/A: filha de Príamo, rei de Tróia. Amada por Apolo, este ofereceu-lhe o dom da profecia em troca de unir-se a ela. Entretanto, obtido o dom, Cassandra recusou-se ao deus que se vingou fazendo com que jamais acreditassem nas palavras dela)! Depois de esperar milênios, vou poder ter minha vingança! HIHIHIHIAHIAHIAHAIHIAHIAHIA!!!!!! (N/A: É uma risada maléfica, ok?)!!

Cassandra: Não... Eu não tive culpa... Contei para Tróia, Tróia não quis ouvir... – falava com a voz fraca.

Voz: Não importa! – Por um instante, a voz ficou mais suave e triste. – Eu te amo... Me perdoa.. – A voz voltou ao seu tom ameaçador – Hora de pagar pela derrota de Tróia!

Viu a adaga ir em direção ao seu coração. Gritou.

Gritava. Estava banhada de suor e sentada na cama. O choque do que o sonho... Não... Não era um sonho... Era uma visão... O choque da visão a fez acordar e gritar, infestando os corredores da casa das Carina com seu grito, chegando até os quartos de suas irmãs mais velhas. Myuki e Mariana entraram pela porta de seu quarto e sentaram cada uma de um lado da irmã mais nova. Myuki tinha longos cabelos castanhos escuro e olhos no mesmo tom, usava óculos durante o dia. Mariana tinha longos cabelos amarelo néon, franja dividida no meio e olhos azul céu.

Myuki abraçou-a pelos ombros, fazendo-a apoiar a cabeça em seu ombro.

Myuki: Calma, Giovanna... Conta, o que aconteceu? – Questionou à irmã mais nova, que, com certo custo, contou as irmãs o que vira em sua visão.

Giovanna: Por que Cassandra me atormenta, me dando o seu dom de visões? – falou, abraçando forte a irmã, segurando com força a camisola de Myuki entre as mãos, enquanto lágrimas rolavam dos olhos. Giovanna tinha cabelos curtos amarelo ouro, franja do mesmo jeito do da irmã Mariana, mas mais comprida que o resto do cabelo e olhos azul marinho.

Myuki olhou para Mariana. Cassandra atormentava Giovanna desde os cinco anos de idade, quando a mãe das três morreu. Haviam mudado para Atenas porque uma visão que Giovanna tivera mostrava as três sendo mortas por um homem da máfia, não sabiam o porquê. Então, fugiram para a Grécia.

Mariana: O que vamos fazer, Myuki?

Myuki: Não sei... – ao falar, Giovanna soltou-a, apertando a barriga.

Ao tirar a mão, estava manchada de sangue. A blusa havia sido rasgada por uma faca ou adaga, cortando a barriga da mulher. Eram palavras bem legíveis.

Era de Vingança Ares

Leram e correram com Giovanna para o hospital mais próximo. Giovanna, inconscientemente, elevava um cosmo vermelho que nem sequer sabia que tinha.

Athena abriu os olhos de repente. Sentira um cosmo pacífico e assustado na Grécia. Não era o cosmo de seus cavaleiros ou qualquer outra pessoa que conhecia. Levantou-se, saiu de seus aposentos e foi para o lado de fora do templo de Athena, indo para a estátua de Athena. De lá, viu boa parte de Atenas. Concentrou-se em procurar o cosmo que sentira, localizando-o movendo-se rapidamente em direção ao hospital. Começou a reconhecer o cosmo.

Athena: Ca... Cassandra?... – falou num sussurro para si mesma, mais assustada que antes. O cosmo não era de um deus, semideus ou protetor de um. Era um cosmo que chegava próximo do cosmo de um semideus.

Olhava para o corpo feminino sobre o altar de pedra, usando as vestes de rainhas gregas antigas, com um véu cobrindo o rosto. Estava com os pulsos e tornozelos acorrentados. Mesmo não vendo o rosto, tinha a impressão de que conhecia a pessoa. O véu era fracamente iluminado pelo fraco fogo das poucas tochas da sala de pedra e da qual havia só uma saída, barrada por um homem que parecia em transe.

Pegou uma adaga com o irmão gêmeo que também parecia em transe. Era a mesma adaga que usara para tentar matar Athena quando esta era um bebê. Aproximou-se.

Falou com a voz ameaçadora e grave.

Voz: Hora de pagar por não contar suas visões à Tróia, Cassandra! Depois de esperar milênios, vou poder ter minha vingança! HIHIHIHIAHIAHIAHAIHIAHIAHIA!!!!!!!!

Cassandra: Não... Eu não tive culpa... Contei para Tróia, Tróia não quis ouvir... – falava com a voz fraca.

Voz: Não importa! – Por um instante, a voz ficou mais suave e triste. – Eu te amo... Me perdoa.. – A voz voltou ao seu tom ameaçador – Hora de pagar pela derrota de Tróia!

Desceu a adaga em direção ao coração da mulher que chamara de Cassandra. Ouviu um grito.

Andava pelo labirinto de Gêmeos. Ares estava escondido nas sombras das pilastras.

Ares: Sinto a presença dela em Atenas... Era de Vingança! Minha vingança finalmente será feita! – falava com cara pensativa.

Saga: Quem, Ares? O que quer que esteja pensando em fazer, não vou permitir! – falou, determinado.

Ares: Cassandra... Ela vai pagar pela derrota de Tróia! E não importa o que você faça ou tente fazer, minha vingança vai ser cumprida de qualquer forma, Saga! Espero essa vingança há milênios! E você irá matá-la! – falou, convicto, - HIHIHIHIHIHIHIAHIAHIAHIAHIAHIAHIA!!!!!!!!

Saga: ARES!!!! – acordou na casa de gêmeos em seu quarto, gritando. Kanon entrou em seu quarto, preocupado.

Kanon: Saga?! Tudo bem?!

Saga: Kanon...? Não sei... Não sei se está tudo bem... Esse sonho... Me pareceu tão real... – falou preocupado, apoiando os cotovelos nos joelhos e deixando a testa cair dobre as mãos pesadamente.

Kanon sentou na cama do irmão de frente pra ele.

Kanon: E Ares apareceu nesse sonho? Não quer me contar esse sonho? – perguntou baixo, como se confessasse um crime a um padre.

Saga olhou para o irmão. De uns tempos pra cá, estavam se entendendo mais e já não brigavam tanto. Isso era bom, assim podiam se ajudar mais caso ocorresse algum problema com um dos dois. Contou o que sonhara ao irmão.

Kanon: Sonho estranho... E Ares... Falou isso mesmo? – perguntou, preocupado.

Saga afirmou.

Kanon: Bom, deve ter sido apenas um sonho besta... Melhor você voltar a dormir... – Falou tranqüilizando o irmão, indo para o próprio quarto em seguida, mas ele, Kanon, não se convencera das palavras saídas de sua boca. Pareciam tão falsas, só para acalmar seu irmão...

Saga virou pro lado e dormiu, tentando entender o que sonhara.